Tag: Combustíveis

  • Congresso aprova PLN que facilita redução de preços dos combustíveis

    Congresso aprova PLN que facilita redução de preços dos combustíveis

    O Congresso aprovou hoje (28) um Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) que permite a redução de tributos sobre combustíveis sem necessidade de compensar a perda de arrecadação. Normalmente, sempre que um ente federativo aceita perder arrecadação (com redução ou isenção de tributos, por exemplo) é obrigado a indicar uma outra fonte de recursos para fazer a compensação. Com a aprovação desse projeto, essa indicação não será necessária.

    Na prática, a medida facilita a redução de tributos de combustíveis, o que pode refletir em um preço menor da gasolina, do diesel e do gás de cozinha para a população. Em seu parecer, o deputado Juscelino Filho (União Brasil-MA), relator do PLN, disse que o aumento nos preços dos combustíveis é devido a uma “combinação de diversos fatores”.

    O parlamentar acrescentou que isso tem provocado discussões no Congresso em busca de alternativas para “suavizar a alta”. “O PLN pretende criar condições para a devida avaliação e aprovação de propostas que incorporem redução de tributos incidentes na formação dos preços dos combustíveis”, afirmou o deputado em seu parecer.

    Plano Safra

    A votação dos PLNs só pode ocorrer em uma sessão do Congresso Nacional, onde deputados e senadores votam esse tipo de projeto e decidem sobre a derrubada ou manutenção de vetos do presidente da República. Nessa sessão, os parlamentares também aprovaram um PLN que abre crédito de R$ 2,57 bilhões para recomposição de despesas com pessoal do Executivo e o reforço de dotações do Plano Safra 2021/2022.

    O Plano Safra é uma iniciativa do governo federal que orienta a destinação de recursos para a cadeia do agronegócio e viabiliza o financiamento e a securitização da atividade agrícola e comercialização da produção em todo o Brasil. O projeto aprovado hoje destina R$ 868 milhões a ele. Os PLNs aprovados hoje seguem para sanção presidencial.

    Vetos

    Os parlamentares também analisaram vetos presidenciais. A maioria dos vetos analisados hoje foram mantidos. Entre eles, o veto de trecho de lei que proibia a divulgação, publicação ou disseminação de vídeos ou imagens de crimes de trânsito ou infrações.

    Outro veto mantido diz respeito ao processo de privatização da Eletrobras. A Câmara derrubou dois vetos, mas o Senado decidiu mantê-los. Esses trechos previam como responsabilidade da Eletrobras a realocação de moradores ocupantes de faixas de transmissão. Haveria prioridade desses moradores para a ocupação de casas construídas pelo programa habitacional Casa Verde e Amarela.

    Outros vetos sobre o mesmo assunto continuam pendentes. Um dos trechos vetados prevê o aproveitamento, pelo Poder Executivo, de funcionários da empresa demitidos nos 12 meses após a desestatização. A oposição considera a derrubada desse veto muito importante e decidiu entrar em acordo com a base do governo para deixar a apreciação desse veto para a próxima sessão, possivelmente na próxima semana. Isso dará tempo para parlamentares de oposição tentarem construir um acordo a favor da derrubada desse veto.

    Também foi mantido um veto em relação ao marco legal das startups. Um dos trechos vetados permitia ao investidor pessoa física compensar os prejuízos acumulados nas fases iniciais da startup com os lucros apurados na venda de ações obtidas posteriormente. Foi vetado ainda dispositivo que determinava à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) regulamentar condições facilitadas para o acesso de companhias de menor porte ao mercado de capitais.

    A sessão de hoje também marcou a rejeição de um veto ao Projeto de Lei do Orçamento de 2022 (PLN 19/21), já convertido em lei. Os parlamentares optaram por incorporar à LOA 2022 mais R$ 97,8 milhões para apoio à implantação e a modernização de infraestrutura para o esporte educacional recreativo e de lazer.

  • Latam suspende 21 voos nacionais; Voos saindo de Sinop-MT são impactados

    Latam suspende 21 voos nacionais; Voos saindo de Sinop-MT são impactados

    A Latam vai suspender, a partir de abril, temporariamente, 21 rotas nacionais por conta do aumento dos combustíveis. A maioria dos voos impactados vai ficar suspensa entre abril e junho, mas há uma programação específica para cada um.

