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  • Mato Grosso registra alta de 91% nas contratações intermitentes em 2024

    Mato Grosso registra alta de 91% nas contratações intermitentes em 2024

    Entre os estados do Centro-Oeste, Mato Grosso se consolida como líder na oferta de vagas nesse regime, refletindo a atratividade do estado para empresas que valorizam a flexibilidade na contratação e o desempenho produtivo de suas equipes.

    Até setembro de 2024, o estado contabilizou 1.012 postos de trabalho intermitente ativos, quase o dobro em relação ao total registrado no ano anterior, que encerrou com 530 vagas.

    Esse aumento de 91% nas contratações reflete um mercado de trabalho aquecido, impulsionado especialmente pelos setores de serviços e construção civil, que permanecem como os maiores empregadores nesse regime.

    De acordo com os dados do Novo Caged, foram registradas 2.806 admissões e 1.794 desligamentos em 2024, resultando em um saldo positivo de 1.012 vagas ativas. Os dados setoriais apontam que o setor de serviços liderou as admissões, seguido pela construção civil.

    Além disso, a faixa etária predominante nos novos contratos foi de trabalhadores entre 30 e 39 anos, enquanto o perfil educacional mais comum foi de pessoas com ensino médio completo. Esses números destacam o papel estratégico desse modelo de trabalho no mercado mato-grossense.

    Contratações intermitentes em Mato Grosso

    Jovens de 18 a 24 anos ocuparam o segundo lugar, seguidos por trabalhadores das faixas de 25 a 29 anos e 40 a 49 anos. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
    Jovens de 18 a 24 anos ocuparam o segundo lugar, seguidos por trabalhadores das faixas de 25 a 29 anos e 40 a 49 anos. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

    O trabalho intermitente em Mato Grosso teve uma evolução marcante entre 2023 e 2024. No ano passado, foram registradas 3.950 admissões e 3.420 desligamentos, com saldo positivo de 530 vagas.

    Já em 2024, até setembro, o número de admissões chegou a 2.806, com destaque para o setor de serviços, que apresentou crescimento de 12,3% nas contratações.

    Além do setor de serviços, a construção civil também desempenhou um papel relevante, apesar de registrar uma redução nas admissões, passando de 1.542 vagas em 2023 para 580 em 2024.

    O setor agropecuário e industrial tiveram menor representatividade, mas ainda contribuíram para a geração de empregos.

    Perfil dos trabalhadores intermitentes

    Os dados do Novo Caged mostram que trabalhadores de 30 a 39 anos representaram a maior parcela das admissões em ambos os anos, com 1.126 vagas preenchidas em 2023 e 775 em 2024.

    Jovens de 18 a 24 anos ocuparam o segundo lugar, seguidos por trabalhadores das faixas de 25 a 29 anos e 40 a 49 anos.

    Em relação ao nível educacional, o ensino médio completo predominou nas contratações, com 1.877 admissões em 2024, seguido por trabalhadores com ensino fundamental e superior completos.

    Impacto econômico e estratégias estaduais

    O coordenador do Data Hub da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Vinícius Hideki, atribui o crescimento das contratações intermitentes ao aquecimento de setores como mercado imobiliário e construção civil. Segundo ele, as atividades relacionadas à manutenção e segurança têm sido impulsionadas pelo crescimento econômico estadual.

    Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Cesar Miranda, os resultados refletem a eficácia das políticas públicas implementadas pelo Governo de Mato Grosso. “O saldo recorde de contratações intermitentes é um reflexo direto das ações que promovemos para fomentar o emprego e o crescimento econômico. Seguimos firmes no propósito de fortalecer o estado e criar oportunidades para todos”, destacou.

    Os números do trabalho intermitente em Mato Grosso não apenas demonstram o dinamismo do mercado de trabalho local, mas também evidenciam como políticas públicas focadas podem gerar impacto positivo na economia e na geração de empregos.

