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  • Beth Gomes e Gabrielzinho levarão bandeira do Brasil na Paralimpíada

    Beth Gomes e Gabrielzinho levarão bandeira do Brasil na Paralimpíada

    Os atuais campeões paralímpicos Beth Gomes (atletismo) e Gabriel Araújo (natação) serão os porta-bandeiras da delegação brasileira na abertura oficial dos Jogos de Paris, a partir das 15h (horário de Brasília) de quarta-feira (28). Aos 59 anos, a multicampeã no lançamento de disco e arremesso de peso, desfilará ao lado de Gabrielzinho, de apenas 22, que faturou dois ouros e uma prata em Tóquio 2020, sua primeira Paralimpíada.

    O desfile dos atletas que maraca a abertura dos Jogos Paralímpicos terá início na famosa Avenue Champs-Elysées (Avenida Campos Elísios) e terminará na Place de la Concorde (Praça da Concórdia), a maior da Cidade Luz.

    Os porta-bandeiras Beth e Gabrielzinho, anunciados hoje pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), competem nas modalidades com mais pódios do Brasil na história das Paralimpíadas: atletismo e natação. Em Tóquio, Beth foi campeã no lançamento de disco F52 (atletas que competem sentados), e Gabrielzinho faturou ouro 200 metros livre e nos 50m costas, além de prata nos 100m costas na classe S2 (limitações físico-motoras).

    “É uma sensação muito boa, uma realização. Todos nós atletas paralímpicos sonhamos com este dia. Receber esta notícia de que eu seria a atleta que iria conduzir o pavilhão do nosso Brasil foi muito emocionante, as lágrimas caíram. Vou honrar a nossa bandeira com a maior maestria e representar todos os atletas paralímpicos que estão em Paris e também aqueles atletas que sonham um dia estar aqui, porque sonhos são para ser realizados. Estou aqui por vocês e por todos”, disse Beth, atual recordista mundial no lançamento de disco da classe F53 (atletas que competem sentados).

    Durante o ciclo preparatório para Paris, Beth Gomes, de 59 anos, colecionou ótimos resultados, o último deles foi a quebra do próprio recorde mundial no lançamento de dardo, no Troféu Brasil, em junho. Natural de Santos, a lançadora cravou 18,45m (a marca anterior era de 17,80m, obtida em 2023 nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago). Um mês antes, no Mundial de Atletismo em Kobe (Japão), a santista foi ouro no lançamento de disco e prata no arremesso de peso. No ano passado, Beth amealhou dois ouros, um em cada prova.

    “Beth e Gabriel são dois dos grandes nomes que o Brasil traz a Paris depois de um ciclo impecável, com resultados esportivos e aproveitamento impressionantes nas principais competições pelo mundo, desde o fim dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Eles dão forma àquilo que o CPB trabalhou e acreditou nos últimos três anos. Temos a certeza e a tranquilidade de que eles orgulharão os compatriotas quando entrarem na Champs-Élysées, empunhando o pavilhão brasileiro”, afirmou Mizael Conrado, atual presidente do CPB e bicampeão no futebol de cegos (2004 e 2008).

    Nascido em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), Gabrielzinho está prestes a disputar a segunda Paralimpíada da carreira. Na estreia em Tóquio ele foi campeão duas vezes (200m livre e 50m costas) e faturou a prata nos 100m costas, pela classe S2 (atleta com comprometimentos físicos-motores). No ciclo pré-Paris, ele venceu em todas as disputas das mesmas provas nos Mundiais da Ilha da Madeira (Portugal) em 2022, e de Manchester (Inglaterra), no ano passado.

    “Este será um momento único. Em Tóquio, eu não pude ir para a abertura [em razão da pandemia de Covid-19]. Agora, estou aqui em Paris para viver todos os momentos possíveis. Fico feliz de representar o Brasil na competição e a todos os atletas na abertura. É um privilégio que me deixa muito feliz. Fiquei muito emocionado ao receber a notícia. É uma honra para poucos.”, disse Gabriel, que nasceu com focomelia, doença congênita que impede a formação de braços e pernas. Ele conheceu a natação por meio de um professor de Educação Física da escola onde estudava.

