Tag: crédito

  • BNDES tem impacto recorde de R$ 276,5 bi no crédito em 2024

    BNDES tem impacto recorde de R$ 276,5 bi no crédito em 2024

    Ao longo de 2024, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve impacto de R$ 276,5 bilhões no crédito disponível na economia brasileira.O valor é o maior impacto já registrado na história do banco público e representa aumento de 26% em relação a 2023.

    O lucro da instituição cresceu 20,5% em relação ao ano anterior e alcançou R$ 26,4 bilhões. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (25) na sede do BNDES, no Rio de Janeiro.

    O total de R$ 276,5 bilhões de impacto no crédito é a soma de R$ 212,6 bilhões em aprovação de financiamentos e R$ 63,9 bilhões do Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), que consiste em garantias para empresas de menor porte conseguirem empréstimos em bancos.

    A aprovação de crédito cresceu 22% em relação a 2023. O banco também divulgou que os desembolsos – dinheiro efetivamente liberado no ano – somaram R$ 133,7 bilhões, alta de 17% ante o ano anterior.

    O valor das aprovações é maior que os desembolsos pois parte dos recursos costuma ser liberada em etapas – as chamadas tranches – em vários anos.

    Função do banco

    O BNDES é instituição financeira vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e funciona como um braço do governo para apoiar financeiramente investimentos que se relacionem com o desenvolvimento econômico e social do país.

    Ao destacar os resultados de 2024, o diretor financeiro e de mercado de capitais, Alexandre Abreu, destacou que, pela primeira vez desde 2017, a indústria (R$ 52,4 bilhões) teve mais liberação de crédito do que a agropecuária (R$ 52,3 bilhões).

    “O que mostra o sucesso das políticas voltadas para o fortalecimento da indústria, principalmente da Nova Indústria Brasil (NIB, política industrial do governo)”, apontou.

    Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, é um “ótimo indicador”.

    “A indústria é um setor que gera muito valor agregado, mão de obra, empregos mais qualificados, gera inovação tecnológica”.

    O setor que mais atraiu a aprovação de financiamentos foi o de infraestrutura (R$ 74,6 bilhões). Comércio e serviço atraíram (R$ 33,4 bilhões).

    Rio de Janeiro (RJ), 25/02/2025 - O presidente do banco, Aloizio Mercadante, fala durante coletiva em que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulga o resultado financeiro e o desempenho operacional do ano de 2024 , na sede da instituição, no centro da cidade Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
    BNDES apresenta resultado financeiro de 2024. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

    Mercadante enfatizou que no crédito de infraestrutura, houve uma mudança de perfil.

    “Nós continuamos crescendo fortemente, mas antes, era o saneamento que liderava, agora é o crédito rodoviário”

    Micro e pequenas

    Alexandre Abreu ressaltou também que o impacto no crédito para micro e pequena empresa (desembolso e garantias) atingiu R$ 156,3 bilhões em 2024, crescimento de 119,8% desde 2022 e 44,7% ante 2023. Esses aumentos são maiores que do volume total para todas as empresas (81% e 26%, respectivamente).

    “Mostra que o nosso foco em pequenas e médias empresas é muito grande e vem se expressando através dos números”.

    Lucro

    Do lucro líquido de R$ 26,4 bilhões, metade foi recorrente, R$ 13,2 bilhões. A outra metade é composta de eventos não recorrentes, ou seja, que não acontecem necessariamente sempre, como recebimento de dividendos de empresas investidas e recuperação de dívidas atrasadas.

    Em 2024, o BNDES recebeu R$ 10,4 bilhões em dividendos de empresas das quais detém ações, principalmente Petrobras e JBS (indústria alimentícia).

    De acordo com a diretoria do BNDES, o lucro do banco é o terceiro maior entre os principais bancos do país em valores nominais (sem descontar a inflação). Perde para o Itaú (R$ 40,2 bilhões) e Banco do Brasil (R$ 37,9 bilhões)

    No entanto, em relação ao número de funcionários, o BNDES lidera o ranking, como lucro líquido de R$ 11,35 milhões por funcionários.

