Tag: construção civil

  • Construção civil faz ação de combate à violência sexual infantil

    Construção civil faz ação de combate à violência sexual infantil

    Ao menos 700 trabalhadores da construção civil participaram no início da manhã desta quarta-feira (2) de evento educativo e de conscientização da campanha Mãos que Constroem, Protegem, em um canteiro de obras, no bairro de Santo Amaro, região Sul da capital paulista, (SP). A iniciativa do SindusCon-SP e do Instituto Liberta busca sensibilizar os profissionais sobre a importância de identificar e combater a violência sexual contra crianças e adolescentes.

    Uma pesquisa do Instituto Liberta, realizada pelo Datafolha, indica que 68 milhões de brasileiros, ou seja, 32% da população, foram vítimas de violência sexual antes dos 18 anos. No Brasil, são registrados cinco estupros de menores de 14 anos por hora.

    A presidente do Instituto Liberta, Luciana Temer, afirmou que é missão da entidade conscientizar a sociedade sobre o tema.

    “É um problema grave e pouco conhecido e a parceria com as entidades ligadas à construção civil e com os trabalhadores desse setor é muito importante nesse processo. Precisamos quebrar o tabu de falar sobre essa violência e criar caminhos de proteção, que passam pelo fortalecimento de toda a sociedade por meio da informação”, disse.

    Para o presidente do SindusCon-SP, Yorki Estefan, o nível de informação sobre o assunto é muito baixo.

    “As pessoas não falam disso ou falam pouco. Apenas 26% das pessoas molestadas, em algum momento da vida, contam o fato para alguém. Eu me engajei na causa, porque considero que isso é um absurdo, um câncer social. Um mundo em que não temos conhecimento e, se pudemos contribuir para diminuir os casos, vamos fazer”, afirmou.

    A ação foi implantada há duas semanas e todos os dias será realizada. Segundo Estefan, até o momento, já são mais de 2.200 trabalhadores treinados.

    “A capacidade de disseminação de informação no setor é bastante grande. E tem funcionado bastante. É impressionante você ver a fisionomia dos trabalhadores, como eles ficam perplexos quando escutam esses dados.

    Segundo o presidente do Sinduscon-SP, foi aberto um canal de comunicação para as construtoras cadastrarem suas obras para entrar no cronograma de palestras. Todas as construtoras e incorporadoras assinaram um termo de compromisso com a entidade para aderir à campanha. A ação será permanente e o objetivo é levar o tema para todos os canteiros de obra da cidade.

    “É uma causa que abraçamos. E vamos fazer o movimento crescer. Começou pelas construtoras, mas nós pensamos em levar o tema para toda a indústria da construção civil, fabricantes de materiais, projetistas. Será uma campanha grande e longa. O SenconciSP (Serviço Social da Construção), que é o braço social dentro da construção civil ofereceu psicólogos e psiquiatras para as pessoas importunadas e seus familiares.”

  • Mato Grosso lidera alta dos custos da construção no Centro-Oeste

    Mato Grosso lidera alta dos custos da construção no Centro-Oeste

    O custo da construção civil em Mato Grosso continua em alta. De acordo com o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado pelo IBGE, o estado fechou 2024 com o maior valor do metro quadrado construído na região Centro-Oeste, atingindo R$ 1.853,08.

    O aumento nos custos da construção em Mato Grosso foi impulsionado principalmente pela alta nos preços dos materiais de construção, que representaram 62% do valor total do metro quadrado.

    A mão de obra, por sua vez, embora tenha registrado uma leve queda em relação ao início do ano, ainda representa uma parcela significativa dos custos.

    Desempenho de Mato Grosso no Centro-Oeste

    Na comparação com os demais estados da região Centro-Oeste, Mato Grosso se destacou com o maior valor do metro quadrado construído. Goiás ficou em segundo lugar, com R$ 1.759,06, seguido por Mato Grosso do Sul (R$ 1.738,72) e Distrito Federal (R$ 1.827,58). É importante ressaltar que, até 2023, o Distrito Federal era o estado com o maior valor regional.