    Edição: Cláudia Sores Rodrigues

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  • Beth Gomes bate recorde mundial da prova de lançamento de disco

    Beth Gomes bate recorde mundial da prova de lançamento de disco

    A brasileira Beth Gomes continua fazendo história. Neste sábado (29), durante o Troféu Brasil de atletismo, a paulista de 59 anos bateu o recorde mundial do lançamento de disco pela classe F53 (atletas que competem sentados) com a marca de 18,45 metros.

    O recorde anterior, de 17,80 metros, era da própria Beth Gomes e foi alcançado na última edição dos Jogos Parapan-americanos, disputados em Santiago (Chile) em novembro de 2023. O Troféu Brasil de atletismo é a última competição da qual a paulista participa antes do início dos Jogos Paralímpicos de 2024, que serão disputados em Paris (França) a partir do dia 28 de agosto.

    “Estou muito feliz. Sinceramente, eu não esperava que bateria este recorde hoje. Nos treinos, eu estava conseguindo chegar a 17 metros e pouco, quase 18 metros. Mas acredito que o lado da gaiola tenha contribuído para que eu alcançasse essa marca. Lançar o disco na gaiola maior dá toda a confiança para nós, atletas, podermos executar os movimentos com maior tranquilidade. Mas só tenho a agradecer pelo trabalho que vem dando certo”, afirmou a atleta, que teve diagnosticada uma esclerose múltipla no início da década de 1990.

    Beth também é a atual recordista mundial do arremesso de peso F53, com 7,75 metros atingidos no Mundial de Paris 2023.

    Edição: Fábio Lisboa

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  • Brasil encerra World Series de natação paralímpica com 20 medalhas

    Brasil encerra World Series de natação paralímpica com 20 medalhas

    O Brasil encerrou a participação no World Series de Berlim (Alemanha) de natação paralímpica com a conquista de 20 medalhas (sete ouros, seis pratas e sete bronzes) entre adultos e juniores, além de bater dois recordes mundiais.

    Seleção Brasileira de natação encerra World Series de Berlim com dois recordes mundiais e 20 medalhas.

    Um dos recordes foi batido por Gabriel Araújo na prova dos 50 metros da classe S2 (limitação físico-motora) no último domingo (2). O mineiro completou as eliminatórias em 52s37 para estabelecer a melhor marca do planeta. Depois, na final, ele nadou em 54s08 para ficar com o ouro em Berlim.

    A outra quebra de recorde foi obra da pernambucana Carol Santiago, no sábado (1º) na prova dos 50 metros livre da classe S12 (baixa visão) com o tempo de 26s61.

    Além do recorde e do ouro de Gabrielzinho, o domingo também foi dia de mais cinco pódios para o Brasil. A fluminense Mariana Gesteira subiu ao lugar mais alto do pódio nos 100 metros costas na classe S9 (limitação físico-motora), já o catarinense Talisson Glock venceu os 200 metros medley da classe S6 (limitação físico-motora).

    Já o mineiro Arthur Xavier ficou com a prata júnior nos 100 metros costas da classe S14 (deficiência intelectual). Outro segundo lugar foi alcançado por Carol Santiago nos 50 metros borboleta S12. A última conquista brasileira no domingo veio com o brasiliense Wendel Belarmino, um bronze nos 50 metros borboleta da classe S11 (deficiência visual).

    Edição: Fábio Lisboa

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  • Mundial de Atletismo paralímpico: Brasil lidera quadro de medalhas

    Mundial de Atletismo paralímpico: Brasil lidera quadro de medalhas

    O Brasil voltou a ter uma ótima jornada no Mundial de atletismo paralímpico que está sendo disputado em Kobe (Japão) para permanecer na liderança do quadro geral de medalhas. Com as conquistas alcançadas neste sábado (18) a equipe brasileira chegou ao total de 11 pódios (seis ouros, quatro pratas e um bronze).

