Tag: Corrupção

  • Policial penal é flagrado entregando celulares em penitenciária de Mato Grosso

    Policial penal é flagrado entregando celulares em penitenciária de Mato Grosso

    Em Cuiabá, Mato Grosso, um servidor da segurança pública foi preso em flagrante nesta quarta-feira (7) por tentar introduzir celulares e acessórios eletrônicos na maior unidade prisional de Mato Grosso, localizada na capital.

    De acordo com a apuração, imagens do circuito interno de segurança revelaram o momento em que o policial penal deixa um objeto suspeito dentro de um tambor na carceragem. Durante a madrugada, a equipe de plantão encontrou uma garrafa plástica contendo diversos aparelhos celulares, carregadores e fones de ouvido no local.

    O servidor, de 43 anos, foi conduzido à Central de Flagrantes da Polícia Civil, onde foi autuado por corrupção passiva. A autoridade policial encaminhou ao Poder Judiciário um pedido de prisão preventiva.

    A Secretaria de Justiça do estado informou que a Corregedoria Geral instaurará um procedimento administrativo disciplinar para apurar a conduta do servidor.

  • STJ mantém multa de R$ 86,2 mi contra Vale por tragédia de Brumadinho

    STJ mantém multa de R$ 86,2 mi contra Vale por tragédia de Brumadinho

    O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por unanimidade, manter a multa de R$ 86 milhões aplicada pela Controladoria-Geral da União (CGU) sobre a mineradora Vale, após o órgão federal ter concluído que a empresa omitiu informações sobre a estabilidade da barragem de Brumadinho (MG).

    Os ministros da Primeira Seção do STJ rejeitaram um recurso da empresa e confirmaram a aplicação da Lei Anticorrupção (Lei 12.846/2013) ao caso, por entenderem que a Vale atentou contra a administração pública ao ter omitido as informações.

    A barragem da Mina Córrego do Feijão rompeu em 25 de janeiro de 2019. A lama destruiu parte da cidade mineira e 272 pessoas morreram soterradas. Além disso, a avalanche de rejeitos alcançou o rio Paraopebas e causou extenso dano ambiental pelo interior mineiro, atingindo vários municípios.

    Segundo apuração posterior da CGU, antes da tragédia a Vale inseriu informações falsas no Sistema Integrado de Gestão de Segurança de Barragens de Mineração (SIGBM), comprometendo a atuação preventiva da Agência Nacional de Mineração (ANM) e dificultando a fiscalização da estrutura.

    Conforme a investigação, a Vale deixou de informar às autoridades, por exemplo, um incidente considerado grave pela própria empresa, ocorrido em junho de 2018, durante a instalação de Drenos Horizontais Profundos (DHP) na barragem de Brumadinho.

    Outra fraude teria sido a emissão pela Vale, antes da tragédia, de uma Declaração de Condição de Estabilidade para a barragem, ainda que o Fator de Segurança medido pela empresa estivesse ficado abaixo das melhores práticas recomendadas.

    Julgamento

    A Vale havia acionado o STJ para tentar derrubar a multa, alegando que as condutas indicadas como lesivas não poderiam ter sido enquadradas como corrupção, nos moldes descritos pela legislação.

    Ao final do julgamento, prevaleceu o voto da relatora, ministra Regina Helena Costa, para quem não existe limitação na aplicação da lei somente a casos de corrupção em si, pois a legislação tem como objetivo punir diferentes atos lesivos à administração pública.

    Ela enfatizou que a Vale violou a legislação “ao prestar informações inadequadas ao Poder Público e omitir-se no dever de noticiar fatos relevantes sobre a denominada Barragem I (“B1”)”.

    Em seu voto, a ministra-relatora afirmou que a Vale “dificultou a ação fiscalizatória preventiva da Agência Nacional de Mineração (ANM), embaraçando a atuação da autarquia que, privada de dados essenciais ao exercício de sua relevante função, foi impedida de atuar no sentido de evitar o nefasto acidente”.

    O entendimento foi seguido por todos os demais nove ministros da Primeira Seção, colegiado do STJ responsável por julgar questões de direito público. Eles enquadraram a Vale no artigo 5º, inciso V, da Lei Anticorrupção.

