Tag: COP 30

  • Mapa destaca trabalho para ampliação de mercados e oportunidades para o Brasil no cenário internacional

    Mapa destaca trabalho para ampliação de mercados e oportunidades para o Brasil no cenário internacional

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) promoveu, nesta terça-feira (22), um encontro com profissionais da imprensa na sede do Mapa, com o objetivo de apresentar o cenário internacional do agronegócio brasileiro e as estratégias de promoção comercial de produtos do agro. A reunião foi conduzida pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, que detalhou as ações que têm sido realizadas para ampliar o acesso dos produtos agropecuários brasileiros aos mercados globais.

    Na ocasião, Rua destacou que, na gestão do ministro Carlos Fávaro, ocorreram, até o momento, mais de 100 ampliações de mercados para produtos agropecuários brasileiros, além de 349 novas aberturas de mercado. “As ampliações de mercado têm um impacto muito importante e são eventualmente tão relevantes como as aberturas que temos feito”, afirmou o secretário.

    Desde o início do mandato do Ministro Carlos Fávaro no MAPA, ocorreram novas habilitações de frigoríficos para a China, além de pré-listings para mercados como Filipinas, Chile, Cuba e Singapura, entre outras ampliações. Rua destacou que, com os pré-listings, já começaram a ser observados resultados práticos no comércio internacional de alguns produtos. Um exemplo claro disso é que as Filipinas se tornaram o principal mercado de exportação da carne de porco brasileira. Além disso, importantes reduções tarifárias acontecerem, como é o caso do suco de laranja para a Coreia do Sul.

    Durante o evento, o secretário Luís Rua apresentou o Pool de Tradings, uma iniciativa estratégica para diversificar os produtos e ampliar as oportunidades de exportação do agronegócio brasileiro. O objetivo é promover um ambiente colaborativo entre o governo, produtores e as tradings, facilitando o acesso a novos mercados internacionais. Por meio de reuniões e encontros, o Mapa se coloca como facilitador no processo, ajudando a estruturar canais de comercialização e conexões que impulsionam a presença do Brasil no mercado global.

    Já a plataforma ConectAgro, lançada recentemente, visa fortalecer o fluxo de informações entre produtores brasileiros e mercados internacionais, proporcionando dados atualizados sobre perfis tarifários, intercâmbio comercial, feiras e eventos.

    Além disso, apresentou a ferramenta AgroInsight, que gera 76 relatórios mensais com análises detalhadas sobre oportunidades de produtos de origem animal e vegetal, visa contribuir nas decisões estratégicas dos exportadores e também alertar para possíveis novos mercados. A partir da análise de 40 adidos agrícolas do Mapa, espalhados pelo mundo, esses relatórios fornecem dados cruciais que já estão disponíveis ao público e, em breve, estarão reunidos em um banco de dados acessível, oferecendo insights profundos sobre as tendências do comércio e as oportunidades emergentes para produtos específicos.

    O secretário Luís Rua também apresentou o Passaporte Agro e as Caravanas do Agro Exportador, duas iniciativas para promover a exportação de produtos brasileiros. O Passaporte Agro oferece aos produtores informações como requisitos sanitários e fitossanitários, perfil tarifário, procedimentos de registro e contatos de importadores, tudo para facilitar o acesso aos mercados internacionais. Já as Caravanas do Agro têm sido essenciais para expandir a cultura exportadora no Brasil. Este ano, já foram realizadas sete caravanas, e outras 21 estão programadas. Essas ações incluem desde orientações sobre questões sanitárias até estratégias financeiras, com o objetivo de interiorizar o conhecimento sobre as oportunidades de exportação.

    Ao longo da atual gestão, o Mapa realizou mais de 90 missões internacionais, com participação em feiras, eventos e encontros estratégicos que fortalecem a inserção do Brasil no comércio global.

    Essas missões têm sido uma ferramenta fundamental para ampliar as oportunidades para os produtos brasileiros e consolidar a presença do país nos mercados internacionais.