    Um dos destaques do dia foi o paraibano Cícero Nobre, que conquistou o bicampeonato mundial na prova do lançamento de dardo F57 (para atletas que competem sentados). O título mundial garantiu ao brasileiro a vaga na próxima edição dos Jogos Paralímpicos, que serão disputados em Paris (França), já que a medalha de ouro em Mundiais é um dos critérios de classificação elaborados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Porém, todos os atletas precisam aguardar a confirmação por meio da convocação oficial, que será realizada até a primeira quinzena de julho.

    “Procuro fazer na competição o que planejamos dentro dos treinos. Vim para essa prova com o objetivo de romper os 50 metros. Então, foi uma excelente prova e com o mais importante: a medalha de ouro e a vaga para Paris 2024. Vamos em busca agora dos 51 metros, do recorde mundial para continuar com a nossa evolução”, declarou.

    Quem também garantiu uma medalha dourada foi o velocista fluminense Ricardo Mendonça, que venceu a prova dos 100 metros da classe T37 (paralisados cerebrais). “Consegui acertar a saída, desenvolvi uma boa prova e conseguimos essa marca boa, com outro título. O Mundial do ano passado é muito especial porque foi o primeiro. Esse agora tem um outro peso, de estar no Japão novamente [após os Jogos de Tóquio] e conseguir repetir o feito. Mas a emoção vai ser sempre a mesma. Estou muito feliz. Tudo pode acontecer em Paris 2024 e quero mais”, afirmou Ricardo.

    O Mundial do Japão é disputado no mesmo ano dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 após o Comitê Organizador Local (LOC, na sigla em inglês) solicitar ao Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês) o adiamento do Mundial, que seria em 2021, por causa da pandemia de coronavírus.

    Edição: Fábio Lisboa

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  • Caixa oficializa investimento de mais R$ 68 milhões no esporte

    Caixa oficializa investimento de mais R$ 68 milhões no esporte

    A Caixa e as Loterias Caixa anunciaram importantes parcerias para o esporte olímpico e paralímpico do Brasil. Nesta quinta-feira (24), em São Paulo (SP), foi oficializado o investimento de mais R$ 68,3 milhões em patrocínios a serem divididos entre o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e a Liga Nacional de Basquete.

    Os anúncios foram feitos durante a abertura da exposição “20 Anos Extraordinários”, na Caixa Cultural São Paulo. A mostra celebra as duas décadas de patrocínio do banco ao CPB.

    “Os anúncios de hoje demonstram o compromisso da Caixa com o esporte brasileiro. Não só isso: além de gerar emprego e renda, o apoio do banco abre oportunidade para que crianças e adultos encontrem no esporte uma possibilidade de uma vida melhor, mais saudável, com respeito às diferenças e com inclusão social”, afirmou a presidente da Caixa, Maria Rita Serrano.

    O acordo com a Liga Nacional de Basquete para o patrocínio da temporada 2023/2024 do Novo Basquete Brasil (NBB), que vai se chamar NBB Caixa e terá 19 equipes, prevê o investimento de R$ 9,3 milhões, com duração de outubro de 2023 até setembro de 2024. Além disso, marca também a volta da parceria, que esteve em vigor entre 2016 e 2019.

    A união da Caixa e das Loterias Caixa com o atletismo é a mais duradoura, são 22 anos de parceria. O acordo anunciado hoje prevê o valor de R$ 24 milhões até fevereiro de 2025. O dinheiro será usado para subsidiar a preparação dos atletas brasileiros para competições nacionais e internacionais e ações de projetos sociais e de educação continuada em parcerias com escolas e centros sociais.

    Parceria com CPB comemora duas décadas

    O começo da união entre Loterias Caixa e CPB foi em 2003. De lá para cá muita coisa aconteceu. O Brasil se transformou em uma verdadeira potência paralímpica. Além da manutenção entre os 10 principais países nas últimas quatro edições dos Jogos Paralímpicos, os atletas nacionais obtiveram campanhas destacadas nos últimos campeonatos mundiais de várias modalidades, principalmente o atletismo e a natação.