  • Contratações do setor industrial têm salto de 75% e jovens são maioria

    Contratações do setor industrial têm salto de 75% e jovens são maioria

    O número de postos de trabalho criados pelo setor industrial brasileiro teve aumento expressivo nos nove primeiros meses de 2024, com destaque para a contratação de jovens.

    Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a indústria criou 405.493 novos postos de trabalho de janeiro a setembro, um salto de 75,5% em relação aos 230.943 registrados no mesmo período de 2023.

    Somente em setembro, os empregos industriais tiveram saldo de 59.827 vagas — aumento de 40% em relação a setembro de 2023 e de 16% em relação a agosto.

    Do total de vagas abertas no mês, 93% vieram da indústria da transformação (55.860), principalmente dos ramos de alimentação (22.488), borracha e material plástico (3.578), e veículos automotores (3.389).

    Pelo segundo mês consecutivo, o Nordeste foi a região em que a indústria mais contratou, com participação de 42,4% das vagas criadas em setembro (25.417). Em seguida vêm Sudeste (37,8%), Sul (9,9%), Norte (5,3%), e Centro-Oeste (4,2%).

    Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, programas do governo federal têm contribuído com o aumento das contratações. A pasta cita o programa Mover, voltado ao setor automotivo, a Depreciação Acelerada, que promove a modernização do parque industrial de 23 setores, a retomada do Regime Especial da Indústria Química (Reiq) e o Programa Brasil Semicondutores.

    “Como resultado, o setor produtivo já anunciou planos de investimentos que chegam a R$ 1,6 trilhão para os próximos anos, R$ 1,06 trilhão da indústria da construção, R$ 130 bilhões do setor automotivo, R$ 120 bilhões de alimentos, R$ 105 bi de papel e celulose, R$ 100 bi de semicondutores e eletroeletrônicos; R$ 100 bi de siderurgia e R$ 39,5 bi do complexo industrial da saúde”, destacou o ministério.

    Jovens

    Do total das 405.493 novos postos de trabalho criados nos nove primeiros meses de 2024,  57,4% das vagas foram ocupadas por jovens de 18 e 24 anos. Entre os novos contratados está Caio Cabral, de 18 anos, que conseguiu seu primeiro emprego com carteira assinada em junho, na empresa APS Soluções, na zona Sul da capital paulista.

    Caio está cursando o último ano do ensino médio, mas já é formado em eletrotécnica há dois anos. “Foi fácil encontrar o emprego, eu não estava à procura de trabalho. Eu recebi um convite da empresa para uma oportunidade na minha área”, conta.

    A função de Caio na empresa é de auxiliar técnico de laboratório. Segundo ele, o emprego tem correspondido à sua expectativa. “O meu salário está dentro do que eu esperava e a empresa é relativamente perto da minha, tenho deslocamento de uns 40 minutos”.

    O novo trabalho tem colaborado também com a formação de caio. “Tenho a oportunidade de aprender a cada dia e isso está sendo muito bom para mim e para minha carreira. A estrutura do laboratório é ótima e os profissionais têm muita experiência e me ajudam”.

    Marli Matias Lima, de 20 anos, não teve a mesma facilidade de Caio para encontrar um emprego. Desde que terminou o ensino médio, em dezembro de 2022, estava à procura de uma vaga, que só veio encontrar em setembro do ano passado, na Volkswagen, em São Bernardo do Campo (SP).

    “Foi difícil conseguir a vaga porque era muita gente fazendo o processo seletivo. Inclusive, o processo abriu em abril de 2023 e eu só fui convocada na segunda chamada, em setembro”,  afirma.

    Hoje, Marli é preparadora de carrocerias na montadora e cursa faculdade de análise e desenvolvimento de sistemas. “O salário está dentro da minha expectativa porque permite cobrir os gastos que eu tenho. A fábrica não é perto de casa, mas temos o ônibus fretado, que leva 40 minutos para fazer o trajeto”.