Tag: comércio exterior

  • Abertura de mercado para carne suína no Butão

    Abertura de mercado para carne suína no Butão

    O governo brasileiro recebeu com satisfação o anúncio, pelo governo do Butão, da aprovação sanitária para a exportação de carne suína do Brasil para aquele país.

    Esta é a segunda abertura de mercado no país asiático nos últimos seis meses e se soma à autorização para a exportação de carne de aves, em dezembro passado. Em 2023, o Butão importou mais de US$ 3,33 milhões em produtos do agronegócio brasileiro, praticamente o dobro do registrado em 2022, quando foram importados US$ 1,75 milhão.

    Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcançou sua 42ª abertura de mercado neste ano, totalizando 120 aberturas em 50 países desde o início do terceiro mandato do presidente Lula.

    A abertura deste novo mercado é resultado da ação coordenada entre o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

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  • A cada quatro dias, um novo mercado foi aberto para o agro neste ano

    A cada quatro dias, um novo mercado foi aberto para o agro neste ano

    O primeiro quadrimestre de 2024 será lembrado como o mais produtivo da história em termos de abertura de mercados internacionais para o agronegócio brasileiro. Entre janeiro e abril, 31 novas oportunidades para vendas externas de produtos agropecuários brasileiros foram estabelecidas em 19 países diferentes.

    Março liderou o período com dez novas aberturas em sete países, seguido por janeiro, que registrou nove mercados em cinco países. Fevereiro e abril completam a lista, com aberturas em sete e cinco mercados, distribuídos por seis e três países, respectivamente. Em comparação com os números do quadrimestre da série histórica, apenas em 2021 se aproximou do alcançado neste ano, quando foram contabilizadas 27 expansões comerciais em 15 países.

    Desde o início do terceiro mandato do presidente Lula, em 2023, e sob a gestão do ministro Carlos Fávaro à frente do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), já foram abertos 109 novos mercados para exportação em 50 países. Todos os continentes foram contemplados. “A retomada da credibilidade do Brasil junto a diversos parceiros comerciais, aliada ao trabalho sério da nossa equipe técnica, tem possibilitado cada vez mais oportunidades de negócios para os produtores brasileiros dos mais diversos segmentos. Este não é um resultado apenas do agronegócio, é um resultado que gera mais emprego para toda a população quando um novo mercado se abre”, explicou o ministro Fávaro.

    O histórico das novas aberturas de mercado inclui não somente a exportação de produtos já consolidados, como carnes e soja, mas também uma variedade de outros itens agropecuários.

    Entre eles estão pescados, sementes, gelatina e colágeno, ovos, produtos derivados de reciclagem animal, açaí em pó, café verde, além de embriões e sêmen. “Com a retomada das boas relações diplomáticas do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e dos ministros Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) e Mauro Vieira (Relações Exteriores), temos ampliado a presença dos produtos do agro brasileiro no mercado mundial. Essas expansões trazem mais oportunidades aos nossos produtores, geram mais emprego e renda no interior do país e comprova a eficácia do nosso sistema sanitário”, afirmou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

    As concessões sanitárias obtidas de cada país são resultado direto da parceria entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

    O esforço conjunto envolve a elaboração de informações técnicas e a condução de negociações internacionais que resultam em acordo de requisitos sanitários e fitossanitários, permitindo a comercialização dos produtos agrícolas e o fortalecimento das parcerias.

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  • Lula e Fávaro destacam ampliação das oportunidades do Brasil no comércio exterior

    Lula e Fávaro destacam ampliação das oportunidades do Brasil no comércio exterior

    O trabalho em ampliar as oportunidades brasileiras no comércio exterior continua entre as prioridades do Governo Federal e já apresenta resultados. Nesta sexta-feira (12), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, visitaram, em Mato Grosso do Sul, uma das plantas frigoríficas recém-habilitadas para exportação de carne brasileira para a China e, também, acompanharam o primeiro embarque do produto para o país asiático.

