Tag: cooperação

  • Embaixador da Ucrânia visita Famato para fortalecer laços e discutir cooperação no agronegócio

    Embaixador da Ucrânia visita Famato para fortalecer laços e discutir cooperação no agronegócio

    Nesta quarta-feira (22/01), a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) recebeu a visita do Embaixador da Ucrânia no Brasil, Andrii Melnyk. Durante o encontro, que contou com a participação de lideranças do Sistema Famato, foram discutidos temas relacionados à resiliência da agricultura ucraniana e explorou oportunidades de cooperação tecnológica e inovação para impulsionar o setor produtivo rural de Mato Grosso.

    O presidente da Famato, Vilmondes Tomain, destacou a capacidade do país europeu em manter sua balança comercial positiva, mesmo enfrentando os impactos da guerra. “Ainda em meio aos prejuízos da guerra, vocês estão conseguindo manter a segurança alimentar e a autossuficiência na produção. Isso é uma prova da resiliência dos produtores ucraniano”, disse Vilmondes.

    O embaixador Andrii Melnyk elogiou a hospitalidade mato-grossense e expressou sua admiração pelo agronegócio no estado. Ele enfatizou que, embora Ucrânia e Mato Grosso compartilhem a característica de solos férteis, há um grande potencial para troca de experiências e tecnologias. “Espero que o senhor, presidente Vilmondes, possa visitar a Ucrânia e ver com seus próprios olhos as qualidades do nosso solo e sua prosperidade”, convidou o embaixador.

    Melnyk ressaltou a importância de parcerias para aprendizado mútuo. “Estabelecer cooperações trará benefícios para ambos os lados. Mato Grosso já é global e não precisa de ajuda para produzir tanto, mas tenho certeza de que podemos aprender juntos e crescer”, afirmou.

    O encontro contou com a presença do diretor de Relações Institucionais da Famato, Ronaldo Vinha, e dos superintendentes Cleiton Gauer (Instituto Mato-grossense e Economia Agropecuária – Imea), Paulo Ozaki (Instituto AgriHub) e Marcelo Lupatini (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar-MT). Cada representante compartilhou suas perspectivas sobre as possíveis contribuições de suas respectivas instituições para a parceria com a Ucrânia.

    Cleiton Gauer, superintendente do Imea, apresentou uma visão detalhada sobre o agronegócio de Mato Grosso, destacando a liderança na produção de soja, milho e algodão, além das inovações em práticas agrícolas que têm impulsionado a produtividade e a sustentabilidade. Ele também ressaltou o potencial de crescimento nas exportações de gado e etanol para mercados internacionais.

    Paulo Ozaki, do AgriHub, enfatizou o papel da inovação tecnológica e da bioenergia como pilares para o desenvolvimento conjunto, enquanto Marcelo Lupatini, do Senar-MT, destacou a possibilidade de capacitação em técnicas agrícolas avançadas e gestão no meio rural.

    A reunião também contou com a participação remota do Vice-Chefe do Comitê Agrícola, Câmara de Comércio e Comércio Ucraniana, Volodymyr Pugachov, que compartilhou os desafios enfrentados pelo setor agrícola ucraniano, como a degradação do solo e a resistência dos produtores a adotar práticas mais sustentáveis. Apesar disso, ele destacou que a Ucrânia continua a ser uma potência na exportação de milho, com 22 milhões de toneladas exportadas na última temporada.

    Vilmondes Tomain reforçou a importância do aprendizado conjunto e a troca de experiências para superar os desafios do setor agrícola global. “Nós também enfrentamos desafios no passado para aprender a plantar, cultivar e inovar. Por isso, essa troca de conhecimentos é essencial para o desenvolvimento contínuo de ambos os países”, concluiu.

    Também participou de maneira remota o primeiro-secretário da Embaixada da Ucrânia no Brasil, Oskar Slushchenko.

    Como resultado do encontro, foram trocados contatos para alinhar os melhores caminhos para estreitar as relações entre Mato Grosso e a Ucrânia. A parceria deverá envolver todas as casas do Sistema Famato – Famato, Imea, AgriHub, Senar-MT e Sindicatos Rurais – cada uma contribuindo com sua expertise para promover inovações, tecnologias e avanços em bioenergia.

