As vendas de veículos financiados no Brasil recuaram 2,3% no mês de março, na comparação com o fevereiro deste ano, segundo informações divulgadas nesta terça-feira (15) pela B3, a bolsa de valores de São Paulo. Em relação ao mesmo mês de 2024, a queda foi de 3,6%.
Ao todo, foram fechadas vendas financiadas de 551 mil veículos neste ano, entre novos e usados.
No segmento dos veículos leves, a redução foi de 4,4% na comparação com março do ano passado. Com relação a fevereiro, a diferença para menor foi de 3,8%.
Já no setor de veículos pesados, o mês de março foi 6,7% menor que o mesmo mês de 2024, e 1,1% inferior ao fevereiro passado.
Motocicletas em alta
Os financiamentos de motocicletas destoaram da situação dos automóveis ou caminhões. As vendas financiadas do setor cresceram 4,8% diante dos números de março de 2024. E foram 1,5% maiores em relação a fevereiro passado.
“O resultado do primeiro trimestre mostra que o setor continua aquecido, dando continuidade ao movimento visto no segundo semestre de 2024. Vale ressaltar que a queda em março na comparação com o mês anterior é justificada pela sazonalidade do carnaval, uma vez que a média de veículos financiados em março por dia útil é maior do que em fevereiro”, afirma o superintendente de produtos de financiamentos na B3, Daniel Takatohi.
Diversas marcas de ovos de chocolate e diferentes tipos de pescados já estão disponíveis ao consumidor para o período da Páscoa. No entanto, alerta o Instituto de Pesos e Medidas do estado de São Paulo (Ipem-SP), a população precisa estar atenta para não adquirir produtos irregulares ou não errar na hora das compras.
A primeira dica do Ipem é sobre os ovos de chocolate que contêm brinquedos como brindes. Quando for comprar um produto desse tipo, é preciso ficar atento se na embalagem está estampada a frase “Atenção: contém brinquedo certificado no âmbito do Sistema Brasileiro da Avaliação da Conformidade”. Também é preciso verificar se há indicação de faixa etária.
Segundo o Ipem, essas informações indicam que o brinquedo passou por testes e não vai oferecer riscos à saúde da criança. A dica não vale caso o brinde oferecido seja uma caneca ou maleta, que não são classificados como brinquedos.
Outra dica é analisar se há indicação de peso líquido na embalagem de qualquer produto, como ovos de chocolate, bombons ou colombas (tipo de bolo ou pão). O peso deve se referir apenas ao produto, desconsiderando o valor da embalagem ou dos brindes.
Pescados
Quanto aos pescados, a dica do instituto é para que o consumidor esteja atento na compra de peixe fresco. Se forem em feiras ou mercados, é importante que o consumidor sempre acompanhe a sua pesagem.
Caso queira que o peixe seja embalado com gelo, é preciso observar se o vendedor não pesará o peixe depois de colocar o gelo. Mas se for comprar o peixe em conserva, pré-embalado ou congelado, o consumidor pode solicitar a conferência do peso do produto em uma balança do estabelecimento, lembrando-se que, nesse caso, é preciso considerar o peso líquido do pescado e também o peso da embalagem.
Para mais dicas voltadas ao consumidor, o Ipem-SP disponibiliza o Guia Prático de Consumo, que pode ser baixado por meio do site do instituto.
Em caso de dúvidas ou encaminhamento de denúncias, o consumidor pode procurar a Ouvidoria do Ipem-SP pelo telefone 0800 013 05 22, de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 17h; pelo e-mail ouvidoria@ipem.sp.gov.br ou pelo formulário disponível na internet na página do Ipem-SP.
Você sabe o que é o movimento movimento slow living? A nova geração está fugindo do consumo — e isso está mudando a forma como empresas, marcas e até a economia se comportam.
Jovens adultos, especialmente da chamada Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010), vêm adotando um estilo de vida mais minimalista, priorizando experiências em vez de bens materiais, e questionando padrões de consumo que antes eram considerados normais. Esse fenômeno tem nome: movimento “desacelera”.
Ele vai além de deixar de comprar: fala sobre viver com mais propósito, reduzir gastos, evitar dívidas e consumir com consciência.
