A gigante dos chips, AMD, acaba de anunciar um feito impressionante: seus novos processadores são 28 vezes mais eficientes do que a geração anterior. Essa conquista, alcançada um ano antes do prazo previsto (que seria de 30x até o final de 2025), é resultado de avanços significativos em arquitetura e software.
O que isso significa na prática?
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Desempenho incomparável: Os novos chips oferecem um poder de processamento muito maior, permitindo executar tarefas complexas com maior rapidez e eficiência.
Consumo de energia reduzido: A alta eficiência energética dos chips resulta em menor consumo de energia e menor geração de calor, o que se traduz em custos operacionais mais baixos e equipamentos mais duráveis.
Inteligência artificial mais avançada: Os ganhos em desempenho e eficiência tornam o equipamento a escolha ideal para aplicações de inteligência artificial, como aprendizado de máquina e processamento de linguagem natural.
Como a AMD conseguiu esse feito?
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A AMD conseguiu alcançar esse feito graças a uma combinação de fatores, incluindo:
Novas arquiteturas: A empresa desenvolveu novas arquiteturas para seus processadores, otimizadas para as demandas das aplicações modernas.
Otimizações de software: O software foi aprimorado para tirar o máximo proveito do hardware, resultando em um desempenho ainda maior.
Processos de fabricação avançados: A empresa utiliza processos de fabricação de última geração, que permitem a criação de chips menores, mais rápidos e eficientes.
O futuro da computação
Divulcação / AMD
Com essa conquista, a AMD se posiciona como líder em inovação no setor de semicondutores. Os novos chips da empresa prometem revolucionar diversos setores, desde a computação pessoal até a computação em nuvem.
A empresa mostrou mais uma vez a sua capacidade de inovar e entregar produtos de alta qualidade. Os novos chips da empresa representam um salto significativo na evolução da computação e prometem moldar o futuro da tecnologia.
Em um feito que desafia a compreensão humana sobre a velocidade do processamento de dados, o Google acaba de apresentar um novo computador quântico capaz de resolver em minutos problemas que levariam supercomputadores tradicionais bilhões de anos para solucionar.
Equipado com o revolucionário chip quântico Willow, o novo sistema da gigante tecnológica superou em larga escala qualquer benchmark anterior. A façanha coloca o Google na vanguarda da computação quântica, uma área que promete transformar indústrias e redefinir os limites da ciência.
Um salto exponencial
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A conquista representa um avanço exponencial em relação aos resultados anunciados pelo Google há cinco anos. Na época, a empresa já havia demonstrado a superioridade de seus computadores quânticos, mas os novos resultados são ainda mais impressionantes.
E o que isso significa para o mundo real?
Divulgação/Google
Apesar de o algoritmo utilizado no teste não ter uma aplicação prática imediata, especialistas enxergam nessa conquista um marco fundamental. “É como escalar uma montanha antes de tentar cruzar um vale”, compara Hartmut Neven, fundador da Google Quantum AI. “Se você não consegue superar ao menos um problema, não vencerá em problemas úteis também”.
A expectativa é que, no próximo ano, o Google consiga apresentar uma aplicação prática para essa tecnologia, algo que seria impossível para os computadores tradicionais.
Uma corrida global
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A computação quântica atrai bilhões de dólares em investimentos de governos, grandes empresas de tecnologia e investidores de risco. A promessa de avanços comerciais e militares, impulsionados pela velocidade milhões de vezes superior aos computadores tradicionais, alimenta essa corrida global.
Desafios e o futuro
Embora a computação quântica seja promissora, ainda enfrenta desafios significativos. A necessidade de operar em temperaturas próximas ao zero absoluto e a complexidade de controlar partículas subatômicas são alguns dos obstáculos a serem superados.
O chip Willow representa um avanço importante nesse sentido, reduzindo as taxas de erro e permitindo a construção de computadores quânticos maiores e mais eficientes.
O que a computação quântica tem a oferecer?
A tecnologia do Google, baseada em qubits supercondutores, é apenas uma das abordagens em desenvolvimento. Empresas como IBM e Amazon também investem nessa área, enquanto outras exploram tecnologias alternativas, como os qubits de átomos neutros, nos quais o Google também demonstra interesse.
“Quando decidirmos escalar, queremos ter certeza de que será com a tecnologia mais promissora”, afirma Neven. “Nossa aposta é nos qubits supercondutores, mas talvez a QuEra nos mostre que átomos neutros têm vantagens. Vamos observar.”