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    O estabelecimento faz parte dos 38 que foram habilitados pelo mercado chinês no último dia 12 de março, o maior número de autorizações concedidas de uma só vez na história. Com o anúncio, o número de empresas habilitadas no Brasil aumentou de 106 para 144, proporcionando uma grande ampliação das oportunidades de comércio bilateral.

    “É uma alegria estar de volta ao Mato Grosso do Sul para participarmos do primeiro lote de proteína animal a ser enviado a China de uma das plantas frigoríficas habilitadas. É uma homenagem ao país chinês a gente entregar carnes de qualidade, abrindo novos mercados e gerando empregos no Brasil”, destacou o presidente Lula. “E quanto mais qualidade a gente tiver, mais vamos exportar. É importante que a gente tenha noção que esse país merece a chance de crescer”, completou reforçando o potencial do Brasil em ampliar seus negócios no exterior.

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    A expectativa é que as novas habilitações gerem um incremento de cerca de R$ 10 bilhões na balança comercial brasileira, ao logo de um ano. O cálculo de incremento na receita das exportações leva em consideração o faturamento de uma planta de médio porte que exporta para a China, em torno de R$ 300 milhões anuais.

    Lula e Fávaro destacam ampliação das oportunidades do Brasil no comércio exteriorLula e Fávaro destacam ampliação das oportunidades do Brasil no comércio exteriorLula e Fávaro destacam ampliação das oportunidades do Brasil no comércio exterior. Foto: Ricardo Stuckert / PR

    O ministro Fávaro explicou a importância de abrir novas possibilidades de mercado no exterior. “As pessoas talvez não compreendam o que é abertura de mercado. Abrir mercado é gerar oportunidade, é construir acordos com os países para que a gente possa comprar e vender bilateralmente. Isso gera empregos aqui dentro e alavanca a economia”.

    Também foi pontuado por Fávaro a retomada brasileira das relações com grandes parceiros comerciais e a qualidade dos produtos. “Destaco aqui o grande trabalho do presidente Lula de estabelecer as conexões, além de todo o trabalho fundamental das relações exteriores. Ainda, é muito importante o trabalho sanitário que fazemos aqui. Ninguém tem alimento de qualidade igual o Brasil tem”.

    O presidente Global da JBS, empresa da planta visitada, Gilberto Tomazoni, revelou o impacto da habilitação da fábrica para exportação para a China. “Com as novas habilitações, o país asiático adquire carne de qualidade e o Brasil adquire mais oportunidade de emprego para a região sul mato-grossense. Hoje anunciamos aqui que vamos dobrar a produção e os empregos dessa unidade. Nós vamos aumentar em 2.300 novos postos de trabalho somente nesta unidade. Serão 4.600 colaboradores somente aqui. O Brasil é mais uma vez a bola da vez. Estamos muito otimistas com o Brasil”, disse.

    O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, enfatizou o retorno econômico trazido ao conquistar novos mercados e habilitar frigoríficos para os países parceiros. “Os bovinos, suínos e aves trouxeram para o Brasil nos últimos 20 anos R$ 1.200 bilhões. Nós conseguimos ser o maior exportador de aves e bois e o quarto maior em suínos. O mundo olha para o Brasil ganhando garantia de sustentabilidade e acima de tudo comida boa e de qualidade”, destacou.

    MATO GROSSO DO SUL

    Antes desta nova lista de habilitações, o Brasil tinha 106 plantas autorizadas para operar na China, entre as habilitadas para proteínas de aves, bovinos e suínos. O Mato Grosso do Sul tinha apenas três frigoríficos habilitados para exportar carne bovina para os chineses. Agora conta com sete.

    O estado foi o que mais se beneficiou das novas habilitações entre todas as Unidades da Federação. Antes, os frigoríficos de bovinos de Mato Grosso do Sul tinham potencial de exportar para a China um volume equivalente a no máximo 467 mil cabeças de gado por ano. Agora, são 2,3 milhões, acréscimo de mais de 1,8 milhão de cabeças.

