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  • Cesta básica, combustível, veículos: o que muda com reforma tributária

    Cesta básica, combustível, veículos: o que muda com reforma tributária

    Aprovada na última quarta-feira (8) pelo Senado, a primeira fase da reforma tributária, que voltará à Câmara para ser novamente votada, simplificará a tributação sobre o consumo e provocará mudança na vida dos brasileiros na hora de comprar produtos e serviços.

    Cesta básica, remédios, combustíveis. Com uma longa lista de exceções e de alíquotas especiais, o novo sistema tributário terá impactos variados conforme o setor da economia. Paralelamente, pela primeira vez na história, haverá medidas que garantam a progressividade na tributação de alguns tipos de patrimônio, como veículos, e na transmissão de heranças.

    Confira como a reforma tributária mudará o dia a dia do consumidor:

    Cesta básica

    Um dos itens que mais gerou polêmica na tramitação na Câmara dos Deputados, a tributação da cesta básica sofreu mudanças no Senado. A pedido do Ministério da Fazenda, foi inserida a criação de duas listas. A primeira com a cesta básica nacional, destinada ao enfrentamento da fome. Essa cesta terá alíquota zero e poderá ter os itens regionalizados por lei complementar.

    A segunda lista criará uma cesta básica estendida, com alíquota reduzida para 40% da alíquota-padrão e mecanismo de cashback (devolução parcial de tributos) a famílias de baixa renda.

    A versão aprovada na Câmara não restringia o número de itens com alíquota zero. O impacto final sobre os preços, no entanto, ainda é desconhecido.

    No fim de junho, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) apresentou um relatório segundo o qual a cesta básica poderia subir 59,83% em média com a redação anterior da reforma tributária, que reduzia pela metade a alíquota do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) dual. O estudo, no entanto, foi contestado por economistas, parlamentares e membros do próprio governo.

    Na época, o secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, disse que o novo sistema baratearia a cesta básica. O relator da reforma na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), apresentou um estudo do Banco Mundial, segundo o qual a carga tributária sobre a cesta básica cairia 1,7%, em média, com a alíquota de IVA dual reduzida em 50%.

    A disparidade nas estimativas ocorre porque atualmente muitos produtos da cesta básica são tributados em cascata, com os tributos incidindo sobre o preço na etapa anterior da cadeia, antes de chegarem aos supermercados. A isenção atual de tributos federais sobre os produtos da cesta barateia os produtos por um lado, mas, por outro, impede o aproveitamento de créditos tributários, devoluções de tributos pagos nas etapas anteriores da cadeia produtiva.

    No sistema de IVA dual, a devolução dos créditos tributários, segundo o governo, compensaria a cobrança de impostos. A alíquota do IVA dual só será definida após a reforma tributária. O relatório da Abras usou uma alíquota de IVA de 12,5%, metade da provável alíquota cheia de 25% estimada por economistas, para justificar um eventual encarecimento da cesta básica.

    O novo redutor de 60% e a futura alíquota zero deverão baratear os produtos da cesta básica, mas o cálculo sobre o impacto final só poderá ser feito quando a reforma tributária entrar em vigor. Itens mais industrializados, com cadeia produtiva mais longa, deverão ter redução maior de preços. Alimentos in natura ou pouco processados deverão ter leve redução ou até leve aumento, porque terão poucos créditos tributários.

    Remédios

    O texto aprovado prevê a alíquota reduzida em 60% para medicamentos e produtos de cuidados básicos à saúde menstrual. O Senado incluiu na lista de alíquota reduzida produtos de nutrição enteral e parenteral, que previnem ou tratam complicações da desnutrição.

    Segundo especialistas, a reforma não deverá trazer grandes impactos sobre o preço dos medicamentos. Isso ocorre por dois motivos. Primeiramente, os medicamentos genéricos estão submetidos a uma legislação específica. Além disso, a Lei 10.047, de 2000, estabelece um regime tributário especial a medicamentos listados pelo Ministério da Saúde.

    O Senado também incluiu na isenção de IVA a compra de medicamentos e dispositivos médicos pela Administração Pública e por entidades de assistência social sem fins lucrativos. A Câmara dos Deputados tinha zerado a alíquota para medicamentos usados para o tratamento de doenças graves, como câncer.

