Tag: Conselho Europeu

  • Lula conversa com presidente do Conselho Europeu sobre crise em Gaza

    Lula conversa com presidente do Conselho Europeu sobre crise em Gaza

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou nesta segunda-feira (16) com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, sobre o conflito entre Israel e o grupo islâmico Hamas, no Oriente Médio. Em nota, o Palácio do Planalto informou que Lula levou sua preocupação com a população civil da região, incluindo brasileiros e estrangeiros de outros países que estão tentando sair da Faixa de Gaza, região cercada pelas forças armadas israelenses.

    “O presidente brasileiro e o do Conselho Europeu concordaram sobre a importância de um corredor humanitário para a entrada de remédios e alimentos para os civis de Gaza e para a libertação dos reféns [mantidos pelo grupo Hamas]”, diz a nota.

    Ainda de acordo com a manifestação do Planalto, Lula e Charles Michel reiteraram a condenação aos atos terroristas cometidos pelo Hamas e concordaram sobre a importância de fortalecer a Autoridade Palestina como legítima representante do povo palestino.

    “O presidente Lula pediu que essas posições sejam reafirmadas por ocasião da reunião extraordinária do Conselho Europeu, composto por chefes de Estado e de Governo dos 27 países da União Europeia, que ocorrerá amanhã, em Bruxelas”, completa a nota.

    Resolução da ONU

    O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), integrado por 15 países, e presidido atualmente pelo Brasil, no mês de outubro, se reuniu nesta segunda-feira (16). A tentativa é negociar uma resolução que permita a instalação de um corredor humanitário e a adoção de um eventual cessar-fogo entre as forças em conflito. A Rússia apresentou uma resolução, que não foi aprovada. A expectativa é que o texto costurado pelo Brasil seja votado nesta terça-feira (17).

    Edição: Marcelo Brandão
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  • Conflito na Ucrânia leva Europa a reforçar orçamentos de defesa

    Conflito na Ucrânia leva Europa a reforçar orçamentos de defesa

    Após a invasão russa na Ucrânia, que começou há 13 dias, os líderes europeus passaram a expressar grande preocupação com a defesa de seus territórios e com a dependência energética em relação ao gás e petróleo da Rússia.

    Esses assuntos serão discutidos amanhã (10) e sexta-feira (11) em reunião do Conselho Europeu, em Versalhes, e foram comentados pelo presidente francês, Emmanuel Macron e pelo primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte.

    Macron e Rutte fizeram declarações hoje (9), em frente ao Palácio do Eliseu, residência oficial do presidente francês, em Paris. Macron disse que a Europa precisa construir uma independência estratégica maior em matéria de defesa. “Estamos juntos aqui para fazer da Europa uma potência geopolítica. Essa guerra no solo europeu nos impõe avaliar as consequências agora e no médio prazo”, afirmou.

    Mark Rutte, premiê holandês, afirmou que lideranças europeias precisam discutir a dependência do petróleo e do gás da Rússia. “Não vou propor a gente cortar o suprimento hoje, não é possível, porque precisamos do suprimento russo. Mas podemos fazer mais para avançar nessa agenda verde, descarbonizar nossas economias. E fazer uso do pacote verde, com  novas tecnologias, novos empregos. Isso está no cerne das nossas discussões, focar em inovação e que tenhamos autonomia”.

    Rutte afirmou também a necessidade de se aumentar os gastos com a defesa. “Estamos sempre abaixo dos 2% [percentual do orçamento total destinado à defesa], então agora estamos aumentando em 25% nossos gastos com defesa. Não vamos chegar a 2% agora, mas vamos chegar lá o mais rápido possível”.

    O premiê holandês disse “uma página foi virada na história europeia e que temos que trabalhar mais juntos para manter nossos países e povos seguros”.

    Os temas de defesa, segurança e independência energética estarão em debate nos próximos dias no Conselho Europeu, tanto que, em carta de convite do presidente Charles Michel aos membros do organismo, ele afirma que “a agressão militar não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia é uma violação flagrante do direito internacional e compromete a segurança europeia. À luz dos recentes acontecimentos, é mais urgente do que nunca tomarmos medidas decisivas para reforçar a nossa soberania, reduzir as nossas dependências de terceiros e conceber um novo modelo de crescimento e investimento”.

    Berlim

    Em Berlim, Olaf Scholz, primeiro-ministro da Alemanha, também reforçou a preocupação com a segurança e as questões climáticas na Europa. “A gente tem que ter alternativas para reduzir a emissão de carbono, para nos tornarmos neutros do ponto de vista do carbono em 20 anos, é um grande desafio”. Ele disse ainda que o país precisa diversificar as matérias-primas para as indústrias e para o suprimento de gás. A Alemanha importa da Rússia aproximadamente 50% do gás que consome.

    Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, ao lado de Scholz, disse que a crise na Ucrânia demonstra a importância da segurança energética, da aceleração para a transição verde. “A gente quer atingir a emissão zero e estamos construindo economias limpas” reforçou.

    Trudeau explicou que o Canadá vai enviar para a Ucrânia equipamentos militares especializados, além 50 milhões de dólares.