    O novo acordo anunciado nesta quinta vai até dezembro de 2024, com investimento de R$ 35 milhões. O apoio do banco é o mais duradouro patrocínio a um comitê nacional na história do paradesporto mundial. Com esse dinheiro, o Comitê poderá manter os 67 Centros de Referência espalhados pelo país e o atendimento de mais de 3,5 mil atletas, entre iniciação esportiva e alto rendimento.

    Nesta oportunidade também foi inaugurada a exposição “20 Anos Extraordinários”. A mostra celebra as duas décadas de patrocínio do banco ao CPB e reúne obras sensoriais que geram experiências de inclusão ao público. A visitação é gratuita e pode ser conferida até o dia 8 de outubro em todos os sete espaços culturais da Caixa no país: Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

    Edição: Fábio Lisboa

  • Parapan de jovens: tenistas brasileiros se garantem nas semifinais

    Parapan de jovens: tenistas brasileiros se garantem nas semifinais

    Ainda não foi nesta terça-feira (6) que o Brasil chegou à marca de 500 medalhas na história dos Jogos Parapan-Americanos de Jovens. Os melhores resultados do dia no evento, que reúne atletas de 12 a 20 anos em Bogotá (Colômbia), foram as classificações do mineiro Luiz Augusto Calixto e do paulista Lorenzo Godoy para as semifinais masculinas do tênis em cadeira de rodas.

    Lorenzo, de 17 anos, derrotou o uruguaio Alfonso Llovet por 2 sets a 0 (duplo 6/0) para alcançar a semifinal com apenas uma derrota na competição. Já Luiz Augusto, de 15 anos, superou o venezuelano Ronald Diaz, também por 2 sets a 0 (6/0 e 6/3), e continua invicto no Parapan. Nas semifinais, o paulista enfrenta o argentino Gonzalo Enrique Lazarte, enquanto o mineiro duelará contra o também argentino Benjamin Silvetti. As duas partidas serão disputadas a partir das 11h30 (horário de Brasília) da próxima quarta-feira (7).

    Para Luiz a chegada à semifinal do Parapan de Jovens representa um misto de felicidade e ansiedade: “É um jogo decisivo, no qual sei que tudo pode acontecer. Tenho falado bastante com a minha psicóloga para me preparar, estamos trabalhando nisso. Ao mesmo tempo, fico muito feliz por chegar até aqui”, disse o mineiro, que tem uma pseudoartrose na perna direita (um encurtamento no membro) e usa prótese, à assessoria de imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

    Nesta terça, além de vencer o duelo pela chave masculina individual, Luiz também fez dupla mista com a mineira Vitória Miranda. Os brasileiros bateram os peruanos María Fernanda Santivañez e Walter Peralta por 2 sets a 0 (6/1 e 6/0).

    Nas modalidades coletivas, o Brasil teve duas vitórias no goalball. A seleção feminina derrotou a peruana por 17 a 7, enquanto a masculina superou Cuba por 10 a 0. No basquete em cadeira de rodas feminino, a equipe brasileira perdeu para a Argentina por 8 a 3 e venceu El Salvador por 10 a 2. Já o time masculino derrotou o Chile por 54 a 47.

    No futebol PC (paralisados cerebrais), no Campincito, a seleção brasileira goleou os colombianos por 6 a 0 com gols de Gustavo Henrique Marques (3), Ângelo Matheus, Cesinha e Gabriel Araújo. Essa foi a segunda partida do time na competição. Na estreia, a seleção canarinho empatou por 2 a 2 com a Argentina.

    Edição: Fábio Lisboa

  • A 500 dias da Paralimpíada, Brasil quer ampliar presença em Paris 2024

    A 500 dias da Paralimpíada, Brasil quer ampliar presença em Paris 2024

    A contagem regressiva rumo à Paralimpíada de Paris chega a 500 dias neste domingo (16). O evento em solo francês começa em 28 de agosto de 2024 e segue até 8 de setembro, com expectativa de reunir 4,4 mil atletas, em 549 eventos de 22 modalidades.