    Alguns voos afetados eram de rotas que ainda seriam inauguradas, como trajetos entre São Paulo e cidades como Montes Claros e Juiz de Fora, em Minas Gerais; Presidente Prudente, em São Paulo; Cascavel, no Paraná; e Sinop, em Mato Grosso. Outras rotas que estavam em operação também foram suspensas.

    latam suspende 21 voos nacionais devido ao aumento dos combustiveis scaled

    De acordo com a companhia aérea, quem já tinha voo comprado para esses destinos está sendo informado pela Latam e poderá remarcar o voo sem custo, solicitar o reembolso integral do valor pago ou optar por alguma rota alternativa com conexão. Todas essas alternativas são válidas até o vencimento do bilhete, 12 meses após a data da compra.

    Em nota, a Latam explicou que está atenta à vulnerabilidade externa em função da guerra na Ucrânia, o que impacta diretamente no preço do petróleo e, consequentemente, nos valores do querosene da aviação. A companhia destaca, ainda, que diante da imprevisibilidade da crise, esse cenário também impacta em aumento de preços das passagens e serviços adicionais em até 30%.

  • Postos não são vilões, diz gerente sobre novo aumento dos combustíveis

    Postos não são vilões, diz gerente sobre novo aumento dos combustíveis

    A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (10) novo aumento nos preços de gasolina e óleo diesel. O consumidor acabou recebendo, quase de imediato, os preços nas bombas de combustível. Porém, os postos de combustíveis não são os vilões nessa história. A opinião é de um profissional que atua num dos comércios de Lucas do Rio Verde.

    Sob a condição de ter a identidade preservada, ele aceitou conversar com a reportagem do CenárioMT. Ele apresentou comprovantes de compras e declarou que os postos de combustíveis já encontravam dificuldades para adquirir produtos já no início desta semana, às vésperas do aumento anunciado. Quando encontravam gasolina e diesel, os empresários não conseguiam adquirir na quantidade desejada, sendo racionada sua aquisição.

    Ainda conforme o gerente, no mesmo dia do anúncio do reajuste, as distribuidoras repassaram na sua totalidade os aumentos divulgados pela Petrobras.

    Postos de combustíveis não são vilões

    “O ramo de postos de combustíveis é sem dúvida o mais fiscalizado e exigido por diversos órgãos”, observou o profissional. Ele assinalou que Inmetro, Procon, ANP, Ibama, Sema, Corpo de Bombeiros, Prefeitura, Vigilância Sanitária, Ministério do Trabalho e Sefaz são alguns dos órgãos que fiscalizam a atividade. “Essas empresas vêm encontrando muitas dificuldades para manter as atividades, podendo ser visto pela quantidade de postos que estão fechando as portas ou sequer iniciando as atividades”, lamentou.

    Por esses e outros motivos, o gerente fez questão de destacar que esse segmento comercial não deve ser observado como vilão. “Definitivamente os postos de combustíveis não são os vilões da história, abrindo os preços de compra da gasolina e diesel que chegam aos postos a aproximadamente R$ 6,80 a R$ 7,00 no dia de hoje”, descreveu.

    Ainda conforme o gerente, o etanol já era vendido pelas distribuidoras na quarta-feira (09) a R$ 4,60, movido pela alta do mercado.

    Ele observa que esse comportamento do mercado reduz a margem de lucro, dificultando a atividade. “Afinal é dessa margem, cada vez mais reduzida, que são tiradas todas as despesas operacionais com funcionários, impostos, taxas, manutenções. O reflexo é que isso vai deixando o combustível caro e inviável para o empresário e também para o consumidor final”, lamenta.

     

  • Projetos sobre reduzir o preço dos combustíveis nos postos de gasolina devem ser votados nesta quinta-feira

    Projetos sobre reduzir o preço dos combustíveis nos postos de gasolina devem ser votados nesta quinta-feira

    O plenário do Senado decidiu ontem (9) adiar novamente a votação dos dois projetos que visam reduzir o preço dos combustíveis nos postos de gasolina. Mesmo entendendo que o projeto estava maduro e pronto para ser votado, o relator dos dois textos, senador Jean Paul Prates (PT-RN), aceitou o novo adiamento.