    O BNDES fechou 2024 com patrimônio líquido de R$ 158,4 bilhões e carteira de crédito de R$ 584,8 bilhões – o maior valor em sete anos.

    A inadimplência superior a 90 dias foi de 0,001%. “Praticamente zero”, destaca Abreu. No mercado bancário brasileiro como um todo, o índice de inadimplência é de 2,95%, segundo o diretor.

    Contas públicas

    Ao longo do ano passado, o banco repassou R$ 29,5 bilhões em dividendos ao governo, o que ajudou as contas públicas. “É um resultado extraordinário que ajudou no arcabouço fiscal”, afirmou Mercadante. “Isso foi direto para o Tesouro”, completou.

    O banco público mantinha até o fim de 2024 carteira de participação societária (ações de outras empresas e fundos de investimentos) de R$ 82 bilhões, 30,8% a mais que em 2022. Além de Petrobras e JBS, outras grandes empresas investidas do banco são Eletrobras e Companhia Paranaense de Energia (Copel).

    O portfólio de participação societária é o mesmo desde o fim de 2022, ou seja, o acrescimento de R$ 19,3 bilhões nesse período se deveu à valorização dos ativos. “Se tivéssemos vendido, nós teríamos deixado de ganhar esses valores, fora os dividendos [que recebemos]”, disse o diretor Abreu.

    Projeção

    Mercadante acredita que a despeito da alta da taxa de juros no país, para combater a inflação, o BNDES terá papel importante na concessão de empréstimos. Ele citou investimentos de infraestrutura em rodovias, que devem somar R$ 30 bilhões em 2025.

    Atualmente, a aprovação de crédito do banco está em 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB, medição do tamanho da economia). Até 2026, o banco espera alcançar 2% do PIB.

    “Estamos bastante empenhados em entregar esse esforço do crédito, que é muito importante para manter o crescimento, emprego e desenvolvimento”

  • Carteira de crédito deverá crescer 8,5% em 2025 no Brasil

    Carteira de crédito deverá crescer 8,5% em 2025 no Brasil

    Pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostra que a carteira de crédito no país deverá crescer 8,5% em 2025. Em dezembro passado, a expectativa da entidade era de um crescimento de 9% do crédito no ano corrente. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (17).

    Em 2024, o crescimento do crédito foi de 10,9%, segundo o Banco Central.

    “O resultado reflete a piora do cenário econômico, com expectativa de uma inflação maior e, consequentemente, juros mais altos também ao longo do ano. O desempenho efetivo do crédito dependerá do cenário fiscal e de outras variáveis relevantes, que poderão alterar a perspectiva atual”, destacou o diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban, Rubens Sardenberg.

    O levantamento, feito com executivos de 21 bancos, entre os dias 5 e 10 de fevereiro, aponta ainda que a maioria dos entrevistados (76,2%) disse esperar que a taxa Selic suba além de 14,25% em 2025.

    Já a expectativa para a taxa de câmbio é de ligeira depreciação ao longo do ano, com o dólar atingindo R$ 5,95 até setembro. Na pesquisa anterior, os entrevistados enxergavam que o câmbio ficaria próximo do nível de R$ 6.

    Quanto à inflação, a maioria (47,6%) dos entrevistados entende que a inflação deve ficar próxima a 5,5%. Já sobre o Produto Interno Bruto (PIB), pouco mais da metade (52,4%) dos participantes segue projetando alta em torno de 2% em 2025.

