Tag: consórcio

  • Consórcio: razões para o crescimento

    Consórcio: razões para o crescimento

    Muita gente não sabe, mas o sistema de consórcio é uma invenção brasileira, que surgiu na década de 1960, quando funcionários do Banco do Brasil organizaram grupos para simplificar a aquisição de veículos, sem a necessidade de um empréstimo ou financiamento tradicional. Logo no seu início, o modelo alcançou sucesso rapidamente e foi incorporado à cultura do brasileiro. Hoje, por sinal, já foi adotado em outros países.

     

    Banco Central do Brasil é o órgão oficial que regula o sistema, para fornecer mais segurança a todos os consorciados. continua sendo uma forma de aquisição coletiva que é baseada na formação de grupos de pessoas físicas ou jurídicas, que todo mês apresenta com uma quantidade para um fundo coletivo estabelecido. O participante contemplado por um lance ou sorteio recebe uma quantia para concretizar a compra do bem escolhido anteriormente, em geral um veículo ou imóvel.

     

    De acordo com levantamento da assessoria econômica da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios – ABAC –, o sistema de consórcios iniciou o ano de 2025 registrando recorde de 11,37 milhões de consorciados ativos em janeiro, ou seja, 9,7% acima dos 10,36 milhões anotados no mesmo mês do ano passado.

     

    As vendas de cotas, no mês de janeiro somaram 422,33 mil unidades em 2025 contra 369,43 mil em 2024, o que corresponde ao maior volume mensal nos últimos 20 anos, com crescimento de 14,3%. Os créditos comercializados em janeiro deste ano foram de R$ 34,89 bilhões contra R$ 27,89 bilhões, correspondente a um crescimento de 25,1%. Os números apenas indicam que o desenvolvimento do mercado é muito animador para o setor, apesar das crescentes críticas à economia do País.

     

    Uma pesquisa qualiquantitativa da ABAC encomendada à Kantar Divisão de Pesquisa de Mercado, Insights e Consultoria da WPP , divulgada em janeiro, apresentou números muito expressivos da ampliação do setor dos consórcios e por quais razões aconteceram essa evolução. A propósito do trabalho foi comparar os dados mais recentes com os das outras três edições anteriores.

     

    O levantamento reuniu uma amostra de 1,6 mil consumidores em diferentes momentos. O público era constituído por metade homens e metade mulheres, na faixa etária de 18 a 45 anos. Desse grupo básico, 46% estava no subgrupo entre 18 e 29 anos, e 54% entre 30 e 45 anos. Em relação à classe social, 45% deles integravam-se às classes A e B e 55% à classe C.

     

    Na fase qualitativa a pesquisa abarcou homens e mulheres entre 29 e 57 anos nas classes A, B e C. Os grupos de discussão foram subdivididos em consorciados de imóveis e veículos, além de outras características. O levantamento indicou que vários motivos individuais contribuíram para que os consumidores adotassem o consórcio como forma de compra. As razões mais alegadas foram:

    • “O consórcio é um jeito de guardar dinheiro”;
    • “As parcelas eram compatíveis com a minha renda e parcelas que cabiam no meu bolso”;
    • “Tem custos menores e menos taxas que outras formas de adquirir um bem”.

     

    Os argumentos indicaram que há várias razões para aprovar o contrato de um consórcio e as vantagens são bem claras para os consumidores. Entre elas foram apontadas:

    • Consórcio é para quem planeja a longo prazo, não tem pressa e não é afobado;
    • Consórcio é uma forma de facilitar a posse de um bem/produto;

     

    Tudo leva a crer que este sistema para o consumidor democratiza o ato de comprar bens de maior valor, mas isso não é para quem tem urgência ou precisa adquirir o bem pouco em tempo.

    Nas decisões para adesões ao consórcio o argumento mais citado foi “o tempo de mercado” do sistema. O termo está ligado à importância do histórico da administradora e, principalmente, nos mais de 60 anos de existência da modalidade. A segurança no negócio é um detalhe específico pelo consorciado e uma das características que geram confiança no investimento.

     

    Ainda sobre a pesquisa, para os participantes aproximadamente 80% deles apontaram como aspectos importantes na fase de decisão de compra:

    • “O oferecimento de parcelas que caibam no bolso”;
    • “Dar informações”;
    • “Tirar dúvidas”; e
    • “Dar suporte e orientações durante todo o processo/acompanhar até a entrega do bem”.

     

    O conteúdo das afirmações dos entrevistados evidenciou um bom conhecimento sobre finanças pessoais, especialmente em aspectos relacionados ao planejamento e segurança. Na pesquisa qualitativa ficou mais claro ainda esse comportamento, porque houve aumento no interesse e das adesões ao sistema de consórcios no ano passado.