    “Talvez ganhar mais esses dias nos ajude a ter uma conciliação completa”, afirmou o relator. Ficou pacificado entre os senadores que o tema será analisado nesta quinta-feira (10), na Ordem do Dia, marcada para 10h – mesmo horário para o início da sessão. À tarde, está marcada uma sessão do Congresso Nacional para apreciação de vetos presidenciais.

    O Projeto de Lei Complementar (PLP) 11/2020 propõe a simplificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis em todo o país. Já o Projeto de Lei (PL) 1.472/2021 cria um fundo de estabilização para evitar que as constantes mudanças no preço do petróleo e demais variáveis que afetam o valor dos combustíveis sejam sentidos diretamente nos postos de gasolina. Além disso, o PL altera o cálculo do preço dos combustíveis no país.

    Pacheco se decidiu após ouvir o vice-líder do governo no Senado, Carlos Viana (MDB-MG), e o relator, além de opiniões de outros colegas sobre o tema. Viana afirmou que o governo também quer votar o tema, apesar de ter partido do próprio vice-líder a iniciativa de pedir o adiamento por duas vezes. “O governo quer a regulação, mas não quer a interferência no mercado. São conceitos diferentes. O governo quer ouvir os estados. É importantes que os governadores participem”, disse Viana. Jean Paul afirmou já ter ouvido os governadores sobre o tema, mas as conversas continuaram hoje.

    Viana pediu um adiamento mais longo, com previsão de votação na próxima terça-feira (15), mas Pacheco decidiu por votar os projetos amanhã. Ele afirmou que o PLP será votado e “ainda que o governo não queira, será apreciado o PL 1.472 também.”

    Em nota, Jean Paul afirmou que as contribuições recebidas têm ajudado na construção de um ambiente favorável à votação. “Recebemos hoje contribuições de atores políticos relevantes, inclusive dos governadores, criando um ambiente de maior entendimento para obter as soluções mais eficazes para a crise atual, em benefício da população brasileira”, afirmou o senador.

    “Portanto, comunico que a pedido de colegas parlamentares, foi solicitado ao presidente do Senado o adiamento da deliberação dessas matérias, de modo a nos permitir uma última tentativa de aproximação das demandas de todos os atores, para entregarmos as soluções que o Brasil precisa”, acrescentou.

  • Preço do etanol volta a ser vantajoso em MT em fevereiro

    Preço do etanol volta a ser vantajoso em MT em fevereiro

    A relação de preço entre o etanol e a gasolina – conhecida como 70/30 – já é inferior a 70% em Mato Grosso. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a média de preço do Estado fica abaixo de R$ 4,50, sendo que em Cuiabá há postos com valores inferiores a R$ 4. Com essa movimentação, o biocombustível voltou a ser competitivo frente ao derivado de petróleo, após quase seis meses em desvantagem econômica. Até 2021, Mato Grosso era cativo entre os estados brasileiros onde era mais vantajoso frente à gasolina.

    “Desde dezembro, iniciamos um movimento de queda gradativa dos preços do etanol em proporção superior à da apresentada pela gasolina, esse movimento pode gerar alta na demanda para o etanol e as estimativas são de estabilidade”, é o que aponta a diretora executiva do Sindicato das Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso (Sindalcool/MT), Lhais Sparvoli.

    No segundo semestre do ano passado, a alta nos preços do barril de petróleo e problemas climáticos no Brasil influenciaram negativamente na oferta de etanol, e nos preços dos combustíveis no Brasil, ocasionando um aumentando no consumo da gasolina.

    Com a redução da demanda e a manutenção da oferta, os preços passaram a apresentar queda e voltaram a ser competitivos. Em Mato Grosso, que diferente de outros estados tem o milho como principal fonte de produção do etanol, a alíquota do ICMS é outro fator que garante o valor diferenciado. “A alíquota do ICMS em Mato Grosso é de 12,5%, a menor do país. Este é um aspecto significativo na formação de preços aqui no Estado”, explica Sílvio Rangel, presidente do Sindalcool/MT e vice-presidente da Fiemt.

    O biocombustível com origem no milho representa atualmente mais de 60% da produção do Estado e tem gerado uma estabilidade na oferta do produto. Isto porque o cereal pode ser armazenado por um período maior. Sendo assim, as unidades produtoras de etanol de milho têm a capacidade de manutenção do fornecimento por todo o ano, trazendo para o Estado os melhores preços do país.

    Os critérios consideram que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do valor de bomba do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso, sob o ponto de vista financeiro.