Mas será que isso é apenas uma moda ou um novo jeito de viver e lidar com o dinheiro? Por que os jovens estão consumindo menos?
Diversos fatores explicam essa mudança:
Crise econômica e custo de vida alto: Muitos jovens viram os pais se endividarem e hoje têm menos poder de compra.
Insegurança financeira: Trabalhos instáveis, salários baixos e falta de perspectiva reforçam o desejo de economizar.
Sustentabilidade: Cresce a consciência ambiental. Comprar menos é também uma forma de poluir menos.
Internet e redes sociais: Estão cheios de conteúdos sobre finanças, desapego e vida simples.
O movimento low living
O movimento low living | Foto: Pixabay
Chamado de “desacelera” ou slow living, esse movimento incentiva:
Consumir menos, mas melhor
Valorizar o tempo livre
Escolher qualidade de vida no lugar de status
Comprar só o necessário
Viver com mais calma, menos pressa e menos cobrança
Essa filosofia se espalha em vídeos no TikTok, posts no Instagram e comunidades online que discutem desde finanças pessoais até moda consciente.
Depoimentos reais: “Não preciso de mais”
Depoimentos reais: “Não preciso de mais” | Foto: Pixabay
Muitos jovens relatam que passaram a comprar menos roupas, trocar o carro por bicicleta ou transporte público, cancelar cartões de crédito e priorizar momentos simples.
“Antes eu gastava sem pensar. Hoje, penso se algo realmente vai melhorar minha vida. Isso me deu liberdade”, conta Amanda, 24 anos.
Como esse movimento afeta a economia?
Como esse movimento afeta a economia?
Apesar de parecer negativo para o comércio, o movimento slow living de também abre portas para:
Negócios sustentáveis e com propósito
Economia circular (brechós, troca, aluguel de objetos)
Educação financeira para jovens
Serviços baseados em experiências, como viagens mais simples, eventos e cursos
Empresas que entenderem esse comportamento terão mais chance de se conectar com esse público.
Dicas para quem quer aderir ao movimento slow living
Dicas para quem quer aderir ao movimento slow living | Foto: Pixabay
Revise seus gastos mensais e veja o que pode cortar
Evite compras por impulso: espere 48h antes de decidir
Prefira produtos duráveis, com bom custo-benefício
Valorize experiências em vez de objetos
Desapegue do que não usa mais (roupas, eletrônicos, móveis)
Sim, a nova geração está fugindo do consumo — não por falta de desejo, mas por excesso de consciência. O movimento slow living mostra que é possível viver com menos e ainda assim ter mais: mais tempo, mais paz, mais liberdade. Em tempos de crise e excesso de estímulos, o verdadeiro luxo pode estar justamente em dizer “não” para o que não é essencial.
O consumo nos lares brasileiros, medido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), caiu 4,25% em fevereiro deste ano na comparação com o mês anterior. Em relação a fevereiro do ano passado, porém, houve aumento de 2,25%.
No acumulado do primeiro bimestre, a alta é de 2,24%. O resultado abrange os formatos de loja atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e e-commerce. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a Abras, o desempenho de fevereiro foi influenciado pelo fato de que, nos dois primeiros meses do ano, o orçamento das famílias é pressionado por despesas obrigatórias, como reajustes das mensalidades escolares, transporte e tributos.
“Assim, há priorização de gastos fixos, com consequente redução do consumo de outros itens no período”, diz a Abras. Além desses fatores, o mês mais curto e a realização do carnaval em março também influenciaram o desempenho mensal.
O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, afirmou ainda que os programas de transferência de renda direta, o reajuste do salário mínimo, os pagamentos do PIS/Pasep e do lote residual do Imposto de Renda, as requisições de pequeno valor (RPVs) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), contribuíram para o resultado.
“Com esses recursos extras e a continuidade das políticas de transferência de renda, projetamos um desempenho mais favorável para o consumo até o fechamento do primeiro trimestre. A pressão inflacionária sobre os alimentos persiste, mas esses estímulos devem contribuir para sustentar o poder de compra das famílias”, acrescentou Milan.