    Combustíveis

    A reforma tributária estabelece um regime de tratamento diferenciado para combustíveis e lubrificantes. O IVA dual, com alíquota única em todo o território nacional e variando conforme o tipo de produto, será cobrado apenas uma vez na cadeia produtiva, no refino ou na importação. A mudança segue uma reforma proposta em 1992.

    Durante a tramitação no Senado, no entanto, foi incluída a possibilidade de cobrança do Imposto Seletivo, tributo sobre produtos que gerem danos à saúde e ao meio ambiente, sobre combustíveis e petróleo (para a extração de petróleo e de minérios, haveria alíquota de 1%). Segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o imposto seletivo deve gerar R$ 9 bilhões de arrecadação, considerando apenas a exploração de petróleo, sem os demais minérios.

    Segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), o regime diferenciado levará a uma forte alta do preço final aos consumidores. Especialistas, no entanto, afirmam que o impacto é incerto porque muitos pontos do regime diferenciado para os combustíveis serão definidos por lei complementar e a reforma prevê a possibilidade de concessão de créditos tributários. Além disso, o impacto só será conhecido após a definição da alíquota cheia do IVA dual.

    Veículos

    A cobrança de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) passará a incidir sobre veículos aquáticos e aéreos, como jatos, helicópteros, iates e jet skis. A reforma também estabelece que o imposto passará a ser progressivo conforme o impacto ambiental do veículo. Veículos movidos a combustíveis fósseis pagam mais. Veículos movidos a etanol, biodiesel e biogás e os carros elétricos pagarão menos IPVA.

    O Senado acatou uma emenda da senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) e incluiu a compra de automóveis por taxistas e pessoas com deficiência e autismo entre os itens com alíquota zero. O benefício existe atualmente e seria extinto com a reforma tributária.

    Durante as negociações na Câmara, havia sido criada uma lista de exceção para evitar a cobrança sobre veículos usados para a agricultura e para serviços. A relação abrange os seguintes tipos de veículos: aeronaves agrícolas e certificadas para prestar serviços aéreos a terceiros; embarcações de pessoa jurídica com outorga de serviços de transporte aquaviário; embarcações de pessoa física ou jurídica que pratique pesca industrial, artesanal, científica ou de subsistência; plataformas que se locomovam na água sem reboques (como navio-sonda ou navio-plataforma); e tratores e máquinas agrícolas.

    No Senado, a prorrogação, até 2032, de um incentivo para montadoras das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste elevou as tensões. A Câmara havia derrubado a prorrogação desse incentivo. Na primeira versão do relatório no Senado, o incentivo foi prorrogado apenas para a produção de carros elétricos, mas a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa estendeu o benefício a montadoras de veículos movidos a biodiesel e a veículos híbridos movidos a biodiesel e a gasolina. Isso gerou mal-estar entre os governadores do Sul e do Sudeste, que alegaram desigualdade de condições com as montadoras instaladas nas duas regiões.

    Saiba aqui como a reforma poderá afetar os setores de serviços, heranças, cigarros e bebidas e serviços de internet.

    Edição: Marcelo Brandão
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  • Em setembro, o Brasil teve recorde na produção de petróleo e gás, bem como no pré-sal

    Em setembro, o Brasil teve recorde na produção de petróleo e gás, bem como no pré-sal

    A ANP divulgou nesta quarta-feira (1/11) o Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural de setembro de 2023, que traz os dados consolidados da produção nacional. Nesse mês, houve recorde na produção total (petróleo + gás natural), bem como na de petróleo e na de gás natural consideradas separadamente e também na produção do pré-sal.

    Foi produzido um total de 4,666 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboe/d). Foi a maior produção total já registrada, superando o recorde de julho de 2023, com 4,482 milhões de MMboe/d.

    Com relação ao petróleo, foram 3,672 milhões de barris por dia (MMbbl/d), um aumento de 6,1% na comparação com o mês anterior e de 16,7% em relação a setembro de 2022. A maior produção registrada anteriormente foi a de julho de 2023: 3,513 MMbbl/d.

    A produção de gás natural em setembro foi de 157,99 milhões de metros cúbicos por dia (MMm³/d), um acréscimo de 6,9% em relação ao mês anterior e de 10,4% na comparação com setembro de 2022. Também foi o maior volume até hoje, superando o de julho de 2023: 154,076 milhões de metros cúbicos por dia (MMm³/d).