    EXPORTAÇÕES

    Nesta semana, o Brasil realizou a 27ª abertura de mercado em 2024. Agora existe a oportunidade de exportação para a Coreia do Sul de subprodutos de origem animal (farinhas e gorduras de aves) destinados à alimentação animal. Com isso, o agronegócio brasileiro alcançou sua 105ª expansão comercial, em 50 países, desde o início de 2023.

    Informações à imprensa
    Imprensa@agro.gov.br

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  • EUA retiram direito de sobretaxa de 103,4% para aço brasileiro

    EUA retiram direito de sobretaxa de 103,4% para aço brasileiro

    Após mais de 30 anos, os Estados Unidos retiraram uma barreira comercial sobre a produção siderúrgica brasileira. O país retirou o direito antidumping sobre os tubos soldados de aço do Brasil.

    Agora, esses produtos deixarão de pagar sobretaxa de 103,4% para entrar no mercado norte-americano. Em vigor desde 1992, o direito antidumping foi revogado pela Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos.

    Segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, a decisão ajudará a impulsionar as exportações brasileiras em 2024. “É uma conquista importante que vai expandir ainda mais a exportação siderúrgica de tubos de aço para os Estados Unidos”, disse Alckmin ao anunciar o superávit recorde de US$ 98,8 bilhões na balança comercial no ano passado.

    Permitido pela Organização Mundial do Comércio, o direito antidumping é aplicado quando um país alega que um concorrente produz uma mercadoria abaixo do preço de custo, o que cria competição desleal com o produto nacional. Para revogar a sobretaxa, o país que sofreu a sanção precisa provar que as empresas não exportam as mercadorias abaixo do custo.

    A secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, ressaltou que o Brasil foi o único país que sofria esse tipo de punição a ter a sobretaxa retirada após a revisão do governo norte-americano. “Isso prova como o governo brasileiro está empenhado na defesa das empresas brasileiras no exterior e conseguiu provar que o direito antidumping não cabia”, declarou.

    Com a exclusão do Brasil, os Estados Unidos continuam sobretaxando os tubos soldados de aço não ligados (não produzidos em forma de liga) dos seguintes países: Índia, México, Coreia do Sul, Taiwan e Tailândia.

    Em 2023, o Brasil exportou cerca de US$ 22 milhões em tubos soldados de aço. Desse total, apenas US$ 457 mil foram destinados aos Estados Unidos, cerca de 2% do valor. Se for considerado todo o setor siderúrgico, o país vendeu, no ano passado, cerca de US$ 1,8 bilhão de produtos em ferro fundido, ferro ou aço, dos quais US$ 332 milhões ao mercado norte-americano, 18% das exportações brasileiras nesse segmento. Segundo o MDIC, a diferença entre as participações de mercado (entre 2% e 18%) indica o potencial da derrubada da medida sobre o comércio exterior brasileiro.

    Edição: Juliana Andrade
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  • Contas externas têm saldo negativo de US$ 778 milhões em agosto

    Contas externas têm saldo negativo de US$ 778 milhões em agosto

    Com alta no superávit comercial, as contas externas do país tiveram saldo negativo menor em agosto, chegando a US$ 778 milhões, informou nesta segunda-feira (25) o Banco Central (BC). No mesmo mês de 2022, o déficit foi de US$ 7,016 bilhões nas transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda com outros países.

    A diferença na comparação interanual é resultado do superávit comercial, que aumentou R$ 5,1 bilhões. Colaborando para o resultado, o déficit em serviços recuou US$ 869 milhões, assim como o déficit em renda primária (pagamento de juros e lucros e dividendos de empresas) em US$ 504 milhões.

    Em 12 meses encerrados em agosto, o déficit em transações correntes foi de US$ 45,223 bilhões, 2,21% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país), ante o saldo negativo de US$ 51,573 bilhões (2,54% do PIB) em julho deste ano e déficit de US$ 53,635 bilhões (2,94% do PIB) no período equivalente terminado em agosto de 2022.

