Tag: Crime ambiental

  • Turista é flagrado em área ambiental interditada há mais de duas décadas em Mato Grosso

    Turista é flagrado em área ambiental interditada há mais de duas décadas em Mato Grosso

    Um homem de 42 anos foi detido nesta terça-feira (6) após ser encontrado dentro da Gruta da Lagoa Azul, localizada em Nobres, Mato Grosso. O local está interditado desde 2001 por conta da degradação ambiental e da necessidade de preservação da área. A ação ocorreu durante uma operação conjunta da Polícia Militar e da Secretaria de Meio Ambiente (Sema).

    O homem estava acompanhado de uma adolescente de 17 anos, que, assim como ele, foi conduzida à delegacia da cidade. Segundo informações do boletim de ocorrência, os dois foram flagrados por volta das 13h durante fiscalização no interior da unidade de conservação.

    Nas redes sociais, o suspeito chegou a publicar fotos dentro da gruta, revelando a localização e incentivando a visita ao local, que sofre com o turismo irregular mesmo após a proibição de acesso. A presença do casal provocou impactos diretos no ambiente: pisoteio em áreas sensíveis, risco à fauna aquática e alteração na coloração da água foram relatados pelas autoridades.

    Durante o depoimento à polícia, o homem admitiu estar ciente da interdição, mas alegou que queria mostrar o local à adolescente, que não conhecia a gruta.

    Histórico de turismo irregular em Mato Grosso

    A Gruta da Lagoa Azul é constantemente alvo de ações clandestinas de turismo, mesmo com a proibição em vigor. Fiscalizações recentes revelaram que guias não autorizados continuam oferecendo visitas ao local por valores que chegam a R$ 250 por pessoa. Em abril, sete pessoas — incluindo um guia — foram detidas na região, mas liberadas em seguida.

    Desde fevereiro de 2025, a Portaria 152/2025 da Sema reforça a proibição e estabelece aplicação de multas a visitantes e organizadores de passeios ilegais na área protegida, parte do Parque Estadual Gruta da Lagoa Azul.

    O caso mais recente evidencia a dificuldade de controle do turismo em áreas sensíveis de Mato Grosso, onde a busca por experiências em meio à natureza muitas vezes esbarra na negligência com as normas ambientais.

  • Homem é detido por crime ambiental em Barra do Garças

    Homem é detido por crime ambiental em Barra do Garças

    Em Barra do Garças, cidade do Mato Grosso, um homem foi preso em flagrante na última quinta-feira (1º) por realizar descarte irregular de resíduos em um terreno baldio. Ele foi surpreendido por equipes da Polícia Militar enquanto jogava galhos de árvores no local.

    Durante a abordagem, o homem relatou que atua com serviços de poda e que o descarte era uma prática comum. Alegou ainda ter autorização para usar o terreno, embora não conhecesse o proprietário. A versão foi desmentida pela Secretaria de Meio Ambiente, acionada pela PM, que confirmou a irregularidade e classificou o ato como crime ambiental, conforme o artigo 54 da Lei 9.605/98. O veículo utilizado na infração foi apreendido.

    A situação se agravou quando a esposa do suspeito teria se exaltado e desacatado os policiais, além de resistir à prisão. Foi necessário reforço para contê-la e realizar a condução.

    A Polícia Militar alertou que o descarte de lixo em áreas não autorizadas é crime e que a população pode realizar denúncias anônimas pelo telefone 190.

  • Fiscalização ambiental flagra extração ilegal de minérios em quatro municípios de Mato Grosso

    Fiscalização ambiental flagra extração ilegal de minérios em quatro municípios de Mato Grosso

    Em quatro municípios do norte de Mato Grosso, uma operação de fiscalização ambiental realizada entre os dias 25 de março e 1º de abril resultou na autuação de 11 empreendimentos por extração mineral irregular. A ação, que contou com a atuação conjunta de uma força-tarefa ambiental e equipes de segurança, inspecionou 12 locais nas cidades de Colíder, Guarantã do Norte, Paranaíta e Alta Floresta.