     

    No caso dos cancelamentos da adesão ocorreram algumas mudanças positivas entre 2022 e 2023. Os entrevistados, que não cancelaram, chegaram a 63%, ante 52% do exercício anterior, isto é, um crescimento de 11 pontos percentuais. O “aumento das parcelas” e “não conseguir pagar” foram as justificativas da inadimplência. Trata-se de um aspecto marcante da evolução deste sistema e é muito auspicioso para todo o setor.

     

    Outro dado importante é que no final de 2023, foi constatada uma estabilidade ao sistema de consórcio, com concentração de 45% da amostra no grupo que já aderiu, pelo menos uma vez ao sistema. O número de consorciados, que já fez dois ou mais planos de consórcio, saltou de 13% em 2022 para 14% no ano passado. O crescimento não foi tão amplo, mas demonstra estabilidade no sistema e indica confiança dos usuários. Houve também ao longo de 4 anos o declínio dos entrevistados que desconheciam o consórcio.

     

    Os participantes de dois grupos pesquisados apresentaram atitudes diferentes em relação à compra de bens de valor maior. Um grupo mais ponderado calculava se a parcela do consórcio de fato caberia no orçamento e procurava fazer uma compra mais racional. Por outro lado, na compra do outro grupo a decisão era mais emocional e tinha mais o desejo de posse. As pessoas não consideraram com atenção a obrigação financeira na compra do bem e não verificaram se tinham capacidade financeira dentro do seu orçamento para saldar a dívida. Esse é um comportamento muito problemático porque pode criar muitas adversidades tanto para os consorciados como para as administradoras de consórcio. Planejar é preciso.

     

    O trabalho demonstrou ainda que aqueles usuários com maior conhecimento do consórcio tiveram mais interesse primeiramente em carros, depois em motos e por fim nos imóveis. Em 2020, 50% dos consorciados tinham contratos para veículos de nível e no ano passado esse percentual subiu para o patamar de 56%. Houve, porém picos em 2021 (59%) e em 2022 (60%). Os imóveis também tiveram aumento de 18% em 2020 para 26% em 2023. Um aumento de 8 pontos percentuais muito significativo. Os valores no caso das motos apresentaram oscilação entre 2020 (41%) e 2023 (35%).

     

    Para concluir, é importante registrar que em 2024, o Sistema de Consórcios, comercializou 4,18 milhões de cotas, correspondendo a uma movimentação de R$ 316,70 bilhões. O negócio atingiu 10,29 milhões de participantes e reduziu vários recordes históricos. Não poderia haver um cenário melhor de crescimento e potencial de ampliação. O consórcio já foi até um modismo ou onda no seu início, porém, hoje é uma ferramenta consolidada para o avanço econômico e social sustentável. É sobretudo um instrumento para promover a conquista de bens de maior valor agregado que eram inalcançáveis para muitos brasileiros.

     

     

     

    *Luciana Cirelli é contabilista pelo Senac, gestora de seguros pela ENS- Escola de Negócios e Seguros, empresária de seguros e contábil, e especialista em consórcios. Há 28 anos está à frente de uma empresa familiar, a Norton Contabilidade, que tem 50 anos de atuação no mercado

     

     

  • Propaganda enganosa: juíza condena empresa por vender consórcio como financiamento

    Propaganda enganosa: juíza condena empresa por vender consórcio como financiamento

    Uma consumidora conseguiu na Justiça de Mato Grosso a nulidade de um contrato, bem como a restituição dos valores pagos e uma indenização por danos morais, após ser vítima de propaganda enganosa.

    A autora e o esposo, ambos aposentados, cultivavam o sonho de adquirir uma pequena chácara para plantação e criação de animais. Como não possuíam o valor necessário, buscaram opções de crédito para a aquisição do imóvel. Ao acessar as redes sociais, a autora se deparou com um anúncio da empresa requerida, informando que se tratava de financiamento, com a liberação rápida do dinheiro.

    Como desejava adquirir um imóvel de R$ 150 mil, a autora firmou contrato com a empresa, pagando a quantia de R$ 10.306,66 e o restante em 180 parcelas mensais. Contudo, como o valor estava demorando muito para ser liberado, a consumidora entrou em contato com a empresa e descobriu que o vendedor havia feito um contrato de consórcio e que a liberação do valor pretendido só ocorreria ao final do plano.

    Diante disso, ela tentou por diversas vezes rescindir o contrato diretamente com a empresa requerida, tendo inclusive aberto procedimento de reclamação junto ao Procon, mas não obteve êxito.

