Tag: Combustíveis

  • Combustível do Futuro: Câmara aprova PL que impulsiona setores de biodiesel e etanol em MT

    Combustível do Futuro: Câmara aprova PL que impulsiona setores de biodiesel e etanol em MT

    Em uma grande vitória para o setor de biocombustíveis, a Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (13) o Projeto de Lei (PL) 4516/2023, conhecido como “Combustível do Futuro”. A iniciativa, que agora segue para o Senado, estabelece medidas para estimular a produção e o consumo de biocombustíveis no Brasil, como o biodiesel e o etanol, com impactos positivos para a economia e o meio ambiente.

    Com a agroindústria em amplo desenvolvimento, Mato Grosso é um dos maiores produtores de biodiesel e etanol do Brasil, e a aprovação do projeto de lei representa um grande avanço para o estado. Conforme os sindicatos que representam as indústrias de etanol (Bioind MT) e o biodiesel (Sindibio MT), a medida impulsionará a geração de empregos, renda e investimentos, além de contribuir para o desenvolvimento sustentável.

    No caso do setor de biodiesel, o texto prevê o aumento gradual da mistura no óleo diesel em até 25%, com piso de 13%. Essa mudança reduz o uso do combustível fóssil, tornando-o menos poluente e fortalecendo ainda mais a chamada agenda verde e os compromissos nacionais na ampliação de uso de fontes renováveis de energia.

    O assunto esteve em pauta durante reunião de diretoria do Sindibio MT, realizada na manhã desta sexta-feira (15). que traz importantes avanços para o setor energético e impacta diretamente a economia do estado.

    “Avançamos um passo importante com essa aprovação, e isso gera uma grande previsibilidade de mercado para novos investimentos. Além disso, os benefícios são estendidos para todas as cadeias produtivas: desde o produtor rural que terá mais demanda até à indústria que ao processar gera mais riquezas para sociedade”, afirma o presidente do Sindibio MT, Rômulo Morandin.

    Etanol e biometano

    O texto aprovado pelos deputados também prevê que a nova margem de mistura de etanol à gasolina passará de 22% a 27%, podendo chegar a 35%. Atualmente, a mistura pode chegar a 27,5%, sendo, no mínimo, de 18% de etanol.

    “Essa mudança é extremamente estratégica para a economia de Mato Grosso, já que consolida nossa vocação agroindustrial, potencializa o aumento de produção e expande nossa matriz energética limpa e renovável. Além disso, gera novos empregos e impulsiona o desenvolvimento regional”, afirma Silvio Rangel, que além de presidir o Bioind MT também é presidente do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt).

    Quanto ao biometano, o texto cria um programa nacional para que o combustível siga o caminho do etanol, com aumento gradativo. A proposta é misturar biometano ao gás natural a partir de 2026, começando em 1%.

  • Mistura de biodiesel no diesel sobe para 14% a partir desta sexta

    Mistura de biodiesel no diesel sobe para 14% a partir desta sexta

    O percentual da mistura de biodiesel no diesel, a partir desta sexta-feira (1º), aumentou de 12% para 14%, o B14. O biodiesel é produzido a partir de fontes renováveis como óleos vegetais e gorduras animais, e é considerado uma alternativa aos combustíveis fósseis, contribuindo para transição energética. O diesel é usado por veículos rodoviário de cargas, como caminhões; transporte coletivo (ônibus) e modelos off-road, como picapes.

    A decisão de antecipar o cronograma de aumento da mistura de biodiesel foi tomada em dezembro de 2023, pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A previsão era de que o índice fosse alcançado apenas em 2025.

    À época, o Ministério da Agricultura e Pecuária afirmou que a medida deve evitar a emissão de cinco milhões de toneladas de CO₂ na atmosfera e reduzir a importação do combustível fóssil.

    Além da descarbonização, o modelo traz ganho para segurança energética brasileira, pois economiza a importação de 2 bilhões de litros de diesel, aponta o Ministério de Minas e Energia (MME).

    Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a medida é também beneficia os produtores agrícolas de diferentes portes. “Fortalecemos não só o nosso agronegócio, mas a agricultura familiar, combatendo as desigualdades e respeitando as vocações regionais. Prova disso é o decreto de reformulação do Selo Biocombustível Social, que editamos recentemente, fazendo com que toda a cadeia produtiva se desenvolva, desde o pequeno cooperado que tem a sua plantação até a grande usina produtora de biodiesel”.

