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  • Redução de ICMS para materiais de construção impulsiona indústrias e cria empregos em Mato Grosso

    Redução de ICMS para materiais de construção impulsiona indústrias e cria empregos em Mato Grosso

    Nesta segunda-feira (03), o Governo de Mato Grosso assinou o decreto que reduz o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para materiais de construção. O governador Mauro Mendes e o secretário de Fazenda, Rogério Gallo, celebraram a medida que tem como objetivo aumentar a competitividade do estado e incentivar o setor da construção, um dos mais importantes motores econômicos de Mato Grosso.

    A medida atende ao pedido da Aliança do Setor Produtivo de Mato Grosso, formada pelas federações da Agricultura e Pecuária (Famato), do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio MT) e a das Indústrias (Fiemt). Juntas, as entidades destacaram a relevância da medida para o crescimento sustentável da economia estadual.

    A redução do ICMS abrange itens essenciais para a construção civil, como telhas cerâmicas, tijolos, areia e pedras, além de outros materiais de construção. A alíquota para materiais como areia e brita, por exemplo, foi reduzida de 17% para 3%. Já a base de cálculo para telhas e tijolos cerâmicos foi ajustada para 41,18%, resultando em uma carga tributária de 7%. Essas mudanças vão reduzir significativamente o custo dos produtos e beneficiar tanto consumidores quanto empresas do setor.

    “Esta é uma vitória para a indústria e para a população. A redução do ICMS impacta diretamente na construção civil, um dos setores que mais gera empregos em Mato Grosso. Ela beneficia quem deseja construir ou reformar a sua casa, além de ser crucial para o fortalecimento da economia estadual,” afirmou Silvio Rangel, presidente da Fiemt. “Mato Grosso se torna um exemplo para o Brasil. Com a redução de impostos, podemos produzir mais e vender mais, o que é essencial para o crescimento do nosso estado”, ponderou.

    O novo regime tributário já está em vigor, conforme publicado no Diário Oficial do Estado.

    A medida entra em funcionamento de forma prática já a partir de 2025, com a adesão formalizada a partir de 10 de fevereiro e a tributação ajustada iniciando-se em 1º de março.

    O governador Mauro Mendes ressaltou que, além de ser uma redução de impostos, a iniciativa visa “viabilizar a construção de novas moradias, atraindo mais pessoas para o estado e estimulando o crescimento da economia local.” Ele acrescentou ainda que a redução do ICMS em itens como a areia vai “ajudar a regularizar a formalidade no setor da construção civil,” contribuindo para a redução da informalidade no mercado e a melhoria das condições de trabalho e produção no estado.

    A medida também terá um impacto positivo em outros setores, como os de móveis, elétrica e eletrodomésticos, já que a construção civil movimenta uma vasta cadeia produtiva. “A obra começa com esses materiais básicos, mas depois ela impulsiona diversas outras indústrias, gerando um ciclo de crescimento econômico abrangente,” concluiu José Wenceslau de Souza Júnior, presidente da Fecomércio MT.

    Com validade até 31 de dezembro de 2025, a redução do ICMS poderá ser prorrogada. A medida também contribui para tornar o custo de vida em Mato Grosso em até 12% mais barato do que a média nacional, fortalecendo o estado como um ambiente de negócios atrativo e competitivo.

    Além das autoridades já mencionadas, o evento contou com a presença do presidente da Famato, Vilmondes Tomain, do vice-presidente da Fiemt, Edgar Borges, da diretora da Fiemt e do Sindicato das Indústrias da Construção da Região Sul de Mato Grosso (Sinduscon Sul MT), Mirna Contini, e do presidente do Sindicato das Indústrias de Cerâmica de Mato Grosso (Sindicer MT), José Lavaqui.

  • Empresário constrói em Sinop a primeira casa com impressora 3D do Brasil

    Empresário constrói em Sinop a primeira casa com impressora 3D do Brasil

    O empresário Ederson Hoscher, CEO da Hom3D, empresa com sede em Sinop, é pioneiro na construção da primeira casa construída por uma impressora 3D do Brasil. Ele foi o vencedor da etapa de Sinop do Start & UP realizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT), nesse mês de dezembro.

    A construção está localizada na região central do município de Sinop e demorou pouco mais de 30 horas para ser finalizada a parte estrutural. A residência de 68 metros quadrados possui dois quartos, sala, cozinha, banheiro social, lavanderia e varanda.

    Segundo o empresário, o projeto de construção do equipamento, testes e metodologia de toda a construção durou cerca de dois anos, mas que agora foi possível tirar do papel a ideia e colocar em prática.

    “Produzimos um equipamento aqui em Sinop e construímos a primeira casa com impressão 3D do Brasil. Esse equipamento foi construído aqui no município e é considerado um pioneirismo da nossa cidade”, disse.

