Tag: crédito

  • Governo Federal regulamenta o programa Acredita no Primeiro Passo

    Governo Federal regulamenta o programa Acredita no Primeiro Passo

    Foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (5/4), a portaria que regulamenta o Programa Acredita no Primeiro Passo. A iniciativa do Governo Federal tem como objetivo promover a inclusão socioeconômica e produtiva de famílias em situação de vulnerabilidade e inscritas no CadÚnico. O programa é focado em territórios de alta vulnerabilidade socioeconômica, com prioridade para pessoas com deficiência, mulheres, jovens, negros, populações tradicionais e ribeirinhas.

    ACESSO AO CRÉDITO — Lançado oficialmente em outubro de 2024, o Acredita no Primeiro Passo já beneficiou mais de 87 mil pessoas com oferta de microcrédito a partir de taxas mais baixas para inscritos no CadÚnico. Foram liberados mais de R$ 726 milhões em crédito para impulsionar pequenos negócios em todo o país. A maior parte das contratações foram feitas pelo público feminino — mais de 70%. As ações são voltadas para pessoas que já têm um negócio ou querem começar uma empresa.

    Publicada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, a Portaria nº 1.081 regulamenta a política e lista as metas do Acredita no Primeiro Passo:

    • Superar a exclusão social e os efeitos multidimensionais da pobreza nas condições de acesso e permanência no mundo do trabalho

    • Inclusão social e produtiva, por meio do acesso a oportunidades de trabalho e de geração de renda, em conformidade com a Agenda do Trabalho Decente preconizada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT)

    • Ampliar o acesso a políticas e serviços públicos, ao fomento produtivo, à qualificação e à educação profissional e tecnológica, inclusão financeira e políticas ativas de trabalho, emprego e renda

    • Superação de desigualdades estruturais de gênero e raça quanto ao acesso e permanência no mercado de trabalho, à ocupação e à geração de renda

    AÇÕES — O programa também conta com diversas ações para alcançar esses objetivos, que vão desde o uso do CadÚnico para identificar os beneficiários até a regulamentação de políticas de acesso ao crédito. Entre as medidas, também estão previstas:

    • Ações estruturadas de mobilização, encaminhamento e apoio à permanência nas políticas de inclusão produtiva

    • Articulação com o Sistema Único de Assistência Social (SUAS)

    • Coordenação intersetorial das ações para ampliar a inclusão e permanência do público-alvo no mercado de trabalho

    • Criação de mecanismos e procedimentos de participação social em seus regulamentos.

    EIXOS — O Acredita no Primeiro Passo está estruturado em três eixos:

    • Acesso ao emprego: estratégias de intermediação de mão de obra, articulação com o setor público e privado para o mapeamento de oportunidades

    • Promoção da empregabilidade: estratégias de qualificação profissional, elevação da escolaridade, aprendizagem e orientação profissional

    • Estímulo ao empreendedorismo: estratégias de fomento, assistência técnica e gerencial, educação empreendedora e financeira, e acesso ao crédito.

    Outras ações também poderão ser agregadas, segundo a portaria.

    EXECUÇÃO — A execução do Acredita no Primeiro Passo será feita pela União, com possibilidade de adesão de estados, municípios, Distrito Federal, sociedade civil e instituições públicas ou privadas. Para isso, poderão ser firmados contratos, convênios, acordos de cooperação, termos de execução descentralizada, instrumentos de transferência fundo a fundo, ajustes ou outros instrumentos congêneres com a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

    MONITORAMENTO — A Secretaria de Inclusão Socioeconômica do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) é responsável pela coordenação do programa. As atribuições incluem monitorar e avaliar a execução, elaborar estudos e pesquisas sobre inclusão produtiva, estabelecer diretrizes para o acesso ao crédito e apresentar relatório anual de atividades e resultados.

    O QUE É — Instituído pela Lei nº 14.995, de 10 de outubro de 2024, o programa apoia ações que incentivam a qualificação profissional e a inserção dos cidadãos no mundo do trabalho, por meio do emprego e do empreendedorismo, com promoção do acesso ao microcrédito produtivo orientado e apoio para a estruturação de empreendimentos sustentáveis. O Acredita no Primeiro Passo oferece cursos de qualificação profissional, oportunidades de emprego e apoio ao empreendedorismo para pessoas entre 16 e 65 anos de idade, com as informações atualizadas no CadÚnico.

  • Em Várzea Grande, Compem e NAC da Fiemt fazem a ponte entre micro e pequenos empresários e linhas de crédito com taxas reduzidas

    Em Várzea Grande, Compem e NAC da Fiemt fazem a ponte entre micro e pequenos empresários e linhas de crédito com taxas reduzidas

    Micro e pequenos empreendedores de Várzea Grande tiveram a oportunidade de conhecer linhas de crédito com juros acessíveis de até 0,3% ao mês em uma reunião realizada na noite desta terça-feira (22), na sede da AssociaçãoMato-grossense dos Atacadistas e Distribuidores (Amad).