    Em resumo, para além de abrir portas, o MAPA está apoiando para que os produtores e exportadores atravessem essas portas.

    Essas iniciativas se somam a outras relevantes já consolidadas da ApexBrasil, do MRE e do MDIC.

    O encontro contou ainda com a participação do secretário adjunto da SCRI, Marcel Moreira; da diretora do Departamento de Negociações e Análises Comerciais, Ana Lúcia Gomes; da diretora do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos, Ângela Peres; e da coordenadora-geral de Gestão dos Adidos Agrícolas, Carolina de Sá.

     

  • Mapa promove evento para discutir a sustentabilidade na produção agropecuária no cerrado brasileiro

    Mapa promove evento para discutir a sustentabilidade na produção agropecuária no cerrado brasileiro

    Com o objetivo de elaborar um plano de ação eficiente, gerando mais oportunidades de fomento à implementação de agricultura regenerativa no cerrado brasileiro, teve início no dia 15 de abril, em Luís Eduardo Magalhães (BA), o Cerrado Summit. Essa é a segunda atividade da “Trilha pré-COP30”, que promove eventos internacionais, realizados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), para engajar o setor privado e a sociedade civil no diálogo sobre temas relevantes para a sustentabilidade do planeta, como a recuperação de pastagens degradadas, a segurança alimentar e o clima.

    O encontro reuniu, numa extensa programação, cerca de 50 diretores de grandes empresas privadas do agro, gestores públicos das três esferas de governo, produtores e líderes globais e nacionais do setor financeiro. Nos painéis foram debatidos temas como a necessidade de alinhamento de métricas e diretrizes para o bioma, bem como de investimento e parcerias público-privadas que promovam uma agricultura regenerativa no cerrado.

    Em sua participação no evento, o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa, Pedro Neto, mostrou que é possível trabalhar com políticas públicas direcionadas para esse foco, ressaltando a necessidade de crédito. Destacou a importância dos Planos ABC+, de Conversão de Recuperação de Pastagens Degradadas (PNCPD) e do Floresta+, para alcançar metas significativas e sustentáveis na agropecuária brasileira.

    “Eventos como esse reafirmam o comprometimento do agro brasileiro, que mostra o caminho da sustentabilidade para o mundo ao conciliar ganhos econômicos e benefícios ambientais, posicionando o Brasil como liderança em agricultura regenerativa na COP30”, declarou Neto.

    O Cerrado Summit é uma realização do Mapa em parceria com Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Associação dos Produtores de Algodão da Bahia (Abapa), Boston Consulting Group (BCG), World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).

    “Queremos estimular o diálogo entre empresas, produtores e entidades da sociedade civil e apresentar o potencial da agricultura regenerativa para o Brasil e o mundo. O objetivo é engajar ainda mais atores, destacar iniciativas brasileiras de comando e controle ambiental e transformá-las em referências para outros países e biomas”, afirmou Arthur Ramos, diretor-executivo e sócio do BCG.

    Moisés Schmidt, presidente da Aiba, destacou a necessidade de se ter comprometimento com a preservação do cerrado.  “Temos um compromisso coletivo com o futuro. O cerrado é um bioma rico, que passou por grandes transformações nas últimas décadas, acompanhando o avanço do agronegócio. Esse esforço não é apenas do produtor rural, mas também do governo e da sociedade. É possível, sim, produzir alimentos de forma sustentável”, afirmou

    Agricultura Regenerativa

    É um sistema de práticas agrícolas que prioriza a regeneração e revitalização dos recursos naturais, como o solo, a água e a biodiversidade, ao mesmo tempo em que produz alimentos e fibras de forma sustentável.