     

    https://www.cenariomt.com.br/economia/chuvas-devem-garantir-producao-de-etanol-e-menor-preco-do-combustivel-nas-bombas/

  • Análise econômica e política – Conflito Rússia x Ucrânia

    Análise econômica e política – Conflito Rússia x Ucrânia

    De acordo com o analista político do TC, Leopoldo Vieira, o principal impacto que a crise ucraniana pode ter no Brasil é em relação ao preço dos combustíveis:

    “Como efeito colateral da guerra, o contrato futuro do petróleo Brent em Nova York subiu nesta manhã a 8,08%, cotado a US$104,68, o que deve pressionar a Petrobras e o sistema político, uma combinação que traz risco à atual política dolarizada.

    Mas, além disso, pode impactar as economias americana e chinesa, com algum efeito possível sobre as expectativas de crescimento.

    A alta do petróleo, em virtude da Ucrânia, também influencia no preço dos transportes e alimentos, temas caros para as camadas de baixa e média renda, afora a carestia nas bombas de gasolina.

    Ontem, o Senado Federal adiou para depois do Carnaval a votação de um pacote dos combustíveis, atrasando uma solução.

    Por fim, o posicionamento do governo em relação à crise pode fazer o país se isolar dos Estados Unidos (EUA) e da União Europeia (UE) geopoliticamente, afora o que já estava por questões ambientais.

    Por outro lado, empresas russas são importantes fornecedoras de fertilizantes no Brasil, como a Vittia, e podem sofrer sanções. Além de a Uralkali e a Uralchem terem investido fortemente no Brasil nos últimos dois anos. Assim como a EuroChem que comprou a Fertilizantes Heringer, com capital aberto na bolsa.

    Não se descartam efeitos sobre o agro brasileiro, o que depende da abrangência de eventuais sanções secundárias impostas pelos EUA e a UE (Informação adquirida via fontes do Scoop, ferramenta que fornece informações do mercado em primeira mão aos assinantes do TC)”.

    Análise econômica com Fernanda Mansano, economista-chefe do TC

    Já a economista-chefe do TC, Fernanda Mansano, alerta para a instabilidade e incerteza no cenário econômico, e ressalta três áreas com maiores impactos: 1. Inflação e crescimento mundial; 2. Política monetária e ativos emergentes; e 3. Commodities.

    “Em síntese, o ambiente de guerra fará a economia mundial sofrer por diferentes frentes. A regra será instabilidade e incerteza. Veremos maior inflação, menor crescimento econômico, fuga de capital dos países emergentes, dólar forte e queda generalizada nos ativos de riscos. No front monetário, veremos uma possível mudança de trajetória ou, ao menos, maior cautela na manutenção do ritmo contracionista dos bancos centrais. A alta nas commodities corrobora com a piora na inflação global e a deterioração das disrupções nas cadeias de suprimentos“.

    Análise política com Leopoldo Vieira, analista político do TC

  • Governadores discutem fundo para estabilizar preço de combustíveis

    Governadores discutem fundo para estabilizar preço de combustíveis

    A criação de um fundo que permita a estabilização do preço dos combustíveis ao consumidor foi o principal tema debatido por governadores de todo o país na edição virtual do Fórum de Governadores, nesta quinta-feira (3). Ações conjuntas de combate à covid-19 e a dificuldade de alguns estados no cumprimento do novo piso salarial nacional dos profissionais da rede pública da educação básica também foram tratadas na reunião.

    Na avaliação do coordenador do fórum, governador do Piauí, Wellington Dias, é necessário criar um fundo que não prejudique a receita dos estados, municípios e da União.

    Defendida pelos governadores, a versão atualizada do Projeto de Lei nº 1472/2021 estabelece diretrizes de preços para combustíveis, cria o Fundo de Estabilização dos Preços de Combustíveis e institui o imposto de exportação sobre o petróleo bruto.

    “O fundo ataca a raiz do problema [alta dos combustíveis] porque ele passa a tributar, de um lado, a exportação do petróleo, e do outro, a lucratividade gerada pela dinâmica de preços dos combustíveis. É com esses recursos, fruto das receitas extras da Petrobras sendo destinados ao fundo, que podemos fazer a equalização dos preços para o consumidor”, defendeu Dias.