    Durante a fiscalização, seis escavadeiras hidráulicas foram apreendidas, além de dez motores com bombas d’água. Cinco dessas máquinas e os equipamentos foram destinados a uso público nos próprios municípios. O valor total das multas aplicadas ultrapassa R$ 550 mil. Oito dos empreendimentos fiscalizados tiveram suas atividades embargadas.

    A operação teve como base denúncias encaminhadas ao Ministério Público e à Ouvidoria Ambiental, além de imagens de satélite analisadas por sistemas de monitoramento. Quatro dos locais fiscalizados possuíam licença ambiental, mas foram flagrados operando fora dos limites autorizados, como em áreas não previstas nos projetos aprovados.

    As ações priorizaram a segurança das equipes envolvidas e contaram com o apoio logístico de prefeituras locais, que forneceram estrutura para o depósito dos bens apreendidos. A proximidade dos alvos com áreas urbanas favoreceu a comunicação e o deslocamento das forças de fiscalização.

  • PM de Mato Grosso apreende 80kg de pescado ilegal em zona rural

    PM de Mato Grosso apreende 80kg de pescado ilegal em zona rural

    Durante patrulhamento de rotina na zona rural de Figueirópolis D’Oeste, Mato Grosso, policiais militares apreenderam 80 quilos de pescado irregular e detiveram dois homens por prática de crime ambiental na manhã desta terça-feira (15).

    A ação ocorreu após denúncias sobre atividades de pesca em área proibida nas proximidades de uma usina. Em rondas pelo local, os agentes abordaram o condutor de uma motocicleta que transportava diversos peixes em uma bolsa e no banco do veículo.

    Momentos depois, outro motociclista tentou fugir ao avistar as equipes, mas foi alcançado e também flagrado com pescado irregular.

    Entre os peixes apreendidos estavam exemplares das espécies surubim, pintado, cachara e dourado. O material foi recolhido, e os suspeitos encaminhados à delegacia para os procedimentos legais.

  • Polícia Civil de Mato Grosso combate extração ilegal em reserva ambiental no interior

    Polícia Civil de Mato Grosso combate extração ilegal em reserva ambiental no interior

    Três homens foram presos em flagrante em Mato Grosso durante uma operação contra crimes ambientais dentro da Estação e Reserva Ecológica do Estado Rio Ronuro, localizada na região de Feliz Natal, a 515 quilômetros de Cuiabá.

    A ação foi deflagrada pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), com apoio da Gerência de Operações Especiais (GOE), após denúncias sobre a presença de pessoas realizando extração ilegal de madeira na área protegida e a existência de um trator escondido na mata.

    Durante as diligências, as equipes localizaram toras de madeira já derrubadas e cortadas. Em meio à vegetação, encontraram um acampamento com dois homens que admitiram estar prestando serviços no local. Um deles relatou que produzia lascas de madeira, enquanto o outro atuava no descascamento de toras. Ambos afirmaram desconhecer o paradeiro do trator mencionado nas denúncias, dizendo apenas que uma máquina quebrada teria sido levada para manutenção na cidade.

    Em continuidade à operação, os policiais apreenderam uma motosserra utilizada na atividade ilegal, além de localizar um terceiro envolvido. Os três suspeitos foram levados à delegacia de Feliz Natal.

    Os acampamentos clandestinos foram destruídos e, além da motosserra, foram apreendidos também celulares e uma antena de internet de última geração. A Polícia Civil segue investigando o caso para identificar outros possíveis envolvidos.

  • Polícia Civil interdita empresa de produtos químicos em Cuiabá na Operação Cidade Limpa 

    Polícia Civil interdita empresa de produtos químicos em Cuiabá na Operação Cidade Limpa 

    A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema), deflagrou na terça-feira (11) a terceira fase da Operação Cidade Limpa, que resultou na interdição de uma empresa de produtos químicos que operava de forma irregular no bairro Jardim União, em Cuiabá.

    A ação teve como objetivo combater o comércio ilegal de produtos como água sanitária, desinfetantes e sabonetes líquidos. Durante a fiscalização, foi constatado que a empresa atuava sem licenciamento ambiental, armazenava produtos sem procedência e sem nota fiscal, além de embalar substâncias perigosas de maneira irregular.