O mundo da tecnologia está em constante evolução, e uma das novidades mais significativas dos últimos tempos é a integração do Linux de Tempo Real (RT Linux) ao kernel principal do sistema operacional. Essa mudança, aparentemente técnica, tem o potencial de transformar diversos setores da indústria, especialmente aqueles que dependem de sistemas de controle precisos e confiáveis.
O que é o Linux de tempo real?
O Linux de Tempo Real é uma versão do sistema operacional Linux especialmente adaptada para executar tarefas que exigem uma resposta rápida e determinística. Isso significa que o sistema é capaz de garantir que uma determinada ação seja executada dentro de um tempo máximo predefinido, independentemente da carga de trabalho do sistema.
O coração do sistema operacional: o kernel
Para entender o RT Linux, precisamos primeiro compreender o papel do kernel. O kernel é o núcleo do sistema operacional, responsável por gerenciar os recursos do hardware, como a CPU, a memória e os dispositivos de entrada e saída. Ele também é responsável por executar os processos e garantir que eles compartilhem os recursos de forma justa e eficiente.
A diferença do RT Linux
No Linux tradicional, o kernel pode interromper a execução de um processo para atender a uma solicitação mais urgente, como uma interrupção de hardware. Essas interrupções podem causar atrasos na execução dos processos, o que pode ser um problema em aplicações que exigem precisão temporal.
O RT Linux, por sua vez, possui mecanismos especiais que minimizam esses atrasos. Ele utiliza um escalonador de tarefas mais sofisticado, que prioriza as tarefas de tempo real e garante que elas sejam executadas dentro dos prazos estabelecidos. Além disso, o RT Linux possui mecanismos para reduzir a latência, que é o tempo que um processo leva para responder a uma interrupção.
Como o PREEMPT_RT funciona
O conjunto de patches PREEMPT_RT, agora parte do kernel principal do Linux, introduz diversas melhorias para tornar o sistema mais determinístico. Algumas das principais características incluem:
Preempção completa: O kernel pode interromper a execução de qualquer processo, mesmo aqueles com alta prioridade, para atender a uma tarefa de tempo real.
Latência reduzida: O PREEMPT_RT otimiza o caminho crítico de interrupção, reduzindo o tempo que o sistema leva para responder a eventos externos.
Isolamento de tarefas: As tarefas de tempo real são isoladas das demais tarefas do sistema, garantindo que elas não sejam afetadas por flutuações na carga do sistema.
Aplicações do RT Linux
A integração do RT Linux ao kernel principal do Linux abre novas possibilidades para o desenvolvimento de tecnologias. Empresas dos setores agrícola, industrial e de energia podem se beneficiar dessa inovação para aumentar a eficiência e a produtividade de seus processos.
O RT Linux pode ser utilizado em diversas aplicações, como:
Agricultura: Sistemas de irrigação automatizada, drones para monitoramento de lavouras e máquinas agrícolas autônomas.
Indústria: Robôs industriais, sistemas de controle de processos e máquinas CNC para a fabricação de produtos.
Energia: Sistemas de controle de redes elétricas e geração de energia renovável.
Por que isso é importante?
A precisão temporal é fundamental em diversas aplicações, como:
Automação industrial: Robôs industriais, máquinas CNC e sistemas de controle de processos precisam responder a comandos com alta precisão para garantir a qualidade e a segurança da produção.
Robótica: Robôs autônomos, como drones e veículos autônomos, dependem de sistemas de tempo real para tomar decisões rápidas e precisas.
Aeronáutica: Sistemas de controle de voo e navegação precisam garantir a segurança e a eficiência das operações aéreas.
Energia: Sistemas de controle de redes elétricas e geração de energia renovável exigem alta confiabilidade e precisão.
Os benefícios da integração do RT Linux ao kernel principal
A integração do RT Linux ao kernel principal do Linux traz diversos benefícios, como:
Maior estabilidade e confiabilidade: Ao fazer parte do kernel principal, o RT Linux se beneficia das constantes melhorias e correções de bugs do sistema operacional.
Facilidade de desenvolvimento: Desenvolvedores poderão criar aplicações de tempo real com mais facilidade, utilizando as ferramentas e bibliotecas já disponíveis para o Linux.
Menor custo: A utilização do Linux de Tempo Real torna-se mais acessível, reduzindo os custos de desenvolvimento e manutenção de sistemas.
Maior flexibilidade: O Linux de Tempo Real oferece uma plataforma altamente flexível, permitindo a criação de soluções personalizadas para atender às necessidades específicas de cada aplicação.
Com a integração do RT Linux ao kernel principal, podemos esperar um futuro promissor para essa tecnologia. A tendência é que cada vez mais empresas e desenvolvedores adotem o Linux de Tempo Real em suas aplicações, impulsionando a inovação e a competitividade em diversos setores.
A integração do Linux de Tempo Real ao kernel principal do sistema operacional é um marco importante para a comunidade de software livre e para a indústria como um todo. Essa inovação tem o potencial de transformar a forma como desenvolvemos e utilizamos sistemas de controle, abrindo novas possibilidades para a criação de soluções mais eficientes, confiáveis e acessíveis.
A gigante dos chips para celulares, Qualcomm, está considerando uma jogada audaciosa: comprar a Intel. Essa notícia, que ainda não foi confirmada oficialmente, tem o potencial de sacudir o mercado de processadores de forma nunca vista antes.
Por que a Qualcomm estaria interessada na Intel?
Intel
A Intel, que já foi a rainha dos processadores para computadores, tem enfrentado tempos difíceis. Problemas de fabricação, perda de mercado para a rival AMD e dificuldades em acompanhar a evolução da tecnologia têm minado a confiança dos investidores.
A Qualcomm, por sua vez, tem se mostrado mais ágil e inovadora, especialmente no mercado de smartphones. Ao adquirir a empresa, a Qualcomm poderia expandir sua influência para o mercado de PCs e servidores, áreas onde a Intel ainda é dominante.
O que isso significa para os consumidores?
Se a aquisição for concretizada, os consumidores podem esperar uma série de mudanças:
Mais concorrência: Com a Qualcomm no comando, poderíamos ver uma intensificação da competição no mercado de processadores, o que poderia resultar em preços mais baixos e produtos mais inovadores.
Novas tecnologias: A Qualcomm é conhecida por sua expertise em tecnologias móveis, como o 5G. Essa expertise poderia ser aplicada aos produtos da Intel, trazendo novas funcionalidades e melhor desempenho para computadores e outros dispositivos.
Unificação de plataformas: A Qualcomm poderia trabalhar para unificar as plataformas de hardware, o que poderia facilitar o desenvolvimento de software e hardware.
E os desafios?
Apesar das promessas, uma fusão entre as empresas não seria isenta de desafios. As empresas precisariam superar obstáculos regulatórios e culturais, além de encontrar uma forma de integrar suas operações de forma eficiente.
O futuro é incerto
Ainda é cedo para dizer se a aquisição irá se concretizar. No entanto, uma coisa é certa: essa possível fusão está gerando muita expectativa e debate no setor de tecnologia.
A notícia da possível aquisição da Intel pela Qualcomm é um dos assuntos mais quentes do momento no mundo da tecnologia. Se essa fusão se concretizar, poderemos ver uma nova era na indústria de semicondutores, com a Qualcomm assumindo um papel de liderança ainda maior.
Em um marco histórico para a computação de alto desempenho, o Japão anunciou planos ambiciosos para construir o primeiro supercomputador de classe “zeta” do mundo. Com capacidade de realizar um sextilhão de cálculos por segundo, essa máquina ultrapassará em mil vezes a potência dos supercomputadores mais avançados da atualidade.
Uma possível revolução na computação
A iniciativa, liderada pelo Ministério da Educação, Cultura, Desportos, Ciência e Tecnologia (MEXT), representa um investimento de mais de US$ 750 milhões e coloca o Japão na vanguarda da pesquisa em inteligência artificial (IA). A expectativa é que o supercomputador esteja operacional em 2030, impulsionando avanços em diversas áreas, desde a descoberta de novos materiais até o desenvolvimento de medicamentos mais eficazes.
Por que o Zeta?
A escala zetaFLOPS, nunca antes alcançada, permitirá aos pesquisadores simular fenômenos complexos com um nível de detalhe sem precedentes. As aplicações potenciais são vastas e incluem:
Desenvolvimento de novos materiais: A simulação de propriedades atômicas e moleculares em escala zetasscale permitirá a criação de materiais com características personalizadas, como supercondutores de alta temperatura e materiais mais leves e resistentes.
Descoberta de medicamentos: A simulação de interações moleculares em grande escala acelerará a descoberta de novos medicamentos, reduzindo o tempo e o custo de desenvolvimento.
Previsão do clima: Modelos climáticos mais precisos e detalhados permitirão prever eventos climáticos extremos com maior antecedência, auxiliando na tomada de decisões para mitigar seus impactos.
Otimização de processos industriais: A simulação de processos industriais em escala zetasscale permitirá otimizar a produção, reduzir o consumo de energia e minimizar a geração de resíduos.
Um salto quântico para a IA
A capacidade de processar vastas quantidades de dados em tempo real é fundamental para o desenvolvimento de sistemas de IA cada vez mais sofisticados. O supercomputador zeta permitirá treinar modelos de aprendizado de máquina mais complexos e realizar tarefas que atualmente são inviáveis, como a compreensão da linguagem natural em sua totalidade e a criação de sistemas de IA capazes de raciocinar de forma similar aos humanos.
O futuro da computação
A construção do supercomputador zeta marca um novo capítulo na história da computação. Essa máquina não apenas impulsionará a pesquisa científica e o desenvolvimento tecnológico, mas também terá um impacto profundo em nossas vidas, transformando a forma como trabalhamos, vivemos e interagimos com o mundo.
O recente caos tecnológico provocado por uma falha no sistema da CrowdStrike, empresa de segurança cibernética, pode resultar em um rombo bilionário para seguradoras ao redor do mundo. De acordo com estimativas da firma de análise de cibersegurança CyberCube, os prejuízos segurados podem variar de US$ 400 milhões a US$ 1,5 bilhão.
O problema, que afetou serviços essenciais como aviação e bancos, foi causado por um erro de software no sistema de controle de qualidade da própria CrowdStrike, conforme admitiu a empresa norte-americana.
A CyberCube classificou o incidente como potencialmente o maior prejuízo da história relacionado a cibersegurança. No entanto, a empresa ressaltou que o mercado de seguros cibernéticos possui reservas suficientes para lidar com esse impacto.
A seguradora Parametrix fez uma estimativa mais específica, calculando possíveis perdas de US$ 540 milhões a US$ 1,08 bilhão apenas para empresas da lista Fortune 500, excluindo a Microsoft, também afetada pela falha.
Apesar do cenário preocupante, a seguradora Beazley afirmou que não pretende alterar suas projeções de lucratividade devido ao incidente. Além disso, a agência de classificação de risco Fitch acredita que o impacto global para o setor de seguros e resseguros será limitado.
No entanto, a corretora de resseguros Guy Carpenter levantou a possibilidade de outras frentes de reclamação para as seguradoras, além dos seguros cibernéticos. O evento poderia gerar processos relacionados a seguros de responsabilidade de dirigentes e executivos, bem como seguros de propriedade.
O incidente destaca os riscos crescentes associados à dependência da tecnologia e a importância de robustos sistemas de segurança cibernética.
Modelos de IA Generativa, como o GPT-4, revolucionaram a forma como processamos e geramos texto. No entanto, esses modelos apresentam limitações significativas, muitas das quais podem ser atribuídas à forma como eles dividem o texto em partes menores chamadas “tokens”.
Imagine um modelo de IA que precisa ler e entender um livro. Seria muito difícil para o modelo processar o livro inteiro de uma só vez, como se fosse um grande bloco de texto. É aí que os tokens entram em ação, imagine que o livro seja dividido em pequenos pedaços, como capítulos, parágrafos e frases. Cada um desses pedaços menores pode ser chamado de “token”. Os tokens são como as “palavras” que o modelo de IA usa para entender o livro.
Problemas com Tokens:
Viés: Tokens podem ter espaçamento inconsistente ou letras maiúsculas/minúsculas, levando a interpretações erradas pelo modelo. Por exemplo, “era uma vez” e “era uma ” podem ser tokenizados de forma diferente, alterando o significado.
Desigualdade linguística: Idiomas como chinês ou japonês não usam espaços para separar palavras, o que confunde os tokenizadores. Isso leva a modelos mais lentos e menos precisos para esses idiomas.
Matemática: Tokens não capturam a relação entre números, tornando os modelos ruins em tarefas matemáticas. Por exemplo, “380” pode ser tokenizado como um único token, enquanto “381” pode ser dividido em dois, confundindo o modelo.
Impacto das Limitações:
Interpretação incorreta: Modelos podem gerar resultados incorretos ou sem sentido devido à má interpretação do texto.
Desempenho desigual: Modelos podem ter um desempenho inferior em idiomas diferentes do inglês, especialmente em tarefas complexas como tradução ou escrita criativa.
Precisão matemática limitada: Modelos podem falhar em tarefas matemáticas básicas devido à incapacidade de entender a relação entre números.
Soluções em Potencial:
Dall-E 3
Modelos sem tokenização ou híbridos: Modelos como o MambaByte processam texto bruto, sem tokenização, mas ainda estão em desenvolvimento inicial.