  • Setor avícola de Mato Grosso debate ajustes no crédito rural em reunião com Banco do Brasil

    Setor avícola de Mato Grosso debate ajustes no crédito rural em reunião com Banco do Brasil

    A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) intermediaram uma reunião, nesta terça-feira (11/02), com a Superintendência do Banco do Brasil para tratar de questões relacionadas ao crédito rural destinado à cadeia produtiva da avicultura em Mato Grosso. O encontro atendeu a um pedido do Sindicato Rural de Nova Mutum e reuniu representantes do setor para debater sobre o Demonstrativo de Informações Financeiras e Contábeis da Atividade Agropecuária (DIPC), documento necessário para os produtores.

    Durante a reunião, foi discutida a necessidade de ajustes no DIPC, essencial para a análise de crédito dos produtores integrados. Os participantes reforçaram a importância do documento para o fortalecimento da avicultura no estado, setor que tem se destacado na produção agropecuária de Mato Grosso.

    “A Famato, em parceria com o Sindicato Rural de Nova Mutum, reforça a importância do crédito rural para o fortalecimento da avicultura em Mato Grosso. Ajustes no DIPC podem facilitar o acesso dos produtores a esses recursos, e agradecemos ao Banco do Brasil e à Sedec pelo diálogo. Seguiremos trabalhando para atender as demandas do agro mato-grossense”, destacaram os representantes técnicos da Famato, Marcos de Carvalho e Alex Rosa.

    Participaram da reunião: Fernanda Meneghetti – representante da Comissão para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadec); Juarez Brugnago – diretor do Sindicato Rural de Nova Mutum, produtor rural e membro da Cadec; Fabiano Zanuzzo – produtor rural e membro da Cadec; Thiago Carvalho – advogado da Cadec; Oduvaldo Lopes Ferreira – diretor do Sindicato Rural de Nova Mutum; Alex Oliveira Rosa – representante do Núcleo Técnico em Agricultura da Famato; Linacis Silva – superintendente de Agro da Sedec; Lucas Iauschner – coordenador de Crédito da Sedec; Tatiana – analista do FCO da Sedec; Alexandre – superintendente do Banco do Brasil de Rondonópolis, representando a superintendente-geral, Wanda Aparecida da Silva Ribeiro; representantes da Associação dos Integrados da Perdigão de Nova Mutum; e Alexandre Rodrigo – gerente de Mercado Agro do Banco do Brasil.

  • Pagamento no cartão: Como não cair em armadilhas financeiras

    Pagamento no cartão: Como não cair em armadilhas financeiras

    O pagamento no cartão nunca esteve tão em alta. Em 2024, o volume das transações superou a marca histórica de R$ 4,1 trilhões, um crescimento de 10,9% em relação ao ano anterior. Esse salto expressivo reflete não apenas a digitalização do consumo, mas também uma mudança nos hábitos financeiros da população.

    Embora o cartão de crédito tenha dominado a maior parte das transações (R$ 2,8 trilhões), o cartão de débito começa a sentir a pressão da concorrência.

    O Pix, por ser instantâneo e não ter taxas, tem conquistado espaço, tornando-se o queridinho para pagamentos do dia a dia. Mesmo assim, o pagamento no cartão segue firme, especialmente quando se trata de compras parceladas, segurança nas transações e uso em comércio eletrônico.

    Pagamento por aproximação: rápido e em alta

    Pagamento por aproximação: rápido e em alta
    Pagamento por aproximação: rápido e em alta– Foto: Canva

    Se tem uma tecnologia que caiu no gosto popular, foi o pagamento por aproximação. Em 2024, essa modalidade movimentou R$ 1,5 trilhão, gerando um aumento de 48,3% em relação ao ano anterior. Em um mundo onde o tempo é dinheiro, encostar o cartão ou o celular na máquina de pagamento virou sinônimo de praticidade. Hoje, quase 70% das compras presenciais já são feitas dessa forma.

    A facilidade e a comodidade das compras online também impulsionam o pagamento no cartão. O valor em compras não presenciais subiu 18%, movimentando quase R$ 1 trilhão. O cartão de crédito lidera, mas o uso do débito também disparou, crescendo 397% em relação a 2019.