    O Ministério de Minas e Energia estima que, para garantir o aumento do biodiesel, a demanda de matéria-prima deve subir, sobretudo da soja, cerca de 6 milhões de toneladas do grão até 2025, quando será adotado o B15.

    A pasta também projeta que os gastos com importação do derivado fóssil podem ser reduzidos em R$ 7,2 bilhões e as usinas instaladas devem recuperar a capacidade produtiva ociosa.

    A próxima alteração no percentual de mistura do biodiesel será em 1º de março de 2025, quando o diesel passará a ter 15% de biodiesel (B15).

    Edição: Aline Leal

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  • Mato Grosso tem o etanol mais barato: R$ 3,21 o litro

    Mato Grosso tem o etanol mais barato: R$ 3,21 o litro

    Etanol e gasolina subiram de preço na última semana, mas o etanol se manteve mais competitivo em 16 estados e no DF, contra 13 na semana anterior.

    Pesquisa da ANP revela alta de 4,1% no preço médio do etanol na semana de 4 a 10 de fevereiro, em comparação com a semana anterior. O litro do biocombustível atingiu R$ 3,55, com o Amapá registrando o valor mais alto do país: R$ 5,19.

    Etanol a R$ 6,60 no Pará: preço máximo no Brasil

    Atenção, motoristas! O preço do etanol no Pará atingiu R$ 6,60 o litro, o mais alto do país, segundo levantamento da ANP.

    Etanol sobe em SP e gasolina no país, diz ANP

    Etanol em SP:

    • Aumento de 4,02% na última semana
    • Preço médio: R$ 3,36 o litro

    Gasolina no Brasil:

    • Alta de 3,42%
    • Preço médio: R$ 5,75 o litro

    Mato Grosso tem o etanol mais barato: R$ 3,21 o litro.

    Fique atento aos preços na sua região e compare com a gasolina para escolher o combustível mais vantajoso.

    Veja onde o etanol apresentou vantagem na última semana

    • O preço do etanol equivaleu a 60,32% do preço da gasolina em São Paulo;
    • em Mato Grosso, a relação de paridade está em 54,41%;
    • em Goiás, a paridade ficou em 65,25%;
    • em Minas Gerais, a paridade está em 63,04%;
    • em Mato Grosso do Sul, 62,06%;
    • no Paraná, em 64,25%;
    • na Paraíba, em 67,56%,
    • no Rio de Janeiro, em 68,71%;
    • em Alagoas, em 66,32%;
    • em Pernambuco, em 69,73%,
    • no Tocantins, em 66,84%;
    • no Acre, em 69,1%;
    • em Sergipe, em 69,67%;
    • no Amazonas, em 66,51%;
    • na Bahia, em 69,82%;
    • no Espírito Santo em 69,64%; e,
    • no Distrito Federal, em 60,34%.

    Posto de combustíveis em Barão de Melgaço (MT) é interditado

    Etanol: Quando vale a pena abastecer?

    O etanol, um biocombustível renovável e mais sustentável que a gasolina, pode ser uma opção mais econômica para abastecer seu carro. Para determinar se o etanol é vantajoso, é preciso considerar a relação de paridade entre os preços dos dois combustíveis.

    Em termos simples, essa relação indica qual a porcentagem do preço da gasolina que o etanol precisa ter para ser considerado mais vantajoso. Atualmente, a regra geral é que o etanol é mais econômico quando sua relação de paridade com a gasolina está abaixo de 70%.

    Exemplo:

    Se a gasolina está custando R$ 5,00 por litro, o etanol precisa estar abaixo de R$ 3,50 (70% de R$ 5,00) para ser mais vantajoso.

    Para facilitar o cálculo, você pode utilizar a seguinte fórmula:

    Relação de Paridade (%) = (Preço do Etanol / Preço da Gasolina) x 100

    Dicas para Abastecer com Etanol:

    • Verifique a relação de paridade: Utilize a fórmula acima ou consulte sites especializados para verificar se o etanol está vantajoso em sua região.
    • Considere o consumo do seu carro: Carros flex geralmente consomem mais etanol do que gasolina.
    • Fique atento à qualidade do etanol: Abasteça em postos confiáveis para garantir a qualidade do combustível.

    Abastecer com etanol pode ser uma ótima maneira de economizar dinheiro e contribuir para um meio ambiente mais sustentável.

