Tag: crescimento econômico

  • Mato Grosso lidera crescimento econômico em 2025 impulsionado pelo Agro

    Mato Grosso lidera crescimento econômico em 2025 impulsionado pelo Agro

    Mato Grosso está projetado para ser um dos estados com maior crescimento econômico do Brasil em 2025, de acordo com um estudo da consultoria Tendências. A previsão é de um aumento de 3,7% no Produto Interno Bruto (PIB) do estado, superando as expectativas do mercado financeiro para o crescimento nacional, estimado em cerca de 2%.

    A recuperação da safra de grãos, após as perdas causadas pelo fenômeno climático El Niño, é o principal fator para o crescimento econômico projetado. A consultoria Tendências estima um crescimento de 5,3% no PIB agropecuário de Mato Grosso.

    A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê um aumento de 6% na produção de grãos em Mato Grosso, totalizando 98,8 milhões de toneladas. O principal destaque é a soja, cuja produção deve crescer 19,1%, atingindo 47,1 milhões de toneladas. As condições climáticas favoráveis têm contribuído para esses resultados.

    Impacto em Outros Setores

    O crescimento da agropecuária deve impulsionar outros setores da economia mato-grossense, como o comércio, a indústria e os serviços. Espera-se um aumento de 2,7% nas vendas do comércio ampliado e um crescimento de 2,9% na produção industrial.

    Os setores de transporte e armazenagem também devem se beneficiar, impulsionados pela expansão da logística agrícola. Além disso, a indústria alimentícia deve manter seu crescimento, atendendo à demanda interna e externa.

    O crescimento econômico do estado deve impactar positivamente a renda da população. A consultoria Tendências estima um aumento anual real de 4% na massa de rendimentos habitualmente recebidos até 2034.

  • Governo de Mato Grosso planeja dobrar número de pontes de concreto até 2026

    Governo de Mato Grosso planeja dobrar número de pontes de concreto até 2026

    O Governo de Mato Grosso deve dobrar, até o final de 2026, o número de pontes de concreto existentes no estado. A afirmação foi feita pelo secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira, durante participação no Podcast MT Conectado.

    “A ponte é o grande gargalo do desenvolvimento. A ponte de madeira não foi feita para aguentar cargas de 70, 80 toneladas, como são hoje os caminhões de nove eixos”, completou o secretário.

    Marcelo ainda lembrou o programa de substituição de pequenas pontes de madeira por aduelas, com mais de 600 substituídas.

    O secretário afirmou que, apesar da importância para o desenvolvimento da economia de Mato Grosso, essas obras de pontes e asfalto novo não atendem apenas a produção agropecuária. “São obras importantes para a população que precisa usar a estrada, seja em busca de serviços de saúde, de educação, ou apenas para se locomover”, disse.

    O Governo também investiu, em parceria com os municípios, em convênios para asfalto urbano. “Executamos mais de 2 mil km de asfalto dentro desses municípios. É uma mudança de realidade, serve para girar a economia da cidade, fixar as pessoas na cidade, estimular o crescimento”, disse.

  • PIB de Mato Grosso: Estado consolida liderança em crescimento econômico no Brasil

    PIB de Mato Grosso: Estado consolida liderança em crescimento econômico no Brasil

    O PIB de Mato Grosso cresceu de forma exponencial nos últimos 20 anos, consolidando o estado como um dos motores da economia brasileira. Segundo dados do IBGE, o PIB mato-grossense registrou um aumento de 1.232% entre 2002 e 2022, a maior variação entre todas as unidades da federação.

    Em valores absolutos, o PIB de Mato Grosso passou de R$ 19,19 bilhões em 2002 para R$ 255,527 bilhões em 2022. Esse crescimento expressivo colocou o estado na quarta posição em PIB per capita, superando estados tradicionais como Rio de Janeiro e São Paulo.

    O agronegócio é o principal responsável por esse desempenho excepcional, impulsionado pela produção de carne, biocombustíveis e derivados do milho. No entanto, outros setores como a indústria e os serviços também contribuíram para o crescimento econômico do estado, impulsionados por melhorias na logística e infraestrutura.