    O Brasil, por enquanto, está assegurado em três delas. A primeira foi o vôlei sentado, que tem a seleção feminina garantida, após o inédito título mundial, obtido em novembro passado, em Sarajevo (Bósnia e Herzegovina). A equipe disputará dois torneios em 2023 que valem vaga para os Jogos: o Campeonato Pan-Americano, em Edmonton (Canadá), em maio, e a Copa do Mundo do Cairo (Egito), em novembro. Como já está classificado, o time brasileiro utilizará as competições, basicamente, como preparação.

    “Tem hora que até eu mesmo não acredito que já conquistamos a vaga e que tem gente ainda correndo atrás. Agora, é treinar para buscar o título”, celebrou Janaína Petit, jogadora da seleção de vôlei sentado.

    “Dá uma tranquilidade grande [ter classificado por antecipação], mas um ano e meio passa muito rápido. A gente vai testar [formações e jogadas], mas já tem na cabeça o que queremos. Acho que o time ficará mais forte. Entraremos em igualdade de condições para ganhar a medalha de ouro [em Paris]”, completou o técnico Fernando Guimarães, que também está à frente da seleção masculina, que disputará os dois eventos de 2023 para buscar vaga na Paralimpíada – apenas o campeão se garante.

    seleção brasileira, vôlei sentado
    Seleção de vôlei sentado garantiu vaga em Paris após conquistar Mundial – Divulgação/World Paravolley/Direitos Reservados

    A participação brasileira em 2024 também está confirmada no goalball masculino, graças à conquista do tricampeonato mundial pela seleção, em dezembro do ano passado, em Matosinhos (Portugal). O esporte é disputado por atletas com deficiência visual (total ou baixa visão) e é o único do movimento paralímpico a não ser uma adaptação de alguma prática “convencional”.

    Outra modalidade que tem representação verde e amarela assegurada em Paris é o ciclismo. Em fevereiro, a União Ciclística Internacional (UCI) destinou duas vagas ao Brasil – uma por gênero – por conta da posição do país nos rankings das Américas masculino (líder) e feminino (segundo).

    Considerando as três modalidades, o avião do Brasil rumo à Paris tem, neste momento, 20 lugares reservados: 12 para atletas do vôlei sentado feminino, seis do goalball masculino e dois do ciclismo. O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) quer classificar, ao menos, 250 esportistas. Na edição de Tóquio (Japão), em 2021, o país teve 259 representantes, incluindo aqueles sem deficiência (atletas-guia de atletismo e natação, o timoneiro do remo, os goleiros do futebol de cegos e calheiros da bocha).

    Vagas em vista

    Ainda há vagas a serem conquistadas nos outros 19 esportes. Algumas serão definidas este ano, nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago (Chile), em novembro. No tênis de mesa, por exemplo, os campeões das 11 categorias (masculino e feminino) vão à Paris. Nomes como Cátia Oliveira (classe 2), Israel Stroh (7), Sophia Kelmer (8) e Bruna Alexandre (10) têm chances de classificarem via ranking mundial, que será fechado apenas em 2024, mas podem antecipar o passaporte se vencerem o Parapan.

    Outra modalidade com disputa de vaga em Santiago é o rugby em cadeira de rodas. O campeão parapan-americano se assegura nos Jogos. A seleção brasileira tenta, pela primeira vez, classificar-se à Paralimpíada sem ser o país-sede. Para alcançar a classificação ainda em 2023, porém, a equipe terá de superar, principalmente, Estados Unidos (prata em Tóquio) e Canadá (onde o esporte surgiu).

    “Pensando com os pés no chão, o caminho rumo à Paris é ficar entre segundo e terceiro no Parapan, porque terá um torneio classificatório, entre fevereiro e março de 2024, com oito seleções e três vagas. Nosso plano é chegar a esse classificatório e buscar uma dessas três vagas”, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas (ABRC), José Higino.

    goalball, mundial
    goalball, mundial

    Tricampeã mundial, equipe masculina de goalball estará nos Jogos Paralímpicos – Renan Cacioli/CBDV/Direitos Reservados

    Além do tênis de mesa e do rugby, o Parapan definirá vagas à Paris no goalball, bocha, tiro com arco, futebol de cegos e remo. Nestas três últimas, haverá, ainda, possibilidade de vagas por meio de Campeonatos Mundiais deste ano, que também servirão como classificatório para mais quatro modalidades: atletismo, natação, paracanoagem e tiro esportivo.