    Em âmbito nacional, o custo da construção também apresentou alta em 2024, com um acúmulo de 3,98%. Os materiais de construção foram os principais responsáveis por esse aumento, com uma variação de 3,32% no ano. A mão de obra, por sua vez, registrou um aumento de 4,90%.

    Fatores que influenciam os custos

    A alta nos custos da construção pode ser atribuída a diversos fatores, como:

    • Aumento na demanda por materiais de construção: A retomada da economia e o crescimento do setor imobiliário aumentaram a demanda por materiais de construção, pressionando os preços.
    • Escassez de alguns materiais: A dificuldade em encontrar alguns materiais, como aço e cobre, também contribuiu para o aumento dos preços.
    • Aumento dos custos de produção: O aumento dos custos de produção, como energia e transporte, também impactou os preços dos materiais de construção.
    • Ajuste salarial dos trabalhadores da construção civil: A negociação de novos acordos coletivos de trabalho e o aumento do salário mínimo contribuíram para o aumento dos custos com mão de obra.

    Impactos da alta nos custos da construção

    O aumento nos custos da construção pode ter diversos impactos, como:

    • Encarecimento dos imóveis: A alta nos custos de construção tende a ser repassada para o consumidor final, encarecendo os imóveis.
    • Redução da oferta de imóveis: O aumento dos custos pode levar à redução da oferta de imóveis, impactando o mercado imobiliário.
    • Dificuldade para realizar obras: A alta nos custos pode dificultar a realização de obras, tanto para construtoras quanto para pessoas físicas.
  • Micro e pequenas empresas dominam abertura de negócios em Mato Grosso em 2024

    Micro e pequenas empresas dominam abertura de negócios em Mato Grosso em 2024

    Mais de 96% das empresas abertas em Mato Grosso, em 2024, foram de micro e pequeno porte, segundo dados da Junta Comercial do Estado de Mato Grosso (Jucemat).

    No total, foram 88.644 empresas, sendo 79.752 microempresas e 5.943 empresas de pequeno porte, evidenciando a forte presença do empreendedorismo de menor escala no Estado.

    A maior concentração está nos municípios de Cuiabá (21.555), Várzea Grande (7.070), Rondonópolis (6.999) e Sinop (6.524).

    Empreendedorismo cresce em Mato Grosso

    Mato Grosso possui atualmente 457.641 empresas ativas, com 385.660 classificadas como microempresas. As principais atividades econômicas incluem comércio varejista (21.807), obras de alvenaria (15.930), profissionais de beleza (15.276), transporte de cargas (15.163) e serviços de promoção de vendas (14.242).

    Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, esses números refletem a força econômica do Estado. Ele afirmou que micro e pequenas empresas têm desempenhado um papel crucial na dinamização de setores como comércio, construção civil e alimentação.

    Histórias de sucesso impulsionam economia

    Karolina Guerra, sócia da loja de roupas femininas Rara Rosa, destacou a importância da formalização. “A criação do CNPJ foi fundamental para garantir a credibilidade do nosso negócio e estabelecer parcerias estratégicas”, afirmou.

  • Mato Grosso avança em direção à desburocratização e incentivo à construção civil

    Mato Grosso avança em direção à desburocratização e incentivo à construção civil

    A Assembleia Legislativa de Mato Grosso analisa atualmente um projeto de lei que promete simplificar a vida de empresas e consumidores no Estado.

    O Projeto de Lei Complementar nº 26/2024, de autoria do Poder Executivo, visa promover ajustes tributários em diversas áreas, com destaque para a redução da carga tributária sobre materiais de construção.

    Uma das principais mudanças propostas é a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para produtos como telhas cerâmicas, tijolos e areia.

    Com essa medida, espera-se estimular a construção civil, gerar empregos e reduzir o custo final das obras para a população.

    Benefícios para a construção civil e para a população de Mato Grosso

    Mato Grosso avança em direção à desburocratização e incentivo à construção civil
    FOTO:PIXABAY

    A redução do ICMS para materiais de construção deve resultar em uma série de benefícios, como:

    • Redução dos custos de construção: Com a diminuição dos impostos, as empresas do setor poderão oferecer preços mais competitivos, tornando as obras mais acessíveis para a população.
    • Estímulo à economia: A construção civil é um setor que movimenta a economia, gerando empregos diretos e indiretos. A redução do ICMS pode impulsionar esse setor e contribuir para o desenvolvimento do Estado.
    • Modernização da gestão tributária: A exigência de emissão de notas fiscais eletrônicas e o uso da Escrituração Fiscal Digital (EFD) contribuem para a modernização da gestão tributária e o combate à sonegação.