    PIB de Mato Grosso: um exemplo de sucesso

    Mato Grosso lidera crescimento econômico no Centro-Oeste, com alta de 10,4% no PIB em 2022
    Mato Grosso lidera crescimento econômico no Centro-Oeste, com alta de 10,4% no PIB em 2022

    O caso de Mato Grosso é um exemplo de como um estado pode alcançar um crescimento econômico expressivo através de políticas públicas eficazes e de um setor privado dinâmico.

    O estado se consolida como um dos principais polos de produção de alimentos do mundo e um importante centro de negócios.

    A região Centro-Oeste como um todo apresentou um crescimento significativo, com Mato Grosso liderando o ranking. O estado registrou um crescimento de 10,4% em 2022, superior à média nacional de 3,0%.

    O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, atribui esse sucesso ao planejamento estratégico e à diversificação das atividades produtivas.

    “O agronegócio foi fundamental, mas a verticalização das indústrias também contribuiu para o crescimento do PIB mato-grossense”, afirmou.

  • Mato Grosso lidera crescimento econômico no Centro-Oeste, com alta de 10,4% no PIB em 2022

    Mato Grosso lidera crescimento econômico no Centro-Oeste, com alta de 10,4% no PIB em 2022

    O Mato Grosso se destacou como um dos motores da economia brasileira em 2022. Segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado registrou um crescimento de 10,4% no Produto Interno Bruto (PIB), ficando atrás apenas de Roraima (11,3%) no ranking nacional.

    O desempenho expressivo do Mato Grosso se deve, em grande parte, à força do agronegócio, que, apesar de apresentar uma leve queda em volume (1,1%), continua sendo um dos principais pilares da economia estadual.

    Além do agronegócio, as indústrias de transformação, outros serviços e o comércio também contribuíram significativamente para o crescimento do PIB mato-grossense.

    Setores que mais cresceram em Mato Grosso

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    Foto: Christiano Antonucci/ Secom-MT

    No Brasil, os serviços foram o setor que mais cresceu em 2022, com alta de 4,3%. A indústria também apresentou crescimento, de 1,5%, enquanto a agropecuária registrou queda de 1,1%.

    O forte desempenho do Mato Grosso em 2022 demonstra a resiliência da economia estadual e sua capacidade de superar desafios.

    O crescimento do PIB é resultado de um conjunto de fatores, como a valorização das commodities, a expansão da produção agrícola e a diversificação da economia.

    Recuperação da economia brasileira

    A alta do PIB em Mato Grosso reflete a recuperação da economia brasileira como um todo.

    De acordo com a gerente de Contas Regionais do IBGE, Alessandra Poça, o crescimento do PIB pelo segundo ano consecutivo indica que o país está se recuperando dos efeitos da pandemia da Covid-19.

    Desempenho dos demais estados

    Entre os 27 estados brasileiros, 24 registraram crescimento do PIB em 2022. Além de Mato Grosso e Roraima, o Piauí (6,2%) e Tocantins (6%) também se destacaram com altas significativas. Por outro lado, Rio Grande do Sul (-2,6%), Espírito Santo (-1,7%) e Pará (-0,7%) foram os únicos estados que registraram queda no PIB no período.

  • PIB cresce 3,3% em um ano e 1,4% no segundo trimestre, com destaque para a indústria

    PIB cresce 3,3% em um ano e 1,4% no segundo trimestre, com destaque para a indústria

    No segundo trimestre de 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 1,4% frente ao trimestre anterior, na série com ajuste sazonal. As altas nos Serviços (1,0%) e na Indústria (1,8%) contribuíram para essa taxa positiva, ainda que a Agropecuária tenha recuado 2,3% no período. Pela ótica da demanda, na mesma comparação, houve altas nos três componentes: o Consumo das Famílias e o Consumo do Governo cresceram à mesma taxa (1,3%, ambos) e a Formação Bruta de Capital Fixo subiu 2,1%. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,9 trilhões no trimestre.

    Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o PIB cresceu 3,3% e foi acompanhado, mais uma vez, pelos Serviços (3,5%) e pela Indústria (3,9%), enquanto a Agropecuária mostrou recuo de 2,9%.

    Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, observa que “com o fim do protagonismo da Agropecuária, a Indústria se destacou nesse trimestre, em especial na Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e na Construção”.

    Na análise do PIB pela ótica da demanda interna, os três componentes (Consumo das Famílias e do Governo e a Formação Bruta de Capital Fixo) cresceram nas três comparações, incentivados pelas condições do mercado de trabalho, pelos juros mais baixos e pelo crédito disponível, entre outros fatores.

    Segundo Rebeca, contribuíram, ainda, para a performance dos componentes da demanda, “a alta dos investimentos, beneficiados pelo crescimento da importação e a produção nacional de bens de capital, o desempenho da construção e, também, o desenvolvimento de software. Além disso, ao contrário do ano passado, o setor externo tem contribuído negativamente para o crescimento da economia”.

    Lula e Haddad comentam

    “Mais uma notícia boa para a economia. O PIB cresceu 1,4% no 2º trimestre de 2024, alta de 3,3% em relação ao ano passado. Crescimento que se soma ao aumento dos empregos, o consumo das famílias e melhor qualidade de vida. Sem bravata e sem mentiras. É isso que importa.”

    Luiz Inácio Lula da Silva, presidente, nas redes sociais

    “A indústria voltou forte, a formação bruta de capital fixo veio acima das projeções, o que significa mais investimento. Nós temos que olhar muito para o investimento, porque é ele que vai garantir um crescimento com baixa inflação”

    Fernando Haddad, ministro da Fazenda

    Frente ao mesmo trimestre de 2023, PIB cresce 3,3%

    Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o PIB cresceu 3,3% e foi acompanhado, mais uma vez, pelos Serviços (3,5%) e pela Indústria (3,9%), enquanto a Agropecuária mostrou recuo de 2,9%.

    Todos os setores dos Serviços tiveram taxas positivas nessa comparação, com destaque para Informação e comunicação (6,1%), Outras atividades de serviços (4,5%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (4,0%), Comércio (4,0%) e Atividades imobiliárias (3,7%).

    A alta de 3,9% na Indústria foi impulsionada pelo setor de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, que subiu 8,5% ante o mesmo trimestre de 2023. Para Rebeca, “o maior consumo de eletricidade, principalmente nas residências, e a manutenção da bandeira tarifária verde ajudaram o setor. Além disso, a Construção cresceu 4,4%, as Indústrias de Transformação tiveram sua segunda alta consecutiva (3,6%) e as Indústrias Extrativas cresceram 1,0%”.

    Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, as condições climáticas adversas ocasionaram um recuo na produção esperada de soja e milho, apesar do bom desemprenho da pecuária e de outras culturas importantes, como o café e o algodão. Isso fez com que a Agropecuária recuasse nas comparações com e sem ajuste sazonal, e acumulasse variação nula (0,0%) nos últimos 12 meses.

    Taxa de investimento sobe e taxa de poupança recua

    A taxa de investimento no segundo trimestre de 2024 foi de 16,8% do PIB, acima dos 16,4% registrados no segundo trimestre de 2023. Já a taxa de poupança recuou 16,0%, abaixo dos 16,8% do mesmo trimestre de 2023. Rebeca explica que “a taxa de investimento foi beneficiada principalmente pelo crescimento superior, em volume, da Formação Bruta de Capital Fixo em relação ao PIB”.

    PIB acumula alta de 2,5% em quatro trimestres

    O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2024, comparado ao mesmo período de 2023, cresceu 2,5%. Nessa comparação, houve altas na Indústria (2,6%) e nos Serviços (2,6%) e estabilidade na Agropecuária (0%). Mais uma vez, todas as atividades do setor de Serviços mostraram taxas positivas nessa comparação, enquanto as altas mais destacadas na indústria foram de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (7,3%) e das Indústrias Extrativas (6,2%).

    Pela ótica da demanda interna, a Despesa de Consumo das Famílias (3,7%) e na Despesa de Consumo do Governo (2,4%) mostraram taxas positivas. Já a Formação Bruta de Capital Fixo (-0,9%) recuou nessa comparação pelo quarto trimestre consecutivo.