    A operação contou com o apoio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), Juizado Volante Ambiental (Juvam) e Secretaria de Ordem Pública de Cuiabá. Todos os produtos irregulares foram apreendidos, e a empresa foi interditada até a regularização das licenças.

    O proprietário do estabelecimento foi autuado administrativamente e responderá a inquérito policial pelos crimes ambientais previstos nos artigos 56 e 60 da Lei de Crimes Ambientais, que tratam do manuseio irregular de substâncias tóxicas e da operação sem autorização ambiental. Ele foi conduzido à Dema para prestar esclarecimentos e seguirá sendo investigado.

  • Guarda Municipal prende homem por maus-tratos a cachorro em Lucas do Rio Verde 

    Guarda Municipal prende homem por maus-tratos a cachorro em Lucas do Rio Verde 

    A Guarda Civil Municipal de Lucas do Rio Verde prendeu um homem suspeito de maus-tratos contra um cachorro da raça pastor-alemão. O crime ocorreu na Rua Lucas Tadeu, no Bairro Vida Nova, e ganhou repercussão após imagens da agressão circularem nas redes sociais.

    Após receber a denúncia via 153, uma equipe da GCM foi até o endereço indicado, mas não encontrou o suspeito. Durante as buscas, por volta das 22h15 desse domingo (09), os agentes receberam uma nova denúncia informando que o homem havia retornado para casa. Ao chegar ao local, a guarnição abordou o suspeito, que confessou ter agredido o cão, chamado Alok.

    A esposa do suspeito, declarou não saber das agressões e ficou responsável pelo animal. Como o homem estava alterado devido ao consumo de bebida alcoólica, foi necessário o uso de algemas para garantir a segurança dos agentes.

    O suspeito foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil para os procedimentos legais. O caso será investigado para a devida responsabilização do agressor.

  • Produtor rural de Mato Grosso é condenado a indenizar mais de R$ 155 mil

    Produtor rural de Mato Grosso é condenado a indenizar mais de R$ 155 mil

    Um produtor rural foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso a pagar mais de R$ 155 mil de indenização por desmatamento ilegal na Amazônia. A decisão se refere a uma área de mais de 64 hectares de vegetação nativa, desmatada sem autorização em Paranaíta.

    O valor da indenização ainda terá acréscimo de correções e juros, e será destinado ao Fundo Estadual do Meio Ambiente. O processo foi movido pelo Ministério Público Estadual, que também pediu que o produtor fosse condenado por dano moral coletivo e ambiental.

    O produtor rural tentou reverter a decisão, alegando que já havia começado a recuperar a área desmatada e que a multa seria muito alta. No entanto, o Tribunal entendeu que o desmatamento causou um impacto significativo no meio ambiente e na sociedade, justificando a condenação.

    O Tribunal também considerou que houve dano moral coletivo, ou seja, um prejuízo para toda a sociedade, o que levou à definição do valor da indenização. No entanto, o pedido do Ministério Público para aplicar outras punições ao produtor, como perda de incentivos fiscais, foi negado, por serem consideradas desproporcionais.

  • Polícia Civil prende gerente de empresa de coletas de resíduos por crime ambiental em Cuiabá

    Polícia Civil prende gerente de empresa de coletas de resíduos por crime ambiental em Cuiabá

    A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) e em uma ação conjunta com a Secretaria Municipal de Ordem Pública, deflagrou, nesta quinta-feira (09.01), uma nova fase da Operação Cidade Limpa. A ação resultou na prisão em flagrante do gerente de uma empresa responsável pela coleta de lixo em Cuiabá, na apreensão de um caminhão e na interdição de instalações operacionais irregulares.

    A investigação teve início depois que a Dema recebeu, nesta segunda-feira (06.01), denúncias de crimes ambientais cometidos pela empresa. Durante a fiscalização, foram constatadas diversas irregularidades, como operação sem licenças ambientais obrigatórias, divergências no cadastro imobiliário junto à Secretaria Municipal de Fazenda e funcionamento em um galpão improvisado e fora dos padrões legais.

    Além disso, no local, foi identificado um caminhão realizando o descarte irregular de resíduos, o que gerava forte odor de chorume. Outras infrações incluíram a existência de um reservatório de combustível e um lava-jato operando sem autorização ambiental.

