Mato Grosso, descrito como um “gigante de oportunidades”, foi o tema central de um evento voltado a investidores de todo o Brasil. Durante o Roadshow do Programa de Concessões Rodoviárias, realizado na Bolsa de Valores B3, em São Paulo, o governador Mauro Mendes destacou os esforços do estado para criar um ambiente seguro e confiável para investimentos.
Na ocasião, Mendes anunciou um projeto de concessão envolvendo 2.100 km de rodovias estaduais, divididos em seis lotes. O leilão está previsto para fevereiro de 2025, com um investimento total estimado em R$ 8 bilhões ao longo de 30 anos.
“Mato Grosso é um parceiro confiável para o setor privado: cumprimos nossas obrigações e oferecemos transparência e estabilidade para investimentos. Nossa gestão fiscal eficiente permitiu destinar quase 20% da receita estadual a investimentos. Além disso, reduzimos a burocracia e estabelecemos metas claras para os serviços públicos”, afirmou o governador.
O governador destacou ainda os avanços na infraestrutura, com quase 1.000 km de rodovias construídas anualmente. A meta é alcançar 7.000 km de estradas asfaltadas em oito anos, consolidando o estado como referência logística no Brasil.
Mendes também ressaltou o crescimento populacional projetado para o estado pelo IBGE, evidenciando o potencial econômico e as baixas taxas de desemprego, atualmente em 2,3%. Ele frisou a diversificação econômica em setores como energia renovável e tecnologia, além do fortalecimento do agronegócio.
O evento contou com a participação de representantes do mercado financeiro, empresários, o deputado estadual Nininho e o secretário de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso, Marcelo Oliveira.
O Mato Grosso continua em expansão demográfica, atingindo a marca de 3.836.399 habitantes, conforme os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A informação foi divulgada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (29/08), revelando um crescimento de mais de 1,37% em relação ao ano anterior.
Com esse resultado, o Estado se consolida como uma das principais economias do país e demonstra um forte dinamismo em diversos setores, especialmente no agronegócio.
Destaque para Lucas do Rio Verde
(Foto: Ascom Prefeitura/Anderson Lippi)
Entre os municípios mato-grossenses, Lucas do Rio Verde se destaca com um crescimento expressivo. A cidade, conhecida por sua vocação agrícola, registrou uma população estimada em 92.256 habitantes, representando um aumento significativo em relação aos dados do Censo Demográfico de 2022, que indicavam 83.798 habitantes.
Além de Lucas do Rio Verde, outras cidades do médio norte de Mato Grosso também apresentaram um crescimento populacional considerável. Sinop, a maior da região, atingiu 216.029 habitantes, seguida por Sorriso com 120.985 habitantes e Nova Mutum com 61.223 habitantes.
Fatores que impulsionam o crescimento populacional
Diversos fatores contribuem para o crescimento populacional em Mato Grosso, como:
Expansão do agronegócio: O setor agrícola é o principal motor da economia estadual, gerando empregos e atraindo novos moradores.
Urbanização: As cidades estão crescendo em ritmo acelerado, oferecendo mais oportunidades de trabalho e serviços.
Melhoria da infraestrutura: Investimentos em rodovias, energia e saneamento básico contribuem para o desenvolvimento das cidades e atraem novos habitantes.
Desafios para o futuro
O crescimento populacional traz consigo desafios como a necessidade de ampliar a oferta de serviços públicos, como educação, saúde e transporte, além de garantir a sustentabilidade ambiental. As autoridades estaduais e municipais precisam estar preparadas para enfrentar esses desafios e garantir o desenvolvimento sustentável do estado.
Nos últimos 12 anos, Manaus foi a capital brasileira que registrou o maior percentual de aumento populacional. Seu número de moradores saltou de 1.802.014 em 2010 para 2.063.547 em 2022, um crescimento de 14,5%. Os números também colocam a capital amazonense no primeiro lugar do ranking de maiores aumentos absolutos: a cidade recebeu em pouco mais de uma década incremento de 261.533 novos moradores.