    O caso foi julgado pela 4ª Vara Cível de Várzea Grande, na sentença, a juíza Silvia Renata Anffe Souza, destacou que empresa induziu a autora ao erro, demonstrado falha na prestação do serviço, principalmente no que se refere à hipossuficiência informacional, ao não informar corretamente as condições do contrato.

    A juíza decidiu que o contrato deveria ser anulado, e a empresa foi condenada a devolver os R$ 10.306,66 pagos e a pagar uma indenização de R$ 4 mil pelos danos morais causados.

    Recurso: A empresa recorreu ao Tribunal de Justiça contra a decisão, mas os desembargadores mantiveram a condenação.

    Recurso: a empresa requerida recorreu ao Tribunal de Justiça contra a condenação,  ao julgar o recurso, os desembargadores mantiveram a condenação.

  • Consórcio ou financiamento? Qual a melhor escolha para você?

    Consórcio ou financiamento? Qual a melhor escolha para você?

    Consórcio ou financiamento? O cenário de aquisição de bens e serviços no Brasil está aquecido, com consórcios e financiamentos ocupando um papel de destaque nas decisões financeiras dos consumidores.

    A escolha entre consórcio e financiamento não tem resposta certa ou errada; depende do seu momento de vida e objetivos financeiros.

    O importante é planejar, comparar e tomar uma decisão que se alinhe ao seu orçamento e às suas prioridades. Afinal, adquirir um bem ou serviço deve ser uma conquista, não uma fonte de estresse.

    Leia outro post: O que é o Drex e como ele pode transformar nosso futuro financeiro?

    Mas como saber qual é a opção mais adequada para você? Vamos explorar as últimas informações sobre essas modalidades para ajudá-lo a decidir.

    Consórcio ou financiamento? Eis a questão!

    Os consórcios têm crescido consideravelmente no Brasil.
    Os consórcios têm crescido consideravelmente no Brasil.

    Consórcio: Uma Escolha de Planejamento

    Os consórcios têm crescido consideravelmente no Brasil. Segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), o número de participantes ativos aumentou 52,9% na última década, alcançando 10,93 milhões de consorciados em agosto de 2024. Essa modalidade é ideal para quem pode planejar uma aquisição de médio a longo prazo, sem a pressão dos juros.

    Vantagens:

    • Ausência de juros: Apenas a taxa de administração é cobrada, que varia entre 10% e 25%.
    • Flexibilidade de uso: A carta de crédito pode ser usada para adquirir bens novos, usados, serviços ou até quitar dívidas.
    • Planejamento financeiro: É uma forma de economizar gradualmente.

    Desvantagens:

    • Tempo: A contemplação depende de sorteio ou lance, o que pode levar meses ou anos.
    • Custo adicional: Taxa de administração, fundo de reserva e seguro facultativo.

     Financiamento: Solução para Necessidades Imediatas

    Já o financiamento oferece a possibilidade de posse imediata do bem, como um imóvel ou veículo, sendo uma alternativa para quem precisa atender a uma demanda urgente.

    Vantagens:

    • Rapidez: Você tem acesso imediato ao bem financiado.
    • Diversidade de prazos e condições de pagamento.

    Desvantagens:

    • Juros elevados: As taxas podem ultrapassar 20% ao ano, dependendo da economia e do perfil do cliente.
    • Custo total elevado: O valor pago ao final do contrato pode ser muito superior ao preço do bem.

    Quando Escolher Cada Modalidade?

    A escolha entre consórcio e financiamento depende de suas necessidades e planejamento financeiro:

    Escolha o consórcio se:

    • Você não tem pressa em adquirir o bem.
    • Prefere economizar nos custos gerais da aquisição.
    • Está disposto a esperar pela contemplação.

    Opte pelo financiamento se:

    • Precisa do bem imediatamente.
    • Tem capacidade financeira para arcar com os juros.
    • A urgência justifica o custo mais alto.

    Dicas para Tomar a Decisão

    1. Avalie seu orçamento: Considere suas receitas e despesas mensais. Pergunte-se: “Tenho capacidade de pagar as parcelas sem comprometer outras obrigações?”
    2. Estabeleça prioridades: Você precisa do bem agora ou pode esperar? Responder a isso é crucial para a decisão.
    3. Pesquise taxas: Compare as condições oferecidas por administradoras de consórcio e instituições financeiras.
    4. Planeje-se: Seja disciplinado com seus pagamentos, independentemente da escolha. No consórcio, prepare-se para continuar pagando após a contemplação; no financiamento, esteja atento ao impacto dos juros.