    Quanto ao pagamento recorrente, como de plataformas de streaming, academias e serviços de assinatura são exemplos de como o pagamento no cartão está se tornando parte do orçamento fixo das famílias. Em 2024, os pagamentos recorrentes cresceram 38,6%, chegando a R$ 106 bilhões. Isso mostra como a automatização das cobranças facilita a vida do consumidor e garante a previsão financeira para empresas.

    Pagamento no cartão: o jeitinho brasileiro de comprar

    Pagamento no cartão: o jeitinho brasileiro de comprar
    Pagamento no cartão: o jeitinho brasileiro de comprar– Foto: Canva

    Uma das grandes vantagens do pagamento no cartão é a possibilidade de parcelamento. O famoso “parcelado sem juros” ainda é o favorito dos brasileiros, representando 41% do volume de transações feitas no crédito. A maioria das compras (65%) é parcelada em até seis vezes, enquanto 33% optam por parcelamentos mais longos, de até 12 meses.

    Quem viajou para fora do Brasil também usou muito o pagamento no cartão. Os gastos de brasileiros no exterior aumentaram 19,7%, chegando a US$ 15,8 bilhões. A Europa liderou como destino favorito, seguida pelos Estados Unidos e América Latina. Curiosamente, os estrangeiros gastaram pouco no Brasil, movimentando apenas US$ 5,5 bilhões, registrando um aumento tímido de 0,4%.

    O cartão é um vilão?

    Há quem culpe o pagamento no cartão pelo endividamento das famílias, mas os dados mostram uma realidade diferente. Apenas 2,1% da dívida das pessoas físicas está no rotativo do cartão, bem menos que financiamentos de imóveis (40,8%) ou consignado (23,6%). No entanto, a inadimplência ainda preocupa, alcançando 6,9%. Por isso, fazer planejamento financeiro e ter o controle dos gastos continuam sendo essenciais.

    Segurança e Fraudes

    Com mais transações, a preocupação com as fraudes também aumenta. Felizmente, o setor de pagamentos conseguiu reduzir em 28,6% os casos de golpes. Isso só foi possível graças a avanços tecnológicos, como autenticação em duas etapas e monitoramento inteligente de transações suspeitas.

    Os especialistas preveem que o pagamento no cartão continuará crescendo entre 9% e 11%, podendo atingir a marca de R$ 4,6 trilhões. Com o Pix por aproximação ganhando espaço, o cartão de débito pode perder o fôlego. Mas o cartão de crédito segue firme, impulsionado pelo parcelamento e pela segurança que oferece nas compras online.

    O pagamento no cartão continua sendo um dos meios preferidos dos brasileiros, seja pela comodidade, segurança ou possibilidade de parcelamento. Mas, em um mundo financeiro em constante evolução, a adaptação é a palavra-chave. Com Pix, carteiras digitais e novas tecnologias surgindo, o consumidor tem cada vez mais opções. O importante é saber usar cada uma das ferramentas com inteligência, aproveitando o que elas têm de melhor para manter as finanças saudáveis.

  • Crédito digital: O futuro da economia na palma da mão

    Crédito digital: O futuro da economia na palma da mão

    Cada vez mais brasileiros usam o crédito digital para facilitar o dia a dia, mas nem sempre conhecem as tarifas aplicadas. Como aproveitar as vantagens sem cair em armadilhas?

    A cada dez brasileiros, sete sentem comodidade em contratar produtos financeiros por meios digitais. O crédito digital vem conquistando espaço, tornando a burocracia coisa do passado e colocando o poder de decisão literalmente na palma da mão. Com poucos cliques, é possível solicitar cartões, fazer empréstimos e até parcelar compras via Pix. Mas, com tanta facilidade, surge um desafio: será que todo mundo está realmente atento ao custo dessa comodidade?