    O dispositivo descreve como ato lesivo à administração pública “dificultar atividade de investigação ou fiscalização de órgãos, entidades ou agentes públicos, ou intervir em sua atuação, inclusive no âmbito das agências reguladoras e dos órgãos de fiscalização do sistema financeiro nacional”.

  • Operação investiga esquema de propina na Câmara de Cuiabá

    Operação investiga esquema de propina na Câmara de Cuiabá

    Em Cuiabá, Mato Grosso | A Operação Perfídia foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) para investigar um possível esquema de propina envolvendo vereadores da Câmara Municipal de Cuiabá. A investigação aponta que uma empreiteira, contratada para obras de drenagem e pavimentação na Avenida Contorno Leste, pagou R$ 250 mil para garantir a aprovação de um projeto que permitiria ao município parcelar dívidas tributárias, beneficiando a empresa.

    Dois vereadores foram afastados das funções por 180 dias, e mandados de busca e apreensão foram cumpridos em seus gabinetes. Além disso, dispositivos eletrônicos dos envolvidos foram apreendidos para evitar a destruição de provas. Conversas de WhatsApp e comprovantes de transferências bancárias indicam que a propina teria sido dividida entre os parlamentares, com o objetivo de garantir quórum para a votação do projeto.

    A juíza responsável pela decisão indicou a possibilidade de outros vereadores estarem envolvidos no esquema, já que um dos investigados teria mencionado que a propina seria destinada a outros parlamentares. Também foram recolhidos registros de controle de acesso e imagens de câmeras de segurança, além de documentos relacionados à tramitação do projeto.

    Embora ainda não se tenha comprovado a participação direta de outros envolvidos, como o engenheiro da empreiteira, a análise dos dispositivos apreendidos pode revelar mais detalhes sobre a origem dos recursos e a estrutura do esquema de corrupção. A investigação também pode identificar outros beneficiários do pagamento ilícito.

    A empreiteira HB 20 Construções Eireli, responsável pela obra, teria recebido R$ 4,8 milhões após a aprovação do parcelamento das dívidas. O esquema, segundo as investigações, foi facilitado pela troca de mensagens e encontros dentro da Câmara Municipal de Cuiabá.

  • Delegado é afastado e mulher é presa em operação da corregedoria em município de Mato Grosso

    Delegado é afastado e mulher é presa em operação da corregedoria em município de Mato Grosso

    A Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu nesta terça-feira (29) mandados judiciais no município de Lucas do Rio Verde, a 354 quilômetros de Cuiabá, como parte de uma investigação sobre crimes contra a administração pública.

    As ordens foram expedidas pela Comarca local e contaram com o apoio do Ministério Público Estadual. A operação resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão em uma residência e em empresas da cidade. Também foram aplicadas medidas cautelares, como o afastamento das funções e a proibição de contato com vítimas, direcionadas a um delegado de polícia.

    O inquérito em andamento investiga suspeitas de concussão, lavagem de dinheiro e outros crimes ligados à administração pública.

    Durante as buscas, os policiais civis localizaram munições em uma casa no centro de Lucas do Rio Verde. No local, uma mulher investigada por envolvimento na lavagem de dinheiro foi presa em flagrante por posse ilegal de munição.

    A Corregedoria informou que as diligências continuam para esclarecer todos os fatos. A Polícia Civil de Mato Grosso reforçou o compromisso com a integridade pública, bem como com os valores, princípios e normas éticas da instituição.

  • Moraes dá 48 horas para defesa de Collor apresentar íntegra de exames

    Moraes dá 48 horas para defesa de Collor apresentar íntegra de exames

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu nesta terça-feira (29) novo prazo de 48 horas para que a defesa do ex-presidente Fernando Collor apresente a íntegra dos exames que comprovam o estado de saúde dele, incluindo exames de imagem.

    Moraes determinou ainda que a defesa explique a inexistência de exames realizados de 2019 a 2022 relativos à doença de Parkinson. A ordem foi proferida depois dos advogados encaminharem ao Supremo os primeiros documentos para comprovar as doenças do ex-presidente.