    Condições para ter acesso aos benefícios

    Para usufruir dos benefícios fiscais, as empresas deverão atender a alguns requisitos, como:

    • Ser usuário da Escrituração Fiscal Digital (EFD): As empresas precisam adotar a EFD, que é um sistema de escrituração contábil digital.
    • Emitir Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) ou Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e): A emissão de notas fiscais eletrônicas é obrigatória para todas as operações comerciais.
    • Obter credenciamento junto à Sefaz: As empresas deverão realizar um cadastro específico para ter acesso aos benefícios fiscais.
  • Minha Casa, Minha Vida aumenta vendas e lucros da construção civil

    Minha Casa, Minha Vida aumenta vendas e lucros da construção civil

    O Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) ajudou significativamente o setor da construção civil para aumentar, em 6%, as vendas de unidades residenciais no primeiro trimestre de 2024. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o total de imóveis vendidos passou de 76.794 unidades para 81.376 neste ano. Já o percentual de residências do MCMV no total comercializado passou passou de 33,7% em 2023, para 38,59%.

    Nos últimos 12 meses foram vendidas 331.311 unidades, número 3,9% maior que nos 12 meses anteriores, quando foram comercializadas 318.973 unidades. Os dados são da pesquisa Indicadores Imobiliários Nacionais do 1º Trimestre de 2024, divulgada nesta segunda-feira (27) pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

    O estudo abrange 220 cidades, incluindo as 27 capitais e as principais regiões metropolitanas do país.

    Sinal positivo

    “Se em unidades vendidas, nós estamos com 6% a mais, em valores estamos com 12,5% a mais nos últimos 12 meses. Trata-se de um bom sinal para o restante do ano, pois os demais trimestres costumam concentrar mais vendas”, disse o economista Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis de São Paulo (Secovi-SP) Celso Petrucci ao anunciar os números.

    No primeiro trimestre deste ano, foram comercializadas 31.407 unidades do programa MCMV – quase 6 mil unidades a mais do que o resultado (25.882 unidades) observado no primeiro trimestre de 2023.

    Petrucci explica que, também na comparação com 2023, o mercado tem respondido positivamente aos “avanços promovidos no MCMV”, apresentando “grande diferença” de resultados em relação ao que vinha acontecendo no primeiro semestre de 2023. Os lançamentos do MCMV cresceram 24,7% (de 21.207 para 26.439 unidades) e as vendas cresceram 21,3%, na mesma base de comparação.

    “O aumento das vendas, de fato, foi impulsionado pelo MCMV. Isso mostra que o programa vem respondendo bem desde os avanços de julho de 2023”, disse o economista ao lembrar que essa situação veio após “um período de desencadeamento” do programa, observado antes de 2022.

    Até então, a participação do MCMV era de quase 50% no mercado dessas 220 cidades. “Chegou a cair para 31% no segundo trimestre do ano passado, mas as mudanças feitas em julho de 2023 deram resultado, e já vemos uma tendência de estar muito mais próximo de 50% das unidades em lançamento. Estamos voltando aos patamares que tínhamos antes do programa se mostrar desenquadrado e, vamos dizer, atrasado em relação às curvas de subsídio e aos limites operacionais”, acrescentou.

    Em julho do ano passado, o governo mudou as regras do programa, aumentando o subsídio para aquisição de imóveis e reduzindo a taxa de juros para famílias de baixa renda, nas faixas 1 e 2 do programa.

    O presidente da CBIC, Renato Correia, disse ter recebido muitos retornos positivos de prefeitos e parlamentares, no sentido de ampliar a abrangência ao programa. “Nas conversas que tive com eles, tenho observado acenos no sentido de fortalecer o movimento habitacional do país. É um setor muito importante para várias coisas. Hoje nós estamos com 2,8 milhões de trabalhadores com carteira assinada na construção civil”, argumentou.