    Pré-sal

    A produção total (petróleo + gás natural) no pré-sal, em setembro, foi de 3,594 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) e correspondeu a 77% da produção brasileira. Foi a maior registrada, superando a de julho de 2023, quando foram extraídos 3,359 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d). Houve aumento de 9,5% em relação ao mês anterior e de 19,8% na comparação com o mesmo mês de 2022. Foram produzidos 2,830 milhões de barris diários (bbl/d) de petróleo e 121,61 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) de gás natural por meio de 144 poços.

    Aproveitamento do gás natural

    Em setembro, o aproveitamento de gás natural foi de 97,9%. Foram disponibilizados ao mercado 55,18 milhões de m³/d e a queima foi de 3,35 milhões de m³/d. Houve queda na queima de 11% em relação ao mês anterior e aumento de 6,1% na comparação com setembro de 2022.

    Origem da produção

    Em julho, os campos marítimos produziram 97,6% do petróleo e 87,2% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras, sozinha ou em consórcio com outras empresas, foram responsáveis por 89,02% do total produzido. A produção teve origem em 6.284 poços, sendo 520 marítimos e 5.764 terrestres.

    Campos e instalações

    No mês de setembro, o campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás, registrando 902,40 mil bbl/d de petróleo e 44,32 milhões de m³/d de gás natural. A instalação com maior produção de petróleo e gás natural foi a FPSO Guanabara na jazida compartilhada de Mero, com 179,340 mil bbl/d de petróleo e 11,57 milhões de m³/d de gás.

  • Preço dos combustíveis e a guerra entre Israel e Hamas

    Preço dos combustíveis e a guerra entre Israel e Hamas

    A guerra entre Israel e o Hamas gerou um cenário de tensão em uma região que é destaque no mercado mundial de petróleo e gás. E, claro, que além da preocupação humanitária com a população que vive no meio deste conflito, surgem também os problemas econômicos, que podem afetar o mundo inteiro, principalmente quando o assunto é petróleo.

    Segundo especialistas, o impacto no valor da commodities só não é maior neste momento pelo fato de os dois lados envolvidos diretamente no conflito não serem grandes produtores. Porém, uma escalada no conflito, com a entrada de grandes produtores e exportadores do combustível pode causar uma ‘tempestade perfeita’ e fazer com que o valor do barril do petróleo saia da casa dos US$ 90 para US$ 150 em questão de dias.

    A região do Golfo, é uma importante área para o cenário mundial do petróleo, e fica próxima ao conflito, conta com grandes produtores e exportadores de petróleo, que fazem parte, junto da Rússia, do grupo conhecido como Opep+. As implicações do conflito nesta região afetam principalmente o transporte, pois essa região faz parte da rota necessária para a exportação do combustível via Estreito de Ormuz — única ligação entre o Golfo Pérsico e os oceanos.

    Com os navios passando por essa região e com a possibilidade de ataques às embarcações, as seguradoras provavelmente cobrarão mais caro para cobrir a rota, o que afetará o preço final do produto. Há também o risco do fechamento do Estreito de Ormuz, que aí sim seria um enorme problema, visto que um terço do petróleo mundial passa por ali.

    O impacto no valor do petróleo já é perceptível no mercado mundial. Segundo levantamento realizado pela consultoria Stonex, o petróleo acumulava queda de 11,3% na primeira semana de outubro. Porém, a partir do dia 7, quando o grupo radical islâmico Hamas realizou o primeiro ato terrorista a Israel, os preços dispararam 8,1%. Ainda de acordo com a Stonex, entre janeiro e junho de 2023 o preço do petróleo teve queda de cerca de 12%; entre julho e setembro, subiu 27%.

    Para nós, de acordo com a Petrobras, ainda não há indícios de que a guerra interfira nos preços dos combustíveis aqui no Brasil. O vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET), Felipe Coutinho, afirmou que o mercado brasileiro de combustíveis está bem posicionado para lidar com as consequências da guerra neste momento, e que não há riscos de desabastecimento e nem alta exagerada dos preços.