    O encontro foi marcado pela promessa de cooperação e pelo potencial de um futuro promissor para os dois países, que compartilham a visão de que a agricultura é uma base sólida para o crescimento e a segurança alimentar do mundo.

  • Agro brasileiro conquista quatro novos mercados na China

    Agro brasileiro conquista quatro novos mercados na China

    Principal parceiro comercial do Brasil, a China abriu quatro mercados para produtos da agropecuária brasileira em acordos firmados por ocasião do encontro bilateral entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping nesta quarta-feira (20), em Brasília. Com isso, o Brasil registra a conquista de 281 mercados agropecuários desde o início de 2023.

    São quatro protocolos firmados entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Administração Geral de Aduana da China (GACC) que estabelecem os requisitos fitossanitários e sanitários para a exportação dos produtos.

    Em uma pauta diversificada, que beneficia produtores de diferentes regiões do Brasil, uvas frescas, gergelim, sorgo e farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal poderão ser comercializados na China.

    O anúncio foi feito pelo presidente Lula em declaração à imprensa após a reunião ampliada com o presidente chinês, no Palácio do Alvorada.

    “O agronegócio continua a garantir a segurança alimentar chinesa. O Brasil é, desde 2017, o maior fornecedor de alimentos da China”, ressaltou o presidente Lula.

    O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou das cerimônias por ocasião da visita oficial e destacou a importância da retomada da boa relação diplomática entre Brasil e China, que completou 50 anos neste ano de 2024.

    “O Brasil já se mostrou um país confiável na posição de maior fornecedor de alimentos e energia renovável e podemos continuar ampliando cada vez mais as parcerias, pois temos gente vocacionada, tecnologia e condições de intensificar nossa produção com sustentabilidade”, destacou o ministro Carlos Fávaro.

    Considerando a demanda chinesa dos produtos frutos dos protocolos assinados ao longo de 2023 e a participação brasileira nesses mercados, o potencial comercial é de cerca de US$ 450 milhões por ano, conforme estimativa da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

    “Mas se levarmos em conta outras variantes de mercado e o potencial brasileiro, podemos comercializar muito mais, ultrapassando a cifra de US$ 500 milhões por ano. Nestes 4 produtos a China importa quase US$ 7 bilhões e o Brasil vem se consolidando cada vez mais como um parceiro estratégico, confiável e seguro para a China”, explicou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luis Rua.

    Maior importadora de gergelim do mundo, com participação de 36,2% nas importações globais do produto, a China desembolsou US$ 1,53 bilhão em 2023 na compra deste produto. Já o Brasil, que ocupou a sétima colocação nas exportações, representando 5,31% do comércio mundial, vem aumentando sua área de plantio do pulse.

    Da mesma forma, o país asiático é o principal importador da farinha de pescado (US$ 2,9 bilhões em importações em 2023). O Brasil registrou participação de 0,79% das exportações mundiais no ano passado.

    No sorgo, a participação brasileira é de 0,29% no mercado mundial. A China importou US$ 1,83 bilhão deste produto no ano passado, sendo a maior parte dos Estados Unidos.

    Após crescimento exponencial e recorde de exportações de uvas frescas, o produto brasileiro chega aos consumidores chineses com registro de 2% no comércio mundial desta fruta. A China é um grande consumidor de uvas premium e importou mais de US$ 480 milhões deste produto no ano passado.

    No caso das uvas frescas de mesa, deverão ser exportadas frutas majoritariamente dos estados de Pernambuco e da Bahia. Pomares, casas de embalagem e instalações de tratamento a frio devem cumprir boas práticas agrícolas e ser registrados no Mapa.

    Já as empresas exportadoras de farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal devem implementar o sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) ou sistema de gerenciamento com base nos princípios da APPCC; estabelecer e executar um sistema para garantir o recall e a rastreabilidade dos produtos; ser aprovadas pelo lado brasileiro e registradas pelo lado chinês. O registro será válido por 5 anos.