    Piso

    Outro assunto debatido entre os governadores foi a dificuldade de parte dos estados de cumprir o pagamento do reajuste salarial de 33,24% aos profissionais da rede pública da educação básica. Na avaliação de parte dos governadores, o piso cria problemas para os estados por conta dos planos de carreira já estruturados, inclusive para os entes federativos que não dispõem de um plano.

    O piso é calculado a partir do valor por aluno definido pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). A lei determina que se aplique as variações da inflação e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), recolhido pelos estados. Em 2022, o valor será corrigido e o piso da categoria será de R$ 3.845,63. Mais de 1,7 milhão de professores de estados e municípios, que lecionam para mais de 38 milhões de estudantes nas escolas públicas, serão beneficiados.

    Pandemia

    A situação atual da pandemia também foi discutida entre os governadores. Eles estudam um alinhamento entre os estados para fazer o controle da entrada e saída de pessoas via portos e aeroportos. O acordo será discutido pelas secretarias de Saúde de cada estado e levado ao governo federal.

    “Recomendamos que as 27 unidades da federação façam o controle da entrada de pessoas de outros países, via aeroportos e portos, no sentido de adotar a exigência de exame para detecção de covid-19 72 horas antes do embarque e, na chegada da viagem, se a pessoa apresentar sintoma, que seja feita a quarentena. Pedimos também que seja comprovado o ciclo vacinal de quem venha do exterior”, disse Wellington Dias.

  • Fato ou Fake sobre combustíveis; Confira as lendas mais conhecidas

    Fato ou Fake sobre combustíveis; Confira as lendas mais conhecidas

    Existem muitos mitos quando o assunto é combustíveis, passados por gerações e gerações de motoristas. Porém, saber o que é fake e o que é fato pode até ajudar a economizar na hora do abastecimento. Gilberto Pose, especialista em combustíveis da Raízen, licenciada da marca Shell, explica que “há algumas crenças que surgiram muitas décadas atrás e que realmente eram verídicas, mas a engenharia automotiva mudou muito, principalmente nos últimos anos. O avanço dos motores e as novas tecnologias melhoraram o desempenho dos veículos e acabaram com muitos mitos antigos”, explica. Pose desmistifica as lendas mais conhecidas e esclarece o que realmente vale quando o assunto é combustível.

    Nos veículos flex, não é recomendado misturar etanol e gasolina. Precisa acabar com um tipo de combustível para poder trocar por outro

    Fake — Os motores flex foram produzidos para receber etanol e gasolina independente da proporção dos combustíveis no tanque. “O sistema de injeção dos carros flex possui uma central eletrônica que identifica a proporção de etanol e gasolina no tanque e automaticamente faz a melhor regulagem da queima do combustível. Assim, o motor tem a eficiência de potência e de consumo ideal”, esclarece Pose. Vale lembrar que a gasolina brasileira tem 27% de etanol anidro em sua composição, ou seja, mesmo abastecendo com gasolina, há etanol no combustível.

    Etanol causa falha na partida a frio

    Fake… e fato — Nos carros mais antigos, a partida a frio com etanol pode ser mais difícil, sim. Em temperaturas abaixo de 17ºC, o etanol apresenta baixa formação de vapor, dificultando sua queima. “Se o motor falhar, não insista! Forçar pode encharcar as velas e danificá-las”, recomenda Pose. “Nestes casos, desligue e aguarde alguns instantes para que o vapor do combustível evapore”. Se mesmo com o reservatório de gasolina o motor falhar em dias frios, fique atento. Pode ser indicativo para um combustível de má qualidade ou algum problema no sistema que precisa ser checado. Nos veículos mais novos, esse problema não existe. Mais eficientes, alguns sistemas de injeção atuais dispensam o famoso tanquinho de gasolina. Para ligar o motor, basta aguardar as luzes da injeção eletrônica apagarem no painel.

    posto de combustivel

    Tanquinho de partida a frio deve ser abastecido com gasolina aditivada

    Verdade – O aditivo aumenta o período de resistência a oxidação, dando maior estabilidade aos combustíveis. Por ser usado com menos frequência, o ideal é que o tanque de partida a frio seja sempre abastecido com combustível aditivado. “Os aditivos retardam o envelhecimento da gasolina que, com o tempo, pode ficar mais densa devido a evaporação de frações leves e gerar falhas na partida do motor em dias mais frios”, explica Pose.