Novas arquiteturas: Novas arquiteturas de IA podem ser necessárias para superar as limitações da tokenização, permitindo que os modelos processem texto de forma mais natural e eficiente.
A tokenização é um obstáculo significativo para o avanço da IA Generativa. Pesquisas para soluções alternativas, como modelos sem tokenização ou novas arquiteturas, estão em andamento. O futuro da IA Generativa dependerá da capacidade de superar essas limitações e desenvolver modelos mais robustos, precisos e equitativos.
A computação quântica, há muito aguardada mas ainda não concretizada, finalmente começa a se tornar realidade. Diferentemente da peça de Samuel Beckett “Esperando Godot”, onde o misterioso Godot nunca chega, a computação quântica está deixando de ser uma promessa para se tornar palpável.
Potências globais, lideradas pela China, investiram mais de US$ 55 bilhões nessa tecnologia promissora. Espera-se que a computação quântica traga ganhos de US$ 500 milhões a US$ 1 bilhão para as empresas nos próximos quinze anos. O mercado quântico já deve movimentar mais de US$ 1 bilhão este ano, mesmo com computadores quânticos ainda pouco usuais.
A Europa está investindo pesado: a Alemanha lançou um plano de investimento de mais de US$ 3 bilhões até 2026 e a França anunciou um investimento de quase US$ 2 bilhões, com o objetivo de formar 5.000 engenheiros especializados em computação quântica e criar 30.000 empregos. Nos Estados Unidos, a Lei da Iniciativa Nacional Quântica autorizou US$ 1,2 bilhão em financiamento ao longo de cinco anos para pesquisa e desenvolvimento de computação quântica.
O que são computadores quânticos?
Imagine computadores potencialmente bilhões de vezes mais rápidos que os convencionais para resolver determinados problemas complexos. Computadores clássicos, como o dispositivo que você provavelmente está usando para ler este artigo, usam bits binários para armazenar e processar informações como sequências de zeros e uns.
Já os computadores quânticos utilizam bits quânticos, ou qubits, que podem existir em uma sobreposição de estados, possibilitando um número exponencial de combinações simultâneas de zeros e uns. É como se o computador explorasse todas as possibilidades ao mesmo tempo.
Essa sobreposição pode ser medida, permitindo que computadores quânticos realizem cálculos complexos a uma velocidade exponencial. Supercondutividade, átomos neutros, íons aprisionados e fotônica são algumas tecnologias usadas para viabilizar o funcionamento dos qubits.
Aplicações na indústria
A chamada “supremacia quântica”, onde um computador quântico supera um computador convencional, ainda só foi demonstrada em algoritmos sem aplicações verdadeiramente úteis. Porém, o progresso é constante e muitos acreditam que os computadores quânticos serão uma realidade prática dentro de poucos anos.
A IBM, líder em hardware de computação quântica, prevê que seus computadores superarão os clássicos em tarefas específicas até 2027. A supremacia quântica deve se materializar primeiro para problemas “nativos” da computação quântica, que se adequam particularmente bem à modelagem quântica. Esses problemas se enquadram em quatro categorias:
Modelagem de reações físico-químicas para descoberta de novos materiais, proteínas e medicamentos.
Otimização de sistemas complexos para melhorar o gerenciamento de fluxo ou o projeto e engenharia de sistemas complexos.
Geração de dados sintéticos para treinar modelos de Inteligência Artificial.
Criptografia.
Empresas devem se preparar
Créditos: Barry Bros Security
É crucial que as empresas comecem a se preparar para a computação quântica. Leva tempo para construir uma equipe que saiba usar essa tecnologia emergente, e o futuro pertencerá àqueles que puderem aproveitar seu poder desde o início.
Bancos, fundos de hedge e fabricantes de automóveis já estão recrutando equipes especializadas em computação quântica. Elas estão construindo algoritmos codificados em qubits para aplicações estratégicas e formando parcerias com fabricantes de computadores quânticos e centros de pesquisa acadêmica.
O primeiro desafio será a segurança cibernética: com a supremacia quântica, muitos dispositivos de segurança se tornarão obsoletos. As empresas devem começar a migrar para tecnologias de criptografia resistentes à computação quântica.
Além disso, a computação quântica tem o potencial de ajudar a humanidade a resolver alguns de seus maiores problemas, como mitigar as mudanças climáticas, acelerar a descoberta de novos medicamentos e otimizar a logística e o gerenciamento da cadeia de suprimentos.