  • Vendas de etanol hidratado aumentam mais de 30% em uma semana

    Vendas de etanol hidratado aumentam mais de 30% em uma semana

    Na última semana, as vendas de etanol hidratado pelas usinas do estado de São Paulo apresentaram um expressivo crescimento de 31,4% em relação ao período anterior, atingindo o maior volume registrado na safra 2023/24. Essa dinâmica, analisada por pesquisadores do Cepea, é impulsionada pela necessidade de repor estoques e pela vantagem competitiva do biocombustível nos postos de combustíveis.

    A boa vantagem do etanol hidratado em relação à gasolina nas bombas contribuiu para um aumento significativo nas compras por parte das distribuidoras. Além disso, a iminência do possível aumento do ICMS na gasolina, diesel e biodiesel, previsto para o início do próximo mês, incentivou algumas unidades a anteciparem suas compras de etanol.

    Durante o período de 15 a 19 de janeiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado em São Paulo fechou a R$ 1,9012 por litro (considerando o líquido de ICMS e PIS/Cofins), representando um aumento de 3,14% em relação à semana anterior. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ atingiu R$ 2,1067 por litro (líquido de PIS/Cofins), refletindo um acréscimo de 2,48%.

    O mercado de etanol continuará sendo influenciado por diversos fatores, incluindo as condições de oferta e demanda, a política tributária, a oscilação dos preços dos combustíveis fósseis e as decisões estratégicas das usinas e distribuidoras. Acompanhar esses elementos será crucial para compreender as tendências e oportunidades no setor de biocombustíveis.

  • Carga tributária não justificará aumento do diesel, diz Haddad

    Carga tributária não justificará aumento do diesel, diz Haddad

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a reoneração dos combustíveis, a partir de 1º de janeiro, não deve encarecer o preço que os consumidores pagam pelo litro do diesel nos postos de abastecimento.

    Segundo Haddad, o aumento da carga tributária que incide sobre o diesel, decorrente da retomada da cobrança dos impostos federais PIS/Cofins a partir do início do próximo ano, será amenizado pelas reduções de preço já anunciadas pela Petrobras. A cobrança do Pis/Cofins do diesel estava zerada desde 2022 como forma de conter a alta dos preços e, consequentemente, a inflação.

    “Esta reoneração do diesel vai ser feita, mas o impacto [esperado] é de pouco mais de R$ 0,30”, afirmou Haddad nesta terça-feira (26), após se reunir com o vice-presidente, Geraldo Alckmin, que também responde pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

    Poucas horas antes de Haddad conversar com jornalistas, a Petrobras já tinha anunciado corte de R$ 0,30 no preço do litro do diesel que vende às distribuidoras de combustível. Com isso, a partir de amanhã (27), a estatal petrolífera passará a vender o produto por R$ 3,48. Segundo a empresa, no ano, a redução do preço de venda de diesel A para as distribuidoras chega 22,5%.

    “A Petrobras anunciou, hoje, um segundo corte [do preço], no mês de dezembro. [Esta redução] mais que compensa a reoneração [que entrará em vigor em] 1º de janeiro”, assegurou o ministro, garantindo não haver razões para alta do preço com a volta da cobrança dos impostos federais.

    “Pelo contrário. Deveria haver uma pequena redução [do preço final]. É para todo mundo ficar atento: quando vier um argumento de aumento de preço, não tem nada a ver. Estamos em um país de livre-mercado; os preços não são tabelados; mas no que diz respeito aos preços da Petrobras, neste mês de dezembro, o preço [do diesel] caiu mais que a reoneração de 1º janeiro.”

    De acordo com a própria Petrobras, contudo, o valor que o consumidor paga nos postos de revenda é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e do próprio posto.

    Compensações

    Haddad também afirmou que as medidas compensatórias à derrubada ao veto da desoneração da folha de pagamento serão anunciadas até a próxima quinta-feira (28). Haddad, que já havia discutido o assunto com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, se reuniu hoje com o secretário especial de Análise Governamental, Bruno Moretti, para, segundo ele, “afinar os detalhes finais” da proposta.

    “Provavelmente, entre amanhã [27] e quinta-feira, os atos vão para o Congresso Nacional. Quando estiver tudo na Casa Civil, tudo bonitinho para ser publicado, chamo vocês para explicar as medidas – [que são] muito prudentes e bem pensadas, para que possamos pensar em termos um orçamento mais equilibrado do que tivemos este ano”, declarou Haddad, ao manifestar otimismo em relação ao trâmite das propostas no Congresso Nacional.

    “Vamos ter tempo de negociar com o Congresso como fizemos com todas as medidas, o ano todo. Abre os dados; há o acompanhamento eventual do TCU [Tribunal de Contas da União], checa os dados da receita federal, demonstra o impacto que vai ter para a economia, faz tudo bem-feito para que não haja dúvidas. E o Congresso tem sido parceiro. Não da Fazenda, mas do país. Porque o que queremos aprovar são coisas boas para o país”, comentou o ministro.

    Em vigor desde 2011 como medida temporária, a política de desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia vinha sendo prorrogada desde então. Em novembro, o presidente Lula vetou integralmente o projeto de lei que pretendia estender a iniciativa até 2027. O projeto propunha a substituição da contribuição previdenciária – que corresponde a 20% da folha de pagamento – por uma alíquota entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta da empresa – o que, para os defensores da proposta, estimularia o setor privado a contratar mais trabalhadores em troca de menos tributos.

    Programa

    Haddad antecipou aos jornalistas que o aguardavam que o governo federal deve anunciar, ainda esta semana, um programa que facilite às indústrias abater a depreciação de seus equipamentos de produção no Imposto de Renda.

    “É um compromisso que temos com a indústria, para fazer com que os empresários possam abater do imposto de renda a depreciação de forma mais acelerada do que a lei permite hoje. Isso fortalece muito a atuação do equipamento. Os empresários vão ter um estímulo a mais a adquirir máquinas mais modernas para aumentar a produtividade da economia brasileira”, justificou o ministro.

    Edição: Aline Leal
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  • Etanol: levantamento da ANP mostra que preço em MT recuou quase 16% em um ano

    Etanol: levantamento da ANP mostra que preço em MT recuou quase 16% em um ano

    O levantamento semanal da ANP (Agência Nacional do Petróleo) sobre os preços de combustíveis no país mostra que o preço do litro do etanol recuou quase 16% em um ano. O levantamento relacionado ocorreu entre os dias 3 a 9 de dezembro.

    Delegado do Sindipetróleo na região médio norte, Vilson Gonzales Kirst credita essa redução a uma série de fatores. Entre eles estão oferta crescente do produto no mercado e a concorrência entre distribuidores e revendedores. Desde que o etanol a base de milho passou a ser produzido em Mato Grosso, há boa oferta do produto, resultando em preços mais atrativos ao consumidor.

    “E ainda tivemos uma redução no preço do milho. Com certeza a concorrência entre as indústrias faz baixar o preço. Enquanto revendedores, sempre que há queda no preço, seja etanol, gasolina ou diesel, para nós também é bom, pois usamos menos capital de giro. E para o consumidor é melhor ainda, pois gasta menos ao abastecer”, analisou Kirst.

    Preços mais baixos na capital

    Segundo os dados da ANP, a média do preço do litro em Mato Grosso é de R$ 3,12, que representa queda de -1,89% em comparação à semana anterior. Em relação aos últimos 12 meses, o recuo é de -15,68%.

    O preço médio do litro do etanol em Cuiabá é de R$ 3,04. Mas é possível encontrar postos de combustíveis com preços abaixo de R$ 3. Em alguns comércios, o litro na bomba pode ser encontrado por até R$ 2,93 e R$ 2,99.

    Em Lucas do Rio Verde a realidade é outra. Alguns postos têm feito promoção, vendendo o etanol comum a R$3,19 e R$ 3,23. Mas no dia a dia é possível encontrar o combustível a R$ 3,49 e até a R$ 3,67, o que deixa o preço do etanol hidratado bem acima da média estadual.

    O delegado do Sindipetróleo observa que essa diferença de preços em comparação a Cuiabá e outras cidades, como Sinop, tem relação com a distribuição. Vilson Kirst explica que as bases das distribuidoras ficam nessas cidades e os donos de postos de combustíveis acabam tendo menos custo para adquirir o produto.

    “Os postos de combustíveis de Cuiabá não precisam ter caminhões, manter esses caminhões, motoristas, custo de frete. Lá eles contratam autônomos que fazem isso por um custo mais baixo. Nós temos que ter essa estrutura para ter o combustível nas bombas”, detalhou o delegado.