    Diferentemente do tênis de mesa, no qual as vagas dos campeões parapan-americanos são dos próprios atletas, as demais pertencem ao país, que definirá os critérios para convocação. Nos Jogos de Tóquio, por exemplo, o CPB definiu que os medalhistas de ouro nos Mundiais de atletismo e natação de 2019 teriam lugar garantido na Paralimpíada. Os parâmetros para 2024 ainda serão anunciados.

    “Eu sou muito ansiosa [risos]. A gente tem que entender que cada passo é um passo. Por isso, temos nossa psicóloga, com quem fazemos um bom trabalho, para chegar bem e calma no Mundial. E aí conseguir essa vaga será consequência do trabalho”, projetou Marcelly Pedroso, velocista da classe T37 (paralisia cerebral), que sonha com a primeira Paralimpíada da carreira em Paris.

    Edição: Fábio Lisboa

  • Seleção masculina mantém 100% de aproveitamento no Mundial de goalball

    Seleção masculina mantém 100% de aproveitamento no Mundial de goalball

    A seleção brasileira masculina de goalball derrotou o Japão por 8 a 6 nesta sexta-feira (9), mantendo 100% de aproveitamento no Mundial da modalidade, disputado em Matosinhos (Portugal). Já a equipe feminina foi superada por 11 a 4 pelos Estados Unidos.

    O time masculino, que bateu a Argélia por 11 a 5 na estreia, voltou a mostrar força na luta pelo inédito tricampeonato mundial. Diante dos japoneses, o Brasil não deu chances e conseguiu fechar o placar em 8 a 6.

    “Sabíamos que a equipe japonesa é muito versátil, parecida com o Brasil. Trabalham muito a movimentação, flutuações, mudando o tempo de bola sempre, fazendo inversões de ala que dificultam a leitura do adversário. Mas entramos concentrados no jogo, chegando com a técnica nas bolas. Avaliamos que seria um duelo equilibrado, o que acabou acontecendo. Foi ótimo estar quase sempre à frente no placar, tirando quando ficou 5 a 5. Depois abrimos dois gols novamente e controlamos a partida”, declarou o ala Leomon, que marcou cinco gols no confronto.

    Vaga para os Jogos de Paris

    Além do título, as equipes masculina e feminina buscam, em Matosinhos, garantir vaga antecipada para os Jogos de Paris (França), em 2024. Para isso é necessário chegar à final. Nos dois torneios, são 16 seleções divididas em dois grupos de oito. Os times jogam entre si na chave, em turno único, com os quatro melhores avançando às quartas de final. As disputas pelas medalhas serão no próximo dia 16, uma sexta-feira. As partidas da competição têm transmissão ao vivo na página do YouTube da Kuriakos TV.

    Edição: Fábio Lisboa

  • Andreza Vitória chega à final no Mundial de bocha paralímpica

    Andreza Vitória chega à final no Mundial de bocha paralímpica

    A pernambucana Andreza Vitória alcançou a final individual do Campeonato Mundial de bocha paralímpica nesta sexta-feira (9) no Parque Olímpico da Barra da Tijuca (zona oeste do Rio de Janeiro).

    A vaga na grande decisão veio após a atleta da classe BC1 (para pessoas que podem jogar com as mãos ou com os pés e que contam com a opção de um auxiliar) vencer seus jogos desta sexta, contra a tailandesa Satanan Phromsiri, por 5 a 1, e contra a japonesa Yuriko Fujii, por 5 a 0. A final será disputada sábado (10) contra a croata Dora Basic.

    “Estou muito feliz, amanhã vamos lutar para tocar o hino nacional no pódio”, afirmou a atleta diagnosticada com a Síndrome de Leigh, doença neurodegenerativa hereditária rara que afeta o sistema nervoso central.

    Também no sábado e na classe BC1, José Carlos Chagas joga por uma medalha de bronze. Já na classe BC3 (para atletas com deficiências severas e que podem usar calha e ter auxílio de outra pessoa), o mineiro Mateus Carvalho disputa uma semifinal.