    “Em complementação aos documentos juntados, DETERMINO que a Defesa do custodiado, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, junte a integra dos exames realizados, inclusive os exames de imagens, bem como esclareça a inexistência de exames realizados no período de 2019 a 2022, indicativos e relacionados à Doença de Parkinson”, escreveu Moraes nesta terça.

    Relator da execução penal do ex-presidente, Moraes havia aberto na segunda-feira (28) um primeiro prazo de 48 horas para que fossem prestadas mais informações sobre o estado de saúde de Collor, como a apresentação de prontuário médico completo.

    Prisão domiciliar humanitária

    Os despachos de Moraes foram assinados depois da defesa ter solicitado o regime de prisão domiciliar humanitária em razão de doenças graves e da idade avançada (75 anos).

    Por meio de atestado do neurologista Rogério Tuma, a defesa alegou que o ex-presidente possui doenças que precisam de acompanhamento contínuo e equipamentos especiais, o que só poderia ocorrer em regime domiciliar.

    As patologias informadas foram doença de Parkinson, apneia obstrutiva do sono e transtorno afetivo bipolar.

    Cabe a Moraes a primeira análise sobre o pedido de prisão domiciliar, mas o ministro-relator também pode remeter a questão diretamente para julgamento pelo plenário.

    Antes disso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda deve se manifestar sobre a solicitação.

    Entenda

    Collor foi preso na última sexta-feira (25) por determinação de Moraes. O ministro determinou o cumprimento imediato da pena de 8 anos e 10 meses de reclusão em regime inicial fechado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

    O ex-presidente, ex-governador e ex-senador por Alagoas foi condenado em maio de 2023 em um processo derivado da Operação Lava Jato.

    Por unanimidade, o plenário do Supremo decidiu que ele, como antigo dirigente do PTB, foi responsável por indicações políticas para a BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras, e recebeu R$ 20 milhões em vantagens indevidas em contratos da empresa. Segundo a denúncia, os crimes ocorreram entre 2010 e 2014.

    Moraes determinou a prisão imediata após entender que um último recurso do ex-presidente teria caráter “protelatório”, ou seja, foi apresentado somente para adiar a prisão.

    Em sessão virtual extraordinária encerrada nesta segunda (28), a maioria dos ministros do Supremo decidiu, por 6 votos a 4, manter a decisão do relator.

    Collor está preso no presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió. Por ser ex-presidente, ele cumpre a pena em uma ala especial.

  • Por 6 a 4, STF mantém prisão do ex-presidente Fernando Collor

    Por 6 a 4, STF mantém prisão do ex-presidente Fernando Collor

    O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta segunda-feira (28), por 6 votos a 4, manter preso o ex-presidente Fernando Collor de Mello, condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em um processo derivado da Operação Lava Jato.

    A prisão de Collor foi ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes na quinta-feira (24). A decisão monocrática foi levada a referendo dos demais ministros no dia seguinte, quando formou-se a maioria de 6 a 0 para manter a determinação. Concordaram com o relator, formando a maioria para manter a prisão, os ministros Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli.

    O julgamento chegou a ser interrompido por um pedido de destaque – remessa a julgamento presencial – do ministro Gilmar Mendes, mas ele recuou no fim de semana, permitindo a continuidade da votação em sessão virtual extraordinária marcada para a segunda-feira.

    O placar final foi alcançado algumas horas antes do fim da sessão de julgamento, encerrada às 23h59 desta segunda-feira. Todos os quatro ministros que votaram por último opinaram pela soltura do ex-presidente – André Mendonça, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Nunes Marques.

    O ministro Cristiano Zanin se declarou impedido de participar do julgamento por ter atuado como advogado em processos da Operação Lava Jato antes de chegar ao Supremo.

    Nos votos pela soltura de Collor, os ministros entenderam que um último recurso do ex-presidente ainda deve ser julgado pelo plenário, antes que ele possa ser preso para cumprimento de pena. Esse mesmo recurso havia sido considerado “protelatório” por Moraes, que o desconsiderou ao determinar a prisão para cumprimento de pena.

    Moraes seguiu diversos precedentes do próprio Supremo, ao considerar protelatório um embargo infringente, um recurso cabível quando há ao menos quatro votos divergentes em um julgamento.