    A iniciativa foi da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), por meio do Conselho Temático da Micro e Pequena Empresa (Compem) e do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC), em parceria com a Desenvolve MT e a Prefeitura de Várzea Grande.

    O encontro reuniu mais de 60 empreendedores com o objetivo de fomentar o desenvolvimento das micro e pequenas empresas e a competitividade da indústria mato-grossense, afirmou o presidente do Compem, Ayres dos Santos Neto.

    “A Fiemt está fazendo uma ponte entre quem precisa de crédito e as instituições financiadoras. Nós já estamos programando o próximo encontro, e espero que as pessoas alcancem o crédito que eles estão precisando, que a gente consiga desenvolver o município”, afirmou Ayres.

    A gestora do Núcleo de Acesso ao Crédito da Fiemt (NAC), Maria Christina Seror, destaca que o setor está de portas abertas para auxiliar as Micro e Pequenas Empresas a encontrarem linhas de crédito.

    A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti, ressaltou a importância do trabalho conjunto com a Fiemt e Desenvolve MT para mostrar que existe opção para quem quer alavancar o seu negócio. “Para transformar, nós temos que ter coragem. E o microempreendedor tem que ter coragem de se formalizar, coragem de investir, coragem de buscar o recurso para crescer”, afirmou.

    O gerente de Programas e Produtos da Desenvolve MT, Wilson Andrade, apresentou as linhas de crédito disponíveis, com destaque para a Desenvolve Mulher e Jovem Empreendedor. Nesta categoria, com taxas praticadas são de até 0,3% ao mês, com seis meses de carência e liberação de até R$ 15 mil.

    O crédito é subsidiado e muito abaixo das taxas praticadas por outras instituições bancárias, destacou Helio Tito Simões de Arruda, Diretor de Desenvolvimento e Crédito da Desenvolve MT.

    “A Desenvolve MT e o governo de Estado tem a determinação de diminuir a desigualdade e fomentar a economia. Nós emprestamos para mulher empreendedora com a taxa de 0,3% ao mês, não existe isso em outros lugares. E para um grande empresário até 0,7% ao mês, que em qualquer banco é 3, 4%. Então, esses eventos nos auxiliam muito, porque a gente consegue divulgar o nosso trabalho e as linhas de crédito”.

    O evento teve impacto positivo entre os participantes. Valter Ramos Mota Júnior, empresário do ramo de insulfilme para veículos há mais de 15 anos se interessou pelas oportunidades apresentadas. “Como estamos querendo ampliar mais o negócio, viemos pra ver como funciona. Foi muito bom conhecer e com certeza vamos procurar essa linha de crédito. Já vamos fazer o cadastro”.

    Também estiveram presentes o vice-prefeito, Tião da Zaeli, o vereador Samir Japonês, o secretário de Administração de Várzea Grande, Antônio Roberto Possas de Carvalho e outras autoridades municipais.

  • BNDES faz parceria para atender mais cooperativas com créditos

    BNDES faz parceria para atender mais cooperativas com créditos

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quer mais cooperativas na sua carteira de crédito. A instituição, que desembolsou R$ 37 bilhões em financiamentos para esse tipo de organização produtiva em 2024, assinou nesta quinta-feira (10) um acordo de cooperação técnica para ampliar o acesso das cooperativas ao crédito no banco.

    O termo foi acertado pelos presidentes do BNDES, Aloizio Mercadante, e do Sistema Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Freitas, na sede do banco, no Rio de Janeiro.

    Mercadante ressaltou que o país tem 4,5 mil cooperativas atualmente, número 50% a mais do que há 20 anos. A maior parte atuando na agropecuária.

    “Metade da produção de alimentos no Brasil hoje é feita pelo cooperativismo”, lembrou.

    Segundo ele, são 23,5 milhões de trabalhadores cooperados, o que representa 550 mil empregos formais. Esse sistema de produção fatura R$ 692 bilhões por ano.

    Funcionamento

    Cooperativas funcionam como se fossem empresas em que os trabalhadores são sócios do negócio. Os associados, líderes e representantes têm total responsabilidade pela gestão e fiscalização da cooperativa.

    Por não terem fins lucrativos, os resultados positivos da atividade econômica desempenhada são distribuídos entre os cooperados. Há cooperativas em diversos ramos da economia. As de crédito, por exemplo, fecham contratos de empréstimos com juros mais baixos do que os bancos privados.

    “É um sistema de organização da produção muito generoso, que constrói solidariedade, eficiência e resiliência”, diz Mercadante.

    Faturamento

    Em 2024, 73% dos contratos de crédito do BNDES foram direcionados para o sistema cooperativo, o que representa R$ 37 bilhões. Desse montante, R$ 34,4 bilhões foram direcionados para pequenas e médias empresas.

    Aloizio Mercadante apontou que as cooperativas de crédito têm a função de levar a oferta de crédito, inclusive, para pequenas cidades onde não há agências bancárias.