    Já no acumulado do ano, o déficit é de US$ 19,459 bilhões, contra saldo negativo de US$ 27,742 bilhões nos primeiros oito meses de 2022.

    Balança comercial e serviços

    As exportações de bens totalizaram US$ 31,432 bilhões em agosto, aumento de 0,8% em relação a igual mês de 2022. As importações somaram US$ 23,814 bilhões, queda de 16,8% na comparação com agosto do ano passado. Com esses resultados, a balança comercial fechou com o superávit de US$ 7,618 bilhões no mês passado, ante saldo positivo de US$ 2,552 bilhões em agosto de 2022.

    O déficit na conta de serviços – viagens internacionais, transporte, aluguel de equipamentos e seguros, entre outros – somou US$ 2,878 bilhões em agosto, diminuição de 23,2% ante os US$ 3,748 bilhões em igual mês de 2022. Houve redução no déficit em transporte e viagens e aumento em aluguel de equipamentos.

    O déficit na rubrica de transportes passou US$ 1,985 bilhão em agosto de 2022 para US$ 1,023 bilhão no mês passado, recuo de 48,5%. A melhora foi influenciada por menores gastos em fretes, que tiveram redução devido à queda nos preços internacionais.

    No caso das viagens internacionais, há trajetória de recuperação, mas o crescimento do déficit segue em patamares inferiores do período antes da pandemia da covid-19. Seguindo a tendência dos meses recentes, as receitas de estrangeiros em viagem ao Brasil cresceram 52,5% na comparação interanual e chegaram a US$ 657 milhões em agosto, contra US$ 431 milhões no mesmo mês de 2022.

    As despesas de brasileiros no exterior passaram de US$ 1,051 bilhão em agosto do ano passado para em US$ 1,272 bilhão no mesmo mês de 2023, aumento de 21,1%. Com isso, a conta de viagens fechou o mês em patamar próximo ao observado em agosto de 2022, chegando a US$ 615 milhões, ante déficit de US$ 620 milhões no mesmo mês do ano passado.

    Já em aluguel de equipamentos, as despesas líquidas somaram US$ 794 milhões, aumento de 12,9% em comparação a agosto de 2022, que ficou em US$ 704 milhões.

    Rendas

    Em agosto, o déficit em renda primária – lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários – chegou a US$ 5,642 bilhões, redução de 8,2% ante os US$ 6,146 bilhões no mesmo mês de 2022. Normalmente, essa conta é deficitária, já que há mais investimentos de estrangeiros no Brasil – e eles remetem os lucros para fora do país – do que de brasileiros no exterior.

    As despesas líquidas com juros passaram de US$ 1,259 bilhão em agosto de 2022 para US$ 1,781 bilhão no mês passado. No caso dos lucros e dividendos associados aos investimentos direto e em carteira, houve déficit de US$ 3,891 bilhões no mês de agosto deste ano, frente ao observado em agosto de 2022, de US$ 4,897 bilhões.

    A conta de renda secundária – gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens – teve resultado positivo de US$ 124 milhões no mês passado, contra superávit US$ 326 milhões em agosto de 2022.

    Financiamento

    Os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) foram menores na comparação interanual. Eles somaram US$ 4,270 bilhões em agosto último, ante US$ 10,014 bilhões em agosto de 2022.

    O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$ 65,918 bilhões (3,21% do PIB) em agosto de 2023, ante US$ 71,663 bilhões (3,53% do PIB) no mês anterior e US$ 64,851 bilhões (3,55% do PIB) no período encerrado em agosto de 2022.

    Quando o país registra saldo negativo em transações correntes, precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o IDP, porque os recursos são aplicados no setor produtivo e costumam ser investimentos de longo prazo.