De acordo com a Abras, o valor da cesta de 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza) aumentou 0,73%, passando de R$ 800,75 para R$ 806,61 na média nacional. O destaque do mês foi a elevação expressiva nos preços dos ovos (+15,39%), observado desde a segunda quinzena de janeiro, fazendo com que o produto fosse o item com maior variação de janeiro para fevereiro. As maiores altas ocorreram na Região Sul (+23,24%), seguida do Centro-Oeste (+20,76%), Norte (+18,38%), Nordeste (+16,67%) e Sudeste (+15,12%). Em seguida aparece o café torrado e moído (+10,77%) que manteve a tendência de alta. No acumulado do ano, o avanço supera +20,25%, e em 12 meses atinge +66,19%.
No sentido contrário, tiveram redução de preço feijão (-3,33%), óleo de soja (-1,98%), arroz (-1,61%), farinha de mandioca (-1,61%), leite longa vida (-1,04%), açúcar refinado (-0,28%) e massa sêmola de espaguete (-0,16%). Entre as proteínas, caíram os preços da carne bovina – corte do traseiro (-0,14%) e do pernil (-0,41%). Houve alta no corte dianteiro de carne bovina (+1,17%) e no frango congelado (+0,37%). Em hortifrúti, a batata (-4,10%) e a cebola (-1,77%) apresentaram retração, enquanto o tomate subiu +3,74%, acumulando alta no ano de +24,77%.
Entre os itens de limpeza, aumentaram os preços do desinfetante (+0,96%), sabão em pó (+0,91%), detergente líquido para louças (+0,90%) e água sanitária (+0,41%). Com a valorização do dólar no ano passado, encarecendo insumos e matérias-primas usados pela indústria, a Abras havia antecipado, em dezembro, que os repasses seriam feitos ao final dos estoques, com impacto direto nos preços ao consumidor já em janeiro. No acumulado do bimestre, os reajustes mais expressivos foram os de desinfetante (+1,78%), água sanitária (+1,44%), detergente líquido para louça (+1,21%) e sabão em pó (+0,65%).
No segmento de higiene e beleza, os preços do sabonete (-0,49%) e do xampu (-0,13%) recuaram em fevereiro, enquanto os do creme dental (+0,81%) e do papel higiênico (+0,08%) tiveram leve alta.
Expectativa para a Páscoa
Ovos de chocolate estão 14% mais caros – Arquivo/Agência Brasil
Mesmo com alta de 12,5% no preço de produtos típicos de Páscoa na comparação com o ano passado, o setor de supermercados estima que o consumo pode crescer entre 8% e 12% no período.
“Apesar da pressão inflacionária observada nos itens sazonais, o cenário aponta para uma Páscoa de consumo aquecido. O equilíbrio entre renda disponível e ações comerciais bem estruturadas deve garantir o bom desempenho do período, reafirmando a data como uma das mais relevantes para o consumo das famílias”, disse Milan.
Segundo a Abras, os preços dos ovos de chocolate e produtos relacionados (bombons, miniovos, coelhos e barras) tiveram aumento médio de 14%, e as colombas ficaram 5% mais caras.
Entre os produtos importados, a elevação foi, em média, de 20%, com destaque para o azeite (+18%), o bacalhau (+10%) e vinhos importados (+7,5%). Nas bebidas, também foram observadas altas nos preços da cerveja (+5%), refrigerantes (+6%) e vinhos nacionais (+7%).
O início de 2025 apresenta um cenário de cautela no consumo das famílias em Cuiabá, conforme apontam os dados do Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF).
Em fevereiro, o índice registrou 111,2 pontos, representando uma queda de 2,6% em relação ao mês anterior e uma retração de 6% desde novembro de 2024.
A pesquisa, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisada pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), revela que, apesar da queda, o índice ainda se mantém 2% acima do registrado em fevereiro de 2024.
Queda no Consumo, Otimismo no Emprego e Renda
Apesar da retração no consumo, a pesquisa aponta para um cenário positivo em relação ao emprego e à renda na capital mato-grossense. “Mesmo com o consumo continuando em queda neste início do ano, índices como Perspectiva Profissional e Renda Atual refletem um cenário positivo na capital e que pode refletir para o estado, uma vez que atingimos o menor nível de desemprego do país”, destaca a análise do IPF-MT.