    Mais sobre a pesquisa

    O Sistema de Contas Nacionais apresenta os valores correntes e os índices de volume trimestralmente para o Produto Interno Bruto (PIB) a preços de mercado, impostos sobre produtos, valor adicionado a preços básicos, consumo pessoal, consumo do governo, Formação Bruta de Capital Fixo, variação de estoques, exportações e importações de bens e serviços.

    No IBGE, a pesquisa foi iniciada em 1988 e reestruturada a partir de 1998, quando os seus resultados foram integrados ao Sistema de Contas Nacionais, de periodicidade anual. Consulte os dados do PIB no Sidra . A próxima divulgação, relativa ao 2º trimestre de 2024, será em 03 de setembro.

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  • Capitais perdem espaço e economia fica menos concentrada, aponta IBGE

    Capitais perdem espaço e economia fica menos concentrada, aponta IBGE

    Ao longo dos últimos anos, a economia brasileira tem se mostrado menos concentrada, com grandes cidades perdendo importância no Produto Interno Bruto (PIB, todos os bens e serviços produzidos no país). Essa constatação é revelada pelo estudo PIB dos Municípios, divulgado nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    O levantamento mostra que, em 2002, apenas quatro cidades – São Paulo (12,7%), Rio de Janeiro (6,3%), Brasília (3,6%) e Belo Horizonte (1,6%) – representavam cerca de um quarto do PIB nacional. Já em 2021, 11 cidades formavam esse grupo, correspondente a aproximadamente 25% da economia.

    Em 2021, além de São Paulo (9,2%), Rio de Janeiro (4%), Brasília (3,2%) e Belo Horizonte (1,2%), entraram na lista Manaus (1,1%), Curitiba (1,1%), Osasco (SP) (1%), Maricá(RJ) (1%), Porto Alegre (0,9%), Guarulhos (SP) (0,9%) e Fortaleza (0,8%).

    Em 2002, era preciso somar as riquezas de 48 cidades para se alcançar 50% do PIB. Em 2021, esse número saltou para 87, mostrando um país menos concentrado.

    No outro extremo 1.383 municípios correspondiam a cerca de 1% do PIB nacional, em 2002. Em 2021, esse número caiu para 1.306, ou seja, a base da pirâmide ficou mais estreita, menos desigual.

    Capitais

    Outra forma de acompanhar a desconcentração se dá ao analisar o comportamento das capitais. Em 2002, elas eram 36,1% da economia. Em 2020, passaram a ser 29,7%, e em 2021, 27,6%, o menor índice desde que começou a pesquisa, em 2002.

    De acordo com o IBGE, a desconcentração é uma tendência acentuada em 2020. As capitais concentram grande parte das atividades de serviços presenciais que sofreram medidas restritivas de isolamento durante a pandemia da covid-19.

    Enquanto São Paulo é a capital mais rica, a tocantinense Palmas fecha a lista, com apenas 0,1% de participação no PIB nacional.

    Um detalhe revelado é que no Pará, Espírito Santo e Florianópolis, a respectiva capital não é a cidade mais rica do estado. No Pará, Parauapebas apareceu à frente com participação de 18,9%; Canaã dos Carajás ocupou a segunda posição, com 13,3%; e Belém, ocupou somente a terceira posição com 12,7% do PIB estadual.

    No Espírito Santo, o município de Serra ocupou a primeira posição com participação de 20%; e Vitória, a segunda, com 16,9%. Em Santa Catarina, Florianópolis apareceu na terceira posição, representando 5,5% do estado, atrás de Itajaí (11,1%) e de Joinville (10,5%).

    Evolução

    Dentre os 5.570 municípios brasileiros, São Paulo, com menos 3,5 pontos percentuais (p.p.), e Rio de Janeiro com menos 2,3 p.p., foram as cidades que mais perderam participação no PIB entre 2002 e 2021. No caso paulista, a influência se deu, principalmente, pela redução relativa de atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados. No caso fluminense, a queda aconteceu, sobretudo, em razão da diminuição de atividades imobiliárias e serviços de informação e comunicação.