    Durante a ação, o gerente da empresa, de 62 anos, não apresentou a documentação necessária para o funcionamento das atividades, acompanhando toda a inspeção policial. Com base nas evidências encontradas no local, o gerente foi preso em flagrante por infringir o artigo 54, parágrafo 2º, inciso V e parágrafo 3°, artigo 56 e artigo 60, todos da Lei de Crimes Ambientais (nº 9.605/98).

    Os dispositivos preveem pena de reclusão de até cinco anos por poluição ambiental, de um a quatro anos de reclusão por armazenamento de produto perigoso e de um a seis meses de detenção por funcionamento de estabelecimento potencialmente poluidor sem a devida licença.

    A operação resultou na apreensão de um caminhão, interdição das instalações irregulares e lavratura de termos de vistoria ambiental, auto de infração e termo de interdição. A Polícia Civil e os demais órgãos envolvidos encaminharam as informações às autoridades competentes para adoção de medidas cabíveis.

    A delegada Liliane Murata, titular da Dema, destacou a importância da fiscalização para proteger o meio ambiente e garantir o cumprimento das leis. “Atuações como esta reforçam o compromisso das autoridades em combater práticas que prejudicam a saúde da população e o equilíbrio ambiental”, afirmou.

    A Operação Cidade Limpa segue como um marco no combate às irregularidades ambientais em Cuiabá, promovendo maior responsabilidade no setor de gestão de resíduos e preservação dos recursos naturais.

  • Mato Grosso perde quase 1.700 km² de floresta e lidera ranking nacional de desmatamento

    Mato Grosso perde quase 1.700 km² de floresta e lidera ranking nacional de desmatamento

    Mato Grosso, um dos estados brasileiros com maior biodiversidade, enfrenta uma crise ambiental alarmante. Um novo estudo do Instituto Centro Vida revelou que o estado perdeu cerca de 1.700 km² de floresta nos biomas Amazônia e Cerrado entre agosto de 2023 e junho de 2024. A taxa de desmatamento na Amazônia chegou a 38,3% e no Cerrado a 27%, números que evidenciam a gravidade da situação.

    A concentração do desmatamento em algumas regiões é outro ponto preocupante. Dez municípios mato-grossenses, liderados por Nova Maringá, são responsáveis por quase metade de toda a área desmatada no estado.

    Essa concentração indica que o problema está relacionado a fatores específicos, como a expansão da fronteira agrícola e a falta de fiscalização em determinadas áreas.

    Isso também é muito pertinente: Mato Grosso lidera em prescrição de crimes ambientais na Amazônia Legal, revela estudo do CNJ

    A perda de grandes extensões de floresta tem consequências devastadoras para o meio ambiente e para a sociedade. A biodiversidade é drasticamente reduzida, o clima é alterado, os recursos hídricos são comprometidos e a qualidade de vida da população é afetada. Além disso, o desmatamento ilegal gera conflitos sociais e contribui para a insegurança alimentar.

    Desmatamento ilegal em Mato Grosso

    Mato Grosso lidera em prescrição de crimes ambientais na Amazônia Legal, revela estudo do CNJ
    Mato Grosso lidera em prescrição de crimes ambientais na Amazônia Legal, revela estudo do CNJ

    Um dado alarmante é que cerca de 75% do desmatamento em Mato Grosso ocorreu de forma ilegal, sem a devida autorização dos órgãos ambientais. Áreas protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação, também foram fortemente impactadas. A Terra Indígena Sararé e a Reserva Extrativista Guariba Roosevelt são exemplos de áreas que sofreram com o avanço do desmatamento.

    Ao comparar os dados de Mato Grosso com a média nacional, é possível identificar que o estado contribui significativamente para o desmatamento na Amazônia. Essa informação coloca em evidência a necessidade de ações mais efetivas para reverter esse quadro.

    Mato Grosso assumiu compromissos internacionais importantes na COP 21, como zerar o desmatamento ilegal e reduzir a destruição das florestas até 2030. No entanto, os dados do estudo mostram que o estado está longe de atingir essas metas. Essa discrepância entre as metas e a realidade demonstra a urgência de medidas mais efetivas para combater o desmatamento.