    As matérias-primas devem ser provenientes de pescado (exceto mamíferos marinhos) capturados na zona marítima doméstica ou em mar aberto e da criação de pescado em cativeiro, ou de subprodutos de pescado provenientes de estabelecimentos que manuseiam pescado para consumo humano.

    Informações à imprensa

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  • Vênus em Libra 29 de agosto a 23 de setembro de 2024: o que nos espera neste momento

    Vênus em Libra 29 de agosto a 23 de setembro de 2024: o que nos espera neste momento

    A passagem de Vênus por Libra, que se inicia em 29 de agosto, traz um período de grande harmonia e equilíbrio para as relações. A energia do amor e da beleza, representada por Vênus, encontra em Libra o seu habitat natural, promovendo a diplomacia, a cooperação e a busca pela justiça.

    Durante esse período, as pessoas tendem a ser mais compreensivas, gentis e dispostas a encontrar soluções pacíficas para os conflitos. As relações interpessoais se fortalecem e a busca pela beleza e harmonia se intensifica em todos os aspectos da vida.

    Vênus em Libra nos convida a:

    • Cultivar a paz e a harmonia: Tanto nas relações pessoais quanto profissionais.
    • Valorizar a beleza em todas as suas formas: Na natureza, na arte, nas pessoas e em si mesmo.
    • Buscar a justiça e a equidade: Promover um mundo mais justo e igualitário.
    • Fortalecer os laços afetivos: Celebrar o amor e a amizade.

    Você pode estar interessado também em: Qual signo do zodíaco terá sorte em 20 de agosto?

    A influência de Libra também nos convida a refletir sobre nossas relações e a identificar áreas que precisam de mais atenção e cuidado. É um momento ideal para trabalhar em conjunto com os outros e construir um futuro mais harmonioso.

    No céu, em homenagem a Vênus, foi chamada de Estrela da Manhã, cujo brilho brilhante não é comparável a nenhum outro.

    O que significa Vênus em Libra?

    Libra
    Qual signo do zodíaco terá sorte em 8 de agosto?

    Libra, signo da justiça e da parceria, encontra em Vênus a sua expressão mais natural. Durante este trânsito, a busca por equilíbrio e justiça se torna ainda mais acentuada, tanto nas relações pessoais quanto nas profissionais. As pessoas tendem a ser mais diplomáticas, cooperativas e dispostas ao diálogo.

    O que podemos esperar deste período?

    • Fortalecimento dos relacionamentos: A energia de Vênus em Libra favorece a união e a colaboração, tornando os relacionamentos mais harmoniosos e duradouros.
    • Busca pela beleza e harmonia: A estética e a beleza ganham destaque, incentivando a criação de ambientes agradáveis e a busca por um estilo de vida mais equilibrado.
    • Diplomacia e negociação: A capacidade de negociar e encontrar soluções justas se torna mais aguçada, facilitando a resolução de conflitos.
    • Valorização da parceria: A importância das relações interpessoais se torna evidente, e as pessoas buscam cada vez mais a companhia de outras.

    Em resumo, o trânsito de Vênus em Libra é um convite para celebrar a beleza da vida, cultivar relacionamentos saudáveis e buscar a harmonia em todas as áreas da vida. Ao aproveitar essa energia, podemos construir um mundo mais justo e equilibrado para todos.

  • Acordo busca fortalecer combate à violência doméstica

    Acordo busca fortalecer combate à violência doméstica

    Representantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e dos ministérios da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e das Mulheres assinaram, em Brasília, acordo de cooperação técnica para permitir que o Formulário Nacional de Avaliação de Risco (Fonar) – aplicado a mulheres vítimas de violência doméstica e familiar – passe a ser eletrônico.

    A mudança resultará, também, na integração entre o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), gerido pelo MJSP, e a Plataforma Digital do Poder Judiciário (PDPJ).

    O acordo prevê o aperfeiçoamento do formulário, instituído no âmbito do Poder Judiciário e do Ministério Público em 2020, para prevenir e enfrentar crimes praticados contra mulheres no contexto doméstico ou familiar.