Queda Nacional e Local: Bens Duráveis e Perspectiva de Consumo
A pesquisa também observou uma queda no ICF em nível nacional, embora menos acentuada. O principal fator que influenciou essa queda foi o consumo de bens duráveis, que interrompeu uma sequência de altas observada desde dezembro de 2024.
Em Cuiabá, a retração foi mais intensa, com quedas de 5,9% no Nível de Consumo Atual e de 3,9% na Perspectiva de Consumo. No entanto, o índice de Perspectiva Profissional apresentou um desempenho positivo de 1,8% em fevereiro.
Renda Atual: Maioria Avalia como Melhor em 2025
Apesar de uma leve queda em relação a janeiro, a maioria dos entrevistados em Cuiabá ainda considera sua renda atual melhor do que no mesmo período do ano passado. Segundo a pesquisa, 55,3% avaliaram a renda atual como “melhor”, enquanto 25,1% a consideraram “igual” e 19,01% a avaliaram como “pior”.
A intenção de consumo das famílias caiu 0,2% de janeiro para fevereiro, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo a confederação, a queda foi impactada principalmente pela redução de consumo de bens duráveis – que são aqueles com vida útil longa, como automóveis, geladeiras, máquinas de lavar roupa, computadores, entre outros. O índice mostra ainda uma maior cautela principalmente entre as famílias de maior renda.
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) foi divulgada nesta quinta-feira (20) pela CNC. O índice chegou aos 104,5 pontos, descontados os efeitos sazonais. Em comparação com fevereiro de 2024, a queda foi ainda maior, 1,1%. Este é o quinto mês consecutivo que há redução da intenção de consumo na análise anual, sendo esta, segundo a CNC, a mais intensa.
Ainda assim, o índice, que vai até 200 pontos, mantém-se acima dos 100 pontos, o que indica que os consumidores estão satisfeitos.
Os dados divulgados mostram que as famílias de maior renda estão mais cautelosas ao consumir, com uma queda de 0,5% no mês entre as famílias com renda maior que dez salários mínimos, ou seja, acima de R$ 15.180. Também houve queda, mas em menor intensidade, entre as famílias com renda inferior a esse valor, de 0,2%.
A pesquisa é feita com base em 18 mil questionários analisados mensalmente, com dados de consumidores coletados em todas as Unidades Federativas. O IFC é composto por sete indicadores: três sobre as condições atuais (emprego, renda e nível de consumo), dois sobre expectativas para três meses à frente (perspectiva de consumo e perspectiva profissional), além da avaliação do acesso ao crédito e momento atual para aquisição de bens duráveis.
A maioria dos componentes revelou movimento de alta, com exceção principalmente do momento para compra de duráveis. Esse item, de acordo com a divulgação, teve a maior redução da sua taxa, de 1,6%. Isso ocorre após resultados positivos de 0,9% tanto no final do ano passado quanto no início de 2025. O item atingiu, em fevereiro, a menor pontuação entre os analisados, 70 pontos, abaixo dos 100 pontos, o que indica insatisfação. Na análise da CNC, as famílias sentem maior impacto dos juros altos.
Em relação ao emprego, depois de quatro meses de baixas, os consumidores se mostraram mais otimistas em relação às oportunidades profissionais. O item emprego atual, que mede a satisfação com o trabalho, apresentou alta de 0,2%, enquanto o item perspectiva profissional, que mede a percepção do trabalhador sobre o cenário de oportunidades profissionais a médio prazo, teve o quinto crescimento seguido, de 0,4%.
As vendas no comércio cresceram 4,7% em 2024 na comparação com o ano anterior. Além de ser o oitavo ano seguido de expansão, é também a maior alta desde 2012, quando aumentou 8,4%.
Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“É um número bastante expressivo”, apontou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
A alta anual se consolidou mesmo com o resultado de dezembro, que ficou 0,1% abaixo de novembro, movimento considerado pelo IBGE como estabilidade, ou seja, não é um recuo expressivo. Em comparação com dezembro de 2023, houve expansão de 2%.