    Isso porque o Brasil é superavitário na produção de petróleo, e exporta diariamente 1,5 milhão de barris, o que representa cerca de 45% da produção nacional. Além disso, a capacidade de refino do Brasil, está em linha muito próxima com a capacidade de demanda por produtos derivados dos combustíveis no país.

    A preocupação nesse caso é com o longo prazo. Torcemos e esperamos que o conflito termine o mais breve possível e da melhor forma, para que principalmente as pessoas de bem que vivam em paz.

    Claudyson Martins Alves é empresário do segmento de combustíveis e presidente do Sindipetróleo

  • ANP divulga resultados de ações de fiscalização de combustíveis

    ANP divulga resultados de ações de fiscalização de combustíveis

    Entre os dias 23 e 26 de outubro, a ANP fiscalizou o mercado de combustíveis em 12 unidades da Federação, em todas as regiões do país, inclusive em Mato Grosso.

    Nas ações, os fiscais verificaram a qualidade dos combustíveis, o fornecimento do volume correto pelas bombas medidoras, a adequação dos equipamentos e dos instrumentos necessários ao correto manuseio dos produtos, bem como as documentações de autorização de funcionamento das empresas e as relativas às movimentações dos combustíveis.

    Além das ações de rotina, a Agência também atuou em parceria com outros órgãos públicos em diversos estados. No período, ocorreram, por exemplo, ação conjunta com o Procon de Porto Alegre (RS); força-tarefa com as Polícias Civil e Militar em Itaguaí (RJ) para combate a milícias; e força-tarefa Posto Legal, na Bahia, com cinco órgãos estaduais; entre outras.

    Veja abaixo os resultados das principais ações em Mato Grosso nos segmentos de postos e distribuidoras de combustíveis líquidos; revendas e distribuidoras de GLP (gás de cozinha); entre outros.

    Em Cuiabá, Diamantino e Várzea Grande, a ANP fiscalizou sete distribuidores de combustíveis líquidos, três produtores de biodiesel, três transportadores-revendedores-retalhistas (TRR), uma formuladora de combustíveis, além de 12 agentes não regulados.

    Os agentes não regulados foram fiscalizados por serem empresas que utilizam metanol, no âmbito das ações da ANP para controle do uso desse produto, garantindo que não sejam desviados para adulteração de combustíveis. Não foram encontradas irregularidades nessas fiscalizações.

    Uma distribuidora de combustíveis de Cuiabá foi autuada por registrar informações erradas no Boletim de Conformidade que acompanha a nota fiscal do combustível comercializado. Nos demais agentes econômicos não foram encontradas irregularidades.

  • Quatro estados ultrapassam limite de gastos com funcionalismo

    Quatro estados ultrapassam limite de gastos com funcionalismo

    A desoneração de combustíveis no ano passado e a queda da inflação, que gera menor crescimento dos impostos, estão pressionando a situação fiscal dos estados. Segundo o Relatório de Gestão Fiscal em Foco (RGF) dos Estados e do Distrito Federal, publicado nesta segunda-feira (23) pelo Tesouro Nacional, quatro estado superaram o limite de gastos com o funcionalismo do Poder Executivo local.

    A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece que os estados e os municípios não podem gastar mais de 49% da receita corrente líquida (RCL) com pessoal no Poder Executivo. No segundo quadrimestre (de maio a agosto), Rio Grande do Norte (57,76%), Roraima (51,61%), Acre (49,92%) e Minas Gerais (49,62%) estouraram o limite.

    Dois estados superaram o teto para o funcionalismo do Poder Legislativo local, fixado em 3% da RCL. O limite foi excedido em Alagoas (3,71%) e Roraima (3,41%). Com 2,04% da RCL, o Maranhão estourou o limite para o Ministério Público, estabelecido em 2%.

    Desde a redução do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no ano passado, vários estados passaram a perder receita. Além disso, a inflação mais baixa impacta as finanças locais porque o ICMS, imposto que mais arrecada no país, é de exclusividade dos estados e está atrelado aos preços.

    Sanções

    Pela LRF, enquanto o ente público (União, estado ou município) estourar o limite de gasto com pessoal, está sujeito a algumas proibições. Ele não pode receber transferências voluntárias, exceto os repasses relacionados à Seguridade Social (Assistência Social, Saúde e Previdência Social); obter garantia do Tesouro Nacional ou de outro ente público para empréstimos; nem contratar operações de crédito, exceto para refinanciar a dívida em títulos ou para reduzir gastos com pessoal, como um plano de demissão voluntária.