    No caso dos investimentos em carteira no mercado doméstico, houve saídas líquidas de US$ 807 milhões em agosto de 2023, compostas por saídas líquidas de US$ 2,335 bilhões em ações e fundos de investimento e por ingressos líquidos de US$ 1,528 bilhão em títulos de dívida. Nos 12 meses encerrados em agosto, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram ingressos líquidos de US$ 11,3 bilhões.

    O estoque de reservas internacionais atingiu US$ 344,177 bilhões em agosto, redução de US$ 1,298 bilhão em comparação ao mês anterior.

    Edição: Fernando Fraga
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  • Alckmin defende desoneração completa do investimento e exportação

    Alckmin defende desoneração completa do investimento e exportação

    O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, defendeu nesta terça-feira (13) que, sendo o comércio o setor que mais emprega, o país precisa desonerar “completamente” as tributações que incidem sobre investimento e exportação.

    “O comércio é o grande empregador. Não tem agricultura sem comércio; não tem indústria sem comércio; não tem emprego sem comércio. E o setor de serviços é o que melhor distribui renda. É o que mais emprega e mais gera postos”, disse o vice-presidente em encontro com sindicatos empresariais do terceiro setor, em evento promovido pela Confederação Nacional de Comércio (CNC).

    Alckmin ressaltou também a relevância do comércio voltado ao mercado externo, e a necessidade de medidas que favoreçam a competitividade e a redução do Custo Brasil.

    “Sempre ouvi que três fatores são fundamentais: juros, imposto e câmbio. O câmbio está bom. Entre R$ 4,80 e R$ 4,90, é um câmbio competitivo. No caso do imposto, a carga tributária brasileira é elevada para o nível de desenvolvimento brasileiro. O que se pode fazer nesse momento é simplificar”, disse.

    Segundo ele, com a simplificação se pode reduzir o Custo Brasil e a judicialização. “[Precisamos] Desonerar completamente o investimento e desonerar completamente a exportação, porque o comércio exterior é cada vez mais relevante”.

    Alckmin lembrou que o comércio, atualmente, tem características intraregionais, e que, nesse sentido, o Brasil precisa buscar, em especial nos países vizinhos, ampliar seus mercados.

    “Se pegarmos Estados Unidos e México, 50% do comércio é entre eles. Nos 27 países da União Europeia, 60% é entre eles. Já na América Latina é 26%. Temos de reconquistar os vizinhos. Eles estão mais perto e é para onde podemos exportar maior valor agregado”, argumentou.

    Edição: Fernando Fraga

  • Brasil registra ganhos no comércio exterior nos últimos três meses

    Brasil registra ganhos no comércio exterior nos últimos três meses

    A presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Luciana Servo, disse nesta sexta-feira (30) à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) que, nos últimos três meses, o Brasil teve ganhos no comércio exterior, com a reabertura do mercado asiático, e de rendimento da população, devido aos pagamento de benefícios sociais. Os dados fazem parte da Visão Geral da Carta de Conjuntura, uma análise de conjuntura macroeconômica feita pelo órgão, que será divulgada na próxima terça-feira (4).

    “Teremos resultados muito bons e um dos dados que essa publicação vai trazer é que tivemos ganho de comércio exterior. Isso quer dizer que estamos vendendo mais pra fora. Isso é muito bom, porque vai entrar recursos no Brasil e nos ajudar na parte econômica”, disse.

    De acordo com a presidente do Ipea, esse ganho se deu pela reabertura do mercado chinês após a pandemia e também por uma questão de competitividade do Brasil. “Primeiro, a China reabriu o seu mercado depois da pandemia. Além disso, as economias ocidentais estão se recuperando e comprando mais do Brasil. Mas algumas economias saíram do mercado durante a pandemia, como soja e petróleo, e o Brasil aproveitou para ganhar esses mercados na concorrência”.