    Segundo o Ministério da Justiça, a implementação do formulário eletrônico possibilitará que policiais, juízes, servidores do Poder Judiciário, membros do Ministério Público e demais integrantes da rede de proteção acessem com mais rapidez e eficiência informações que ajudem a identificar situações em que uma mulher esteja correndo risco de ser morta ou de sofrer outras formas de violência.

    Integração de plataformas

    Segundo o CNJ, a integração entre as plataformas do Sinesp e do PDPJ resultará em diagnósticos mais precisos sobre a violência contra mulheres e, consequentemente, na adoção de estratégias de gestão de risco mais eficazes por toda a rede de proteção

    Assinado pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e pelo presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luís Roberto Barroso, o acordo é válido por cinco anos.

    “O formulário vem na perspectiva de ajudar os profissionais a obter um bom diagnóstico sobre o risco dessa mulher e, ao mesmo tempo, evitar a revitimização. Depois de 18 anos da Lei [Maria da Penha], temos um instrumento que vai ajudar a todos os profissionais a tomar as medidas cabíveis, com segurança jurídica, política e social sobre qual decisão tomar”, destacou a ministra Cida Gonçalves.

    Edição: Kleber Sampaio

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  • Alemães procuram na pesquisa brasileira soluções sustentáveis ​​para o setor agropecuário

    Alemães procuram na pesquisa brasileira soluções sustentáveis ​​para o setor agropecuário

    Na última semana, representantes do Diálogo Agropolítico Brasil-Alemanha (APD) visitaram os dois centros de pesquisa da Embrapa, em São Carlos (SP). O APD é um instrumento bilateral de intercâmbio técnico e político para transformação do sistema agroalimentar. O objetivo é intensificar o diálogo e a cooperação entre os dois países para enfrentar os desafios da sustentabilidade e das mudanças climáticas do setor agropecuário.

    Durante uma visita à Embrapa Pecuária Sudeste, o diretor Alexander Borges Rose, o gerente de projeto Carlos Alberto Santos e o consultor Ralph Guenther Hammer conheceram o projeto brasileiro que está sendo construído para recuperação de pastagens degradadas. A pesquisadora Patrícia Menezes Santos, representante da Embrapa no Comitê Gestor Interministerial do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis ​​(PNCPD), mostrou dados de pastagens brasileiras, tecnologias e desafios do programa.

    Dados de 2022 do MapBiomas indicam que as pastagens no Brasil ocupam cerca de 164 milhões de hectares e uma parte significativa dessa área apresenta algum processo de manipulação. Para Patrícia Santos, mudar esse cenário exige investir em tecnologias, extensão rural, políticas públicas e linhas de crédito.

    O chefe-geral, Alexandre Berndt, e os pesquisadores Ladislau Martin Neto (Embrapa Instrumentação) e Emerson Borghi também acompanharam a visita.

    A comitiva também visitou a área de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), um sistema sustentável de produção e que contribui significativamente para a mitigação de gases de efeito estufa (GEE) e que pode ser uma das estratégias de recuperação de áreas degradadas, assim como o uso de leguminosas e técnicas de intensificação (manejo de pastagens, correção e adubação do solo, nutrição, sanidade e genética animal, etc).

    Segundo o diretor Alexander Rose, que atua nas relações bilaterais há mais de 20 anos, o Brasil é um país estratégico e o único da América Latina que possui uma parceria dessa relevância com a Alemanha para estimular a produção sustentável. De acordo com ele, a Alemanha acompanha e participa conjuntamente na iniciativa do programa de recuperação de pastagens empreendedoras no Brasil.

    Na Embrapa Instrumentação, o grupo conheceu trabalhos ligados ao mercado de carbono e à nanotecnologia.

    Cooperação

    Em dezembro de 2023, os Ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e da Agricultura e Pecuária (Mapa) renovaram o Memorando de Entendimento (MoU) com o Ministério Federal da Alimentação e Agricultura da Alemanha (Bmel). O novo memorando, formalizado no âmbito do Diálogo Agropolítico Brasil-Alemanha, é válido por três anos e visa intensificar a cooperação bilateral entre os dois países no setor agroalimentar.

    Nos próximos anos, as parcerias e atividades de substituição serão orientadas por quatro linhas de ação: Programa de Reabilitação de Pastagens Degradadas (PNCPD); Direito à alimentação, agricultura familiar e sistemas alimentares sustentáveis; Agricultura orgânica e bioeconomia; e Cadeias produtivas livres de desmatamento e sistemas de rastreabilidade.

    ODS

    O esforço da Embrapa para contribuir com dados e soluções tecnológicas para recuperação de áreas degradadas no país e melhorar a sustentabilidade dos sistemas de produção agropecuários está alinhado com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, principalmente com a meta 2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável – e com a meta 13 – de combate às mudanças climáticas.

  • Brasil e Estados Unidos fortalecem laços para geração de energia limpa e sustentável

    Brasil e Estados Unidos fortalecem laços para geração de energia limpa e sustentável

    Dando continuidade à importante cooperação entre Brasil e Estados Unidos nos temas energéticos, representantes dos dois países realizaram nesta semana um encontro bilateral no âmbito do Fórum de Energia Brasil-EUA (USBEF, sigla em inglês). Sediada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), em Brasília, a reunião destacou uma série de iniciativas colaborativas voltadas para a transição energética e mitigação das mudanças climáticas. O grupo foi criado para discutir questões de interesse comum em diversas áreas do setor energético dos dois países.

    Os secretários Nacionais de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, e de Transição Energética e Planejamento, Thiago Barral, representaram o ministro Alexandre Silveira no evento. “Temos um importante relacionamento estratégico na área de energia com os Estados Unidos. Quando se trata de biocombustíveis, estamos falando dos dois maiores produtores do mundo. Estamos cientes de que será necessário um esforço conjunto para superar os desafios tecnológicos para avançarmos nos nossos compromissos para alcançar o Net Zero e como o SAF [combustível sustentável de aviação] e a captura, uso e armazenamento de carbono (CCUS) podem ser cruciais nestes processos”, destacou Pietro Mendes.

    Ainda no evento, o MME ressaltou a importância da parceria para avançar em análises técnicas sobre metodologias de ciclo de vida, análises de matérias-primas e rotas tecnológicas relacionadas ao combustível sustentável de aviação (SAF em inglês) e da cooperação com os Estados Unidos, considerada estratégica na atuação multilateral.

    Durante a agenda, representantes de ambos os governos revisitaram os objetivos das linhas de trabalho conjuntas e discutiram resultados iniciais dos trabalhos propostos. Entre os principais pontos, destaca-se um estudo conjunto entre o National Renewable Energy Laboratory (NREL) dos Estados Unidos e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) do Brasil, que avalia a produção de hidrogênio verde utilizando como matéria-prima a biomassa da cana-de-açúcar.

    “A reunião nos permitiu pactuar os próximos passos dessa estratégica colaboração, incluindo esforços junto ao setor privado, para promover investimentos em soluções para a transição energéticas, tais como o desenvolvimento de hubs de energia limpa”, pontuou o secretário Thiago Barral.

    Além disso, também foram abordados os Clean Energy Hubs, os sistemas de energia de baixo carbono na Amazônia e os compromissos de redução das emissões de metano. A ideia é que o projeto conte com abordagens governamentais e também envolva parcerias público-privadas, atraindo investimentos para o Brasil. A previsão é que ainda neste ano os resultados iniciais de várias dessas iniciativas sejam apresentados em Reunião Ministerial do USBEF, em Foz do Iguaçu (PR), reforçando o compromisso de ambos os países com a sustentabilidade e a inovação energética.

    Por: Ministério de Minas e Energia (MME)

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  • Lewandowski e embaixadores residentes em Brasília discutem cooperação

    Lewandowski e embaixadores residentes em Brasília discutem cooperação

    O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e os Embaixadores residentes em Brasília do Grupo de Países da América Latina e Caribe – GRULAC – reuniram-se nesta quinta-feira (4), durante almoço de trabalho, com o intuito de discutir e aprofundar a cooperação regional em matéria de segurança pública.

    As autoridades presentes reconheceram que o tema da segurança pública se encontra no topo das prioridades internas de todos os países da região e que não é possível encontrar soluções adequadas de forma isolada. Sublinharam que é absolutamente necessário fortalecer os mecanismos de diálogo regional voltados para a formulação de estratégias coordenadas de combate ao crime organizado internacional.