    A situação dos estados deverá ser amenizada no fim do ano, quando a União começar a pagar a compensação de R$ 27 bilhões pela perda de receita provocada pela redução do ICMS dos combustíveis de julho a dezembro de 2022. O Senado aprovou o projeto no início do mês, e o texto aguarda sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Ao elevar a receita dos estados, os repasses aliviam a proporção dos gastos com o funcionalismo e a RCL. O projeto aprovado também prevê transferências ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e ao Fundo de Participação dos Estados (FPE) para recuperar perdas de 2023 em relação a 2022.

    Endividamento

    O relatório também divulgou a proporção de endividamento dos estados. A LRF estabelece Dívida Consolidada Líquida (DCL) de até 200% da receita corrente líquida, mas nenhum estado estourou esse teto. As maiores dívidas estão registradas no Rio Grande do Sul (189%), Rio de Janeiro (155%), Minas Gerais (165%) e São Paulo (116%).

    No segundo quadrimestre, apenas São Paulo, Rio de Janeiro e Rondônia registraram crescimento. Nos demais estados e no Distrito Federal, a proporção ficou estável ou diminuiu.

    O Relatório de Gestão Fiscal em Foco é elaborado com base nos relatórios publicados pelos próprios entes públicos no Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi), gerido pelo Tesouro Nacional. Esses relatórios locais são enviados pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e também pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública.

    Edição: Denise Griesinger
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  • Reajuste da Petrobras: gasolina cai, mas diesel sobe

    Reajuste da Petrobras: gasolina cai, mas diesel sobe

    A partir deste sábado (21), o preço médio dos combustíveis vendidos para as distribuidoras passa a ser de R$ 2,81 por litro, uma redução de R$ 0,12 por litro. Como existe uma mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro na composição da gasolina comercializada aos postos, a parcela da Petrobras vai ser, em média, de R$ 2,05 a cada litro vendido na bomba.

    O preço médio de venda do diesel para as distribuidoras vai ser de R$ 4,05 por litro, um aumento de R$ 0,25 por litro. Como é obrigatória a mistura de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel vendido aos postos, a parcela da Petrobras vai ser, em média, de R$ 3,56 a cada litro vendido na bomba.

    Na variação acumulada no ano dos preços de venda da gasolina A e do diesel A para as distribuidoras, há uma redução de R$ 0,27 por litro de gasolina e de R$ 0,44 por litro de diesel.

    “A estratégia comercial que adotamos na Petrobras nesta gestão tem se mostrado bem-sucedida, sobretudo no sentido de tornar a empresa competitiva no mercado e evitar o repasse de volatilidade para o consumidor. Prova disto é que ao longo deste ano, mesmo com o valor do brent mais alto que no ano passado, os preços dos nossos produtos acumulam quedas, muito diferente do que aconteceu ao longo de 2022”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

    A Petrobras informa que os reajustes na gasolina e no diesel podem ser explicados por movimentos distintos no mercado e na estratégia comercial da estatal. No caso da gasolina, há o fim do período de maior demanda global, com maior disponibilidade e desvalorização do produto frente ao petróleo. No caso do diesel, a demanda global se mantém, com expectativa de alta sazonal, o que faz o produto ter maior valorização frente ao petróleo. A companhia também reforçou que procura evitar o repasse da volatilidade do mercado internacional e da taxa de câmbio para a sociedade brasileira, mas que também preserva um ambiente competitivo nos termos da legislação vigente.

     
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  • Medida Provisória perde validade e imposto sobre diesel será zerado

    Medida Provisória perde validade e imposto sobre diesel será zerado

    A Medida Provisória (MP) que criou o programa de desconto na compra de veículos novos perdeu a validade nesta terça-feira (3) e, com isso, os tributos federais que incidiam sobre o óleo diesel voltam a ficar zerados, o que pode baratear o valor do combustível na bomba. Em janeiro, o governo federal decidiu manter zerada, até dezembro, a tributação pelo Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre o diesel e o gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha. No entanto, essa desoneração total foi parcialmente revertida, especificamente sobre o diesel, para compensar a perda de arrecadação com o programa para baratear carros populares, ônibus e caminhões lançado em junho.