    Por outro lado, o maior ganho de participação no PIB nesse período ocorreu em Maricá, no litoral norte do Rio de Janeiro. Houve aumento de 0,9 p.p., devido à extração de petróleo e gás.

    O segundo maior ganho foi de Parauapebas (0,5 p.p.), no Pará, impulsionado pela expansão da extração de minério de ferro.

    PIB per capita

    O IBGE analisou o PIB per capita dos municípios brasileiros, ou seja, o total da riqueza da cidade dividido pelo número de habitantes.

    O ranking é liderado por Catas Altas, cidade mineira que fica a cerca de 60 quilômetros de Belo Horizonte. Com pouco mais de 5 mil habitantes, o município tem renda per capita de R$ 920.833,97. A atividade econômica que infla o PIB catas-altense é a extração de minério de ferro.

    A mineração é o motor que impulsiona também os PIB per capita de Canaã dos Carajás (PA), segunda no ranking, e de outras três localidades mineiras, São Gonçalo do Rio Abaixo (3º), Itatiaiuçu (4º) e Conceição (6º).

    Presidente Kennedy, no Espírito Santo, e Maricá e Saquarema, no Rio de Janeiro, ocupavam a quinta, sétima e oitava posições, respectivamente, devido à extração de petróleo e gás.

    No Maranhão, três municípios tinham os menores PIB per capita em 2021: Santana do Maranhão (R$ 5,4 mil), Primeira Cruz (R$ 5,7 mil) e Matões do Norte (R$ 5,7 mil).

    O IBGE aponta desigualdades regionais no PIB per capita. Enquanto a média nacional era de R$ 42,2 mil, o Nordeste tinha R$ 21,5 mil, seguido pelo Norte, com R$ 29,8 mil. As demais regiões estavam acima da média, com destaque para o Centro-Oeste, com R$ 55,7 mil. O Sul figurava com R$ 51,3 mil; e o Sudeste, R$ 52,5 mil.

    Entre as capitais, o ranking é liderado por Brasília, Vitória e São Paulo. Já as últimas posições ficam com Belém e Salvador, que fecha a lista.

    Os maiores valores do PIB per capita pertencem aos grandes centros urbanos do Centro-Sul e em regiões em que ocorre a combinação de atividade agropecuária significativa e pequena população, como a borda sul da Amazônia Legal, região central de Mato Grosso, sul de Goiás, leste de Mato Grosso do Sul, oeste baiano e no alto curso do Rio Parnaíba.

    Capitais perdem espaço, e economia fica menos concentrada, aponta IBGE. Foto: IBGECapitais perdem espaço, e economia fica menos concentrada, aponta IBGE. Foto: IBGE

    Atividades

    O levantamento apresenta também um perfil dos municípios concentrados por atividade econômica. No setor de serviços – excluindo administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social – cinco cidades somavam quase um quarto do total dessa atividade no Brasil, em 2021: São Paulo, com 14,1%; Rio de Janeiro, com 4,5%; Brasília, com 3,3%; Belo Horizonte, com 1,6%; e Osasco, com 1,5%.

    O analista de Contas Regionais do IBGE Luiz Antonio de Sá explica que a presença de Osasco na lista, superando outras capitais, é devido à “relevância de suas atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, já que um dos maiores bancos do país [Bradesco] tem sua sede lá”.

    A pesquisa mostra que 25% do PIB da agropecuária estava concentrado em 106 municípios, em 2021. Deles, 57 estavam no Centro-Oeste, ancorados, principalmente, na produção de grãos e algodão herbáceo. Os cinco maiores valores foram Sapezal (MT), Sorriso (MT), São Desidério (BA), Diamantino (MT) e Campo Novo do Parecis (MT), que, juntos, somavam 3,6% do valor adicionado bruto da agropecuária.

    O número de municípios onde a agricultura era a atividade principal subiu de 1.049 para 1.272 de 2020 para 2021.