    Edição: Denise Griesinger

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  • A construção civil acompanha o desenvolvimento de Lucas do Rio Verde

    A construção civil acompanha o desenvolvimento de Lucas do Rio Verde

    Com maior crescimento populacional entre cidades com mais de 50 mil habitantes em Mato Grosso, Lucas do Rio Verde tem se desenvolvido a passos largos e podemos que dizer que é um dos melhores lugares do estado para se viver e trabalhar atualmente. É o município que mais gera empregos entre os que possuem entre 81.505 e 91.692 habitantes, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). 

     

    Além do crescimento populacional, econômico e social, o ramo da construção civil também tem se destacado pela realização de obras comerciais, industriais e institucionais. Esse impacto potencializa ainda outros segmentos.  

     

    De acordo com o resultado do Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Lucas ocupa a 5ª posição entre os municípios que mais crescem na região Centro-Oeste. Com aumento da população e melhoria das condições de vida, a demanda por moradias cresce. 

     

    O foco em empreendimentos com segurança é um diferencial da Yanagawa Construtora, que durante sua atuação pode aquecer o mercado imobiliário e contribuir também para a geração de empregos. 

     

    Vencemos um período pandêmico em que muitos setores desacreditaram, faliram e tiveram prejuízos. Mesmo com as restrições, entendemos que a população necessitava de novos serviços oferecidos pelo setor da construção civil, especialmente no que se refere à qualidade no saneamento básico, organização, localização, conforto, lazer, itens indispensáveis para uma moradia.  

     

    A construção do condomínio “Primordiale”, lançado em 2021, deixa clara a preocupação em contribuir com segurança, sofisticação e bem-estar. O residencial fechado é o primeiro no formato horizontal da cidade – conta com 76 casas e já está com 90% das obras concluídas.  

     

    Fomos bem acolhidos pela população luverdense e acredito que estamos gerando bons resultados. Crescemos à medida que a “Capital da agroindústria” se desenvolve e pretendemos deixar um legado, uma marca de urbanização aliada a qualidade de vida. Tenho certeza de que poderemos avançar ainda mais nos próximos anos e contribuir com a realização de muitas famílias! 

     

    Robson Shinji Yanagawa é engenheiro na Yanagawa Construtora e Incorporadora Ltda

  • Construção civil tem inflação de 0,40% em maio deste ano, diz FGV

    Construção civil tem inflação de 0,40% em maio deste ano, diz FGV

    O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou inflação de 0,40% em maio deste ano. A taxa é superior à observada no mês anterior (0,23%), mas inferior à apurada em maio de 2022 (1,49%). O dado foi divulgado nesta sexta-feira (26) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

    O INCC-M acumula taxa de inflação de 1,34% no ano. Em 12 meses, a taxa acumulada chega a 6,32%, abaixo dos 11,20% acumulados em maio do ano passado.

    Em maio deste ano, os materiais, equipamentos e serviços apresentaram uma inflação de 0,06%, ante uma variação de 0,14% em abril. Já a mão de obra teve uma alta de preços de 0,75% em maio, ante uma taxa de 0,23% no mês anterior.

  • Índice de Confiança da Construção cai 0,3 ponto no país

    Índice de Confiança da Construção cai 0,3 ponto no país

    O Índice de Confiança da Construção (ICST) não variou em março e se manteve em 94,4 pontos, patamar de moderado pessimismo. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 0,3 ponto. Ele foi divulgado nesta terça-feira (28), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

    Segundo a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo, pelo segundo mês a perspectiva em relação à demanda dos próximos meses melhorou. Ela destacou que uma percepção mais negativa sobre a tendência do ambiente de negócios contaminou o indicador de expectativas, que fechou o primeiro trimestre sem recuperar a queda recente, apontando pessimismo moderado do setor.

    “Como já observado em fevereiro, o ritmo de atividade sinaliza desaceleração – o indicador de evolução recente fechou o trimestre em queda. Assim, as empresas apontam também menor intenção de contratar. No entanto, a limitação dada pelas dificuldades em contratar mão de obra qualificada vem aumentando e alcançou o maior patamar de assinalações desde março de 2015, um sinal de que o ciclo de crescimento não foi invertido”, avaliou, em nota, Ana Maria.