    Quando foi editada, a MP 1.175, que criou o programa de incentivo, voltou a tributar o diesel em R$ 0,11 por litro para bancar o desconto de R$ 1,5 bilhão em impostos sobre veículos novos, entre caminhões, vans e carros. Ainda no fim de junho, uma nova medida (MP 1178) elevou essa reoneração em R$ 0,03, para o total de R$ 0,14 por litro, para custear mais R$ 300 milhões em descontos extras nos carros populares, cuja demanda havia sido superada nas primeiras semanas do programa de desconto. Essa elevação no tributo do diesel ocorreria a partir de outubro e arrecadaria R$ 200 milhões extras (os R$ 100 milhões restantes já haviam sido bancados pelo aumento de R$ 0,11 sobre o litro do diesel).

    Procurada, a Receita Federal confirmou os efeitos do fim da validade da MP 1.175, que faz com que a MP 1.178 também perdesse seu objeto. “Em princípio, se não houver outra alteração legal, volta a se aplicar o disposto no art. 3º. da Lei 14.592, de 2023, que previa a desoneração do diesel e do biodiesel até 31 de dezembro de 2023. Se não houver mudanças legais até lá, a partir de 1 de janeiro de 2024 as alíquotas do diesel e do biodiesel voltam aos seus valores normais, a saber: R$0,35/litro para o diesel; e R$0,14/litro para o biodiesel”, informou o órgão.

    Programa

    O programa de inventivo à compra de veículos foi encerrado no início de julho, com a liberação de todos os recursos disponíveis para carros leves. De acordo com o balanço do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), 125 mil carros foram comercializados com descontos entre R$ 2 mil e R$ 8 mil, ou 1,7% e 11,7%.

    Já para caminhões, vans e ônibus, o programa seguia em vigor, com prazo de vigência até novembro ou até os créditos tributários se esgotarem. Estava prevista a utilização de R$ 700 milhões para a venda de caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus, sendo que, até o meio do ano, haviam sido utilizados R$ 100 milhões e R$ 140 milhões, respectivamente. O governo não informou os valores atualizados sobre a utilização dos descontos.

    Edição: Aline Leal
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  • Preços do etanol combustível voltam a recuar na semana

    Preços do etanol combustível voltam a recuar na semana

    A revenda de etanol pode ficar mais aquecida por conta de reduções recentes nos preços. As usinas produtoras destacam que a disponibilidade abundante do produto é um dos principais fatores por trás dessa tendência, e os dados do CEPEA/ESALQ (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”) confirmam esse cenário.

    De acordo com os números do CEPEA/ESALQ, no início ao fim de setembro, os preços do etanol nas usinas reduziram 11 centavos. Em 01 de setembro, o preço registrado foi de R$ 2,67 e já em 29 de setembro reduziu para R$ 2,56, o litro. O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso (Sindipetróleo) destaca que, sobre esses preços, ainda incidem a margem das distribuidoras e frete.

    A queda dos preços do etanol é uma excelente notícia para os consumidores, que agora têm a oportunidade de abastecer seus veículos a preços mais acessíveis. Com o etanol mais acessível e uma maior demanda por esse combustível, os postos criam a expectativa de aumentarem seu volume de vendas.

    Etanol x gasolina

    Na pesquisa de preços mais recente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), órgão que regula o setor de combustíveis, o preço médio do etanol em Mato Grosso ficou em R$ 3,32. Já a gasolina ficou em R$ 5,77, em média, o litro. Nesta proporção, o etanol está custando 57% do preço da gasolina.

    No geral, o etanol rende, em média, 70% do que rende a gasolina (um carro flex que ande 10 quilômetros por litro de gasolina, andará 7 com etanol). Dessa forma, é mais econômico utilizar o etanol quando ele for 30% mais barato que a gasolina. “O matogrossense sempre teve a oportunidade de abastecer com a melhor relação de preço entre gasolina e etanol, principalmente porque o Governo do Estado oferece um desconto de 50% no ICMS do etanol. Esperamos que isso continue até o final do ano e que a gente tenha um último trimestre com o preço do etanol bastante competitivo”, explica Nelson Soares, diretor-executivo do Sindipetróleo.

