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  • Mato Grosso é destaque na COP-16 com projetos inovadores para a conservação da natureza

    Mato Grosso é destaque na COP-16 com projetos inovadores para a conservação da natureza

    O vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, destacou o equilíbrio sustentável que o Estado mantém entre a alta produtividade agropecuária e a preservação ambiental, na reunião do GCF Task Force, durante a COP-16, realizada em Cali, na Colômbia. “Mato Grosso é exemplo de sustentabilidade, um dos maiores produtores do mundo, mantendo 60% do território preservado”, afirmou.

    A Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF) reúne 38 estados e províncias de diversos países, como Brasil, Colômbia, Indonésia e Estados Unidos, em um esforço conjunto para enfrentar desafios ambientais globais. No caso de Mato Grosso, o foco está na conservação dos biomas locais, Amazônia, Pantanal e Cerrado, em alinhamento com práticas de desenvolvimento sustentável.

    “Todos os Estados e países que compõem o GCF têm o privilégio de possuir uma parcela de floresta tropical do mundo e a obrigação e compromisso de sua manutenção, de forma estratégica para os oito bilhões de habitantes do planeta. Em Mato Grosso, estamos investindo em um governo de resultados para a população, porque a preservação é uma tarefa que envolve setores que impactam diretamente na vida das pessoas, então quando a população recebe educação, saúde, infraestrutura, a preservação e a conscientização se tornam muito mais fáceis”, pontuou o vice-governador.

    Otaviano Pivetta ainda destacou a produção sustentável no Estado. “Somos um dos maiores produtores do mundo e fazemos isso em apenas 40% do território. Além disso, o Código Florestal brasileiro é o mais restritivo do planeta e nossos produtores trabalham respeitando essas leis, mas para aqueles que não respeitam, o governo tem atuado com muito rigor, fiscalizando e penalizando as ilicitudes”.

    A reunião contou com a presença da governadora do Valle del Cauca, Dillian Francisca Torres, representantes dos governos de São Paulo, Maranhão, Rio Grande do Norte, do Peru, das Universidades do Colorado e UCLA, e dos povos indígenas.

    COP-16

    O Governo do Estado aproveita o evento internacional para consolidar parcerias e apresentar novas iniciativas de proteção ambiental. Entre os projetos discutidos, uma das principais agendas foi a ampliação da área de proteção das onças no Pantanal, iniciativa proposta pela ONG Panthera Brasil, que sugere a criação de um corredor de proteção para além do Parque Estadual Encontro das Águas, a área com a maior concentração de onças pintadas do mundo.

    A comitiva de Mato Grosso conta, além do vice-governador, com a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, a secretária adjunta de Jornalismo da Secom, Carol Sanford, a secretária adjunta de Licenciamento Ambiental e Recursos Hídricos da Sema, Lilian Ferreira; além de membros do Sebrae MT, do Programa REM (REDD Early Movers), do Instituto PCI (Produzir, Conservar e Incluir) e da Aprosoja.

  • Mato Grosso leva para a COP-16 a solução para salvar o Araguaia

    Mato Grosso leva para a COP-16 a solução para salvar o Araguaia

    Em busca de recursos para a restauração do Rio Araguaia, o governo de Mato Grosso apresentou o programa Todos pelo Araguaia na COP-16. A iniciativa, considerada a maior do tipo em execução no mundo, busca recuperar 5 mil hectares de área degradada e integrar o agro à conservação ambiental.

    A explanação foi realizada no Espaço Brasil, do Ministério de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, com a presença de expectadores brasileiros e estrangeiros.

    Na abertura, Mauren, que também representa o Brasil como presidente da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), destacou a união de esforços públicos e privados para recuperação de áreas degradadas e reforçou que a iniciativa precisa de financiadores, no painel “Finanças de Biodiversidade”.

    “O programa Todos pelo Araguaia irá recuperar 5 mil hectares de área e integrar o agro a conservação ambiental, mas precisamos de recursos. Na governança, o programa é coordenado pela Sema, o suporte é da Universidade Unilivre do Paraná, que subsidia tecnicamente o Governo do Estado no monitoramento das ações e seleções de áreas, e, em terceiro, os investidores, agentes de sustentabilidade, executores e rede de sinergia”, disse.

    O programa Todos pelo Araguaia é uma iniciativa que estabelece conexão entre o poder público, iniciativa privada, produtores rurais e outras diversas entidades em prol de um objetivo comum que é restaurar a Bacia do Rio Araguaia. A iniciativa foi premiada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em 2023, em Dubai. Mato-grossenses também estão conectados com o Estado de Goiás pelo programa Juntos pelo Araguaia.

    Segundo a secretária, 3 mil hectares estão disponíveis para restauração e o desafio é identificar as áreas e criar mecanismos para que possam ser recuperadas.

    “A maior dificuldade, além do custo da restauração, é convencer as pessoas de que todo esse processo de recuperação é via sistema agroflorestal, irá aumentar a produtividade e garantir o envolvimento social com geração de renda”, pontuou.

    Mauren lembrou o apoio da empresa Rumo S/A, no primeiro lote dos projetos de restauração do Programa, que definiu uma área de 212 hectares. No estudo técnico, 13 propriedades estão sendo recuperadas, sendo 109 hectares no Parque Estadual Serra Azul, além do perímetro urbano e propriedades rurais no município de Barra do Garças.

    “São 84 produtores rurais que aderiram ao programa e contribuem para a restauração de suas propriedades com custos reduzidos, sendo reconhecidos como defensores da sustentabilidade e conservação ambiental”, disse.

    Com mais de dois mil quilômetros de extensão, a Bacia Hidrográfica do Rio Araguaia ocupa 36% do território de Mato Grosso. Aproximadamente 86% das áreas prioritárias de recarga da Bacia estão situadas no Estado, no bioma Cerrado, o segundo maior do País e considerado a “caixa d’água do Brasil” por abrigar oito das 12 principais regiões hidrográficas brasileiras, garantindo água potável para todo o território nacional.

    Participam também da comitiva da COP-16 o vice-governador Otaviano Pivetta, servidores do Governo do Estado, representantes do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Mato Grosso. (Sebrae-MT), Programa REM (REDD Early Movers), Instituto Produzir, Conservar e Incluir (Instituto PCI) e Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja).