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  • A moderna agricultura brasileira precisa conectar segmentos

    A moderna agricultura brasileira precisa conectar segmentos

    Um questionamento constante quando se aborda as mudanças climáticas é o papel real da agricultura nesse contexto. Conectar desenvolvimento, produção e meio ambiente, sob uma ótica global, sem disputas entre os segmentos, mas parceria e amplo entendimento do assunto, é um dos caminhos para se encontrar possíveis respostas.

    “É uma narrativa que precisamos construir dentro de casa. O elo mais fraco é a agricultura. Ela vai sempre pagar a conta seja por ação ou por omissão. Que seja por ação! Pois já fizemos um grande exercício de adaptação, com base em Ciência, nos últimos 50 anos, agora o tempo está curtíssimo para dar outro salto de adaptação, mas é possível”, afirma o pesquisador Marcos Morandi, membro da delegação brasileira nas negociações sobre clima da UNFCCC (Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas).

    Para ele, a construção da resiliência é fundamental neste processo, que é lento pela natureza e complexidade do tema. Entretanto, o Brasil é um dos poucos países com essa habilidade ao relacionar clima, biodiversidade, desenvolvimento sustentável e Ciência.

    Um dos exemplos palpáveis é o robusto corpo de políticas públicas em andamento no País, como o Código Florestal, o Programa ABC, o Renovabio e a Agricultura Regenerativa. No caso de Mato Grosso do Sul, há o Precoce MS, o Estado Carbono Neutro até 2030, dentre outras.

    “Temos aqui no Estado uma rede de Ciência e Tecnologia na produção, que nos dá tranquilidade para seguir com sistemas cada vez mais eficientes. Nossa agenda é contemporânea, inclusive com a otimização do balanço de carbono dentro dos nossos sistemas produtivos”, confirma Eduardo Riedel, governador de Mato Grosso do Sul.

    “Temos muito a fazer também”, complementa o cientista da Embrapa. Nessa jornada de sustentabilidade, definida assim por Morandi, rastrebilidade, zerar o desmatamento ilegal, adaptação climática e inclusão socio-produtiva, todos costurados pela transversalidade da comunicação, são horizontes idealizados.

    Para o pesquisador são essas oportunidades que devem estar à mesa do Brasil durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém. Ele ressalta que o País estará no centro das discussões e a agropecuaria é um pilar de transformação, capaz de digladiar com “os quatro modernos cavaleiros do apocalipse: mudanças climáticas, insegurança alimentar, transição energética e desigualdade social”.

    Nessa jornada, Jaime Verruck, secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) lembra que é necessário reconhecer o trabalho do produtor rural que se propõe a investir no avanço tecnológico, e isso deve acontecer por meio de programas de remuneração,  e estará em debate na COP 30.

    Com três Unidades da Embrapa em MS, Selma Beltrão, diretora-executiva de administração da Empresa, afirma que a pecuária tropical pode e já está atuando de forma cada vez mais sustentável, a partir de métricas científicas. “Assim em novembro, em Belém, vamos mostrar ao mundo os avanços da pesquisa agropecuária brasileira em relação às mudanças climáticas”, destaca.

    Fórum Pré-COP 30

    Marcos Morandi falou sobre o assunto durante a abertura do Fórum Pré-COP 30, que acontece em Campo Grande (MS). Em palestra magna, “De Baku a Belém: agropecuária brasileira na COP 30”, ele falou para um auditório lotado no Centro de Convenções da Capital, que contou com a presença de autoridades, representantes de órgãos públicos e privados, pesquisadores e técnicos.

    Entre elas, o governador de MS, Eduardo Riedel e o secretário de Estado da Semadesc, Jaime Verruck; o senador por MS, Nelsinho Trad; a diretora-executiva, Selma Beltrão; o superintendente federal de Agricultura (SFA/MS), José Roldão; o presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni; o secretário de Agricultura do Acre, Edevan Azevedo; o diretor-presidente da IAGRO, Daniel Ingold; o diretor da Agraer, Washington Willeman; o diretor da Fundect, Márcio Fernandes; o secretário municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico, Ademar Silva Júnior; a reitora da UFMS, Camila Ítavo; o reitor da UEMS, Laercio Carvalho; o diretor-superintendente do Sebrae-MS, Claudio Mendonça, dentre outras.

    Segundo Antonio Rosa, chefe-geral da Embrapa Gado de Corte, Centro de Pesquisa que coordena o Fórum Pré-COP 30, reunir todo esse staff é mais uma evidência da transformação experimentada pelo País nos últimos 50 anos, “ao sair de uma condição de insegurança alimentar para a posição de um dos maiores produtores mundiais de alimento, energia e fibras”.

    Assinaturas e lançamentos

    Ainda na abertura, Embrapa, Governo de MS, Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO), Semadesc, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Universidade Estadual de MS (UEMS) assinaram uma declaração de interesses em prol do desenvolvimento e da inovação do setor agropecuário.

    Os pesquisadores Juliana Correa e André Novo lançaram o aplicativo Andro Lógico e a cultivar BRS Guatã, respectivamente. O feijão-guandu, BRS Guatã, é uma revolução no controle de nematóides, com potencial de mais uma opção para o produtor; já o app é o primeiro para exame andrológico, gratuito, trazendo rentabilidade e produtividade para o rebanho.

    O Fórum Pré-COP 30 íntegra a Dinapec 2025 e as inscrições são gratuitas e estão abertas, diretamente pelo site do evento.

    Sobre a Dinapec

    A Dinâmica Agropecuária – Dinapec é uma realização da Embrapa, do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), e do Sistema Famasul, com patrocínio da Unipasto, Timac Agro, Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de Solos do Brasil (PronaSolos), Sicoob e Marfrig Global Foods.

  • Conferência Municipal de Saúde do Trabalhador termina com a aprovação de 20 propostas

    Conferência Municipal de Saúde do Trabalhador termina com a aprovação de 20 propostas

    A 1ª Conferência Municipal de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, realizada na última sexta-feira (14), terminou com a aprovação de 20 propostas e a eleição dos oito delegados, que representarão Lucas do Rio Verde na etapa estadual, marcada para o mês de abril, em Cuiabá.

    O evento foi promovido pelo Conselho Municipal de Saúde, com o apoio da Prefeitura de Lucas do Rio Verde. Participaram da conferência, autoridades, profissionais de saúde, representantes de entidades e sindicatos.

    O presidente do Conselho Municipal de Saúde, o advogado Fábio do Nascimento, ressaltou a importância dos debates e a qualidade das propostas apresentadas e aprovadas pelos participantes da conferência.

    A edição deste ano teve como tema “A Saúde do Trabalhador como Direito Humano”. As discussões foram realizadas em torno dos três eixos, que tratam da política nacional de saúde, as novas relações de trabalho e a participação popular na efetivação do controle social.

    Entre as propostas aprovadas, a implantação da Vigilância em Saúde do Trabalhador (Visat), centro de referência e atendimento, ações voltadas a capacitação dos profissionais, prevenção de acidentes e saúde física e mental.

    “Agradecer e parabenizar a todos que vieram contribuir, debatendo e com novas ideias. Conseguimos elaborar boas propostas, possíveis de serem colocadas em prática e que no final, vão melhorar a vida do trabalhador”, destacou o presidente.

    Também foram eleitos os oito delegados e os respectivos suplentes, representantes do governo e prestadores de serviço, trabalhador e usuários, que serão responsáveis por defender as propostas do município na conferência estadual.

  • Desafios da logística reversa em Mato Grosso são debatidos durante 4ª Conferência Estadual do Meio Ambiente

    Desafios da logística reversa em Mato Grosso são debatidos durante 4ª Conferência Estadual do Meio Ambiente

    Fomentar a educação ambiental é um dos caminhos para driblar os desafios que a logística reversa impõe. Esse processo que envolve a gestão do retorno de produtos ou embalagens do consumidor final de volta ao fabricante ou a um destino adequado para reaproveitamento, reciclagem ou descarte, foi tema apresentado na 4° Conferência Estadual do Meio Ambiente.

    Durante o painel que discutiu as iniciativas para proteção do clima no estado, mediador e diretor da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Adilson Valera, ressaltou a necessidade do trabalho em conjunto entre empresas, governos e organizações não governamentais como parte fundamental para o sucesso da logística reversa.

    “Há uma exigência de mercado crescente. Os negócios precisam estar mais atrelados as premissas do ESG. Porém, os desafios continuam grandes, principalmente no que se refere a custos e falta de incentivos, cujos programas precisam estar atrelados as ações de preservação ao meio ambiente, através da economia circular, reciclagem”, pontuou.

    No painel, participaram representantes de importantes instituições como a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Instituto Produzir Conservar e Incluir (PCI), Programa REM MT (REDD Early Movers – REM) , Corpo de Bombeiros Militar, Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). Foram apresentadas práticas e inovações como alternativas para um desenvolvimento mais sustentável.

    A Conferência

    A 4ª Conferência Estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso, foi realizada em Cuiabá nos dias 18 e 19 de fevereiro. Com o tema “Emergência Climática: O desafio da transformação ecológica”, o evento debateu soluções com foco em mitigação, adaptação, justiça climática, transformação ecológica, governança e educação ambiental.

  • Em conferência na Índia, Aprosoja Mato Grosso busca abrir novos mercados

    Em conferência na Índia, Aprosoja Mato Grosso busca abrir novos mercados

    Durante a Grains World Conference & Expo 2024, realizada nos dias 18 e 19 de dezembro em Nova Delhi, Índia, representantes da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) estreitaram relações com o mercado indiano, um dos mais promissores do mundo, que possui cerca de 1,4 bilhão de habitantes e uma economia em rápido crescimento. O evento, organizado pela Câmara Indiana de Alimentos e Agricultura (ICFA), trouxe à tona as dificuldades enfrentadas pelo país na produção agrícola e as oportunidades para fortalecer parcerias internacionais capazes de abastecer o mercado interno.

    O 2° diretor administrativo, Jorge Diego Giacomelli, e o vice-presidente oeste da Aprosoja MT, Gilson Antunes de Melo, participaram de painel durante a Conferência Mundial de Grãos 2024 (Grains World Conference e Expo), discutindo a possibilidade de os produtores mato-grossenses exportarem soja e milho para um dos maiores mercados do mundo, com foco em parcerias industriais, como a produção de etanol.

    “O papel da Aprosoja MT aqui foi começar um relacionamento com a sociedade indiana, pois, hoje, depois da China, precisamos buscar novos mercados grandes para começar a exportar nossos produtos. Como a índia se tornou o país mais populoso do mundo e é uma economia que está crescendo e se desenvolvendo, a gente vê isso como um potencial mercado futuro”, explica o 2º diretor administrativo da entidade, Jorge Diego Giacomelli.

    Ao longo de sua participação, o diretor a entidade destacou que Mato Grosso é um dos maiores produtores de soja e milho do Brasil, responsável pela produção de 13 milhões de hectares de soja e 7 milhões de hectares de milho. A presença da Aprosoja MT no evento teve como objetivo entender melhor as necessidades do mercado indiano, que enfrenta desafios como a falta de mecanização, pequenas propriedades agrícolas que possuem uma média de nove hectares e um regime governamental altamente intervencionista na agricultura.

    A Índia, com uma economia em expansão e uma população crescente, planeja aumentar a quantidade de etanol que é adicionado à gasolina nos próximos anos, o que exigirá volumes significativos de grãos, como soja e milho. No entanto, o país enfrenta dificuldades para produzir em larga escala devido à predominância de pequenas propriedades e à falta de mecanização, o que torna a parceria internacional uma solução estratégica.

    “Mato grosso é muito versátil, ele produz duas safras por ano, a principal é soja e a segunda é milho. Porém, hoje nós também produzimos gergelim e vários tipos de pulses que poderiam ser destinados para alimentação. Pensando em soja e milho, também podemos abastecer outros setores da indústria, como o etanol, para vocês não precisarem utilizar a cana-de-açúcar”, afirmou Giacomelli ao longo da conferência.

    No painel composto pela delegação brasileira, com membros da diretoria da Aprosoja MT e da Sociedade Rural Brasileira (SRB), também expuseram as práticas sustentáveis dos produtores brasileiros, destacando o percentual de área preservada e as práticas de manejo.

    Para o vice-presidente oeste da Aprosoja MT, Gilson Antunes de Melo, a visita à Índia também proporcionou à entidade uma oportunidade para compreender a dinâmica do mercado local. “Uma das vantagens de estarmos aqui é conseguir entender como funciona a questão cultural e o mercado, com relação às importações de outros países. E então, fazer essa aproximação com a Índia, assim como a Aprosoja MT fez na China e na Europa, é muito importante”, destaca Gilson.

    Com 1,4 bilhões de habitantes, o país está se posicionando como um dos maiores mercados consumidores do mundo. Para a Aprosoja MT, estabelecer um canal comercial com a Índia é uma estratégia fundamental para diversificar os mercados internacionais e garantir o crescimento das exportações da produção mato-grossense.

  • Ambiente de inovação no desenvolvimento do país é tema de encontro

    Ambiente de inovação no desenvolvimento do país é tema de encontro

    Representantes de incubadoras de empresas, parques tecnológicos, governo e instituições de ensino e pesquisa se reúnem nesta semana, em São José dos Campos (SP), para discutir empreendedorismo e inovação no país. A 34ª Conferência da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), que reúne 420 desses ambientes de inovação, começou nessa segunda-feira (2) e vai até quinta (5).

    Ambientes de inovação são espaços que favorecem a inovação e o empreendedorismo no meio empresarial, sendo base para uma economia fundamentada no conhecimento. Um exemplo são as incubadoras, locais que dão suporte a pequenas empresas em seus primeiros anos de vida. Outro são os polos tecnológicos, que reúnem empresas e centros de pesquisas, aproximando o desenvolvimento tecnológico e a formação de profissionais do meio empresarial.

    “Os ambientes de inovação são aqueles que trabalham a criação de empresas de base tecnológica, a alavancagem dessas empresas e o desenvolvimento de novas tecnologias”, explica a presidente da Anprotec, Adriana Ferreira de Faria.

    São José dos Campos (SP) 02/12/2024 - A presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores, Adriana Ferreira de Faria, faz a abertura da 34° edição da Conferência Anprotec, no Parque de Inovação Tecnológica (PIT).  Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
    São José dos Campos (SP) 02/12/2024 – A presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores, Adriana Ferreira de Faria, faz a abertura da 34° edição da Conferência Anprotec, no Parque de Inovação Tecnológica (PIT).  Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil – Fernando Frazão/Agência Brasil

    O objetivo do evento é compartilhar práticas, estratégias, ferramentas e tendências do setor, além de debater o papel dos ambientes e ecossistemas de inovação.

    “Essa é uma conferência realizada há quase 40 anos. No evento deste ano, será discutido o papel desses ambientes de inovação para o desenvolvimento econômico e social do território onde eles estão. Esse desenvolvimento ocorre primeiro pela criação dessas empresas, que vão gerar emprego e renda de qualidade”, afirmou Adriana.

    O Brasil comemora este ano quatro décadas de seu ambiente de inovação, contadas a partir do primeiro edital de apoio a parques tecnológicos no país, em 1984. Em dezembro daquele ano, foram criados os primeiros parques brasileiros: em São Carlos (SP) e em Campina Grande (PB).

    *O repórter viajou a convite da Anprotec

  • Miguel Vaz defende sustentabilidade aliada ao desenvolvimento em 1ª Conferência Intermunicipal do Meio Ambiente

    Miguel Vaz defende sustentabilidade aliada ao desenvolvimento em 1ª Conferência Intermunicipal do Meio Ambiente

    Durante a 1ª Conferência Intermunicipal do Meio Ambiente, promovida pelo Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental (Cidesa) do Alto Teles Pires, o prefeito de Lucas do Rio Verde e presidente do Cidesa, Miguel Vaz destacou a importância do evento para o fortalecimento das práticas sustentáveis aliadas ao desenvolvimento regional. O evento, que contou com a participação de 15 municípios da região Centro-Norte do estado,  aconteceu na quinta-feira (7), no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), em Sorriso.

     “Esta é uma grande oportunidade, com a participação expressiva de profissionais liberais, pessoas ligadas às secretarias de meio ambiente, prefeitos, secretários, vereadores, a SEMA, enfim, para discutir propostas em torno de 5 eixos, como mitigação de riscos, redução de CO2, justiça ambiental, que serão levadas à conferência estadual e depois à nacional, representando nossa região”, afirmou.

    Miguel Vaz também frisou a importãncia em aliar o desenvolvimento econômico à sustentabilidade. “Precisamos enfrentar os desafios tanto no meio rural quanto nos núcleos urbanos para que a economia continue girando de maneira sustentável. Temos uma economia com base na agricultura, na produção de alimentos e energia, energia sustentável a partir, principalmente, dos biocombustíveis, etanol de milho e biodiesel. E, o objetivo é garantir que nossa geração de riqueza seja feita com responsabilidade, para que possamos continuar a crescer e se desenvolver, mas de forma sustentável, pensando nas próximas gerações”, explicou o prefeito.

    O prefeito de Nova Mutum e vice-presidente do Cidesa, Leandro Felix ressaltou o impacto da conferência para os municípios do consórcio: “Esta conferência permite mostrar que nossa região, além de produtora, tem uma grande responsabilidade com a preservação. Queremos levar sugestões aplicáveis no dia a dia, visando melhorar a qualidade de vida da nossa população”.

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    Foto: Ascom Prefeitura/Anderson Lippi

    Ao final do evento, o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Lucas do Rio Verde, Felipe Palis, reforçou o compromisso com o crescimento sustentável do município.

    “Nossa região, que é emergente e cresce muito, precisa equilibrar desenvolvimento e sustentabilidade. Em Lucas, temos projetos de educação ambiental em parceria com a Secretaria de Educação e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto, e recentemente firmamos o Pacto de Inovação, que elenca sete macros desafios e diversos projetos com pautas ambientais. A ideia é inovar e crescer, sempre com uma pegada sustentável”, concluiu.

    A conferência contou com a presença de diversas autoridades, servidores públicos, iniciativa privada e sociedade. Os servidores da Prefeitura de Lucas do Rio Verde também contribuíram com suas experiências em iniciativas de sustentabilidade e meio ambiente, reforçando o compromisso do município com a pauta.

    Propostas aprovadas dos 5 eixos que serão levadas à etapa estadual

    Mitigação

    Fomentar incentivos fiscais, subsídios e linhas de crédito às empresas e proprietários para fontes renováveis;

    Apoiar projetos para criação de áreas verdes em locais que favoreçam o microclima nas áreas urbanas.

    Adaptação e Preparação

    Promover a conscientização ambiental na comunidade com foco na capacitação contínua por meio de programas de formação voltadas para brigadistas, primeiros socorros e assistentes sociais;

    Criar uma plataforma de mapeamento ambiental que reúna pontos de risco e passivos na região do Cidesa.

    Justiça Climática

    Implantar, consolidar e fortalecer programas de incentivo educacional e técnico em sistemas agroflorestais para populações tradicionais assegurando a proteção das florestas e garantindo segurança alimentar;

    Incentivar parcerias público privadas (PPPs) para criar estruturas de combate à incêndios com incentivos fiscais.

    Transformação Ecológica

    Executar as políticas públicas para preservação dos recursos hídricos;

    Fomentar o acesso à políticas públicas para implantação de sistemas florestais.

    Governança e educação ambiental

    Criar apoio de pesquisa socioambiental nas comunidades de povos originários e tradicionais;

    Implantar um plano de ação climática municipal alinhado aos ODS e fortalecer o gerenciamento de resíduos sólidos.

  • Prefeito Miguel Vaz mobiliza sociedade para 1ª Conferência Intermunicipal do Meio Ambiente

    Prefeito Miguel Vaz mobiliza sociedade para 1ª Conferência Intermunicipal do Meio Ambiente

    O prefeito de Lucas do Rio Verde, Miguel Vaz, está mobilizando a sociedade para a 1ª Conferência Intermunicipal do Meio Ambiente (CIMA), que acontece no dia 7 de novembro, das 07h às 17h, no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT),  em Sorriso. O evento, organizado pelo Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental (Cidesa) do Alto Teles Pires, presidido pelo prefeito, é uma oportunidade para a região fortalecer suas ações de sustentabilidade e integrar propostas para a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente.

    Com foco em temas como mitigação, adaptação e preparação para desastres, justiça climática, transformação ecológica, governança e educação ambiental, a conferência é aberta a toda a população a partir de 16 anos. Durante o evento, cada município poderá propor até dez propostas que serão encaminhadas para a etapa estadual, ampliando o impacto regional e nacional.

    “A participação dos prefeitos, vice-prefeitos, secretários, vereadores, técnicos da área ambiental e população é essencial para construirmos projetos sustentáveis que contribuam para um futuro melhor para nossas gerações”, destacou Miguel Vaz, reforçando o convite para que todos fortaleçam o evento com suas ideias e apoiem a mobilização em prol de um desenvolvimento ambiental responsável.

    Para mais informações sobre a conferência e participação, acesse o site oficial da 5ª CNMA: gov.br/cnma

  • Conferência vai abordar contribuição da mulher na ciência

    Conferência vai abordar contribuição da mulher na ciência

    Na próxima sexta-feira (12), às 19h, o Centro Universitário Internacional Uninter em Lucas do Rio Verde sediará a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI). Sob a coordenação de Andrômeda Surak Doge, a conferência tem como objetivo celebrar a contribuição das mulheres na ciência, promovendo a igualdade de gênero e a diversidade em todas as suas formas.

    A convidada neste evento é Leni Zilioto, educadora e pesquisadora com uma extensa trajetória acadêmica. Com formação em Licenciatura em Ciências, Biologia e Pedagogia, além de especializações em Supervisão Escolar, Educação a Distância e Educação Ambiental, Leni Zilioto é uma voz ativa na defesa da ciência e na promoção da equidade de gênero neste campo.

    Zilioto ainda possui título de Mestre em Gestão e Auditoria Ambiental pela Universidad de León, Espanha, e com estudos avançados em Epistemologia e História da Ciência na UNTREF, Buenos Aires, Argentina, etraz consigo uma bagagem de conhecimento e experiência que enriquecerá as discussões da conferência.

    O tema “Defenda a Ciência como uma Mulher” é um convite para reconhecer e valorizar os inúmeros feitos das mulheres na ciência ao longo da história. Desde pioneiras esquecidas até líderes contemporâneas, cada voz é fundamental para construir um futuro mais inclusivo e equitativo.

    A programação da conferência incluirá palestras, discussões e oportunidades de networking com profissionais e acadêmicos comprometidos com o avanço da ciência e da tecnologia.

  • Segredo para combater pobreza está nas pequenas coisas, diz economista

    Segredo para combater pobreza está nas pequenas coisas, diz economista

    O economista norte-americano Michael Kremer recebeu, em 2019, o Nobel de Economia por seu trabalho para aliviar a pobreza global. O prêmio foi dividido com os também economistas Abhijit Banerjee e Esther Duflo. Juntos, eles desenvolveram métodos que permitem ações mais eficazes em áreas como saúde infantil e desempenho escolar. Este ano, Kremer participou como convidado de honra da Conferência de Ministros da Agricultura das Américas, em San José, na Costa Rica. Durante três dias, o encontro discutiu os principais desafios do setor, incluindo temas como sustentabilidade, segurança alimentar, mudanças climáticas e agricultura familiar.

    Em solo costa-riquenho, Michael Kremer conversou com a Agência Brasil sobre estratégias para combater a pobreza e as desigualdades globais. Para o economista, o segredo está em dividir grandes problemas em pequenas porções, criando incentivos certos no lugar de simplesmente alocar mais recursos, por exemplo. “ Há muitas áreas onde há lacunas similares entre incentivos comerciais existentes e necessidades sociais. Certamente, mudanças climáticas, meio ambiente e as necessidades de adaptação dos pequenos produtores estão no topo dessa lista”. Outros métodos destacados por Kremer consistem no uso de linguagem simples e acessível e em não generalizar a população de menor renda para que se possa entender as verdadeiras causas da pobreza.

    Confira os principais trechos da entrevista:

    Agência Brasil: O senhor pode detalhar um pouco o projeto que o levou a ganhar o Prêmio Nobel de Economia?

    Michael Kremer: Muito do meu trabalho consiste em princípios básicos de experimentos que já foram usados inúmeras vezes e testados, por exemplo, em medicamentos e vacinas. Aplicamos esses princípios na economia para avaliar diferentes abordagens. Vou dar um exemplo recente. O governo da Índia estava tentando colher informações sobre a natureza do solo e passar essas informações aos fazendeiros com orientações sobre o uso de fertilizantes. O que pode ser muito útil, já que os fazendeiros usariam os fertilizantes que precisam e, caso não precisem, não gastariam dinheiro com isso. É ótimo na teoria. Mas o que as autoridades indianas decidiram fazer foi testar se isso estava realmente funcionando. Eles tinham um panfleto com todas as informações técnicas e recomendações, Mas descobriram que somente 6% dos fazendeiros conseguiam compreender aquilo. Então, fizeram a coisa certa: repensaram o formato do material, tentaram usar princípios básicos de design, para que se tornasse mais útil para os fazendeiros.

    Além disso, decidiram complementar esse panfleto com um áudio ou vídeo de um agrônomo. O que descobriram depois é que todas essas estratégias funcionaram. Quando acrescentaram o áudio, isso ampliou a compreensão dos fazendeiros em 37%. Com o vídeo, a resposta foi melhor ainda: 41% conseguiram compreender o material. Ficou provado que o vídeo era tão efetivo quanto uma conversa real com um agrônomo, sendo que é muito mais barato fornecer o vídeo. O áudio trouxe bons resultados também. Então, para fazendeiros com smartphones, o vídeo passou a ser distribuído. E para os que têm aparelhos mais simples, o áudio. Consegue-se alcançar muito mais fazendeiros dessa forma e com o mesmo gasto. A Índia agora está tentando chegar a 100% de compreensão por parte dos fazendeiros.

    Agência Brasil: O senhor diria, portanto, que formas simples e claras de comunicação são o segredo em todo esse processo?

    Michael Kremer: Sim. Uma das chaves é tentar utilizar informações simples e fáceis de serem compreendidas. Mas outra é não apenas sentar em algum ministério e, de lá, tentar compreender o que é simples e fácil de ser compreendido, mas sair de lá, entrevistar, por exemplo, os fazendeiros, juntando-os em grupos específicos. Temos visto cada vez mais governos adotando esse tipo de estratégia. Vou citar como exemplo uma experiência que tivemos. Em muitos países, há grandes lacunas na educação no que diz respeito às capacidades de cada aluno – sobretudo depois da pandemia de covid, que fez com que os alunos tivessem seu aprendizado comprometido. Isso significa que os professores podem estar ensinando coisas que ainda não são compreendidas pelos alunos. Encontrar meios de fazer com que esses alunos alcancem o aprendizado que estava inicialmente previsto pode ser muito útil.

    A tecnologia pode ajudar nisso. Existem softwares de avaliação pessoal de desempenho e que fazem perguntas ao aluno. Se as respostas forem corretas, surgem perguntas um pouco mais difíceis. Se as respostas não estiverem corretas, o software passa a abordar princípios fundamentais da matéria para que o aluno possa aprender essa parte primeiro. Há muitas experiências de sucesso com esse tipo de iniciativa. Os estudos mostram grande impacto. O desafio é implementar isso no sistema escolar. Estamos falando de estudantes, professores, um currículo nacional que precisa ser pensado. Não é fácil de fazer. Mas tentar entender a melhor forma de implementar isso pode trazer benefícios imensos.

    Agência Brasil: Há exemplos de aplicação desse método também na área da saúde, certo?

    Michael Kremer: Sim. Parte do meu trabalho aborda formas de criar incentivos voltados a empresas farmacêuticas para que trabalhem com questões sanitárias que talvez não sejam necessariamente as mais rentáveis, mas onde há outros fatores sociais importantes. Trata- se de um princípio básico: temos tecnologias incríveis que surgiram, em parte, graças ao financiamento de governos e de empresas privadas que buscam o lucro. Mas há outras necessidades sociais e ambientais que não atraem o setor privado. Nessas situações, enquanto sociedade, poderíamos optar por criar estratégias para encorajar as empresas a investirem nisso. E, consequentemente, ter esses produtos disponíveis para as pessoas.

    Fiz parte de um esforço em comum para o desenvolvimento de uma vacina contra o pneumococo, que já matou milhões de pessoas. As vacinas existentes foram desenvolvidas com base em cepas comuns, em países de alta renda. Mas não havia vacinas para as cepas de países de média e baixa renda. Um grupo de financiadores se uniu e juntou US$ 1,5 bilhão que poderiam ser usados caso alguma empresa manifestasse interesse em desenvolver vacinas efetivas na maior parte do mundo. Eles ajudariam a financiar a compra dessas vacinas se as empresas concordassem em produzir quantidade suficiente e manter os preços baixos. Isso era atrativo para as empresas porque, no lugar de vender poucas doses de vacinas caras, elas venderiam um número muito maior, apesar do preço mais baixo. E fez com que o acesso a essas vacinas, uma vez desenvolvidas, se tornasse muito maior. Três vacinas foram desenvolvidas para combater as cepas em países de média e baixa renda. Centenas de milhares de crianças foram vacinadas. Graças a essas vacinas, a estimativa é que cerca de 700 mil vidas tenham sido salvas.

    Agência Brasil: Na agricultura, é correto dizer que, em muitos casos, a linguagem técnica utilizada em políticas públicas simplesmente não funciona nas zonas rurais?

    Michael Kremer: Há muitas áreas onde há lacunas similares a essa da saúde, lacunas entre incentivos comerciais existentes e necessidades sociais. Certamente, as mudanças climáticas, o meio ambiente e as necessidades de adaptação dos pequenos produtores estão no topo dessa lista. As mudanças climáticas estão ameaçando a vida de muitos fazendeiros. Eles vão precisar de sementes diferentes para se adaptar, ferramentas diferentes. É preciso criar incentivos para que as empresas possam trabalhar não apenas com os problemas dos fazendeiros donos de grandes terras e plantações altamente produtivas, mas também com os problemas de fazendeiros pobres.

    Agência Brasil: Alguma chance de vermos suas ideias sendo implementadas no Brasil?

    Michael Kremer: Eu lidero uma comissão para mudanças climáticas, segurança alimentar e agricultura. Duas coisas com as quais estamos trabalhando são: melhorar o sistema de monitoramento do tempo e a comunicação digital com os fazendeiros. E o Brasil é referência internacional nessas áreas. Nossa equipe se reuniu em Brasília com os ministérios do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Social, do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura. Estamos trabalhando com os Emirados Árabes Unidos, que vão sediar a COP28, e esperamos poder estreitar também as parcerias com o Brasil em razão do G20 e da COP30. O Brasil tem muitas lições para ensinar ao mundo e gostaríamos de facilitar esse processo.

    *A repórter viajou a convite do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

    Edição: Graça Adjuto
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  • 3ª Conferência discute elaboração de políticas públicas voltadas a pessoas com deficiência em Lucas do Rio Verde

    3ª Conferência discute elaboração de políticas públicas voltadas a pessoas com deficiência em Lucas do Rio Verde

    Dezenas de pessoas participam, nesta quinta-feira (21), da 3ª Conferência da Pessoa com Deficiência em Lucas do Rio Verde. O evento é realizado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CMDPD), com apoio da Prefeitura Municipal e outras instituições do município.

    Na abertura, representantes de entidades falaram sobre o objetivo do evento, de discutir a elaboração de políticas públicas. A presidente do CMDPD, Weylla de Souza, disse que a conferência representa muito, pois ela acontece a cada dois anos, mas em 2022 não foi realizada por conta da pandemia de covid-19. “Que a gente possa ouvir as pessoas e ter novas ideias para poder levar para o Estado projetos de lei, novas ideias, o que é possível melhorar. Esse é o momento em que a gente vai poder ouvir a população, quais os anseios dela e também trazer pra o município melhorias”.

    A secretária de Assistência Social, Janice Ribeiro, disse que ainda há muito a avançar na defesa e garantia de direitos, além de debater e propor novas políticas públicas. Janice lembrou que desde o início da semana várias estão ocorrendo em Lucas do Rio Verde com a intenção de procurar despertar a conscientização na sociedade. “Pra que juntos, a sociedade civil organizada conosco, Poder Público, a gente possa olhar com carinho pras políticas públicas e realmente fazer a diferença na vida das nossas pessoas com necessidades especiais”, disse.

    O prefeito Miguel Vaz participou da abertura e destacou a importância da realização da conferência e participação de entidades do município. “Momento importante para debater e tirar daqui as nossas ações e sugestões para que seja levado ao Estado de Mato Grosso e depois para o Brasil”, comentou o gestor, citando que há muitas ações em andamento e que buscam a melhoria na qualidade de vida. “Temos grandes desafios e que demandam muito trabalho pra administração pública na educação, esporte, acessibilidade, enfim, ações em que o poder público deve ser exemplo e ter um plano de ação bem estruturado pra que as pessoas possam ter os direitos preservados e a oportunidade que elas devem ter”.

    A atleta especial, Vitória Cristina Jorge Gonçalves, foi aplaudida de pé após falar na abertura. Recentemente ela representou Lucas do Rio Verde em evento nacional e falou sobre as dificuldades que enfrentou quando começou praticar esporte aos 8 anos. Apesar dos obstáculos, Vitória considerou a iniciativa importante. “Foi muito bom para mim. Aos poucos eu fui me adaptando, acostumando e quando eu completei 11 anos de idade participei da Paralimpíadas Escolares”, relatou, citando que teve conquistas como atleta de lançamento de dardo e arremesso de peso. Vitória Cristina disse esperar que outras pessoas tenham oportunidade e que busca incentivar a todos a praticar esporte. “Nós podemos romper barreiras”.

    Palestrante

    Vereadora e Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Pessoa com Deficiência da Câmara Municipal de Cuiabá, Maysa Leão foi a palestrante da conferência. Ela também é representante da AMAND-MT (Associação dos Amigos dos Autistas Neurodiversos e Pessoas com Doenças Raras) e observou que esta é apenas a quinta conferência no Brasil. “É tão pouco pra tudo o que a gente precisa avançar e a gente sabe que Lucas faz questão de fazer todo ano”, pontuou.

    Maysa reforçou que a pessoa não precisa ter um familiar ou ser uma pessoa com deficiência para ‘abraçar a causa’. “Se a gente fala de uma sociedade justa, igualitária, equânime, de uma sociedade onde há empatia, onde há amor, tudo isso que a gente tanto busca, ela só vai existir se a gente aprender a incluir”, ressaltou.

    A palestrante fez questão de mostrar um cordão que carrega o tempo todo consigo, que ‘reúne’ todos os tipos de deficiência. “Todas as pessoas com suas habilidades e condições pra me lembrar todo dia que é uma decisão. Decida incluir em seu coração”, concluiu.