    Concordaram, nesse sentido, em empreender todos os esforços necessários no sentido de promover, de modo coordenado, o combate ao crime organizado transnacional, seja por meio do intercâmbio célere de informações, seja por meio do fortalecimento da cooperação e das atividades conjuntas dos diferentes órgãos que se dedicam a lutar contra redes criminosas internacionais.

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  • Governo cria força penal contra crime organizado

    Governo cria força penal contra crime organizado

    Com o objetivo de promover a integração do sistema penitenciário brasileiro e enfrentar o crime organizado dentro e fora das prisões, o Ministério da Justiça e Segurança Pública criou a Força Penal Nacional (FPN). A medida está publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (14).

    Profissionais do sistema penal serão reunidos para atuar na aplicação de técnicas especializadas administrativas, assistenciais, gerenciais, de capacitação e também nas situações de crise. Um acordo de cooperação federativa viabilizará a mobilização dos servidores para compor a nova força.

    Segundo o ministro Flávio Dino, o sistema será estruturado em dois eixos: descapitalização das facções criminosas e a estruturação do sistema penitenciário. Como base de atuação do grupo, foram definidos princípios, diretrizes e normas de conduta, entre eles proteção dos direitos humanos, promoção da cidadania e da dignidade humana e respeito aos direitos individuais e coletivos.

    A força será coordenada pela Polícia Penal Federal, que vai planejar e promover a articulação das atividades com estados, Distrito Federal e órgãos de execução penal. Poderá ser empregada em qualquer unidade federativa desde que haja solicitação do governador para situações de crise, ou do secretário de administração penal, para apoio de gestão ou capacitação.

    Durante o lançamento do programa, em Brasília, Dino destacou a importância da participação das diferentes esferas do governo e das agências de segurança de todo o país, a fim de superar as crises no sistema penitenciário. “Hoje estamos institucionalizando mecanismos de parceria que se revelam exitosos. Também chegamos perto de R$ 3 bilhões em repasses para estados ou sendo disponibilizados para projetos. Estamos dando mais um passo na estratégia brasileira para combater o crime organizado.”

    Durante o evento também foram anunciados investimentos em equipamentos que viabilizem a atuação da Força Nacional Penal no combate ao crime organizado, como localizadores de equipamentos eletrônicos para a realização de varreduras no sistema penitenciário.

    Edição: Maria Claudia
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  • Lula defende maior cooperação entre países em desenvolvimento

    Lula defende maior cooperação entre países em desenvolvimento

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (24), que é hora de revitalizar a cooperação entre os países em desenvolvimento e que, ao assumir a presidência do G20, em dezembro, o Brasil quer recolocar a redução das desigualdades no centro da agenda internacional.

    “Não podemos fazer isso sem maior representatividade para a África. Por isso, defendemos o ingresso da União Africana como membro do G20. Com minha vinda à África do Sul, de onde seguirei para Angola e para São Tomé e Príncipe, pretendo inaugurar uma nova agenda de cooperação entre o Brasil e a África”, disse o presidente durante o evento Diálogo de Amigos do Brics, em Joanesburgo, na África do Sul.

    O G20 é um grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia, e foi criado em 1999.

    Lula está na África do Sul, onde participa da 15ª Cúpula de chefes de Estado do Brics, que se encerra nesta quinta-feira, após duas sessões ampliadas com participação dos países membros e mais nações convidadas. O Brics é o bloco de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A partir de janeiro de 2024, seis novos países integrarão o grupo: Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.

    Para o presidente, o combate à mudança do clima oferece a oportunidade de repensar modelos de financiamento, comércio e desenvolvimento. Segundo Lula, existem formas sustentáveis de ampliar a produtividade agrícola, gerar renda e oferecer proteção social.

    “A transição energética não pode reeditar a relação de exploração do passado colonial. Precisamos de soluções que diversifiquem e agreguem valor à produção de países em desenvolvimento. O sinal mais evidente de que o planeta está se tornando um lugar mais desigual é o crescimento da fome e da pobreza. Isso é inaceitável. Apesar da sua magnitude, esses problemas não são tratados com a urgência que merecem”, destacou.

    Uma nova governança global também foi debatida durante a cúpula. Em discursos anteriores, Lula cobrou a modernização das instituições multilaterais, com ampliação da representatividade, e disse que o dinamismo da economia está no Sul Global. Para ele, o Brics não quer ser contraponto ao G7, grupo de sete países mais industrializados do mundo, ou ao G20.

    Colaboração

    “A presença, aqui, de dezenas de líderes do Sul Global, mostra que o mundo é mais complexo do que a mentalidade de Guerra Fria que alguns querem restaurar. Em vez de aderir à lógica da competição, que impõe alinhamentos automáticos e fomenta desconfianças, temos de fortalecer nossa colaboração. Um mundo com bem-estar para todos só é possível com uma ordem internacional mais inclusiva e solidária”, afirmou em seu discurso.

    Lula também destacou as potencialidades dos países africanos e disse que “muitas das respostas que buscamos para construir um mundo mais equitativo estão na África”. Para ele, entretanto, é preciso discutir sobre a dívida externa dessas nações, que chega a US$ 800 bilhões, e transformá-la em capacidade de investimento.

    “Nos últimos anos, o volume de recursos direcionados a países do Sul Global, via comércio e investimentos, vem diminuindo. A maior parte do mundo em desenvolvimento depende da exportação de commodities, cuja demanda é volátil, e da importação de bens de primeira necessidade, cujos preços dispararam. Ao mesmo tempo, instituições financeiras impõem juros elevados e condicionalidades que estreitam o espaço de atuação do Estado. É impossível promover o desenvolvimento sustentável se o orçamento público é consumido pelo serviço da dívida”, afirmou Lula.

    O presidente citou que enquanto preocupações de segurança limitam cada vez mais o compartilhamento de tecnologias, a União Africana lança estratégias de transformação digital e centenas de startups e centros de inovação surgem na África. Ainda segundo Lula, o continente se destaca pelo protagonismo na resolução de conflitos e pela ampliação de sua área de livre comércio.

    Bangladesh

    Nesta quinta-feira, na África do Sul, Lula também se reuniu com a primeira-ministra de Bangladesh, Sheik Hasina Wajed. O país também pleiteia sua entrada no Brics.

    Em nota, o Palácio do Planalto informou que os dois mandatários conversaram sobre as políticas sociais das duas nações no combate à pobreza e também sobre questões comerciais. Bangladesh importa carne, petróleo, açúcar e algodão e também está buscando um acordo de comércio com o Mercosul.

    Edição: Fernando Fraga

  • Adesão de novos países e integração econômica estão na agenda do Brics

    Adesão de novos países e integração econômica estão na agenda do Brics

    A definição sobre os critérios para uma eventual ampliação do Brics e a criação de uma unidade de valor comum no comércio entre os países do bloco estão na pauta da 15ª Cúpula do Brics, que começa nesta terça-feira (22), em Joanesburgo, África do Sul, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mais de 20 países já manifestaram formalmente interesse em integrar o Brics, como  Irã, Arábia Saudita e Argentina.

    A inclusão de novos países no  Brics – grupo atualmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – pode não ser interessante para o Brasil. A avaliação é do coordenador do Grupo de Estudos sobre o Brics (Gebrics) da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Borba Casella.

    Para o especialista, a inclusão de novos países pode acabar atrapalhando os trabalhos do grupo. “Essa possível ampliação vai significar paralisar e bagunçar toda essa agenda que funciona e que até agora fazia sentido, porque os cinco países têm visibilidade, representam uma parcela importante da população mundial, da economia mundial”, explica Casella, que é professor de direito internacional público da Faculdade de Direito da USP.

    Para ele, a mudança na constituição do Brics poderá levar o Brasil a deixar o grupo. “Não sei se é conveniente para o Brasil estar aliado com o grupo que será marcadamente anti-ocidente para se colocar em oposição à União Europeia e aos Estados Unidos. Não nos interessa estar em rota de colisão com parceiros comerciais importantes, não vejo vantagem nenhuma para o Brasil”, diz Casella. Ele explica que, como o Brics não é uma organização internacional constituída, não há um procedimento previamente determinado para o ingresso de novos países.

    A discussão sobre a ampliação do Brics pode ser um sinal de necessidade de vitalidade e revigoramento do bloco, na avaliação do professor titular do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB) Alcides Cunha Costa Vaz. Para ele, a longo prazo, a inclusão de mais países pode ser um complicador na busca de convergência e consensos. “Quando se amplia o número de membros, a pluralidade, a diversidade e as desigualdades também aumentam e se torna mais dificultoso o processo decisório, o estabelecimento de agendas fortes e convergentes.”

    Para a especialista em China Larissa Wachholz, o sucesso de uma possível expansão do bloco vai depender da forma como ela for concretizada. “É preciso ter a compreensão de onde se quer chegar e pensar em um processo de expansão condizente com os objetivos que se quer alcançar: se é expandir o comércio dos países envolvidos, ou expandir as opções de financiamento. Os países com interesse em aderir devem pensar de forma similar, para trazer mais consenso e não dissenso”, avalia a sócia da assessoria financeira Vallya.

    Apesar das vantagens para o Brasil de uma possível ampliação do grupo, como a expansão de mercados, a cooperação na área de desenvolvimento sustentável, infraestrutura e tecnologia, além do fortalecimento do papel internacional, a entrada de novos membros pode resultar em divergências de interesses e prioridades e na complexidade da cooperação entre os países. “Quanto mais países entram no grupo, mais complexa podem se tornar a coordenação e a tomada de decisões. Diferenças culturais, econômicas e políticas entre os membros podem dificultar a implementação de acordos e projetos conjuntos”, diz o pesquisador Bruno Fabricio Alcebino da Silva, do Observatório de Política Externa e Inserção Internacional do Brasil (Opeb).

    Agenda econômica

    A reunião do Brics também deverá ter discussões importantes sobre a possibilidade da criação de uma unidade de valor comum em transações comerciais e de investimentos entre os membros do agrupamento. Para a especialista Larissa Wachholz , a criação de instrumentos que facilitem o comércio internacional é sempre bem-vinda. “Um país como o Brasil se fortalece com um comércio internacional resiliente, amplo, que contempla vários atores”, destaca.

    Já o professor Casella diz que não tem “nada contra a ideia, desde que funcione”. “O que realmente importa não é que digam que lançaram mais um mecanismo, é que isso funcione, que o mercado aceite e que se passe a ter operações de comércio exterior, de compra e venda de mercadorias e commodities usando esse mecanismo.”

    Segundo o governo brasileiro, a discussão sobre a unidade de valor comum ainda é embrionária. “Essa unidade não visa a substituir as moedas nacionais, mas a projetar alternativa estável às moedas internacionais predominantes”, informou o Palácio do Planalto, em publicação sobre o evento.

    O debate sobre o financiamento a projetos de cooperação e desenvolvimento, por meio do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), é um dos pontos em que pode haver avanços mais concretos, na avaliação do professor Costa Vaz. “É possível equilibrar as dificuldades no campo político com uma maior proatividade no campo dos instrumentos de financiamento ao desenvolvimento, o que pode mostrar ao final uma cúpula com resultados tangíveis”, avalia.

    Além da concertação política, o Brics contempla iniciativas setoriais e de cooperação, incluindo comércio e finanças, ciência, indústria, energia, tecnologia e saúde. Segundo o governo brasileiro, a Cúpula do Brics deve avançar em temas importantes como: aprimoramento da governança global, recuperação econômica, cooperação entre países em desenvolvimento, combate à fome, mudança do clima e transição energética.

    “Apesar dos desafios e das tensões geopolíticas, a cúpula representa uma oportunidade para abordar questões críticas, fortalecer a cooperação e definir a direção futura do grupo. A forma como os países Brics enfrentarão esses desafios e buscarão suas aspirações ainda está por ser determinada, mas o evento atual é um passo importante nesse processo”, avalia o pesquisador do Opeb.

    Edição: Juliana Andrade