    A tecnologia já transformou a forma como compramos, nos comunicamos e agora também como gerenciamos nosso dinheiro. A evolução do crédito digital mostra que o brasileiro quer agilidade, menos papelada e mais autonomia na tomada de decisões financeiras. De acordo com um estudo recente, 65% dos consumidores se sentem confiantes para gerir suas finanças pelos aplicativos dos bancos e instituições financeiras.

    E não é difícil entender o porquê. Com a correria do dia a dia, quem quer enfrentar filas ou perder tempo com processos complicados? Hoje, é possível contratar um cartão de crédito, simular um empréstimo e até conseguir um limite extra para aquela emergência sem sair de casa.

    Mas com tantas facilidades, um dado chama a atenção: apenas 36% dos entrevistados souberam responder qual foi a taxa de juros aplicada no último crédito que contrataram. Isso significa que a maioria das pessoas está utilizando os serviços financeiros sem entender totalmente os custos envolvidos.

    Entre as opções de crédito mais utilizadas, o cartão segue como o favorito de 89% dos consumidores. No entanto, uma nova opção está crescendo rapidamente: o Pix parcelado.

    Em apenas dois meses, 53% dos entrevistados aderiram a essa modalidade. A promessa é bem simples, e muito tentadora: poder dividir pagamentos sem precisar de um cartão de crédito.

    Mas é aí que mora o perigo. Nem sempre o consumidor percebe que os juros do Pix parcelado podem ser semelhantes ou até maiores do que os juros do rotativo do cartão. Sem a devida atenção, o que parecia ser uma solução pode acabar virando uma dor de cabeça financeira.

    As instituições financeiras tradicionais ainda dominam produtos como cheque especial, empréstimos consignados e financiamentos, mas as fintechs e os bancos digitais estão crescendo e mudando o jogo. Com ofertas personalizadas e experiências mais dinâmicas, o consumidor tem mais opções e autonomia para escolher.

    O que dizem os especialistas sobre o crédito digital?

    O que dizem os especialistas sobre o crédito digital?
    O que dizem os especialistas sobre o crédito digital? Foto: Canva

    Os especialistas do setor apostam que, até 2025, o crédito digital será ainda mais ágil e orientado por dados. A Inteligência Artificial deve ter um papel fundamental nessa evolução, ajudando os bancos a entender melhor o perfil do consumidor e oferecer soluções mais eficientes e transparentes.

    Diante de tantas possibilidades, o maior desafio é saber como aproveitar o crédito digital sem cair em armadilhas. Algumas dicas podem ajudar:

    • Leia sempre as taxas e condições antes de contratar qualquer serviço financeiro.
    • Evite parcelamentos desnecessários e, se precisar, compare as taxas antes de decidir.
    • Mantenha um controle financeiro para garantir que as parcelas cabem no seu orçamento.
    • Use a tecnologia a seu favor. Aplicativos de bancos e carteiras digitais oferecem ferramentas que ajudam a organizar os gastos e evitar surpresas.

    O crédito digital veio para ficar e pode ser um grande aliado na vida financeira. Mas, como tudo na vida, ele exige responsabilidade e planejamento. É preciso saber usar com sabedoria o mundo financeiro que está na palma da mão.

  • Busca por crédito cai -5,71% em dezembro em comparação com o mesmo período de 2023

    Busca por crédito cai -5,71% em dezembro em comparação com o mesmo período de 2023

    O volume de consultas realizadas pelo setor financeiro no Brasil teve queda de -5,71% em dezembro de 2024 em relação a dezembro de 2023. Na passagem de novembro para dezembro, o número caiu -8,47%. É o que mostra o Indicador de Demanda por Crédito da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

    “O Indicador reflete um cenário de cautela por parte dos consumidores, com uma queda na busca por crédito em comparação com o ano anterior. A alta taxa de inadimplência e a reincidência no atraso de pagamentos sugerem que muitos consumidores estão enfrentando dificuldades financeiras, o que pode estar impactando a demanda por novos empréstimos e financiamentos. Além disso, os juros mais elevados encarecem o crédito, reduzindo sua demanda no mercado.”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

    Analisando o perfil do consumidor que buscou crédito no Brasil em dezembro, nota‐se que o público predominante é o masculino, com participação de 53,28%. Na abertura por faixa etária, o público com participação mais expressiva foi de 40 a 49 anos, que representou 24,51% do total.