    O documento, que analisa os temas mais importantes da conjuntura macroeconômica, trará ainda um cenário inflacionário abaixo do projetado anteriormente. “Estamos vendo uma desaceleração do processo inflacionário, com a redução dos preços administrados, aqueles controlados por empresas públicas ou agências reguladoras”, disse Luciana Servo

    “Nesse caso tivemos um aumento menor do que o esperado dos combustíveis e energia elétrica. Com isso, a inflação esperada para esse período foi menor do que a gente tinha projetado inicialmente. Tanto no mês, como nos últimos doze meses. Estamos vendo uma redução do IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo], usado para reajustar contratos, que está ficando próximo de 5%. Antes era acima de 5,5%. Também estamos vendo no INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor], afetado pela queda nos preços dos alimentos”, acrescentou.

    Taxa básica de juros

    Outro ponto analisado pelo documento é que a atual taxa de juros do país, atualmente em 13,75% ao ano, tem dificultado a recuperação do poder de compra das famílias e das empresas. “Em linhas gerais, os resultados são positivos, mas a gente precisa avançar na nossa política monetária, além de outras, mas principalmente na política monetária. [Avançar] nessa discussão, de como a gente vai incentivar uma taxa de juros menor para poder garantir investimento e garantir um consumo maior das famílias também”, pontuou a presidente do Ipea.

    Edição: Marcelo Brandão

  • Nova licença flexível pretende desburocratizar comércio exterior

    Nova licença flexível pretende desburocratizar comércio exterior

    A partir desta quarta-feira (28), as empresas brasileiras terão mais facilidade para conseguir licenças de exportação e exportação. O governo lançou a Licença Flex, que substituirá centenas de documentos e permitirá que uma autorização seja usada em diversas trocas comerciais internacionais.

    Instituída por decreto publicado nesta quarta no Diário Oficial da União, a Licença Flex pode ser obtida no Portal Único do Comércio Exterior.

    A principal diferença da Licença Flex está na emissão, que passa a ser baseada em prazos, quantidades ou valores das operações. Dessa forma, uma licença poderá ser aproveitada em mais de uma venda ou compra externa, reduzindo custo para a emissão de documentos e facilitando a rotina das empresas de comércio exterior.

    O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) forneceu exemplos de como a Licença Flex trará mais agilidade, principalmente de emissão de autorizações de agências reguladoras ou de órgãos de certificação. No caso das exportações, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a venda de medicamentos de controle nacional passará a conceder autorizações por três anos, eliminando a exigência de análise de registros de medicamentos a cada embarque.

    Redução de custos

    No caso das importações, em que a emissão da maioria dos documentos é paga, a Licença Flex trará redução de custos. Uma empresa que importe células fotovoltaicas, ou rodas automotivas, poderá economizar cerca de R$ 7,7 mil por ano ou R$ 30,6 mil em quatro anos, caso este seja o prazo de validade da Licença Flex concedida. Até agora, para importar esses produtos para o Brasil três vezes por semana, a mesma empresa precisaria de 144 documentos por ano e 576 em quatro anos, ao custo de R$ 53,53 para cada um deles.

    A Licença Flex também trará agilidade, ao substituir alguns documentos que levam semanas. O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), órgão que autoriza as operações no caso das células fotovoltaicas, leva em média 15 dias para emitir cada documento. Para outros órgãos governamentais, o prazo médio de expedição pode superar 35 dias. Com a nova ferramenta, a empresas economizam tempo e recurso ao pedirem a licença uma única vez.

    Centralização

    O decreto também centralizou o preenchimento de formulários e a entrega de documentos, dados ou informações. Esses procedimentos passarão a ocorrer somente por meio do Portal Único de Comércio Exterior, dispensando a necessidade de o exportador ou o importador prestar esclarecimentos a vários órgãos.

    A medida regulamenta dispositivo da Lei 14.195, de 2021. Segundo o MDIC, a mudança será implementada de forma gradual. A centralização no Portal Único ocorrerá até 1º de setembro de 2023 para os exportadores e até 1º de março de 2024 para os importadores.

    Edição: Nádia Franco

  • Moeda única no Brasil e Argentina? isso vai dar certo?