    “Mais de mil cidades não têm agências bancárias, só cooperativa. É um instrumento capilar de acesso ao crédito. Chegam onde as agências não chegam mais”, disse Mercadante.

    Mercadante ressaltou que, mesmo o BNDES não estando nessas localidades e sendo representado por cooperativas de crédito, o sistema é seguro, pois conta com a fiscalização do Banco Central (BC).

    O presidente do BNDES enfatizou a intenção de aumentar a presença dessa forma de organização nas regiões Norte e Nordeste.

    “Elas [cooperativas] são muito fortes no Sul, em função da colonização; no Sudeste, que é a colonização europeia e asiática, e agora estão avançando no Centro-Oeste. O nosso próximo capítulo é dar muito impulso ao cooperativismo no Norte e Nordeste”, defendeu.

    Questionado sobre qual a meta de concessão de crédito ao segmento de cooperativas, Mercadante disse que “depende da força deles”.

    O presidente da OCB, Márcio Freitas, informou que a organização tem a meta de levar o faturamento total das cooperativas em até R$ 1 trilhão até 2027.

    “A meta está lançada, chegar a 30 milhões de brasileiros cooperados e, provavelmente, chegando a um milhão de empregos diretos, com carteira assinada”, avaliou.

    Mais renda

    Além da assinatura do acordo entre o banco público e a entidade de representação do cooperativismo no Brasil, foi realizado um seminário sobre impactos do cooperativismo no desenvolvimento do país.

    O pesquisador Alison Pablo de Oliveira, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ligada à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), apresentou dados sobre locais que têm presença de cooperativas de crédito.

    O estudo mostra que foram gerados 25,3 empregos formais para cada grupo de 1 mil habitantes nessas localidades. Além disso, foi identificado incremento de R$ 115,50 na massa salarial por habitante.

    O levantamento aponta também que a presença das cooperativas de crédito retirou 12,3 famílias da extrema pobreza para cada grupo de 1 mil habitantes. Outro dado é a diminuição de 20,5 famílias no Cadastro Único (CadÚnico), direcionado a famílias mais pobres, a cada grupo de 1 mil habitantes.

    Segundo Oliveira, onde há agência de cooperativismo de crédito, as famílias passam a depender menos do Estado.

    “Com ganhos de renda e empregabilidade maior, as famílias conseguiam superar a pobreza de maneira sustentável por meio da inclusão produtiva e econômica”, disse.

    O BNDES é um banco público de fomento ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e tem entre as funções fomentar setores estratégicos da economia por meio de crédito e investimentos diretos. Parte dos empréstimos são subsidiados, isto é, mais baratos.

  • Juros médios cobrados pelos bancos chegam a 43,7% ao ano em fevereiro

    Juros médios cobrados pelos bancos chegam a 43,7% ao ano em fevereiro

    A taxa média de juros para as famílias e as empresas chegou, em fevereiro, a 43,7% ao ano nas concessões de empréstimos no crédito livre. O resultado representa um aumento de 1,5 ponto percentual (pp) em um mês e de de 3,4 pp em 12 meses, segundo as Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgadas nesta quarta-feira (9) pelo Banco Central (BC).

    A elevação dos juros bancários acompanha um momento de alta da taxa básica de juros da economia, a Selic, definida em 14,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. A Selic é o principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação. O Banco Central justifica o aumento da taxa com a necessidade de esfriar a demanda e conter a inflação, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, fazendo com que as pessoas consumam menos e os preços caíam.

    As estatísicas mostram que a taxa de captação de recursos livres dos bancos (o quanto é pago pelo crédito) subiu 0,6 pp no mês e 0,7 pp em 12 meses, chegando a 32,3% em fevereiro. Até o fim do ano, a previsão dos analistas é que a Selic suba para 15%.

    Contratações de crédito taxa média de juros variação fev/jan variação fev25/fev24 para famílias 56,3% ↑ 2,4 pp ↑ 3,6 pp para empresas 23,9% ↓ 0,2 pp ↑ 2,3 pp

    Nas novas contratações de crédito para as famílias, a taxa média de juros livres atingiu 56,3% ao ano, com altas de 2,4 pp no mês e de 3,6 pp em 12 meses. De acordo com o BC, o aumento no mês é resultado, basicamente, da elevação das taxas de juros das operações de cartão de crédito rotativo, em 9,6 pp, para 450,6% ao ano, e de crédito pessoal não consignado, em 6,1 pp, para 105,9% ao ano.

    O crédito rotativo dura 30 dias e é tomado pelo consumidor quando se paga menos que o valor integral da fatura do cartão de crédito ─ utilizando a parcela mínima, por exemplo. Ou seja, nesse momento, o cliente contrai um empréstimo e começa a pagar juros sobre o valor que não conseguiu quitar. A modalidade é uma das mais altas do mercado.

    Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida do cartão de crédito. Nesse caso do cartão parcelado, os juros subiram 7,2 pp no mês e caíram 7,1 pp em 12 meses, indo para 181,8% ao ano.