    O Impacto da Alta de Juros

    O Impacto da Alta de Juros
    O Impacto da Alta de Juros

    A alta da taxa Selic, atualmente em 11,25% ao ano, tornou o financiamento mais caro. Esse cenário faz do consórcio uma alternativa atraente para consumidores que podem planejar suas compras.

    Seja disciplinado, mantenha-se informado e, acima de tudo, use o dinheiro como uma ferramenta para alcançar seus sonhos de maneira sustentável.

  • Consórcio de Saúde Vale do Teles Pires lança obra de construção da sede própria

    Consórcio de Saúde Vale do Teles Pires lança obra de construção da sede própria

    Os prefeitos dos municípios que integram o Consórcio Público de Saúde Vale do Teles Pires, região norte de Mato Grosso, realizaram na manhã desta terça-feira (26), o lançamento da obra de construção da sede própria.

    A nova casa será construída em uma área de pouco mais de 5 mil metros quadrados. São mais de mil metros quadrados de construção, salas amplas, auditório, central de recebimento e entrega de materiais.

    De acordo com o presidente do consórcio, prefeito de Itanhangá, Edu Pascoski, a construção da sede própria é reflexo do crescimento e da importância da entidade na região.

    “O Consórcio de Saúde vem se consolidando ano a ano, viabilizando recursos, conquistando novos parceiros, ampliando a oferta de serviços e levando cada vez mais saúde a população dos nossos 15 municípios”.

    O terreno está localizado a Alameda Guilherme Bataglini, Loteamento Santa Clara. A área foi viabilizada junto a Prefeitura de Sorriso, por meio de um termo de cessão de uso.

    Serão investidos aproximadamente R$ 4.5 milhões. Os recursos são provenientes do Governo do Estado de Mato Grosso e economias do próprio consórcio.

    Além do Consórcio de Saúde, a nova sede irá abrigar também a estrutura do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental (Cidesa).

    A obra será licitada em janeiro de 2025 e terá início após o término do período chuvoso.

  • Consórcio de Saúde do Vale do Teles Pires busca apoio do governo para conseguir sede própria

    Consórcio de Saúde do Vale do Teles Pires busca apoio do governo para conseguir sede própria

    O presidente do Consórcio de Saúde do Vale do Teles Pires, prefeito Edu Pascoski, cumpre agenda em Cuiabá esta semana. Hoje, Pascoski tem reunião com o governador Mauro Mendes onde vai solicitar apoio para que o consórcio tenha sua sede própria. O consórcio é formado por 15 municípios das regiões norte e médio norte de Mato Grosso.

    Pascoski, que é prefeito de Itanhangá, participou de reuniões nesta terça-feira na capital de Mato Grosso. Ele aproveitou e solicitou apoio em áreas de infraestrutura do município.

    Em relação a pauta do encontro com o governador Mauro Mendes, Pascoski citou duas pautas que foram discutidas pelos prefeitos e representantes dos municípios que compõem o consórcio. Uma delas é a construção da sede própria em Sorriso. A estrutura é vista como essencial para auxiliar na distribuição de medicamentos e insumos que são adquiridos pelo consórcio para atender os 15 municípios.

    “Precisamos de uma estrutura maior e melhor, pois crescemos muito. Hoje nós compramos tudo pelo consórcio, prefeitos não compram mais medicação, nada de medicamento pelos seus municípios. Compramos em um volume maior e essa central de distribuição vai cuidar de destinar os medicamentos aos municípios’, explicou o presidente do consórcio.

    A outra pauta a ser tratada no Palácio Paiaguás é a destinação de recurso para custear procedimentos de alta complexidade por meio do consórcio. “São cirurgias cardíacas, neuro, de ortopedia, procedimentos de alta complexidade em que o SUS não está atendendo e que o Estado, em alguns lugares, tem dificuldade em atender. Nós temos uma dificuldade muito grande em nossa região enquanto consórcio que nós precisamos avançar”, pontuou.

  • Brasileiros esquecem R$ 2,2 bi em grupos de consórcio, segundo BC

    Brasileiros esquecem R$ 2,2 bi em grupos de consórcio, segundo BC

    Os brasileiros tinham R$ 2,16 bilhões em grupos de consórcio no fim de 2021. O número consta do Panorama do Sistema de Consórcios, divulgado hoje (23) pelo Banco Central (BC), com dados do ano passado.

    Esses recursos esquecidos correspondem a juros, multas, rendimentos ou rateio do fundo de reserva não retirados após a contemplação em um sorteio ou no encerramento de um grupo. A Lei dos Consórcios, publicada em 2008, autoriza as administradoras a cobrar uma taxa sobre o dinheiro não sacado. Em 2021, essa taxa arrecadou R$ 943 milhões, 14,6% a mais que em 2020.