  • Levantamento mostra variação nos preços de combustíveis em Lucas do Rio Verde

    Levantamento mostra variação nos preços de combustíveis em Lucas do Rio Verde

    Levantamento feito no mês de julho pelo Núcleo de Pesquisas em Administração e Ciências Contábeis (NUPAC) do Centro Universitário Unilasalle mostrou o preço médio dos combustíveis pago pelo consumidor. O principal objetivo do projeto de pesquisa é analisar os preços dos combustíveis e o impacto que este tem no orçamento das famílias de baixa renda em Lucas do Rio Verde.

    Foram coletados preços das bombas de nove estabelecimentos localizados nos bairros Bandeirantes 1 e 2, Menino Deus, Rio Verde, Veneza, Cidade Nova, Alvorada, Industrial, Cerrado e no centro da cidade. Foram analisados os preços da gasolina comum, gasolina aditivada, etanol, diesel comum e diesel S10 ou premium.

    O preço médio da gasolina aditivada ficou em R$ 6,07 com variação entre o menor e o maior valor de 0,13%, ou seja, R$ 0,81. A gasolina aditivada pode ser adquirida no Bairro Cidade Nova e no Centro a um custo de R$ 5,89 (menor valor) e no Bairro Industrial a R$ 6,70 (maior valor).

    Já o preço da gasolina comum, em média, ficou em R$ 5,73. No Bairro Veneza foi encontrado o menor valor (R$ 5,29) e no Bairro Industrial o maior valor (R$ 5,98). A variação entre os estabelecimentos de R$ 0,69.

    O mesmo comportamento ocorreu com o preço do etanol. O valor médio do litro foi de R$ 3,59. No entanto, pode ser obtido o litro por R$ 3,19 no Bairro Veneza e a R$ 3,97 no Bairro Industrial, variação de R$ 1,24 (0,24%) entre o menor e o maior valor.

    A pesquisa identificou em julho que o diesel comum custava, em média, R$ 5,46. No centro foi possível adquirir por R$ 5,17, o menor valor, e a R$ 5,75, no Bairro Cidade Nova, o maior custo, gerando uma variação de R$ 0,58 (0,11%). Já o valor médio do diesel premium (S10) custava R$ 5,41. Entretanto no Bairro Alvorada o litro custava R$ 5,17 (menor valor) e no Bairro Bandeirantes R$ 5,89, variação de R$ 0,72.

    Média pelo país

    A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou que os preços médios da gasolina comum no país, durante a segunda metade de julho, foram de R$ 7,30 na região Norte, R$ 5,46 no Centro Oeste e R$ 4,58 na região Sudeste. Já em Cuiabá pode ser adquirido a R$ 5,47.

    O valor do diesel registrou um preço médio de R$ 4,98 o litro, sendo o valor mais alto encontrado de R$ 7,99 na região Sudeste e o mais baixo no Centro-Oeste a R$ 4,40 por litro.

    Já em relação ao etanol, o preço médio foi de R$ 3,87, podendo ser encontrado a R$ 5,26 no Norte e a R$ 3,53 no Centro Oeste, em Cuiabá custava R$ 3,46.

    Essa variação é influenciada pelo preço do petróleo no mercado internacional, que pode ser afetado por questões geopolíticas, mudanças na oferta e demanda global, pela taxa cambial, custo de produção e distribuição, impostos e pelas políticas de preços adotadas pela Petrobras e postos de combustíveis, informou a pesquisa.

  • Etanol em MT é mais competitivo em relação à gasolina

    Etanol em MT é mais competitivo em relação à gasolina

    O etanol foi mais competitivo em relação à gasolina na Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo na semana encerrada no sábado, 9 de setembro.

    No restante dos Estados, continua mais vantajoso abastecer o carro com gasolina.

    Conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas, no período, na média dos postos pesquisados no país, o etanol está com paridade de 62,48% ante a gasolina, portanto favorável em comparação com o derivado do petróleo.

    A paridade estava em 69,67% na Bahia, 65,46% no Distrito Federal, 63,11% em Goiás, 59,16% em Mato Grosso, 65,05% em Mato Grosso do Sul, 63,48% em Minas Gerais, 66,06% no Paraná e 61,81% em São Paulo.

    No geral, o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.