Comércio – Imagem: CenárioMT
A média móvel trimestral, isto é, o comportamento dos três últimos meses do ano, foi também de estabilidade (0%). O IBGE destacou que o resultado de dezembro coloca o comércio brasileiro 0,3% abaixo do ponto mais alto registrado em outubro de 2024.
“É uma estabilidade na alta”, avalia Santos sobre o comportamento do comércio no fim do ano.
O analista do IBGE explica que entre os fatores que impulsionaram o comércio em 2024 estão a expansão da massa de rendimento dos trabalhadores, o número de pessoas ocupadas e o crédito estável.
Santos aponta que fatores que impediram um aumento maior das vendas são a inflação e a alta do dólar, que encarecem os produtos, notadamente os de informática e comunicação.
Ao longo de 2024, oito das 11 atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram expansão, com destaque para artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, grupo que subiu 14,2%. É a única que, assim como o conjunto do setor de comércio, acumula 8 anos seguidos de alta. Os subsetores de produtos farmacêuticos em si e o de perfumaria e cosméticos também cresceram.
Cristiano Santos destaca ainda que, desde 2004, quando começou a série histórica do setor farmacêutico, só houve queda nas vendas em 2016, ano em que todo comércio brasileiro fechou com taxa negativa.
As demais atividades com alta em 2024 foram veículos e motos, partes e peças (11,7%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,1%), material de construção (4,7%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,6%), móveis e eletrodomésticos (4,2%), tecidos, vestuário e calçados (2,8%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,7%).
As três atividades que tiveram diminuição nas vendas foram combustíveis e lubrificantes (1,5%), atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (7,1%) e livros, jornais, revistas e papelaria (7,7%).
O segmento de livros, jornais, revistas e papelaria já vem acumulando quedas há alguns anos, com uma única alta, em 2022, nos últimos 11 anos. “Isso está relacionado ao crescente processo de digitalização de parte de seus produtos. O que vem sustentando essa atividade é o livro didático”, explica o analista do IBGE.
A pesquisa do IBGE buscou dados de 6.770 empresas formais do setor de comércio, com ao menos 20 pessoas ocupadas, de todos os estados e do Distrito Federal.
O pagamento no cartão nunca esteve tão em alta. Em 2024, o volume das transações superou a marca histórica de R$ 4,1 trilhões, um crescimento de 10,9% em relação ao ano anterior. Esse salto expressivo reflete não apenas a digitalização do consumo, mas também uma mudança nos hábitos financeiros da população.
Embora o cartão de crédito tenha dominado a maior parte das transações (R$ 2,8 trilhões), o cartão de débito começa a sentir a pressão da concorrência.
O Pix, por ser instantâneo e não ter taxas, tem conquistado espaço, tornando-se o queridinho para pagamentos do dia a dia. Mesmo assim, o pagamento no cartão segue firme, especialmente quando se trata de compras parceladas, segurança nas transações e uso em comércio eletrônico.
Pagamento por aproximação: rápido e em alta
Pagamento por aproximação: rápido e em alta– Foto: Canva
Se tem uma tecnologia que caiu no gosto popular, foi o pagamento por aproximação. Em 2024, essa modalidade movimentou R$ 1,5 trilhão, gerando um aumento de 48,3% em relação ao ano anterior. Em um mundo onde o tempo é dinheiro, encostar o cartão ou o celular na máquina de pagamento virou sinônimo de praticidade. Hoje, quase 70% das compras presenciais já são feitas dessa forma.
A facilidade e a comodidade das compras online também impulsionam o pagamento no cartão. O valor em compras não presenciais subiu 18%, movimentando quase R$ 1 trilhão. O cartão de crédito lidera, mas o uso do débito também disparou, crescendo 397% em relação a 2019.
Quanto ao pagamento recorrente, como de plataformas de streaming, academias e serviços de assinatura são exemplos de como o pagamento no cartão está se tornando parte do orçamento fixo das famílias. Em 2024, os pagamentos recorrentes cresceram 38,6%, chegando a R$ 106 bilhões. Isso mostra como a automatização das cobranças facilita a vida do consumidor e garante a previsão financeira para empresas.