    Variações opostas

    Conforme a FGV, a estabilidade do índice resulta das variações opostas dos dois componentes do índice. “O Índice de Situação Atual do Índice de Confiança da Construção (ISA-CST) subiu 0,3 ponto e foi para 93,7 pontos, após quatro meses seguidos de queda. A alta do ISA-CST se deve exclusivamente à melhora na percepção dos empresários sobre o indicador de situação atual dos negócios, que aumentou 0,5 ponto, para 92,2 pontos.  O indicador de carteira de contratos ficou estável ao variar -0,1 ponto para 95,2 pontos, menor nível desde março do ano passado (94,4 pontos)”, informa o estudo.

    O Índice de Expectativas (IE-CST) cedeu 0,3 ponto, para 95,3 pontos, mantendo-se relativamente estável após alta registrada no mês anterior. A queda do IE-CST foi influenciada pelo indicador que mede a tendência dos negócios para os próximos meses, que caiu 1,4 ponto e foi para 92,3 pontos. Já o indicador de demanda prevista subiu 0,9 ponto, atingindo 98,3 pontos.

    O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção variou 0,2 ponto percentual (pp), para 77,9%. O Nuci de Mão de Obra ficou estável com variação de -0,1 pp, para 78,9%, enquanto o Nuci de Máquinas e Equipamentos subiu 1,7 pp, para 73,6%.

    Acesso ao crédito

    Para 2023, o mercado financeiro projetou queda na concessão de financiamentos habitacionais. “Taxas mais elevadas e condições mais rigorosas de contratação representam um ambiente mais adverso para compradores e empresas. Nos dois últimos meses, de fato, houve um pequeno aumento de assinalações no quesito acesso ao crédito bancário como fator de limitação aos negócios, mas ainda distante de configurar uma ameaça ao ciclo recente de negócios”, informou o Ibre/FGV.

    Edição: Kleber Sampaio

  • Índice da Confiança da Construção cresce 3,5 pontos em setembro

    Índice da Confiança da Construção cresce 3,5 pontos em setembro

    O Índice de Confiança da Construção (ICST) calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre) avançou 3,5 pontos em setembro e alcançou 101,7 pontos. É o maior nível desde novembro de 2012, quando ficou em 102,3 pontos. A alta no acumulado do ano atingiu 5 pontos. Já nas médias móveis trimestrais, o índice registrou elevação de 1,4 ponto.

    De acordo com o Ibre, a melhora das avaliações sobre o momento atual e das perspectivas para os próximos meses contribuíram para o resultado no mês. O Índice de Situação Atual subiu 1,3 ponto e atingiu 97,7 pontos. Desde janeiro de 2014, quando ficou em 98,3 pontos, não tinha nível tão alto.

    Na avaliação dos pesquisadores, a variação resulta, principalmente, de uma percepção mais favorável dos empresários sobre a situação atual dos negócios. Esse indicador subiu 1,8 ponto, passando para 98 pontos. Outro aumento foi registrado no indicador que mede volume da carteira de contratos (0,9 ponto), que com o desempenho atingiu 97,4 pontos.

    O Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 5,6 pontos chegando a 105,7 pontos. A alta, segundo o Ibre, teve impacto do otimismo em relação à tendência dos negócios nos próximos 6 meses e da demanda no curto prazo, cujos indicadores avançaram 8,8 ponto e 2,5 pontos para 106,1 pontos e 105,3 pontos, respectivamente.

    Capacidade

    Com a variação de 0,3 ponto percentual (p.p), atingindo 78%, o Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção ficou relativamente estável, como também o Nuci de Mão de Obra, que se manteve aos 78,9%. Já o Nuci de Máquinas e Equipamento variou 0,5 ponto percentual para 73,2%.

    Ainda em setembro, 26,1% dos empresários continuaram apontando o custo da matéria-prima como a principal limitação à melhoria dos negócios. Apesar de ainda ser um patamar muito superior ao período pré-pandemia, já representa uma queda expressiva após alcançar um recorde 40% de citações em 2021, o que reflete o movimento de desaceleração de alta nos preços dos materiais no período. Se comparado a setembro de 2021, a queda é de 11,5 pontos percentuais.