    As residências nesse modelo considerando o mesmo tamanho ficam em torno de 20% mais baratas que as construções tradicionais, ainda com a necessidade de empregabilidade de poucas pessoas e uma construção com resíduos de obras bem menor.

    O assistente técnico Allan Finger, explica que ideias inovadoras como essa são apoiadas pel0 Sebrae/MT principalmente para o desenvolvimento econômico e social de todo o Estado.

    “Vemos que Sinop tem um público empreendedor muito forte e muitas ideias com potencial são apresentadas em programas como o Start & UP”, contou.

  • Instituto de Engenharia de MT defende inovação como forma de redução de custos e menor impacto social das obras

    Instituto de Engenharia de MT defende inovação como forma de redução de custos e menor impacto social das obras

    Você consegue imaginar um viaduto sendo construído em apenas 72 horas ou um prédio de 14 andares, em 8 dias? Isso é uma realidade em países como Chile e China devido à utilização de novas tecnologias, entre elas, o BIM (Building Information Modeling) ou Modelagem da Informação da Construção. Além de reduzir custos, a metodologia diminui o tempo de execução e garante melhoria na qualidade final das obras.

    O presidente do Instituto de Engenharia de Mato Grosso (IEMT), Rodrigo Senra, engenheiro civil especialista em soluções BIM e transformação digital, defende a implementação da nova tecnologia que já é prevista pela nova Lei de Licitações (nº 14.133/2021) em obras federais, mas que avança lentamente entre estados e municípios. Em Mato Grosso, não há sequer legislação prevista.

    Segundo ele, os gráficos apontam que a produtividade na indústria e na economia praticamente dobrou nos últimos 10 anos, mas na construção civil ficou estagnada. “Como um estado com tamanha pujança econômica como Mato Grosso possui um setor prioritário que não avança? Nosso papel enquanto Instituto, é difundir a importância da implementação de sistemas mais eficientes que ofereçam melhor custo-benefício, menor risco de acidentes e menos problemas no processo da construção”, frisa Senra.

    Países como Estados Unidos, Singapura, China e Chile são exemplos na implementação de novas tecnologias, com resultados surpreendentes. Em Singapura, o governo já automatizou 100% a aprovação de projetos das prefeituras. “Por que ainda estamos utilizando mão de obra humana em atividades que um robô poderia fazer? Além de ganhar em produtividade, isso atenderia aos critérios da impessoalidade e eficiência na gestão pública”, considerou o especialista.

    Outro palestrante do evento, o engenheiro civil Anselmo Sauder, detalhou para os profissionais as técnicas de “Captura da realidade: criação de nuvem de pontos para modelagem”, reforçando a importância de se inverter a atual lógica brasileira na área da construção civil em que se investe mais em execução do que em planejamento.

    “Com a captura da realidade, que é uma etapa importante da modelagem da informação, conseguimos otimizar tempo e reunir o máximo de informações sobre uma obra sem necessariamente estar presencialmente no local (usando drones e laser scanner), assim, evita-se erros e retrabalho. Essas tecnologias já estão acessíveis na nossa região e precisamos aprender a utilizá-las”.

    Rodrigo Senra e Anselmo Sauder foram palestrantes da Semana das Engenharias 2024, evento realizado no sábado (07), na sede do IEMT, em Cuiabá, reunindo profissionais e estudantes de engenharia, agronomia e geociências. Na oportunidade, ainda foram homenageados profissionais que são referência na história da entidade: Inês Oliveira, Jorge Rachid e Edinete Guimarães (eng. civis), Antônio Carlos Candia (arquiteto) e Lys Barco (eng. agrônoma).

    A vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), Lys Barco, ponderou a importância de eventos como esse – que contou com patrocínio do Crea-MT e da Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea (via edital) – no fomento a novas ideias e tecnologias. “Além de promover aperfeiçoamento e interação, resgata a história do Instituto que completou 64 anos e tem muita importância para Cuiabá e Mato Grosso”.

    Edinete Guimarães, ex-presidente do IEMT, exaltou o esforço da atual diretoria em dar continuidade a um trabalho iniciado há dez anos de fortalecimento da entidade, que se propõe a resgatar a interlocução não só com os profissionais da área, como com lideranças políticas e administrativas estaduais e municipais. O objetivo é aperfeiçoar as decisões para beneficiar toda a sociedade.

    “Conseguimos congregar profissionais de diferentes idades e realidades, dos mais antigos, com mais de 50 anos de formados, aos recém-formados ou estudantes. Também somos uma entidade multiprofissional, ou seja, agregamos todas as profissões do setor da engenharia e ainda possuímos um forte vínculo com instituições de áreas afins, como arquitetura urbanismo”, avaliou Edinete.