Pagamento no cartão: o jeitinho brasileiro de comprar
Pagamento no cartão: o jeitinho brasileiro de comprar– Foto: Canva
Uma das grandes vantagens do pagamento no cartão é a possibilidade de parcelamento. O famoso “parcelado sem juros” ainda é o favorito dos brasileiros, representando 41% do volume de transações feitas no crédito. A maioria das compras (65%) é parcelada em até seis vezes, enquanto 33% optam por parcelamentos mais longos, de até 12 meses.
Quem viajou para fora do Brasil também usou muito o pagamento no cartão. Os gastos de brasileiros no exterior aumentaram 19,7%, chegando a US$ 15,8 bilhões. A Europa liderou como destino favorito, seguida pelos Estados Unidos e América Latina. Curiosamente, os estrangeiros gastaram pouco no Brasil, movimentando apenas US$ 5,5 bilhões, registrando um aumento tímido de 0,4%.
O cartão é um vilão?
Há quem culpe o pagamento no cartão pelo endividamento das famílias, mas os dados mostram uma realidade diferente. Apenas 2,1% da dívida das pessoas físicas está no rotativo do cartão, bem menos que financiamentos de imóveis (40,8%) ou consignado (23,6%). No entanto, a inadimplência ainda preocupa, alcançando 6,9%. Por isso, fazer planejamento financeiro e ter o controle dos gastos continuam sendo essenciais.
Segurança e Fraudes
Com mais transações, a preocupação com as fraudes também aumenta. Felizmente, o setor de pagamentos conseguiu reduzir em 28,6% os casos de golpes. Isso só foi possível graças a avanços tecnológicos, como autenticação em duas etapas e monitoramento inteligente de transações suspeitas.
Os especialistas preveem que o pagamento no cartão continuará crescendo entre 9% e 11%, podendo atingir a marca de R$ 4,6 trilhões. Com o Pix por aproximação ganhando espaço, o cartão de débito pode perder o fôlego. Mas o cartão de crédito segue firme, impulsionado pelo parcelamento e pela segurança que oferece nas compras online.
O pagamento no cartão continua sendo um dos meios preferidos dos brasileiros, seja pela comodidade, segurança ou possibilidade de parcelamento. Mas, em um mundo financeiro em constante evolução, a adaptação é a palavra-chave. Com Pix, carteiras digitais e novas tecnologias surgindo, o consumidor tem cada vez mais opções. O importante é saber usar cada uma das ferramentas com inteligência, aproveitando o que elas têm de melhor para manter as finanças saudáveis.
O mercado brasileiro de franquias registrou alta de 13,5% em 2024, atingindo um faturamento de R$ 273,08 bilhões, segundo pesquisa de desempenho da Associação Brasileira de Franchising (ABF), divulgada nesta quarta-feira (5).
De acordo com a entidade, o resultado está associado à recuperação do consumo, aquecido pelo baixo nível de desemprego, pelo aumento da massa salarial e pelo poder de compra das famílias.
“Um mercado de trabalho forte e mais dinheiro circulando na economia, mesmo com seus impactos inflacionários, impulsionaram o faturamento do franchising brasileiro que, assim como outros setores, superou as expectativas iniciais”, destacou o presidente da ABF, Tom Moreira Leite.
Os segmentos de franquias que mais cresceram em 2024 foram Entretenimento e Lazer, com alta de 16,6%, seguido de Saúde, Beleza e Bem-Estar (elevação de 16,5%); Alimentação – Food Service (16,1%), e Alimentação – Comércio e Distribuição (14,7%).
Principais franquias
Pelo terceiro ano consecutivo, a Cacau Show manteve a liderança de marca com mais operações (4.216) uma expansão de mais de 10% em 2024. Em seguida, vem O Boticário, com 3.746 operações, McDonald’s (2.704) e a rede Colchões Ortobom (2.387). Já a rede Lubrax+ subiu do sexto para o quinto lugar, com 1.685 operações.
O consumo de café em nível mundial atingiu o volume físico equivalente a 177 milhões de sacas de 60kg, no total acumulado no período de doze meses, especificamente de outubro de 2023 a setembro de 2024. Tal performance representou um ligeiro acréscimo de 2,25% em relação ao mesmo período anterior. Assim, nesses dois períodos comparativos em foco, também é interessante destacar que a produção mundial teve um ligeiro crescimento de 5,82%, ao passar de 168,2 milhões de sacas para 178 milhões de sacas.