    Informações à imprensa

  • Defesa da ‘Ecologia Integral’ pelo papa Francisco inspirou o Acordo de Paris

    Defesa da ‘Ecologia Integral’ pelo papa Francisco inspirou o Acordo de Paris

    A presidência brasileira da COP 30, a Conferência do Climas das Nações Unidas, divulgou nesta segunda-feira (21/4) mensagem em que destaca o papel do papa Francisco na discussão de uma noiva agenda ambiental global, nos primeiro anos de seu pontificado. A mensagem destaca a importância da publicação da Encíclica Laudato Si’, em 2015, ao dos anos de gestão à frente da Igreja Católica e meses antes da realização da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP 21, Na ocasião foi elaborado o Acordo de Paris, que determinaria objetivos a serem perseguidos pelos países para conter o aquecimento global.

    Confira a mensagem da presidência da COP 30

    “Não há duas crises separadas: uma ambiental e outra social; mas uma única e complexa crise socioambiental”, escreveu o Papa Francisco na Laudato si’, a primeira encíclica papal sobre meio ambiente. A resposta à mudança do clima, afirmou acertadamente o pontífice, demanda “abordagem integral para combater a pobreza, devolver a dignidade aos excluídos e, simultaneamente, cuidar da natureza”.

    Papa Francisco foi não só um exemplo de dignidade humana, respeito e acolhimento, mas um ativista climático, defensor da natureza, das florestas e dos povos indígenas e comunidades tradicionais. A Laudato si’, publicada em 2015, e sua defesa de uma ecologia integral inspiraram o consenso que, poucos meses depois, permitiu a adoção do histórico Acordo de Paris.

    A mudança do clima, como bem reconhecia Francisco, é um acelerador de pobreza, desigualdade e sofrimento — e seu combate deve ser abrangente e guiado pela solidariedade. Se nada neste mundo nos é indiferente, o futuro de nossa casa comum depende urgentemente de ação coletiva rápida, inclusiva e eficaz.

    Que os ensinamentos do Papa Francisco e sua corajosa liderança sirvam de exemplo em um momento-chave para acelerarmos a implementação do Acordo de Paris e de soluções climáticas. Seu legado nos inspirará na COP 30 e na mobilização de um mutirão global para combater a mudança do clima sem deixar ninguém para trás.

  • Crise climática pode provocar nova extinção em massa, diz pesquisador

    Crise climática pode provocar nova extinção em massa, diz pesquisador

    Se a humanidade não conseguir reverter os efeitos das mudanças climáticas, a Terra pode sofrer uma extinção em massa, semelhante à do Período Permiano (entre 299 e 251 milhões de anos atrás), quando cerca de 90% das espécies não conseguiram sobreviver às condições drásticas. O alerta é do pesquisador Hugh Montgomery, diretor do Centro de Saúde e Desempenho Humano da University College London, na Inglaterra, e um dos autores do relatório de 2024 sobre saúde e mudanças climáticas da publicação científica The Lancet.

    O estudioso abriu a programação do Forecasting Healthy Futures Global Summit, evento internacional sobre saúde e clima, que começou nesta terça-feira (8) no Rio de Janeiro. O Brasil foi escolhido para sediar a conferência porque vai receber a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em novembro.

    Montgomery ressaltou que essa extinção já vem ocorrendo ─ “a maior e mais rápida que o planeta já viu, e somos nós que estamos causando isso”, frisou. Entretanto, a morte de espécies pode chegar a níveis catastróficos se o aumento da temperatura média global chegar a 3 graus Celsius (ºC) acima dos níveis pré-industriais. Em 2024, alcançamos um aumento recorde de 1,5º C, e cientistas estimam que se as ações atuais foram mantidas, especialmente no que se refere a emissão de gases do efeito estufa, esse aumento deve chegar a 2,7 °C até 2100.

    “Se continuarmos golpeando a base dessa coluna instável sobre a qual estamos apoiados, a própria espécie humana estará ameaçada. No ano passado, emitimos 54,6 bilhões de toneladas de CO₂ equivalente na atmosfera — um aumento de quase 1% em relação ao ano anterior. A concentração atmosférica de CO₂ não só está aumentando, como está aumentando de forma cada vez mais acentuada”, explicou o especialista.