    Com estes resultados o Brasil já supera a campanha feita na última edição de Mundial da modalidade, em Liverpool (Inglaterra), em 2018. Naquela ocasião, os brasileiros não medalharam e conquistaram apenas um quarto lugar, na disputa por equipes BC1/BC2.

    O Mundial de bocha (principal competição da modalidade do ciclo Paris 2024, que reúne mais de 170 atletas de 40 países) será disputado até a próxima terça-feira (13). O evento é transmitido, ao vivo, pelo canal da Associação Nacional de Desportos para Deficientes (Ande) no YouTube.

    Edição: Fábio Lisboa

  • Brasileiros avançam para fase eliminatória do Mundial de Bocha

    Brasileiros avançam para fase eliminatória do Mundial de Bocha

    Josi Silva foi o destaque brasileiro nesta quinta-feira (8) no Campeonato Mundial de bocha paralímpica. A paulista superou Wai Yan Vivian Lau, de Hong Kong, por 3 a 1 para se classificar para as quartas de final da classe BC4 feminina (para atletas com deficiências severas, mas que não recebem assistência) no Parque Olímpico da Barra da Tijuca (zona oeste do Rio de Janeiro).

    “Estou muito feliz, no meu primeiro Mundial e já estar entre as oito melhores do mundo na minha classe. Ainda bem que minha estratégia deu certo na partida, que foi muito difícil. Agora é continuar com meu trabalho”, declarou a atleta de 29 anos, que nasceu com artrogripose (doença que compromete o movimento das pernas).

    A próxima adversária da brasileira, que ocupa a 14ª do ranking mundial, na principal competição da modalidade do ciclo Paris 2024, que reúne mais de 170 atletas de 40 países, será Yuen Cheung, também de Hong Kon, e atual quinta melhor do mundo na BC4.

    Outros dois brasileiros chegaram às quartas, mas na classe BC1 (que podem jogar com as mãos ou com os pés e que contam com a opção de um auxiliar). A pernambucana Andreza Vitória, que bateu a polonesa Kinga Koza por 6 a 3 em seu terceiro jogo pela fase de grupos nesta quinta, pega agora a tailandesa Satanan Phromsiri. Já José Carlos Chagas venceu o croata Martin Frkovic no tie-break.

    Atual líder do ranking mundial da BC2 (para atletas que não recebem assistência), o cearense Maciel Santos venceu o holandês Bernd Meints por 9 a 1 e agora enfrenta o tcheco Josef Zabka nas oitavas de final.

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    Na BC3 (para atletas com deficiências severas e que podem usar o instrumento auxiliar calha e ter auxílio de outra pessoa), o mineiro Mateus Carvalho bateu o espanhol Wafid Boucherit por 6 a 3 e avançou sem sustos para as oitavas, onde medirá forças com peruano Dean Acosta.

    “Foi uma primeira fase boa, eu e meu pai [calheiro] fizemos um bom trabalho. Agora começam as oitavas e isso eleva bastante o nível de competitividade da competição. São adversários mais complicados de jogar”, analisou Mateus.

    Já na BC3 feminina, a paulista Evelyn Oliveira derrotou a portuguesa Ana Costa por 4 a 1 e a pernambucana Evani Calado superou a alemã Nancy Pose por 9 a 0.

    Agora Evelyn enfrenta a tailandesa Ladamanee Kla-Han, enquanto Evani medirá forças com a polonesa Edyta Owczarz. Se as brasileiras vencerem seus confrontos, ambas farão o duelo das quartas de final.

    A pernambucana Letícia Karoline (BC1), o potiguar Iuri Tauan (BC2), o paulista Antônio Leme (BC3) e o paranaense Eliseu dos Santos (BC4) não conseguiram a classificação para a próxima etapa do Mundial e foram eliminados na fase de grupos.

    O Mundial de bocha será disputado até a próxima terça-feira (13). O evento é transmitido, ao vivo, pelo canal da Associação Nacional de Desportos para Deficientes (Ande) no YouTube.