Neste mesmo contexto, em relação especificamente à produção global de café, constata-se que o volume calculado foi composto por 102,2 milhões de sacas de 60kg da espécie de Coffea arabica (café arábica), as quais representaram 57,41% do total geral, e, adicionalmente, por 75,8 milhões de sacas de Coffea canephora (robusta+conilon), que equivalem a aproximadamente 42,59% da produção mundial colhida no período de outubro-2023 a setembro-2024.
Vale esclarecer que a Organização Internacional do Café – OIC ao elaborar e analisar mensalmente o “Balanço mundial de oferta e demanda”, o qual faz parte integrante dos seus respectivos relatórios mensais, agrupa a produção mundial de café em quatro grandes regiões produtoras: África; Caribe, América Central e México; América do Sul; e Ásia e Oceania.
Assim, com base nos dados da produção, especificamente o que consta do “Relatório sobre o mercado de Café – novembro 2024”, caso seja elaborado um ranking, em ordem decrescente dessas regiões, verifica-se que América do Sul, cuja safra foi estimada para o período de outubro/23 a setembro/24 em 89,3 milhões de sacas de 60kg, destaca-se em primeiro lugar com o equivalente a 50,17% do total global, região que vem seguida da Ásia e Oceania com 49,9 milhões de sacas (28,03%).
E, na terceira posição, vem a África, região que teve sua produção calculada em 20,1 milhões de sacas de 60kg, volume físico que representa aproximadamente 11,30% do total mundial. E, por fim, na quarta posição desse ranking, vem a região produtora do Caribe, América Central e México, na qual a produção de café foi calculada em 18,7 milhões de sacas, e, assim, tal volume corresponde a 10,50% do que foi estimado para o período em referência.
Quanto ao consumo mundial de café apurado no mesmo período objeto desta análise, merece destaque o fato de que a demanda dos países produtores/exportadores somou o equivalente a 56,5 milhões de sacas de café, as quais corresponderam a 31,92% do consumo mundial. E, ainda, que os países importadores adquiriram e consumiram o volume físico equivalente a 120,5 milhões de sacas de 60kg, que representaram 68,08% do total consumido no planeta em doze meses. Neste caso, pode-se inferir que os países produtores consomem, em média, volume próximo de um terço da produção mundial de café.
Antes de prosseguir com esta análise da oferta e da demanda mundial de café, vale esclarecer que, no caso específico do consumo, a OIC divide o planeta em seis grandes regiões consumidoras, ao agregar às quatro regiões produtoras anteriormente mencionadas, obviamente, a América do Norte e a Europa. Assim, torna-se também interessante demonstrar nesta divulgação e análise um ranking do consumo mundial de café tendo como base os dados das demandas dessas seis grandes regiões.
Nesse contexto, a Europa desponta na primeira posição da demanda em nível mundial, no mesmo período em destaque, com 53,7 milhões de sacas de 60kg consumidas, que equivalem a 30,34% do total geral. Na segunda posição, figura a Ásia e Oceania, com o consumo apurado de 45,7 milhões de sacas (25,82%), seguida da América do Norte, na terceira colocação, com 30,9 milhões de sacas, demanda que equivale a 17,45% da mundial.
Na quarta posição desse ranking, destaca-se a América do Sul que teve sua demanda apurada em 28 milhões de sacas de 60kg, a qual representou 15,82% do consumo global. Na sequência, vem a África, cujo consumo foi de 12,5 milhões de sacas (7,06%), e, na sexta posição, Caribe, América Central e México que teve seu consumo calculado em 6,1 milhões de sacas no período objeto desta análise, o qual representou em torno de 3,44% do consumo em nível mundial.
Vale ressaltar que os números que estão sendo objeto desta análise e divulgação das exportações de café em nível mundial foram obtidos do Relatório sobre o mercado de Café – novembro 2024, da Organização Internacional do Café – OIC, o qual também está disponível no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, o qual é coordenado pela Embrapa Café.