    O indicador aponta que, do público consultado, 1,54% contrataram algum serviço de crédito. Os dados mostram que desse público, 86,42% contrataram Empréstimo e 11,13% Financiamento, totalizando 97,56%. Lembramos que um mesmo CPF pode contratar mais de um produto.

    Observando a abertura por grupos financeiros que realizaram consultas em dezembro, o grupo com participação mais expressiva no Brasil foi Atividades auxiliares dos serviços financeiros (33,45%), seguido por Intermediação monetária depósitos à vista (27,24%), que totalizam 60,69% das consultas.

    No momento da consulta, 34,28% dos consumidores possuíam alguma restrição ativa.

    “Para quem precisa de crédito, mas está com dificuldades, a dica é negociar dívidas atrasadas priorizando as de menor valor e buscando boas negociações. É importante procurar instituições que ofereçam linhas de credito mais baratas, e sempre utilizar o crédito de forma consciente, com um propósito definido, para evitar o risco de endividamento excessivo”, alerta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

    Abrindo os resultados por região, o Sudeste apresentou a maior participação no número de consultas em dezembro, com 45,53%, seguido pelo Nordeste (21,52%), Sul (17,95%), Centro‐Oeste (8,39%) e Norte (6,61%).

  • Teto dos juros do consignado aumenta, mas bancos ficam aquém do pedido

    Teto dos juros do consignado aumenta, mas bancos ficam aquém do pedido

    O Conselho da Previdência Social aprovou nesta quinta-feira (9) um aumento no teto dos juros do consignado, modalidade de crédito que permite a aposentados e pensionistas contraírem empréstimos com descontos diretos na folha de pagamento. A decisão, porém, ficou abaixo do esperado pelos bancos, que haviam pedido um reajuste mais expressivo.

    A nova regra, que entra em vigor em cinco dias, após publicação no Diário Oficial da União, busca equilibrar os interesses das instituições financeiras, que alegavam prejuízos com o congelamento do teto desde junho de 2024, e a proteção aos consumidores.

    O aumento do teto dos juros do consignado se justifica pela recente alta da taxa Selic, que elevou o custo do dinheiro na economia.

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    Com o encarecimento do crédito, os bancos argumentavam que a rentabilidade das operações de consignado havia sido comprometida, o que levou à redução da oferta de empréstimos.

    Inicialmente, as instituições financeiras haviam solicitado um teto de 1,99% ao mês, mas a proposta foi rejeitada pela maioria dos conselheiros. O novo limite estabelecido pelo Conselho ainda não foi divulgado oficialmente.

    Impacto dos juros do consignado para os consumidores

    Em 2025 haverá ajuste na idade para pedir aposentadoria. Entenda o que vai valer - Divulgação/INSS
    Impacto dos juros do consignado para os consumidores- Divulgação/INSS

    A expectativa é que o aumento do teto dos juros do consignado leve a uma maior oferta de crédito e a condições mais atrativas para os consumidores. No entanto, é importante ressaltar que o consignado continua sendo uma modalidade de crédito com taxas de juros menores em comparação com outras opções disponíveis no mercado.

    Para os aposentados e pensionistas, o consignado é uma importante fonte de crédito, permitindo a realização de sonhos, como a compra de um bem durável ou a realização de reformas na casa. Além disso, muitos utilizam o crédito consignado para fechar as contas do mês ou fazer frente a despesas emergenciais.