    E, de acordo com Montgomery, outras consequências drásticas poderão afetar a Terra bem antes disso. “Se alcançarmos, mesmo que temporariamente, um aumento entre 1,7 °C e 2,3 °C, teremos um colapso abrupto das camadas de gelo do Ártico. Sabemos que isso também vai causar uma desaceleração significativa da Circulação Meridional do Atlântico, da qual depende o nosso clima, nos próximos 20 ou 30 anos, provocando uma elevação do nível do mar em vários metros, com consequências catastróficas”.

    Ele chama atenção para outras causas do aquecimento global, como a emissão de metano, gás com potencial danoso 83 vezes maior do que o dióxido de carbono, liberado principalmente durante a exploração de gás natural. O cientista inglês também argumentou que ações imediatas de despoluição são essenciais para a própria economia mundial, que, prevê ele, deve reduzir em 20% ao ano, ou 38 trilhões de dólares, a partir de 2049, por causa dos efeitos das mudanças climáticas.

    Hugh Montegomery avalia que é importante pensar em medidas de adaptação a mudanças no clima, porque elas já estão afetando a saúde da população hoje, “mas isso não pode ser feito em detrimento de uma redução drástica e imediata nas emissões, porque não faz sentido focar apenas no alívio dos sintomas quando deveríamos estar buscando a cura”.

  • Receita do turismo internacional tem crescimento recorde em fevereiro

    Receita do turismo internacional tem crescimento recorde em fevereiro

    Fevereiro de 2025 registrou mais um recorde para o turismo no país, com a injeção de US$ 823 milhões trazidos por viajantes internacionais para a economia brasileira. O aumento foi de 22,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em fevereiro desembarcaram nos destinos nacionais mais de 1,3 milhão de estrangeiros.

    Os dados foram reunidos pelo Ministério do Turismo, com a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e a Polícia Federal, a partir das Estatísticas do Setor Externo, divulgadas pelo Banco Central na última semana.

    “O turismo internacional tornou-se um grande motor da economia do Brasil. É o setor que mais cresce e gera muitos empregos. Afinal é onde 95% dos negócios são em micro, pequenas e médias empresas”, afirmou o presidente da Embratur, Marcelo Freixo.

    No acumulado do bimestre, o turismo estrangeiro injetou mais de US$ 1,6 bilhão, correspondendo a um crescimento de 10,4% na comparação com os dois primeiros meses de 2024. No período a entrada de viajantes de outros países cresceu 57%, na comparação com o primeiro bimestre do ano anterior, somando 2,8 milhões de desembarques.

    De acordo com nota divulgada pela Embratur, o setor foi impulsionado por um calendário de eventos internacionais, que deverá se manter em alta ao longo do ano com a realização da Cúpula do Brics, em julho, no Rio de Janeiro. O Brics é formado por África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes, Etiópia, Indonésia, Índia, Irã e Rússia. Outros nove países são parceiros do bloco.

    E, em novembro deste ano, Belém será sede da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30).

    Para o presidente da Embratur, os sucessivos recordes ocorridos no setor refletem também um trabalho de promoção internacional, associado ao aumento da conectividade aérea entre os destinos.

    “O Brasil tá na moda, mas é graças ao trabalho conjunto do poder público e privado”, ressaltou Freixo.

    * Matéria atualizada às 16h17 para correção na lista de países que fazem parte do Brics.

  • Mudanças climáticas e IA serão pautas do Brasil à frente do Brics

    Mudanças climáticas e IA serão pautas do Brasil à frente do Brics

    O Brasil assume a presidência do Brics em 1º de janeiro do ano que vem e receberá, pela quarta vez, a reunião de cúpula do grupo. Para o governo brasileiro, essa será uma oportunidade de buscar entendimento, entre as dez nações que compõem o grupo, na direção da construção de um mundo melhor e mais sustentável.

    Em entrevista à Agência Brasil, o embaixador Eduardo Saboia, sherpa (ou seja, o negociador-chefe) do Brics em 2025, afirma que o grupo, pelo tamanho de sua população (mais de 40% do total global) e de sua economia (37% do PIB mundial por poder de compra), tem uma grande importância no cenário global.