    Maricá x São Paulo

    Pela primeira vez desde o início da série histórica do IBGE, em 2002, a cidade de São Paulo não foi campeã de participação na atividade industrial. O posto foi ocupado por Maricá, que concentrou 3,3% do PIB da indústria em 2021. A explicação está na extração de petróleo e gás.

    Além de São Paulo, na segunda posição, com peso de 3,1%, teve destaque também o Rio de Janeiro, em terceiro (2,3%). Na quarta posição aparece Parauapebas (2%), ligado à extração de minério de ferro. Manaus (1,9%) fecha as cinco primeiras posições, impulsionada pelo polo industrial da Zona Franca.

    Edição: Fernando Fraga
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  • Haddad diz que Congresso tem papel-chave na agenda econômica

    Haddad diz que Congresso tem papel-chave na agenda econômica

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse neste sábado (2), em São Paulo, que o governo federal, o Banco Central e o Congresso Nacional precisam andar juntos para que os resultados econômicos brasileiros sejam produtivos. Durante evento promovido pela XP, o ministro destacou principalmente o papel do Congresso Nacional nessa trajetória de crescimento econômico.

    “O Congresso tem um papel-chave. Se o Congresso somar forças e aprovar medidas na direção correta, afastar pauta bomba, o populismo, afastar o risco e aprovar uma agenda consistente, penso que vamos terminar o ano muito bem”, disse o ministro. “Se os resultados legislativos vierem na direção correta, teremos um segundo semestre alvissareiro e que trará ganho”, completou.

    Para o ministro, essa parceria funcionou bem no primeiro semestre. “Até aqui, o Congresso tem sido bastante parceiro”, falou ele.

    Haddad classificou também como normais as divergências entre o governo e o Banco Central a respeito da política de juros. “Isso acontece no mundo inteiro. O ideal é o diálogo permanente e tentar harmonizar as políticas”, destacou.

    Durante o evento, o ministro da Fazenda voltou a fazer críticas às desonerações que foram feitas nos últimos anos e ressaltou a intenção do governo em “revisitar” parte delas. “Quando se faz uma aposta e não se colhe frutos disso, você tem que reveressa política. Tivemos uma série de políticas que deveriam ter sido revistas há muito tempo”, falou.

    Ele também voltou a falar hoje que prevê que o Brasil cresça 3% neste ano. “Esse ano está acontecendo um milagre. Vamos crescer 3%”.

    Haddad participou hoje do evento Expert XP, que foi realizado na São Paulo Expo, na capital paulista. No evento, Haddad falou sobre a visão do Ministério da Fazenda sobre o futuro do país.

    Edição: Sabrina Craide

  • BNDES promete investir com foco em infraestrutura social e ambiental

    BNDES promete investir com foco em infraestrutura social e ambiental

    Transformar o Brasil em uma potência verde. Com esse objetivo em um horizonte próximo, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) organizou hoje (11) a Conferência Ambição Brasileira: Infraestrutura e Transição Climática. Participaram dos debates empresários, representantes da indústria e dos setores financeiro, de energia e de infraestrutura, além de pesquisadores.

    Um dos principais desafios apontados no evento foi o de equilibrar o crescimento econômico com a redução de poluentes e o uso sustentável dos recursos naturais do país. O diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa, disse que as políticas de fomento do banco vão seguir esse caminho, alinhadas aos planos de investimento previstas pelo governo federal para os próximos meses.

    “Vai ter mais infraestrutura social e ambiental – eficiência energética, redução de emissão, descarbonização, concessões ou PPPs de manejos de florestas, recuperação de áreas degradadas, transporte urbano e saneamento”, explicou.

    O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, reforçou o compromisso de investir em projetos que modernizem o setor produtivo brasileiro e disse que o aumento no número de desembolsos e financiamentos em 2023 indica isso.

    “Vamos superar no mês que vem todo o investimento em infraestrutura feito no ano passado. O Brasil não tem mais tempo a perder para se reindustrializar e para modernizar sua estrutura produtiva para avançarmos em infraestrutura”, disse Mercadante.

    “O BNDES do futuro chegou: ele é verde, digital, inovador, inclusivo, reindustrializante; olha a infraestrutura e vê a parceria público-privada como caminho mais promissor para o Brasil voltar a crescer aceleradamente”, observou.