    Os quatro ministro que votaram pela soltura, contudo, destacaram que houve quatro votos divergentes acerca do cálculo da pena de Collor, motivo pelo qual o embargo infringente do ex-presidente não poderia ser considerado protelatório, isto é, uma estratégia da defesa com o objetivo apenas de adiar a prisão.

    Ao votar para que o embargo seja julgado, Gilmar Mendes argumentou que “a temática não se encontra pacificada na jurisprudência do STF de modo a autorizar a conclusão de que os embargos infringentes seriam meramente protelatórios”.

    “Anoto, assim, ser o caso de superar o entendimento alcançado nos referidos precedentes e conhecer dos embargos infringentes”, afirmou.

    Entenda

    Collor foi condenado pelo Supremo em maio de 2023, em julgamento que tomou sete sessões presenciais do plenário. Por unanimidade, os ministros decidiram que o ex-presidente e ex-senador, como antigo dirigente do PTB, foi responsável por indicações políticas para a BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras, e recebeu R$ 20 milhões em vantagens indevidas em contratos da empresa. Segundo a denúncia, os crimes ocorreram entre 2010 e 2014.

    Os ministros discordaram, contudo, sobre o cálculo da pena. Isso abriu caminho para sucessivos recursos que adiaram a prisão. A condenação viria a ser confirmada em novembro do ano passado, mas na ocasião quatro ministros votaram mais uma vez pela redução de pena para 4 anos – Dias Toffoli, Gilmar Mendes, André Mendonça e Nunes Marques. Eles reafirmaram que houve erro na dosimetria. Com esses votos divergentes sobre a sentença, a defesa recorreu mais uma vez.

    Para Moraes, relator do caso, esse último embargo infringente se refere apenas ao tamanho da pena, e por isso não teria o efeito de impedir a prisão. Concordaram com o relator, formando a maioria para manter a prisão, os ministros Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli.

    Collor está preso no presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió. Por ser ex-presidente, ele cumpre a pena em uma ala especial.

    Os advogados pediram prisão domiciliar, alegando problemas graves de saúde, como apneia do sono, distúrbios neuropsicológicos e doença de Parkinson. Após audiência com os advogados, Moraes deu prazo de 48 horas para que a defesa detalhe com documentos e laudos o estado de saúde do ex-presidente.

    Após esse prazo, caberá ao relator uma primeira análise sobre a concessão ou não do regime domiciliar por razão humanitária. A questão deve também ser remetida para julgamento pelo plenário.

  • Operação investiga esquema de corrupção no legislativo municipal de Cuiabá

    Operação investiga esquema de corrupção no legislativo municipal de Cuiabá

    Uma operação da Polícia Civil em Cuiabá, Mato Grosso foi deflagrada na manhã desta terça-feira (29) para apurar um possível esquema de corrupção envolvendo membros do Legislativo municipal. A ofensiva tem como alvos ao menos dois parlamentares da Câmara Municipal de Cuiabá.

    A investigação é conduzida por uma unidade especializada no combate ao crime organizado e ocorre de forma simultânea em diversos endereços da cidade. Ainda não há confirmação sobre o cumprimento de mandados de prisão nem detalhes sobre o funcionamento do suposto esquema ilícito.

    A Câmara de Vereadores, até o momento, não se pronunciou oficialmente sobre a ação. A Polícia Civil informou que novas atualizações devem ser divulgadas nas próximas horas.

    Deseja que eu continue acompanhando esse caso e atualize quando saírem novas informações?

  • Gaeco deflagra operação contra grupo que ocupava área pública com aval de facção criminosa em Cuiabá 

    Gaeco deflagra operação contra grupo que ocupava área pública com aval de facção criminosa em Cuiabá 

    O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagrou, nesta sexta-feira (18), uma operação com o objetivo de desarticular um grupo suspeito de coordenar a ocupação irregular de uma área pública em Cuiabá. De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), o grupo atuava com o aval de uma facção criminosa e com o apoio de servidores públicos.

    Durante a ação, algumas pessoas foram presas em flagrante na região da ocupação. A investigação teve início após diversas denúncias anônimas encaminhadas à ouvidoria do Ministério Público, que apontavam a existência de um esquema criminoso envolvendo a venda ilegal de lotes.