    Moeda única no Brasil e Argentina? isso vai dar certo?

    As equipes econômicas de Brasil e Argentina trabalharão em uma proposta de criação de uma moeda comum que possa ser usada nos fluxos comerciais e financeiros. O objetivo seria reduzir custos operacionais e a dependência de moedas estrangeiras.

    Em declaração hoje (23), em Buenos Aires, na Argentina, Lula disse que isso será feito “com muito debate e muitas reuniões”. “É o que vai acontecer”, disse ele. “Se dependesse se mim, a gente teria comércio exterior sempre nas moedas dos outros países, para não precisássemos ficar dependendo do dólar”, argumentou o presidente.

    Brasil e Argentina

    Segundo Lula, muitos países têm dificuldade de adquirir dólar, e isso impede que acordos aconteçam. “Deus queira que nossos ministros e presidente de bancos centrais tenham a inteligência, a competência e a sensatez necessária para que a gente dê um salto de qualidade nas nossas relações comerciais e financeiras”, completou o presidente.

    Lula se reuniu com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, na Casa Rosada, sede do governo do país. Segundo o mandatário argentino, ainda não sabe como essa moeda funcionaria, mas é preciso “coragem de mudar”. “Mas, sim, sabemos o que acontece com as economias nacionais tendo a necessidade de funcionar com moedas estrangeiras e sabemos como isso é nocivo”, disse Fernández.

    Essa é a primeira viagem internacional de Lula após tomar posse no cargo. A visita, a convite do presidente Fernández, marca a retomada da relação entre os dois países, após período de distanciamento entre os governos.

    Após a reunião bilateral, os presidentes assinaram uma declaração conjunta abrangente em diferentes áreas. Também foram assinados diversos instrumentos de cooperação entre os dois países nas áreas de defesa, saúde, ciência e tecnologia, integração econômico-financeira e cooperação antártica.

    Gasoduto

    Há um propósito do Brasil e da Argentina na integração elétrica e gasífera. O país vizinho tem sustentado a proposta da construção de um gasoduto entre as reservas de gás xisto (shale) da reserva de Vaca Muerta até o Brasil.

    Questionado sobre a possibilidade de o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiar obras desse projeto, Lula disse que é papel de “países maiores” auxiliar aqueles que têm menos condições em determinados momentos históricos. “De vez em quando no Brasil somos criticados por pura ignorância, pessoas que acham que não pode haver financiamento de engenharia para outros país. Acho que não só se pode como é necessário o Brasil ajudar todos os seus parceiros. E é isso que vamos fazer dentro das possibilidades econômicas do nosso país. O BNDES é muito grande”, disse.

    Lula, entretanto, está confiante que os empresário brasileiros têm interesse no gasoduto e em fazer investimentos em outras áreas no país vizinho. “Se há interesse dos empresários, do governo e temos um banco de desenvolvimento para isso, eu quero dizer que vamos criar as condições para fazer o financiamento que a gente tiver que fazer para ajudar ao gasoduto argentino”, completou Lula.

    Ainda nesta segunda-feira, Lula participa de reunião com empresários dos dois países e, à noite, os dois presidentes assistem a um concerto musical com artistas argentinos e brasileiros, no Centro Cultural Kirchner.

    Amanhã (24), Lula participa da reunião de cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Com a troca de governo, o Brasil está voltando a integrar o grupo, após três anos de afastamento do mecanismo.

  • Agronegócio tem saldo positivo de US$ 43,7 bilhões no acumulado do ano

    Agronegócio tem saldo positivo de US$ 43,7 bilhões no acumulado do ano

    As vendas de produtos do agronegócio no mercado externo superaram as compras em US$ 43,7 bilhões no acumulado do ano, de janeiro a abril de 2022. Neste período, as exportações do setor apresentaram alta de 34,9%. As importações registraram uma variação de 0,7%, se mantendo estáveis, na comparação com o mesmo período de 2021.