    Durante um dos painéis do evento, Isabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente e membro do conselho de administração do BNDES, apontou o papel do banco na agenda climática, como indutor e estruturador de novos caminhos. E também cobrou de autoridades do país mudanças na gestão pública ambiental.

    “O Brasil não faz com muita excelência os pactos políticos. Precisamos fazer acordos climáticos. A África tem um plano estratégico mineral, um plano verde. Nós não temos nada. Temos uma arrogância genética de achar que somos os líderes em biodiversidade, que temos muitas alternativas. Mas não transformamos isso em ativos, nem em riquezas ou em discursos políticos inovadores”, disse ex-ministra.

    Edição: Valéria Aguiar

  • Recordes das safras de soja e milho impulsiona o estado de MT

    Recordes das safras de soja e milho impulsiona o estado de MT

    Mato Grosso lidera o ranking dos estados com maior crescimento econômico em 2022. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (11.08) pelo jornal Valor Econômico, um dos veículos de comunicação mais respeitados do país.

    A reportagem destaca os recordes das safras de soja e milho, força do mercado de abate de carnes e crescimento dos setores do biodiesel.

    O governador Mauro Mendes pontuou que o Estado implementou diversas ações para potencializar esse crescimento. Exemplo disso é a liberação, com celeridade, das licenças de instalação para a construção de novas usinas de biodiesel em Mato Grosso.

    Outro ponto vantajoso para a atração de indústrias desse segmento, conforme Mauro Mendes, é que Mato Grosso possui alíquotas menores na venda de etanol para fora do Estado, em comparação a outras unidades da federação. A tributação também diminui conforme o volume de produção, fator que tem incentivado as empresas a escolherem Mato Grosso para instalação das usinas.

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    Mato Grosso é o estado brasileiro com maior crescimento econômico em 2022

    Para Mauro Mendes, a liderança de Mato Grosso também foi impulsionada pelo forte volume de obras e ações que o Estado promove em todos os segmentos, com mais de 15% da receita corrente líquida destinada a investimentos, em forma de asfalto novo, pontes, escolas, quadras, novos hospitais, casas populares, entre outras obras.

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    Confira a íntegra da matéria:

    Agro puxa PIB e Centro-Oeste deve liderar crescimento
    Estados da região ganham com alta da safra; indústria derruba SP
    Por Marsílea Gombata — De São PauloEstados da região Centro-Oeste devem ter o maior crescimento econômico neste ano, puxados pela agropecuária. Depois da estiagem em 2021, a produção agrícola voltou a acelerar, com previsão de recorde das safras de soja e milho. Estados que dependem de indústria e serviços, como São Paulo, devem ter crescimento moderado, dentro da média nacional, enquanto os do Sul devem ter contração, mostram projeções da Tendências Consultoria.Segundo o levantamento feito pela consultoria, o Produto Interno Bruto de Mato Grosso deve ter o maior crescimento entre os Estados, com expansão de 5,6% neste ano (ver tabela ao lado), bem acima dos 3,1% de 2021. Mato Grosso do Sul vem em seguida, com crescimento de 4,6%, também acima do crescimento de 2021, de 3,6%.

    “Em Mato Grosso, a projeção é explicada por recordes das safras de soja e milho e melhor desempenho para abates de carnes, decorrente da demanda externa por proteína animal. Além disso, a indústria matogrossense vem mostrando desempenhos expressivos por causa dos setores de alimentos e biodiesel”, afirma Camila Saito, economista do setor de análise setorial da Tendências e uma das autoras do levantamento. “Em Mato Grosso do Sul, também teremos boa evolução da agropecuária. Ainda que a safra da soja tenha sofrido com a estiagem e deva apresentar queda, os fortes desempenhos [da produção] de milho e carnes devem mais que compensar.”

    Ela acrescenta que as indústrias de ambos os Estados devem se beneficiar do cenário favorável para a produção de alimentos, celulose e biodiesel.