    Nas contratações para as empresas, a taxa média do crédito livre ficou em 23,9% ao ano, com redução de 0,2 pp no mês. Foram determinantes para isso os recuos nas taxas médias de cartão de crédito rotativo, de 39,2 pp, e de capital de giro com prazo até 365 dias, 5,4 pp. Em 12 meses, entretanto, o aumento é de 2,3 pp.

    Segundo o BC, em fevereiro, tanto o efeito da variação das taxas de juros (efeito taxa) quanto o efeito da alteração na composição dos saldos (efeito saldo) foram determinantes para a elevação das taxas médias de juros do crédito livre.

    Crédito direcionado

    No crédito livre, os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado ─ com regras definidas pelo governo ─ é destinado basicamente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

    No caso do crédito direcionado, a taxa para pessoas físicas ficou em 10,5% ao ano em fevereiro, com redução de 0,8 pp em relação ao mês anterior e alta de 1,1 pp em 12 meses. Para empresas, a taxa caiu 1 pp no mês e aumentou 1,4 pp em 12 meses, indo para 13,5% ao ano.

    Assim, a taxa média no crédito direcionado ficou em 11,2% ao ano, redução de 0,8 pp no mês e alta de 1,1 pp em 12 meses.

    Saldos das operações

    Em fevereiro, as concessões de crédito tiveram queda de 1,2%, chegando a R$ 575,5 bilhões, resultado da redução de 4,2% para as pessoas físicas e aumento de 2,7% para empresas.

    As concessões de crédito direcionado subiram 19,1% no mês, enquanto no crédito livre houve redução de 3%.

    Com isso, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou em R$ 6,486 trilhões, um crescimento de 0,4% em relação a janeiro. Na comparação interanual, com fevereiro do ano passado, o crédito total cresceu 11,8%.

    O resultado refletiu aumento de 0,5% no saldo das operações de crédito pactuadas com pessoas jurídicas (R$ 2,459 trilhões) e o incremento de 0,4% no de pessoas físicas (R$ 4,027 trilhões).

    Já o crédito ampliado ao setor não financeiro ─ que é o crédito disponível para empresas, famílias e governos, independentemente da fonte (bancário, mercado de título ou dívida externa) ─ alcançou R$ 18,789 trilhões, com aumento de 1,7% no mês, refletindo, principalmente, o acréscimo de 3,6% nos títulos públicos de dívida. Em 12 meses, o crédito ampliado cresceu 14,9%, com avanços de 16,9% nos títulos de dívida e de 11,4% nos empréstimos.

    Endividamento das famílias

    Segundo o Banco Central, a inadimplência ─ atrasos acima de 90 dias ─ se mantém estável há bastante tempo, com pequenas oscilações. Ela registrou 3,3% em fevereiro. Nas operações para pessoas físicas, situa-se em 3,8%, e para pessoas jurídicas em 2,3%.

    O endividamento das famílias ─ relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses ─ ficou em 48,7% em janeiro, aumento de 0,3 pp no mês e de 0,9 pp em 12 meses. Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, o endividamento ficou em 30,6% no primeiro mês do ano.

    Já o comprometimento da renda ─ relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período ─ ficou em 27,3% em janeiro, aumento de 0,3 pp na passagem do mês e de 1,5% em 12 meses.

    Esses dois últimos indicadores são apresentados com uma defasagem maior do mês de divulgação, pois o Banco Central usa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

  • Oito em cada dez consumidores voltam a ser negativados em menos de um ano, aponta CNDL e SPC Brasil

    Oito em cada dez consumidores voltam a ser negativados em menos de um ano, aponta CNDL e SPC Brasil

    O Indicador de Reincidência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelou que oito em cada dez consumidores retornam aos cadastros de inadimplentes menos de um ano após terem quitado uma dívida. Em fevereiro de 2025, 85,88% das negativações registradas foram de consumidores reincidentes, ou seja, que já haviam sido incluídos no cadastro de inadimplentes nos últimos 12 meses.

    Do total de reincidentes, 65,44% ainda possuíam pendências anteriores não quitadas até fevereiro, enquanto 20,44% haviam saído da lista de inadimplência no último ano, mas voltaram a dever. Apenas 14,12% das negativações registradas foram de consumidores que não tiveram restrições de crédito nos últimos 12 meses.

    Tempo médio de reincidência é de 2,4 meses

    O estudo apontou que o tempo médio entre o vencimento de uma dívida e a reincidência é de 73 dias, ou seja, aproximadamente 2,4 meses. Essa dinâmica evidencia a dificuldade dos consumidores em manter o equilíbrio financeiro, agravada por fatores como inflação e taxas de juros elevadas.

    Apesar do alto índice de reincidência, o número de consumidores que voltaram a dever registrou queda de -7,51% nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2025, quando comparado ao mesmo período anterior.

    O presidente da CNDL, José César da Costa, alerta para os desafios econômicos que dificultam a recuperação de crédito no país. “A tendência para os próximos meses é de um cenário ainda mais desafiador, exigindo que os consumidores adotem estratégias como renegociação preventiva e um controle financeiro mais rigoroso”, afirmou.