    O primeiro abastecimento de um veículo flex 0Km deve ser com gasolina

    Fake — ainda na montadora, os veículos novos passam por testes e são abastecidos com gasolina. No primeiro abastecimento com um combustível diferente, a central eletrônica do sistema de injeção precisa de alguns minutos para reconhecer o combustível e fazer as adaptações necessárias. O manual do proprietário recomenda que ao trocar o combustível, mantenha o carro ligado por cerca de 15 minutos para que a central eletrônica faça esse ajuste.

    Em carros flex é preciso revezar o combustível

    Fake — A central eletrônica dos veículos flex está preparada para adaptar o consumo do combustível automaticamente, garantindo a eficiência e o desempenho do motor. Abastecer apenas com gasolina ou apenas com etanol não ‘vicia’ o veículo. “Para o motorista, a grande vantagem do motor flex é a liberdade para optar pelo melhor custo-benefício na hora de abastecer. Se sua preferência for sempre etanol, não haverá nenhum dano ao motor”, tranquiliza Pose. “O interessante é avaliar abastecer com combustíveis aditivados sempre que possível, pois os aditivos ajudam a reduzir o acúmulo de detritos e possuem compostos que diminuem o atrito das peças do motor. Nos postos Shell, temos a família Shell V-Power de gasolina e etanol aditivados”.

    Combustível aditivado “vicia” o motor

    Fake – Quanto mais abastecer com combustível aditivado, melhor. O uso constante ajuda a limpar e manter o motor livre de resíduos, protege e lubrifica as partes internas em contato com o produto para que se movimentem mais suavemente, reduzindo o gasto de energia, além de auxiliar na sua performance e desempenho. Segundo Pose, “além dos benefícios a médio e longo prazo, no caso dos combustíveis aditivados da família Shell V-Power incluímos a tecnologia exclusiva Dynaflex, que possibilita ainda mais performance e rendimento, agindo em altas e baixas rotações do motor, seja no anda e para das cidades ou na fluidez das estradas”.

    O que “suja” o motor é o lubrificante, não a gasolina

    Verdade– Os lubrificantes, por melhores que sejam, são um dos principais responsáveis pela formação de resíduos que prejudicam o bom funcionamento do motor. Com o tempo, os vapores liberados naturalmente pelos lubrificantes depositam-se nas válvulas de admissão e na ponta dos bicos injetores, bloqueando a livre passagem de combustível e reduzindo o desempenho do veículo. O uso de combustíveis aditivados ajuda a limpar o acúmulo de sujeira. “Os aditivos possuem detergentes que dissolvem os resíduos e previnem a formação de novos depósitos. Sem acúmulo de resíduos, a passagem do combustível no interior do motor flui melhor e com um fluxo correto, refletindo em uma melhora na performance e desempenho dos veículos”, afirma Pose. Os aditivados também possuem dispersantes que fracionam os resíduos em partículas microscópicas,evitando bloqueio nos filtros de combustível.

    Montadoras não recomendam combustíveis aditivados

    Fake – A grande maioria das montadoras recomenda o abastecimento com combustíveis aditivados, especificado no manual do proprietário.

    Gasolina aditivada é mais pura

    Fake – O grau de pureza da gasolina não depende dos aditivos adicionados. O que define a qualidade da gasolina é o processo de refinamento. No Brasil, a maioria da gasolina vendida nos postos é refinada pela Petrobras ou importada. É nas refinarias que a gasolina comum é produzida e, consequentemente, onde o teor de pureza é definido. Depois, a gasolina é fornecida às distribuidoras, que se responsabilizam a misturar seus aditivos exclusivos. “Os aditivos não melhoram a pureza do combustível. Eles são compostos por detergentes, dispersantes e formadores de películas protetoras, que limpam e protegem o motor”, explica Pose.

    posto combustivel scaled

    Colocar combustível aditivado em veículo que só usa comum causa falha no motor

    Fake – As falhas acontecem por conta dos resíduos acumulados no motor, que dificultam o fluxo correto de combustível. Ao abastecer com produtos aditivados, é feita uma limpeza destes resíduos pelos detergentes presentes na fórmula. “Mas não se preocupe. Os dispersantes presentes nos combustíveis aditivados têm a função de ‘quebrar’ os resíduos que se desprendem do motor em partículas microscópicas, evitando que se acumulem nos filtros”, tranquiliza Pose.