    A coordenadora de Projetos da Construção do FGV-Ibre, Ana Maria Castelo, considerou bastante significativa a indicação de melhora do ambiente de negócios da construção em setembro.

    Para ela, o índice de confiança ultrapassou a marca de neutralidade, revelando a prevalência de um sentimento de otimismo. A coordenadora ressaltou que nem todos os segmentos setoriais avançaram na mesma direção, mas no segmento de Edificações houve uma recuperação importante, que mostra um sentimento de confiança semelhante ao alcançado no início de 2014.

    “O resultado da sondagem de setembro fortalece as projeções de um crescimento vigoroso para a construção em 2022, impulsionado pelo ciclo de negócios das empresas. No entanto, os desafios para a continuidade desse crescimento permanecem ante as fragilidades fiscais, que devem comprometer os investimentos públicos e a perspectiva da manutenção das taxas de juros elevadas por muito mais tempo”, disse.

    Edição: Fernando Fraga

  • Índice Nacional da Construção Civil sobe 1,48% em julho

    Índice Nacional da Construção Civil sobe 1,48% em julho

    O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) avançou 1,48% em julho, o que significa um recuo de 0,17 ponto percentual em relação ao apurado em junho: 1,65%. O acumulado de janeiro a julho é de 9,11%, mas, nos últimos 12 meses, atingiu 14,07%. Esse percentual é um pouco abaixo dos 14,53% registrados nos doze meses imediatamente anteriores.

    Os dados fazem parte do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) de julho, divulgado hoje (9), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    O gerente do Sinapi, Augusto Oliveira, explicou que o segundo semestre começa com o terceiro maior índice do ano. A influência, mais uma vez, é da alta nas duas parcelas que o compõem: material e mão de obra.

    O custo nacional da construção, por metro quadrado, chegou a R$ 1.652,27 em julho. Desse valor, R$ 987,88 correspondem a materiais e R$ 664,39 à mão de obra. No mês anterior, o custo nacional tinha fechado em R$ 1628,25.

    Em relação a junho, a taxa da parcela de materiais alcançou 1,38%, o que significa alta de 0,19 ponto percentual. Naquele mês tinha ficado em 1,19%. Na comparação com o índice de julho de 2021, que era de 2,88%, houve queda de 1,50 ponto percentual.

    “A parcela dos materiais apresentou alta em relação ao mês anterior. Quando comparado ao índice de julho de 2021, temos uma queda significativa”, disse o gerente.

    Acrescentou que, apesar dos acordos coletivos de trabalho firmados no período, a parcela da mão de obra registrou, em julho, variação de 1,62%, caindo 0,73 ponto percentual em relação a junho.

    Os materiais acumularam variação de 8,56% de janeiro a julho de 2022 e 9,92% para mão de obra. Em 12 meses ficaram em 15,82% e 11,52%, respectivamente.

    Estados

    A maior taxa entre os estados foi anotada no Paraná. Lá, houve avanço na parcela de materiais e reajuste para as categorias profissionais, o que contribuiu para a variação mensal de 5,18%.

    A região Sul, onde também houve acordos de categorias profissionais no Rio Grande do Sul, foi a que teve a maior variação regional em julho: 3,33%. Na região Norte, 0,85%, no Nordeste, 1,50%, no Sudeste, 1,05% e no Centro-Oeste, 1,24%.

    Já os custos regionais, por metro quadrado, atingiram R$ 1.622,08 no Norte; R$ 1.546,52 no Nordeste; R$ 1.723,94 no Sudeste; R$ 1.717,01 no Sul e R$ 1.658,26 no Centro-Oeste.

    “Neste mês, o Paraná destacou-se com a maior taxa entre os estados. Com o Rio Grande do Sul apresentando a terceira maior taxa do mês, a região sul registrou a maior variação em julho”, observou Oliveira.

    Finalidade do Sinapi

    O objetivo da pesquisa, uma produção conjunta do IBGE e da Caixa, é produzir séries mensais de custos e índices para o setor habitacional, e, ainda, séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação.

    Segundo o IBGE, as estatísticas do Sinapi “são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos”.