    Brasileiros têm mais dificuldades para sair da inadimplência

    O Indicador de Recuperação de Crédito de Pessoas Físicas do SPC Brasil revelou que o número de consumidores que quitaram suas dívidas caiu -8,17% nos 12 meses encerrados em fevereiro. A maior redução foi entre aqueles que levaram de 91 dias a um ano para regularizar seus débitos, com queda de -15,49%.

    Os dados também mostram que a faixa etária com maior número de consumidores reincidentes é de 30 a 39 anos (26,50%), enquanto a de maior recuperação de crédito é a de 50 a 64 anos (24,27%). A inadimplência também se distribui de forma equilibrada entre os sexos, sendo 53,09% de mulheres e 46,91% de homens.

    O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, destacou que programas do governo para ampliar o acesso ao crédito podem ajudar, mas alerta para o risco do endividamento excessivo. “O uso responsável desses recursos é essencial para evitar um ciclo de novas dívidas e dificuldades financeiras”, pontuou.

    Em fevereiro de 2025, cada consumidor recuperado pagou, em média, R$ 2.034,23 na soma de todas as dívidas, sendo que 63,17% quitaram débitos de até R$ 500.

  • Mais de 10 milhões simulam consignado para CLT até início da tarde

    Mais de 10 milhões simulam consignado para CLT até início da tarde

    Até o início da tarde desta sexta-feira (21), mais de 10 milhões de trabalhadores tinham simulado o novo crédito consignado para empregados da iniciativa privada, divulgou o Ministério do Trabalho e Emprego. Com o potencial de oferecer crédito menos caro a até 47 milhões de pessoas, a nova modalidade entrou em vigor nesta sexta-feira.

    Até as 13h45, segundo dados da Dataprev, repassados pelo Ministério do Trabalho, foram simulados 10.455.920 pedidos de empréstimos. Desse total, 1.122.780 pessoas pediram propostas, que resultaram no fechamento de 1.244 contratos. Todo o processo foi feito por meio do aplicativo e do site Carteira de Trabalho Digital, que tem 68 milhões de trabalhadores cadastrados.

    Criado por medida provisória no dia 12, o Programa Crédito do Trabalhador na Carteira Digital de Trabalho abrange empregados da iniciativa privada com carteira assinada, incluindo empregados domésticos, trabalhadores rurais e contratados por microempreendedores individuais (MEI).

    A nova modalidade permite que o trabalhador autorize o compartilhamento de dados do eSocial, sistema eletrônico que unifica informações trabalhistas, para contratar crédito com desconto em folha.

    Com o novo programa, mais de 80 bancos e instituições financeiras poderão ter acesso ao perfil de trabalhadores com carteira assinada por meio do eSocial, sistema eletrônico obrigatório que unifica informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais de empregadores e empregados de todo o país.

    Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o volume de crédito consignado privado poderá triplicar, passando de R$ 39,7 bilhões em 2024 para mais de R$ 120 bilhões neste ano.

     

     

     

  • Crédito do Trabalhador: O que saber sobre o empréstimo?

    Crédito do Trabalhador: O que saber sobre o empréstimo?

    O governo federal lançou o crédito consignado aos trabalhadores da iniciativa privada: o Crédito do Trabalhador. Agora é possível obter empréstimos sem precisar abrir mão do saque-aniversário do FGTS, garantindo mais flexibilidade financeira.

    Essa iniciativa tem como objetivo facilitar o acesso ao crédito com juros mais baixos, menos burocracia e um processo 100% digital.

    O empréstimo é descontado diretamente na folha de pagamento, tornando as condições mais acessíveis para trabalhadores com carteira assinada.

    Crédito do Trabalhador e saque-aniversário do FGTS

    saques a partir desta terça-feira
    Crédito do Trabalhador e saque-aniversário do FGTS © José Cruz/Agência Brasil

    O grande diferencial do programa é permitir que o trabalhador solicite crédito consignado sem precisar comprometer o saque-aniversário.

    Antes, essa opção era atrelada à antecipação desse valor, o que restringia a autonomia financeira do solicitante.

    Como contratar o Crédito do Trabalhador?

    fgts saque extraordinario pode ser solicitado ate 15 de dezembro scaled
    Como contratar o Crédito do Trabalhador? © Marcelo Camargo/Agência Brasil

    O processo é simples e digital, realizado por meio da Carteira de Trabalho Digital . Veja o passo a passo:

    1️⃣ Acesse a Carteira de Trabalho Digital
    Baixe o aplicativo para Android ou iOS, ou acesse pelo site do gov.br.

    2️⃣ Solicite uma proposta de crédito
    Após o login, manifeste interesse pelo empréstimo. As instituições financeiras autorizadas acessam seus dados, como CPF, tempo de vínculo empregatício e margem consignável disponível.