    Segundo o MPMT, os criminosos organizavam a área invadida em ruas e lotes, e cada espaço ficava sob responsabilidade de um membro do grupo. Esse integrante era responsável por repassar orientações e negociar os valores cobrados dos futuros invasores.

    A operação foi realizada com base em indícios da prática de crimes como integrar organização criminosa, esbulho possessório (ocupação indevida de imóvel alheio) e corrupção ativa e passiva.

    O Ministério Público informou que as investigações seguem em andamento para identificar todos os envolvidos no esquema, incluindo agentes públicos que teriam colaborado com a ocupação.

  • Servidores e empresário são presos em Mato Grosso por corrupção no transporte escolar

    Servidores e empresário são presos em Mato Grosso por corrupção no transporte escolar

    A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou uma operação na manhã desta quarta-feira (9) para desarticular um esquema de corrupção envolvendo contratos de transporte escolar no município de Peixoto de Azevedo, a 675 quilômetros de Cuiabá. A ação cumpriu três mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão.

    Dois servidores da Secretaria Municipal de Educação e um empresário do setor de transportes foram presos. As investigações apontam que os agentes públicos teriam recebido propina para favorecer uma empresa contratada para o transporte de estudantes da rede municipal.

    Entre os indícios apurados estão transferências bancárias realizadas diretamente para contas de familiares dos envolvidos, incluindo filhos dos servidores, um deles com apenas nove anos de idade.

    A operação, conduzida pela Delegacia Regional de Guarantã do Norte, apura os crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Após serem ouvidos, os presos serão encaminhados ao sistema prisional, onde ficarão à disposição da Justiça.

    A Polícia Civil de Mato Grosso informou que a operação visa reunir provas complementares para o avanço do inquérito e reforçou o compromisso com o combate à corrupção, especialmente em áreas essenciais como a educação.

  • Após acordo de leniência, empresa indenizará União e Petrobras em R$ 435 milhões

    Após acordo de leniência, empresa indenizará União e Petrobras em R$ 435 milhões

    A Advocacia-Geral da União (AGU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) assinaram, na sexta-feira (28/03), um acordo de leniência com a empresa Trafigura Beheer B.V. (Trafigura), com base na Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013). O acordo envolve o pagamento de R$ 435.410.672,26 em multa e ressarcimento à União e à Petrobras.

    A empresa, especializada na comercialização de commodities, incluindo petróleo e seus derivados, esteve envolvida em atos de corrupção entre os anos de 2003 e 2014. Durante esse período, foram realizados pagamentos indevidos a agentes públicos, por meio de intermediários, para obtenção de informações privilegiadas sobre operações de compra e venda com a Petrobras.

    No curso das negociações do acordo, a CGU e a AGU avaliaram o programa de integridade da Trafigura, que inclui um Código de Ética e Conduta, políticas de compliance e procedimentos internos de controle. Como parte do acordo, além do pagamento da multa e do ressarcimento, a empresa se comprometeu a aprimorar as políticas de governança e compliance, tanto em suas atividades comerciais quanto nas operações de suas subsidiárias no Brasil.

    O acordo de leniência assinado por AGU e CGU foi negociado de forma coordenada com o Procurador da República do Ministério Público Federal competente para análise do caso, que assinou na mesma data acordo de teor semelhante com a empresa, que será submetido para juízo de homologação perante a 5ª CCR/MPF.

    A AGU e a CGU também reconheceram a colaboração das autoridades norte-americanas na investigação do caso. Os órgãos estrangeiros firmaram um acordo semelhante com a Trafigura, num esforço de ambos os países em estabelecer um ambiente coordenado e cooperativo de repressão à corrupção transnacional.

    Balanço

    Desde 2017, a CGU já assinou 32 acordos de leniência com empresas investigadas por práticas ilícitas previstas na Lei Anticorrupção (nº 12.846/2013), na Lei de Improbidade Administrativa (nº 8.429/1992) e na Lei de Licitações (nº 8.666/1993). Até o momento, esses acordos resultaram no retorno de mais de R$ 19,3 bilhões aos cofres públicos, com R$ 9,5 bilhões já pagos.