Os primeiros dados populacionais, apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Censo 2022, estão sendo divulgados nesta quarta-feira (28). Desde 2010, quando houve a última operação censitária, a população brasileira teve salto de 12,3 milhões, alcançando o total de 203 milhões.
Apesar do crescimento significativo, a capital amazonense se manteve no posto de sétima cidade mais populosa do país. Na lista dos 20 municípios com o maior número de residentes, apenas João Pessoa registrou percentual mais elevado que Manaus. A capital da Paraíba, inclusive, não figurava nessa relação em 2010 e passa a ocupar o 20º lugar, após um aumento populacional de 15,3%, saindo de 723.515 residentes em 2010 para 833.932 em 2022.
Além de Manaus e João Pessoa, entre as 20 cidades mais populosas, mais duas registraram crescimentos percentuais de dois dígitos. São capitais de estados do Centro-Oeste. O crescimento de 10,4% fez Goiânia subir duas posições e se colocar como o 10º município com maior quantidade de moradores. São 1.437.237 residentes na maior cidade do Centro-Oeste.
Em Campo Grande, foi registrada uma população de 896.744 pessoas, o que significa crescimento de 14,1%. O aumento significativo foi responsável por fazer a capital do Mato Grosso superar outras cinco cidades e colocá-la na lista das 20 mais populosas do país. Subindo cinco posições, ela ocupa agora a 17ª posição.
arte cidades mais populosas censo 2022 – Arte/Agência Brasil
A variação populacional das três capitais do Centro-Oeste se deram na mesma direção e com forte intensidade. Embora não figure na relação das 20 cidades brasileiras com o maior número de moradores, Cuiabá também registrou elevado crescimento, com alta de 18,1%.
Também situada geograficamente no Centro-Oeste, a capital do país registrou aumento significativo. O salto populacional em Brasília foi 9,6%, o que significa incremento de 246.908 moradores. É o segundo maior crescimento do país em números absolutos. Esse aumento fez com que Brasília chegasse ao posto de 3ª cidade mais habitada do país, superando Salvador que curiosamente registrou variação inversa: uma queda de 9,6%. Agora, apenas São Paulo e o Rio de Janeiro têm mais moradores do que a capital federal.
De acordo com o coordenador técnico do Censo 2022, Luciano Duarte, ainda será necessário um período de dedicação para que demógrafos e outros especialistas apresentem avaliações mais aprofundadas sobre os dados. “São os primeiros resultados, e a gente precisa de mais tempo para analisar os movimentos demográficos e entender o que aconteceu em detalhe”.
Movimento uniforme
O Brasil costuma realizar o Censo Demográfico de dez em dez anos. O objetivo é oferecer um retrato da população e das condições domiciliares no país. As informações obtidas subsidiam a elaboração de políticas públicas e decisões relacionadas com a alocação de recursos financeiros. O Censo 2022 deveria ter sido realizado em 2020, mas foi adiado duas vezes: primeiro, devido à pandemia de covid-19 e depois por adversidades orçamentárias. A operação censitária teve início em junho do ano passado. Com diversos atrasos, devido a dificuldades para concluir as visitas domiciliares em todos os 5.570 municípios do país, a coleta dos dados foi encerrada apenas em fevereiro deste ano.
Os dados divulgados nesta quarta-feira apontam o Centro-Oeste como a única região do país onde se observa um movimento uniforme entre as capitais. No Sudeste, por exemplo, enquanto São Paulo registrou crescimento de 1,8%, houve redução de 1,7% no Rio de Janeiro e de 2,5% em Belo Horizonte. Os números do Sul revelam alta de 1,2% em Curitiba e queda de 2,5% em Porto Alegre.
No Nordeste, as variações são bastante discrepantes. Vai de uma leve redução de 1% em Fortaleza e de um leve aumento de 2,3% em São Luís, para a grande queda de 9,6% em Salvador e para a grande alta de 15,3% em João Pessoa. Na Região Norte,, o robusto crescimento populacional de Manaus não foi seguido por Belém: na capital do Pará, houve queda de 6,5%.