    Um mercado bilionário dos juros do consignado

    Dinheiro, Real Moeda brasileira Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo
    Um mercado bilionário dos juros do consignado Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo

    O mercado de crédito consignado é um dos maiores do país, movimentando cerca de R$ 270 bilhões. Essa modalidade de crédito representa cerca de 40% do total do saldo do consignado do setor público e privado.

    Próximos passos

    A decisão do Conselho Nacional da Previdência Social deve ser analisada com atenção pelos bancos e pelos consumidores.

    É esperado que as instituições financeiras reavaliem suas estratégias de concessão de crédito e que os consumidores comparem as ofertas disponíveis no mercado antes de contratar um empréstimo.

  • Crédito do BNDES para micro, pequenas e médias empresa sobe 46% no ano

    Crédito do BNDES para micro, pequenas e médias empresa sobe 46% no ano

    Entre janeiro e novembro de 2024, o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) subiu 46% em relação ao mesmo período de 2023. Ao todo, foram aprovados créditos no montante de R$ 80,1 bilhões, superior ao valor de R$ 54,8 bilhões do ano anterior.

    Nesses 11 meses, os agentes financeiros parceiros do banco foram responsáveis pela aprovação de crédito no valor de R$ 100,4 bilhões para empresas de todos os portes. Apenas para MPMEs, os recursos representaram 80% do valor. No mesmo período de 2023, quando os agentes financeiros operaram R$ 74,5 bilhões no total, 73% do valor foi destinado a micro, pequenas e médias empresas.

    “A parceria do BNDES com os agentes financeiros permite que o banco alcance mais de 90% dos municípios brasileiros, contribuindo com a ampliação do acesso ao crédito a micro, pequenas e médias empresas, um segmento fundamental para a economia do país e para a geração de empregos, além de reduzir as desigualdades regionais”, destacou o presidente da instituição, Aloizio Mercadante.

  • Desenvolve MT impulsiona turismo em Mato Grosso com R$ 8 milhões em crédito em 2024

    Desenvolve MT impulsiona turismo em Mato Grosso com R$ 8 milhões em crédito em 2024

    A Desenvolve MT, Agência de Fomento ao Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, consolidou-se como uma parceira no fortalecimento do turismo no Estado em 2024. Ao longo do ano, foram liberados mais de R$ 8 milhões em crédito para apoiar empreendedores de diferentes segmentos do ramo. Esse volume de recursos reflete um crescimento expressivo no apoio ao trade turístico, impactando diretamente na modernização e expansão de negócios essenciais para o desenvolvimento local.

    Os recursos foram direcionados a empresas de diversos segmentos, como restaurantes, cafeterias, bares e similares, que receberam cerca de R$ 3,6 milhões. O setor de prestadores especializados em segmentos turísticos obteve aproximadamente R$ 1,3 milhão, enquanto os meios de hospedagem receberam mais de R$ 1,9 milhão em crédito. Empreendimentos voltados à infraestrutura de apoio a eventos e turismo náutico também receberam financiamentos para expansão e modernização.

    Esses valores refletem o impacto positivo do crédito no fortalecimento do setor turístico em Mato Grosso, contribuindo para o crescimento e a diversificação da economia local. Outros segmentos, como casas de espetáculos, organizadoras de eventos, transportadoras turísticas e agências de turismo, também foram beneficiados, consolidando o impacto da linha no ecossistema do turismo do estado.

    Juliana Medina, empreendedora do setor, relata o apoio recebido. “A Agência nos auxiliou muito com esse crédito, e nosso negócio ganhou uma linha prime onde vamos focar e desenvolver o turismo em Mato Grosso”, comentou.

    Crédito acessível e condições diferenciadas

    A linha Desenvolve Turismo oferece recursos de até R$ 1,5 milhão, com taxas de juros de 1% ao mês e prazos de até 120 meses. Há também carência de até 24 meses e desconto de 30% nas taxas de juros para pagamentos em dia. Entre os itens financiáveis estão obras civis, máquinas e equipamentos, energia solar e capital de giro.