    3️⃣ Receba ofertas em até 24 horas
    Os bancos cadastrados enviam propostas contendo o valor disponível, taxas de juros, prazos e condições do contrato.

    4️⃣ Compare e escolha a melhor oferta
    Analise as opções e selecione aquela que mais atende às suas necessidades financeiras.

    5️⃣ Assine o contrato digitalmente
    Toda a contratação é feita online, sem necessidade de ir presencialmente ao banco.

    Com essa nova política pública, o governo busca democratizar o acesso ao crédito para trabalhadores formais, garantindo mais segurança, taxas reduzidas e maior autonomia financeira.

  • Juros médios cobrados pelos bancos chegam a 42,3% ao ano em janeiro

    Juros médios cobrados pelos bancos chegam a 42,3% ao ano em janeiro

    A taxa média de juros para famílias e as empresas, em janeiro, chegou a 42,3% ao ano nas concessões de crédito livre. No mês, o aumento foi de 1,6 ponto percentual (p.p) e de 4,6 pontos percentuais em 12 meses, segundo as Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas nesta quinta-feira pelo Banco Central (BC).

    Nas novas contratações para empresas, o custo médio do crédito atingiu 24,2% ao ano, alta de 2,5 pontos percentuais no mês e 1,7 p.p em relação a janeiro do ano passado. Nas contratações com as famílias, o custo médio do crédito alcançou 53,9% ao ano, aumento de 0,8 p.p no mês e 1,6 p.p em 12 meses.

    De acordo com a autoridade monetária, o aumento no custo de juros para as famílias foi impulsionado pelas elevações das taxas de crédito pessoal não consignado vinculado à composição de dívidas (+5,3 p.p.) e de financiamento para a aquisição de veículos (+2,0 p.p.), bem como pela maior participação relativa das operações de cartão de crédito rotativo na composição da taxa média de juros do segmento.

    Já em relação às empresas, os motivos foram os incrementos nas taxas médias de juros das operações de cartão de crédito rotativo (+103,1 p.p.), capital de giro com prazo até 365 dias (+9,3 p.p.) e capital de giro com prazo superior a 365 dias (+1,7 p.p.).

    O BC informou ainda que o saldo das operações de crédito no Brasil se manteve estável em janeiro em comparação a dezembro, totalizando R$ 6,5 trilhões.

    “Esse desempenho decorreu do incremento de 1,2% na carteira de crédito às pessoas físicas, saldo de R$ 4 trilhões, atenuado pela redução de 1,8% no saldo das pessoas jurídicas, que situou-se em R$ 2,5 trilhões”, informou o BC.

    Em 12 meses, o crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) cresceu 11,7%, ante 11,5% do mês anterior. Os saldos de crédito às empresas e às famílias registraram aceleração, com avanços, na ordem, de 10,2% ante 9,9% em dezembro do ano passado e de 12,7% para as famílias ante 12,5% ante o mesmo mês de 2024.

    Já o saldo das operações de crédito com recursos livres – em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes – alcançou R$3,7 trilhões em janeiro, uma diminuição de 0,5% no mês e incremento de 11,5% comparativamente ao mesmo período do ano anterior.

    O crédito livre para empresas somou R$1,5 trilhão, com recuo mensal de 3,2% e incremento de 9,7% em 12 meses. O BC disse que esse resultado refletiu, em grande parte, a redução da carteira de desconto de duplicatas e outros recebíveis (-15,6%), após aumento sazonal ocorrido em dezembro, bem como os recuos nos estoques de capital de giro total (-1,0%), adiantamento de contratos de câmbio – ACC ( -2,4%), repasses externos (-6,8%) e antecipação de faturas de cartão de crédito (-2,6%).

    O crédito livre às famílias avançou 1,4% no mês e 12,7% comparativamente a janeiro do ano anterior, totalizando R$2,2 trilhões. Esse desempenho foi bastante disseminado entre suas principais modalidades, com destaque para crédito pessoal não consignado (2,6%), financiamento para aquisição de veículos (2,0%), crédito pessoal consignado para beneficiários do INSS (2,3%) e cartão de crédito rotativo (6,7%).

    Crédito direcionado

    Em relação as operações de crédito com recursos direcionados – com regras definidas pelo governo e basicamente direcionado a setores como o imobiliário, o rural, infraestrutura e microcrédito -, o BC disse que, em janeiro, o saldo totalizou R$2,7 trilhões, com altas de 0,9% no mês e de 12,1% sobre o mesmo período do ano anterior.

    Por segmento, o crédito direcionado às pessoas jurídicas avançou 0,6% no mês e 11,1% em doze meses, somando R$ 901,7 bilhões, enquanto no crédito destinado às pessoas físicas atingiu R$ 1,8 trilhão, com aumentos de 1,0% e de 12,6%, na mesma ordem.

    Inadimplência

    Em janeiro, a inadimplência do crédito total do SFN, considerados os atrasos superiores a 90 dias, alcançou 3,2% da carteira, com incremento mensal de 0,3 p.p. e redução de 0,1 p.p. na comparação com o mesmo período do ano anterior.