    Tanto Mato Grosso quanto Mato Grosso do Sul são Estados com baixa densidade industrial e grande densidade do agronegócio, o que explica essas projeções, afirma Fabio Silveira, sócio-diretor da MacroSector Consultores. Ele argumenta que, além da atividade do setor primário, lavoura e pecuária fazem indústria e serviços se movimentar nesses Estados. “É o agronegócio no sentindo mais amplo que traciona esses Estados.”

    O peso do agrobusiness nas cadeias industriais e de logística desses Estados ultrapassa os 50%, afirma Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados. “O crescimento do agro acaba, portanto, ajudando a economia como um todo”, diz.

    Vale argumenta que uma conjuntura favorável de forte alta de preços e taxa de câmbio muito favorável para a exportação deve levar esses Estados a destoar e crescer mais do que a média.

    O efeito positivo do agronegócio para o crescimento também beneficia Estados próximos, como Piauí e Maranhão. “Não podemos dizer que se trata de uma nova fronteira, porque isso ocorre há 20 anos, mas esses Estados no entroncamento no Norte e no Nordeste têm produção de grãos forte que ajuda o PIB”, diz Vale.

    O Piauí deve ter o terceiro maior crescimento, com expansão de 3,7% neste ano, ante 4,6% no ano anterior. O Maranhão deve expandir 3,1%, contra 4% do ano passado. O Tocantins deverá crescer 2,7%.

    Segundo Camila Saito, Maranhão e Piauí foram beneficiados pelos preços internacionais de commodities desde 2020, que estimularam o aumento da área plantada. Também contribuiu de forma indireta a quebra de safra no Sul, que estimulou a produção no Norte de Nordeste.

    “Soma-se a isso o aumento da massa de renda com transferências governamentais. A implantação do Auxílio Brasil e o aumento do valor pago devem beneficiar mais os Estados dessas regiões.”

    O levantamento feito pela Tendências mostra ainda que partes da região Sul podem ter contração por causa da quebra de safra de grãos, devido à estiagem, e a baixa produção industrial de setores pró-cíclicos, como máquinas e equipamentos, e metalurgia, afirma Lucas Assis, coautor do estudo.

    A perspectiva é que Santa Catarina se contraia 0,1%, depois de avançar 6,6% em 2021. O PIB do Rio Grande do Sul, por sua vez, deve cair 1% neste ano, após expansão de 8,6% no ano anterior. No ano passado, o Estado foi um dos destaques positivos devido à forte recuperação agropecuária, após quebra de safra em 2020, e boa evolução da indústria, diz Assis.

    Vale afirma que, a depender do fenômeno climático La Niña, é possível que novas safras sejam afetadas e que o PIB de Estados do Sul volte a desapontar.

    Para São Paulo, a projeção neste ano é de crescimento de 1,6%, após expansão de 4,4% em 2021. O Rio de Janeiro, por sua vez, deve crescer mais neste ano, com aceleração de 2,1%.

    “O crescimento de São Paulo deve ficar ligeiramente abaixo da média nacional (1,7%), devido a um desempenho mais fraco da indústria, especialmente setores como o automotivo e o de bens de capital, que sentem mais os efeitos de pressões de custo de produção e escassez de insumos, decorrente do desbalanço das cadeias globais”, afirma Camila.

    O crescimento maior previsto para o Rio se deve ao setor petroleiro, com destaque para as plataformas FPSO Carioca e FPSO Guanabara (cada uma com capacidade para processar 180 mil barris diários), e a expectativa de inauguração da nova unidade Peregrino II (60 mil b/d). O alta do petróleo no mercado internacional indica um futuro próximo promissor,

    Para 2023, o cenário é positivo para produtores de soja, milho, algodão, carne, biocombustível e celulose, o que beneficia Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, afirma Camila. No Pará, deve haver recuperação da produção de minério de ferro, com expansão do complexo da Vale, e no Rio Grande do Sul, com a retomada da safra de soja.

    Estados do Sudeste, contudo, devem ser mais atingidos no ano que vem. “Câmbio e preço ainda estarão favoráveis para Estados agroprodutores, em detrimento de outros que sofrerão com os juros acelerando”, afirma Vale.