    “Se você quer construir um mundo melhor, um mundo sustentável, o Brics tem que ser parte dessa construção. E é importante que haja um entendimento entre esses países, porque esse entendimento ajuda você a alcançar um entendimento mais amplo [com outros países]”, disse Saboia.

    Além de temas que já vêm sendo discutidos no Brics, como a possibilidade do uso de moedas locais no comércio entre os países e a reforma da governança global, o Brasil aproveitará sua posição à frente do grupo, para buscar entendimento em temas como as mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável com redução da pobreza e uma governança sobre a inteligência artificial.

    A questão do clima é de especial interesse porque o Brasil sediará também neste ano, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-30), em Belém.

    “Como a gente pode aproveitar a presidência do Brics para construir um entendimento que possa ajudar para o êxito da COP-30? Os países que são membros do Brics têm um papel central na questão da energia, que é a principal fonte de emissões de gases do efeito estufa”, afirma.

    Brasília (DF), 08/11/2023 - O Secretário de Ásia e Pacífico, Embaixador Eduardo Paes Saboia, em reunião de consultas políticas com a Coreia. Foto: Gustavo Magalhães/MRE
    Embaixador Eduardo Saboia fala sobre Brics e IA – Foto:  Gustavo Magalhães/MRE

    Já a governança da Inteligência Artificial (IA) é um tema relevante uma vez que, segundo o embaixador, essa é uma tecnologia “disruptiva”. “Não existe uma governança da inteligência artificial, mas essa é uma discussão que está ocorrendo. Quem sabe no Brics, durante a presidência brasileira, a gente possa avançar na ideia de ter uma visão desses países sobre como deve ser a governança da inteligência artificial”.

    De acordo com Saboia, o Brics é uma força de construção e também estabilizadora. “É estabilizadora porque se você tem esses países, que são muito diferentes e com sistemas políticos diferentes, cada um com seus desafios, se entendendo e eles se reúnem todo ano, isso é bom para todo mundo, porque dali saem soluções para a população”.

    Ampliação

    A primeira reunião de cúpula ocorreu em 2009, apenas com Brasil, Rússia, Índia e China (o Bric original). Em 2011, a África do Sul aderiu, transformando a sigla em Brics.

    Em 2023, na cúpula de Johannesburgo, na África do Sul, o Brics convidou Argentina, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes, para se juntarem ao grupo a partir de janeiro de 2024. A Argentina decidiu não aderir, enquanto os demais participaram da cúpula deste ano, em Kazan, na Rússia.

    O embaixador Saboia explica que a expansão dos Brics é resultado do êxito do grupo. “O Brics hoje desperta grande interesse e é importante que ele seja representativo dos países do sul global, dos países emergentes”.

    Segundo ele, a ampliação do grupo tem apoio do Brasil e dialoga com a posição do país em relação à reforma da governança global. “Se a gente defende a reforma e a ampliação do Conselho de Segurança [da ONU], faz sentido que a gente tenha uma ampliação do Brics. Agora essa plataforma [o Brics], tem uma pauta, tem um acerto, então os países que entraram, abraçaram essas conquistas. Uma das prioridades é fazer com que essa incorporação se dê da maneira mais suave e efetiva possível”.

    Na cúpula de Kazan, o Brics também anunciou uma nova modalidade de membros (os países associados) e definiu-se que 13 nações seriam convidadas: Cuba, Bolívia, Turquia, Nigéria, Indonésia, Argélia, Belarus, Malásia, Uzbequistão, Cazaquistão, Tailândia, Vietnã e Uganda.

    Saboia afirma que o anúncio em relação à adesão dos países parceiros será feito nas próximas semanas. “Uma das prioridades da nossa presidência é fazer com que esses países se sintam acolhidos na família do Brics. É importante que haja um trabalho para que eles se envolvam. Eles participarão das reuniões de ministros de Relações Exteriores e também há previsão que eles participem da cúpula [de 2025]”.