    Nas operações de crédito livre, a inadimplência avançou 0,3 p.p. no mês e recuou 0,2 p.p. em 12 meses, ao atingir 4,4% da carteira.

    Para as pessoas jurídicas, a inadimplência no crédito livre às alcançou 2,8% do estoque, com incremento de 0,3 p.p. no mês e redução de 0,5 p.p. em doze meses. A taxa de inadimplência da carteira de crédito livre às famílias também aumentou 0,3 p.p. no mês, mantendo-se estável em comparação ao mesmo período do ano anterior, em 5,5%.

    “O endividamento das famílias situou-se em 48,3% em dezembro, permanecendo estável em relação ao mês anterior e crescendo 0,6 p.p. comparativamente a dezembro de 2023. O comprometimento de renda aumentou 0,5 p.p. no mês, alcançando 26,8%, maior nível desde outubro de 2023, interrompendo a trajetória decrescente iniciada em setembro de 2024. A variação em doze meses atingiu +0,9 p.p.”, disse o BC.

    Crédito ampliado ao setor não financeiro

    O BC informou que, em janeiro, o saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro – formado pelos recursos captados no exterior por meio de empréstimos ou emissão de títulos – atingiu R$ 18,5 trilhões (155,6% do PIB), com queda de 0,8% no mês, resultante do decréscimo de 4,8% no estoque das captações externas – refletindo a apreciação cambial do Real de 5,9% no período. Em 12 meses, o crédito ampliado cresceu 14,4%, com avanços de 16,5% nos títulos de dívida e de 11,4% nos empréstimos locais.

    O crédito ampliado às empresas somou R$ 6,6 trilhões em janeiro, o que representa 55,2% do Produto Interno Bruto (PIB), diminuição de 1,9% no mês, ressaltando-se os recuos de 4,4% nos empréstimos externos e de 2,0% nos do SFN. Já o crédito ampliado às famílias atingiu R$4,3 trilhões (36,3% do PIB), com expansões de 1,1% no mês e de 12,6% em doze meses, refletindo, basicamente, o desempenho dos empréstimos do SFN.

  • Como Funciona o Serasa Crédito? Seu Guia Completo para Empréstimos Pessoais Online

    Como Funciona o Serasa Crédito? Seu Guia Completo para Empréstimos Pessoais Online

    O Serasa Crédito surge como uma solução inovadora, conectando você a diversas instituições financeiras e facilitando a busca pelo empréstimo pessoal ideal.

    Em um mundo cada vez mais digital, o acesso a serviços financeiros de forma rápida e descomplicada tornou-se essencial.

    O Serasa Crédito é uma plataforma online que simplifica o processo de solicitação de empréstimos pessoais. Ao reunir diversas ofertas em um só lugar, você economiza tempo e tem a oportunidade de comparar as melhores opções disponíveis no mercado.

    Saiba Funciona o Serasa Crédito

    Crédito digital: O futuro da economia na palma da mão
    Saiba Funciona o Serasa Crédito | Foto: Canva
    1. Cadastro: Crie sua conta no Serasa Crédito, informando seus dados pessoais e financeiros.
    2. Análise de Crédito: A plataforma analisa seu perfil com base em seu histórico financeiro e score de crédito.
    3. Simulação: Simule diferentes cenários de empréstimo, ajustando valor, taxa de juros e prazo de pagamento.
    4. Comparação: Compare as ofertas de diversas instituições financeiras e escolha a que melhor se adapta às suas necessidades.
    5. Solicitação: Solicite o empréstimo escolhido de forma online, com aprovação rápida e sem burocracia.

    Vantagens do Serasa Crédito

    Serasa Score: Como ele impacta sua vida financeira e seus negócios
    Vantagens do Serasa Crédito
    • Praticidade: Solicitação 100% online, sem necessidade de sair de casa.
    • Agilidade: Aprovação rápida, com resposta em poucas horas.
    • Taxas Competitivas: Compare ofertas e encontre as melhores taxas de juros do mercado.
    • Variedade de Opções: Diversas modalidades de crédito, como empréstimo pessoal e crédito consignado.
    • Facilidade de Comparação: Analise diferentes propostas em um só lugar, facilitando a tomada de decisão.

    Passo a Passo para Solicitar seu Empréstimo

    Feirão Limpa Nome – Correios, Ministério da Fazenda e Serasa se unem em mutirão de combate à inadimplência - Foto: Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil
    Passo a Passo para Solicitar seu Empréstimo– Foto: Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil
    1. Acesse a Plataforma: Visite o site oficial do Serasa Crédito.
    2. Crie sua Conta: Informe seus dados pessoais e financeiros.
    3. Simule seu Empréstimo: Utilize a ferramenta de simulação para encontrar as melhores opções.
    4. Escolha a Oferta: Compare as propostas e selecione a que mais lhe agrada.
    5. Solicite o Empréstimo: Envie sua solicitação online e aguarde a aprovação.
    6. Receba o Crédito: Após a aprovação, o dinheiro será depositado em sua conta.