    O Secretário Adjunto de Turismo, Felipe Wellaton, destacou o impacto da iniciativa. “Não existe Turismo sem CNPJ. Estimular os negócios do setor por meio do crédito fortalece a cadeia, permitindo que os destinos sejam vivenciados com qualidade e sustentabilidade”, afirmou.

    Projeções para 2025 e descentralização do crédito

    Com resultados positivos em 2024, a Desenvolve MT planeja ampliar os recursos liberados em 2025, focando em áreas como energia renovável, infraestrutura sustentável e tecnologia. A agência visa descentralizar o crédito, alcançando mais empreendedores no interior do estado, estimulando o crescimento de novos polos turísticos em Mato Grosso.

    “Após os sucessos em 2024, nossos objetivos para 2025 são ainda mais ambiciosos. Queremos ampliar os recursos disponíveis e alcançar mais empreendedores, descentralizando o crédito e fomentando a economia no Estado”, afirmou Hélio Tito, Diretor de Crédito e Desenvolvimento.

    Microempreendedores Individuais (MEI), Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) podem solicitar o financiamento através do site da Desenvolve MT ou com agentes de crédito. Pagamentos em dia garantem um bônus de 30% na taxa de juros.

    A Desenvolve MT reafirma seu compromisso em fortalecer o setor turístico de Mato Grosso, promovendo modernização, geração de emprego e crescimento sustentável.

    Fonte: SECOM Mato Grosso

  • Saiba mais detalhes sobre o cartão de crédito para MEI

    Saiba mais detalhes sobre o cartão de crédito para MEI

    Uma nova ferramenta de apoio aos microempreendedores individuais foi lançada: o cartão de crédito para MEI, exclusivo para o Microempreendedor Individual.

    O produto, resultado de uma parceria inicial com o Banco do Brasil, oferece um conjunto de funcionalidades que visam simplificar a gestão financeira e impulsionar o desenvolvimento desses negócios.

    O Cartão MEI funcionará como um cartão de débito e crédito, proporcionando maior flexibilidade nas transações comerciais. Além disso, o cartão oferece acesso a plataformas de engajamento e capacitação, buscando fornecer recursos e conhecimento para o crescimento dos MEIs.

    Um QR Code integrado ao cartão redireciona o usuário diretamente para o Portal do Empreendedor, centralizando o acesso a serviços e informações importantes.

    Objetivo do cartão de crédito para MEI

    O que é MEI?
    Objetivo do cartão de crédito para MEI

    O objetivo principal do Cartão MEI é contribuir para a formalização de novos empreendedores, facilitar as operações comerciais e promover a sustentabilidade dos pequenos negócios. A expectativa é que, em breve, outras instituições financeiras também possam oferecer o cartão, ampliando o acesso a essa ferramenta.

    Durante o evento, foi destacada a importância dos MEIs, microempresas (MEs) e empresas de pequeno porte (EPPs) para a economia brasileira. Esses segmentos representam 27% do PIB nacional, correspondem a 99% dos CNPJs do país e são responsáveis por gerar 6 em cada dez empregos criados no Brasil.

    O Cartão MEI se soma a outras iniciativas de apoio aos pequenos negócios, como o Programa Acredita, que inclui o Desenrola Pequenos Negócios (que já renegociou R$3 bilhões em dívidas, beneficiando 65 mil empresas) e o Procred 360 (com R$ 260 milhões emprestados a 8 mil empresas).

    Em resumo, o Cartão MEI, exclusivo para o Microempreendedor Individual, surge como uma ferramenta prática e abrangente, oferecendo desde funcionalidades básicas de débito e crédito até recursos de capacitação e acesso facilitado a informações relevantes para a gestão do negócio. A iniciativa busca fortalecer esse importante setor da economia, simplificando processos e impulsionando o crescimento dos MEIs.