    Combustível aditivado aumenta a potência do motor

    Fake – Os combustíveis aditivados limpam o sistema de injeção, válvulas e pistões, mantendo todo o motor com o fluxo correto de combustível, contribuindo para o desempenho e melhor performance. O que difere na potência é o número de octanagem do combustível. Enquanto os combustíveis aditivados têm o mesmo índice de octanas que os combustíveis comuns (no mínimo 93 octanas RON para a gasolina), os premium têm uma octanagem superior. Nos postos Shell, a gasolina de alto desempenho Shell V-Power Racing tem mínimo de 97 octanas RON, por exemplo.

    “Mesmo os motores de baixa cilindrada ou flex podem ser abastecidos com combustível de alta octanagem. O diferencial de performance, porém, é mais perceptível em veículos com motores de alto desempenho”, avisa Pose. Se você está na dúvida se a gasolina premium é indicada para seu carro ou moto, consulte o manual do proprietário. “E abastecer o veículo com octanagens muito acima da aconselhada pelo fabricante não traz ganho de potência extra para o motor”.

    Combustível aditivado não é recomendado para motos

    Fake – Os motores de carros, motos e caminhões têm os mesmos benefícios ao usar combustíveis aditivados. “Todos os tipos de motor passam pelo mesmo processo de limpeza quando abastecidos com combustíveis aditivados, não há diferenciação”.

    Todo combustível aditivado é igual

    Fake – Cada distribuidora tem uma fórmula exclusiva dos aditivos adicionados aos combustíveis. “Além de limpar e proteger, os combustíveis aditivados da família Shell V-Power contam com um componente exclusivo, desenvolvido em parceria com a Scuderia Ferrari. A tecnologia Dynaflex traz mais performance e rendimento ao motor”, diz Pose.

    Etanol já é puro, não precisa ser aditivado

    Fake – A sujeira acumulada nas válvulas de admissão e nos bicos injetores não é exclusivamente culpa do combustível. O lubrificante que circula no motor, seja na forma líquida ou em vapor de óleo, é um dos principais responsáveis por esses resíduos. Por isso, o mais indicado para motoristas de veículos flex que preferem etanol é abastecer com a versão aditivada.

    “Nos postos Shell, os motoristas podem encontrar Shell V-Power Etanol, formulado para oferecer uma capacidade extra de limpeza do sistema de alimentação de combustível, como bomba, injetores e válvulas. Componentes como o Friction Modification Technology (FMT) propiciam uma maior lubricidade às partes internas do motor, que entram em contato com o combustível, ajudando a manter as características de um motor novo por mais tempo. O produto une um combustível ‘verde’ com as propriedades dos aditivos que beneficiam o funcionamento dos automóveis”, indica Pose.

    Abastecer com combustível aditivado só uma vez já é o suficiente

    Fake – Um veículo frequentemente abastecido com combustível comum pode ter muito resíduo acumulado nas partes internas do motor. Para uma limpeza completa é preciso abastecer entre 4 e 5 tanques com combustível aditivado de qualidade. “O mais indicado é que o uso de combustíveis aditivados seja frequente pois, além de limpar, os aditivos evitam a formação de novos depósitos de resíduos”, sugere Pose.

     

     

  • Possível falta de diesel e gasolina em novembro preocupa representantes de postos de combustíveis em MT

    Possível falta de diesel e gasolina em novembro preocupa representantes de postos de combustíveis em MT

    Distribuidoras de combustíveis filiadas à Associação das Distribuidoras de Combustíveis (Brasilcom) demonstraram preocupação com o risco de desabastecimento de gasolina e óleo diesel nos próximos dias. Segundo eles, o risco é iminente devido aos cortes de produção da Petrobras. A condição de desabastecimento pode afetar todos os Estados brasileiros, incluindo Mato Grosso.

    presidente da Associação Comercial e Empresarial de Lucas do Rio Verde
    Risco de desabastecimento em novembro e dezembro é iminente – Foto: CenárioMT

    As distribuidoras receberam comunicados do setor comercial da Petrobras informando uma série de cortes unilaterais nos pedidos feitos para fornecimento de gasolina e óleo diesel para o mês de novembro/2021.

    Em nota, a Brasilcom confirmou a preocupação com eventual desabastecimento e informa ter comunicado a ANP (Agência Nacional do Petróleo) do risco.