    Dicas Importantes

    O Que é o Serasa Score?
    Passo a Passo para Solicitar seu Empréstimo
    • Mantenha seu score de crédito em dia, pagando suas contas em dia e evitando dívidas.
    • Compare as taxas de juros e o Custo Efetivo Total (CET) das diferentes ofertas.
    • Leia atentamente o contrato antes de assinar, verificando todas as condições do empréstimo.

    O Serasa Crédito é uma ferramenta poderosa para quem busca crédito de forma rápida, segura e transparente. Com ele, você tem o controle da sua vida financeira e toma decisões conscientes para alcançar seus objetivos.

  • Crédito Facilitado: Entenda o Programa Acredita no Primeiro Passo

    Crédito Facilitado: Entenda o Programa Acredita no Primeiro Passo

    Você já ouviu falar do Programa Acredita no Primeiro Passo? O acesso ao crédito é um dos principais desafios para pequenos empreendedores que buscam iniciar ou expandir seus negócios.

    Para enfrentar essa barreira, o Governo Federal lançou, em outubro de 2024, o Programa Acredita no Primeiro Passo. Desde então, a iniciativa já beneficiou 68,4 mil pessoas, totalizando R$ 623,3 milhões em operações contratadas.

    O programa é voltado para quem está inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) e oferece linhas de crédito com juros reduzidos, viabilizadas por meio de parcerias com instituições financeiras.

    Com isso, promove a inclusão socioeconômica e incentiva o empreendedorismo entre grupos mais vulneráveis.

    Como Funciona o Programa Acredita no Primeiro Passo?

    Foto de foguete. imagem de foguete, canetão
    Como Funciona o Programa Acredita no Primeiro Passo? Imagem: Canva

    Os recursos do programa Acredita no Primeiro Passo são disponibilizados por diversos bancos e agências de fomento. O Banco do Nordeste (BNB) lidera as liberações, com R$ 619,1 milhões concedidos aos beneficiários. Outros bancos que operam o crédito incluem:

    • Banco da Amazônia: R$ 2,1 milhões;
    • Agência de Fomento do Rio Grande do Norte: R$ 1 milhão;
    • Badespi: R$ 963 mil;
    • Banco do Estado do Pará: R$ 17,5 mil.

    De acordo com o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, a iniciativa é essencial para que milhares de famílias superem a insegurança alimentar e conquistem autonomia financeira.

    Mulheres no Comando

    Foto de empresária, imagem de mulher, foto de mulher, mulher com tablet
    Mulheres no Comando | Foto: Canva

    Um dos diferenciais do programa é a prioridade dada ao público feminino. Das 68,4 mil pessoas beneficiadas, 47,57 mil são mulheres, representando 70% das operações de crédito.

    Leia também: Como Organizar a Vida Financeira?

    O protagonismo feminino no empreendedorismo tem sido um dos pilares da iniciativa, contribuindo para a independência financeira de milhares de brasileiras.

    O Futuro do Programa

    Foto da Caixa, prédio da Caixa, imagem de banco
    O Futuro do Programa

    Para 2025, o governo pretende ampliar ainda mais o alcance do programa, com a inclusão de novas instituições financeiras, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. Segundo o secretário de Inclusão Socioeconômica do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Luiz Carlos Everton, a expectativa é que o volume de crédito concedido chegue a R$ 2 bilhões no próximo ano.

    Essa expansão será possível graças ao Fundo Garantidor, um mecanismo criado pelo Governo Federal para oferecer segurança às instituições financeiras e facilitar a concessão de crédito aos empreendedores de baixa renda.

    Mais do que Crédito: Capacitação e Emprego

    Foto de mulher, Imagem de empresária, Mulher com Notebook
    Mais do que Crédito: Capacitação e Emprego

    O Programa Acredita no Primeiro Passo vai além do financiamento. Ele é estruturado em três pilares:

    Capacitação Profissional – Cursos gratuitos de qualificação, educação financeira e empreendedorismo para que os beneficiários possam gerenciar melhor seus negócios.

    Acesso ao Emprego – Apoio na busca por oportunidades de trabalho, além de ferramentas para a criação de currículos e intermediação com empresas.

    Apoio ao Empreendedorismo – Orientação para quem deseja abrir ou expandir um negócio, com suporte técnico e crédito facilitado.

    Os interessados podem buscar informações em agências bancárias, Salas do Empreendedor do Sebrae e entidades credenciadas ao Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado.

    Quem Pode Participar do Programa Acredita no Primeiro Passo?

    O programa é voltado para pessoas de 16 a 65 anos inscritas no CadÚnico e com informações atualizadas. A prioridade é para pessoas com deficiência, mulheres, jovens, negros e integrantes de populações tradicionais e ribeirinhas.

    Se você se encaixa no perfil e deseja começar seu próprio negócio ou investir em sua qualificação, esta pode ser a oportunidade ideal para dar o primeiro passo rumo à independência financeira!