    Os dados foram divulgados na quinta-feira (19/05), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De acordo com o instituto, o saldo da balança comercial total (com produtos de todos os setores da economia) apresentou superávit de US$ 20,2 bilhões no acumulado do ano.

    Só no mês de abril, o agronegócio exportou US$ 14,9 bilhões, contribuindo para um superávit de US$ 13,6 bilhões no saldo da balança comercial do setor, apresentando crescimento de 15,2% frente ao mesmo mês de 2021. Já as importações totalizaram US$ 1,3 bilhão no mês, com alta de 11,7% na comparação interanual. A balança comercial total encerrou abril com saldo positivo de US$ 8,1 bilhões.

    Segundo o Ipea, desde dezembro de 2021, o Brasil tem exportado mais do que nos anos anteriores. Isso se justifica pela forte elevação dos preços internacionais das commodities, principalmente as agropecuárias. As commodities são produtos de origem agropecuária ou de extração mineral, em estado bruto, usados como matéria-prima pela indústria para fabricação de outros produtos, como soja e minério de ferro, por exemplo.

    De acordo com pesquisadores do instituto, no mês passado, as exportações foram 81,6% maiores que em abril de 2019, 52,3% maiores que em 2020 e 14,9% maiores que em 2021.

    Ainda de acordo com o Ipea, o destaque do período ficou com a soja, que segue liderando as exportações do agronegócio brasileiro, porém com alteração na composição entre grão, farelo e óleo. A soja em grão apresentou significativa queda no volume exportado em relação a abril do ano passado. Já os derivados, óleo e farelo, apresentaram importante incremento, tanto nas quantidades quanto nos preços. Assim, no mês passado, o valor exportado da soja teve leve alta, motivado pelo aumento de 41,8% no preço do grão, ante abril de 2021.

    A soja em grão chegou a US$ 6.729 milhões em exportações em abril deste ano, frente aos US$ 6.665 milhões do mesmo mês do ano passado. O farelo de soja chegou a US$ 940 milhões e o óleo de soja a US$ 415 milhões nas exportações em abril deste ano.

    A carne bovina segue em ritmo crescente. O preço médio da carne exportada avançou 27,9% na comparação com abril de 2021, diante de um aumento de 22,1% nas quantidades enviadas. Os envios do produto para China seguem aquém do ano passado, no entanto, parte dessa queda foi compensada pela venda a outros países.

    A carne de frango, por sua vez, segue expandindo mercados. O Ipea destaca o aumento de 27,2% no preço médio da ave e 5,6% nas quantidades exportadas da proteína. Sobre o trigo, os bons resultados das exportações em março e abril são explicados pela safra recorde em 2021-2022, porém o volume enviado ao exterior em abril foi cerca de um sexto do registrado em março.

    Sobre as importações, o Ipea apresenta um crescimento de 11,7% em abril, influenciado pelo aumento geral de preços. Dos 16 produtos acompanhados, 14 tiveram alta de valores, enquanto nove tiveram queda nas quantidades, incluindo quatro dos cinco itens mais expressivos da pauta de importações: pescados, produtos hortícolas, papel e malte.

    Balança comercial

    A Balança Comercial é o conjunto de dados do comércio exterior do Brasil que são divulgados mensalmente pelo Governo Federal. Os números indicam a diferença entre as exportações e importações, seja do mês ou do ano.

    Em 2021, a balança comercial brasileira fechou o ano com superávit de US$ 61 bilhões. Isso significa que o país vendeu mais ao exterior do que comprou, ou seja, recebeu mais dinheiro enviando seus produtos do que gastou comprando mercadorias de outros países.

    Quando o inverso acontece, a compra de produtos de fora supera o que o país vendeu no mercado externo, ocorre o déficit. Quando esses casos acontecem, o país acaba criando uma dívida, já que teve que enviar mais dólares ao exterior do que recebeu. O equilíbrio ocorre quando os valores de importação e exportação são equivalentes, deixando o saldo do país estável.