    “As reduções promovidas pela Petrobras, que em alguns casos atingem mais de 50% do volume solicitado para compra, colocam o país em uma situação potencial de desabastecimento”, alertou a Brasilcom em nota.

    Ainda segundo a entidade, o corte de cotas de combustível realizado pela Petrobras ameaça o país de desabastecimento. A Brasilcom diz que é impossível compensar essas reduções de fornecimento por meio de contratos de importação. “Considerando a diferença atual entre os preços do mercado internacional, que estão em patamares bem superiores aos praticados no Brasil”.

    Redução na oferta

    Representante do SindiPetroleo na região médio norte, o empresário Vilson Kirst, de Lucas do Rio Verde, pontua que o risco de desabastecimento em novembro e dezembro é iminente. “Já há dificuldades para conseguir o produto, não é como em outras épocas”, confirmou, ressaltando que em novembro e dezembro pode ocorrer, sim, escassez de gasolina e óleo diesel no Estado.

    Kirst observou que o anúncio da redução de óleo diesel ocorre em meio ao plantio de soja. Porém, ele lembrou que em novembro, mês previsto para ocorrer falta do produto, o plantio deverá estar concluído. “Mas os produtores usam óleo diesel para outros fins, como aplicação de veneno. Enfim, a agricultura não para”, observa.

    Apesar de utilizar o produto em larga escala, os produtores rurais não possuem estrutura para estocagem de grande quantidade do produto.

    Para a população, o efeito da escassez do óleo diesel pode ocorrer de forma severa. “Existe o transporte de produtos que utiliza o óleo diesel e se transforma num grande problema”.

    Gasolina

    Em relação à gasolina, o consumidor poderá contar com o etanol para atender os veículos flex. “O etanol não tem problema de abastecimento”, explicou Kirst.

  • Governador de MT propõe congelar preços dos combustíveis na Petrobras

    Governador de MT propõe congelar preços dos combustíveis na Petrobras

    O governador Mauro Mendes (DEM) condicionou a proposta do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), para que se unifique em uma alíquota único o ICMS dos combustíveis nos estados com o congelamento dos preços pela Petrobras.

     “Eu topo alíquota única desde que o Congresso também congele os preços da Petrobras. Porque nesse momento a Petrobras está arrancando o coro do povo brasileiro com muitos aumentos”, rebateu o governador.

    Mendes lembrou que só em 2021 o preço da gasolina já subiu 50% e que, dias atrás, o valor do diesel subiu em 9%.  “Não adianta mexer em imposto como eu estou mexendo aqui e a Petrobras continuar arrancando o coro do povo brasileiro com muitos aumentos para dar lucro para mandar para gringo lá fora. Não tem lógica isso”, completou.

    O posicionamento do governador difere do presidente da Assembleia, Max Russi (PSB), que se posicionou favorável à proposta alíquota única.

    Russi acredita que não haverá prejuízo para Mato Grosso, porque, segundo ele, haveria aumento do abastecimento no Estado, já que vários caminhoneiros deixam para abastecer em estados com menos alíquota que em Mato Grosso.

    A proposta da Câmara Federal pretende determinar que o valor do imposto será calculado a partir da variação do preço dos combustíveis nos dois anos anteriores.   Lira acredita que a redução  ficará em 8% no preço da gasolina, 7% no do álcool e 3,7% no do óleo diesel.

    “Vai se arrecadar menos, mas não vejo que eles (estados) passem algum tipo de dificuldade que não possam suportar um ajuste momentâneo, para que os brasileiros tenham um combustível mais barato para se locomoverem”, disse Arthur Lira nesta semana.

    Já a proposta do governo Mendes que ainda não foi encaminhada à Assembleia prevê a redução de ICMS da gasolina (de 25% para 23%), do diesel (de 17% para 16%).

    Além da redução no combustível, também deverá reduzir o ICMS da energia elétrica (de 25% e 27% para 17% a todos os setores), dos serviços de comunicação, como internet e telefonia (de 25% e  30% para 17%), do gás industrial (de 17% para 12%) e do uso do sistema de distribuição da energia solar (de 25% para 17%).

    https://www.cenariomt.com.br/economia/petrobras-reajusta-hoje-precos-do-gas-de-cozinha-e-da-gasolina/