    As cotas ativas em consórcios somaram 8,48 milhões no fim do ano passado, aumento de 6,9% em relação a 2020. Elas estavam distribuídas da seguinte forma: 4,02 milhões de automóveis, 2,38 milhões de motocicletas, 1,28 milhão de imóveis e 867 mil para os demais tipos de bens e de serviços.

    Em dezembro de 2021, a carteira total dos grupos de consórcios totalizava R$ 75,8 bilhões, com alta de 22,8% em relação ao ano anterior. De acordo com o BC, a pandemia de covid-19 produziu impactos sobre o mercado de consórcios no início, principalmente no primeiro semestre de 2020.

    A partir do semestre seguinte, informou o BC, o mercado recuperou-se e continuou a tendência de expansão de anos anteriores. Para o órgão, os consórcios funcionam como importante instrumento de inclusão financeira e de aquisição de bens duráveis, principalmente no subsegmento de motocicletas.

    No ano passado, a inadimplência caiu levemente e ficou em 2,5%, contra 2,54% em 2020. O valor médio dos créditos totalizou R$ 55,3 mil, alta de 28% na mesma comparação. O prazo médio dos consórcios subiu de 119 para 131 meses.

    Edição: Fábio Massalli

  • Prefeito de Lucas do Rio Verde é eleito presidente do Cidesa

    Prefeito de Lucas do Rio Verde é eleito presidente do Cidesa

    O prefeito de Lucas do Rio Verde, Miguel Vaz, foi eleito presidente do Cidesa (Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico Social e Ambiental). Ele substitui o prefeito de Sorriso, Ari Lafin. O mandato é de dois anos e Miguel Vaz terá como vice-presidente Leandro Felix, prefeito de Nova Mutum.

    Ao deixar o cargo, Lafin avaliou de forma positiva o mandato. Ele disse que o objetivo inicial foi reativar o consórcio, em comum acordo aos demais municípios. “Foi a busca para que pudéssemos estar unidos em busca em prol do desenvolvimento regional e nós assim o conseguimos”, pontuou.

    O segundo objetivo no seu mandato foi estruturar o conselho, permitindo que por meio do Cidesa fosse possível definir pautas de interesse comum dos municípios. “Como da BR 163, que iniciou por interesse dos prefeitos, através do Consórcio de ser uma opção de gerenciamento dessa rodovia”, citou Lafin. O prefeito de Sorriso observou que a ideia foi bem acatada, motivando o Governo de Mato Grosso a formalizar o pedido para a MT PAR assumir a gestão da rodovia federal. “Ficamos felizes, pois foi uma provocação de um consórcio formado por 15 prefeitos”.

    Outros assuntos entraram em pauta e estão sendo defendidos pelo Cidesa, como do zoneamento socioambiental, assunto que preocupa os gestores. “Se for aprovado da forma como estava sendo apresentado poderia inviabilizar municípios como Cláudia, União do Sul, Nova Ubiratã em parte e Feliz Natal, por exemplo”, destacou Lafin.

    Novos desafios

    Após a reunião em que foi eleito novo presidente do Cidesa, Miguel Vaz falou sobre o período em que atuou como vice-presidente. O gestor apontou o bom trabalho liderado por Ari Lafin na reorganização do consórcio. “E por ter trazido para o Cidesa pautas importantes, como por exemplo a BR 163, o zoneamento socioambiental, a regularização fundiária, pautas extremamente importantes para a região”, avaliou.

    Vaz adiantou que os próximos dois anos serão desafiadores para colocar em prática vários projetos que visam melhorias para os municípios que compõem o Cidesa.

    “Os desafios são grandes, mas a causa é nobre. Então agradeço o apoio dos prefeitos de todos os municípios de terem apoiado meu nome para conduzir o consórcio nos próximos dois anos. Vou me dedicar, é uma responsabilidade ainda maior”, assinalou Miguel Vaz. “O consórcio tem demonstrado ser de vital importância para os assuntos regionais, para nós olharmos para a região do médio-norte de Mato Grosso, pois existem assuntos que são de interesse de todos os municípios”.

    O Cidesa é formado pelos municípios de Lucas do Rio Verde, Cláudia, Feliz Natal, Ipiranga do Norte, Itanhangá, Nova Mutum, Nova Ubiratã, Santa Carmem, Santa Rita do Trivelato, São José do Rio Claro, Sinop, Sorriso, Tapurah, União do Sul e Vera.