    Outra condição observada por Kirst é a concorrência que existe em Cuiabá, tanto entre os próprios postos de combustíveis, mas principalmente de distribuidoras. “São ‘N’ distribuidoras. Na nossa região são quatro ou cinco distribuidoras, em Cuiabá cinco ou dez distribuidoras. E concorrência ajusta preço”, pontua.

    Vantagem abastecer com etanol

    O levantamento da ANP ainda pesquisou a diferença de preços entre o etanol hidratado e a gasolina comum. A relação de preços entre o biocombustível e a gasolina C comum reduziu de 63,23%, na semana de 26/11 a 02/12, para 62,99% na semana de referência, na média nacional.

    Em Mato Grosso e nos estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e o Distrito Federal registraram razão entre preços médios de revenda de etanol hidratado e de gasolina C comum menor ou igual a 0,70.

    “O etanol, se comparado a gasolina, tem um custo médio de 60%. Então está vantajoso abastecer etanol, a maioria dos carros já é flex. É interessante abastecer com gasolina quando o etanol tem um custo acima de 70%. E hoje, com certeza, o etanol tem sido mais vantajoso”, assinalou Kirst.

  • Diesel mais barato a partir desta sexta-feira nas distribuidoras

    Diesel mais barato a partir desta sexta-feira nas distribuidoras

    O litro do diesel nas distribuidoras está, em média, R$ 0,27 menor, a partir desta sexta-feira (8). O valor passa a ser de R$ 3,78. A medida foi anunciada nessa quinta-feira (7) pela Petrobras. No ano, a redução acumulada soma R$ 0,71 por litro, o equivalente a 15,8%.

    De acordo com a empresa, o ajuste é resultado da análise dos fundamentos dos mercados externo e interno, frente à estratégia comercial da companhia, implementada em maio de 2023, em substituição à política de preços anterior, e que “passou a incorporar parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação”.

    Preço médio

    Ao considerar a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor cairá R$ 0,24 por litro e passará a ser, em média, R$ 3,33 a cada litro vendido na bomba. Com isso, o preço médio do diesel A S10 nas bombas poderá atingir valor de R$ 5,92 por litro, considerando que o Levantamento de Preços de Combustíveis da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a semana de 26 de novembro a 2 de dezembro indicou valor médio de R$ 6,16 por litro.

    A Petrobras lembra que o valor cobrado ao consumidor final no posto é afetado por outros fatores, como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda. “Daí, esta estimativa ter propósito meramente referencial, mantidas constantes as demais parcelas que compuseram os preços ao consumidor naquele período”.

    A companhia destacou, também, que cabe às autoridades competentes realizar ações de fiscalização, autuação e penalização de práticas abusivas ou lesivas ao consumidor.

    Gasolina

    No momento, a Petrobras está mantendo estáveis seus preços de venda de gasolina às distribuidoras, tendo em vista o último movimento realizado em 21 de outubro, de redução de R$ 0,12 por litro. No ano, os preços de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras acumulam queda de R$ 0,27 por litro, o equivalente a 8,7%.

    Para o GLP (gás de cozinha), os preços de venda às distribuidoras permanecem estáveis desde o dia 1º de julho. No ano, os preços do gás de cozinha para as distribuidoras acumulam retração equivalente a R$ 10,40 por botijão de 13 kg, ou 24,7%.

    A companhia reiterou que na formação de seus preços “busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente”.

    Edição: Aécio Amado
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  • Combustível do futuro: Governo Federal pode aumentar mistura de biodiesel para até 25%

    Combustível do futuro: Governo Federal pode aumentar mistura de biodiesel para até 25%

    A adição gradativa de biodiesel ao diesel fóssil é uma alternativa eficaz para fomentar a mobilidade sustentável com baixa emissão de carbono e ainda contribuir para que o Brasil alcance os objetivos globais de redução de emissão de gases do efeito estufa.

    Está em análise na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 4516/23, chamado de “Programa do Combustível do Futuro”, que pretende aumentar a margem de mistura obrigatória de biodiesel, hoje entre 6% e 15%, para 10% a 25%. A inciativa é do Ministério de Minas e Energia (MME) que também avalia as questões de viabilidade técnica e econômica para implantação da mudança.

    Com o programa Combustível do Futuro, o Brasil reafirma seu compromisso com a liderança na transição energética e na luta contra o aquecimento global e Mato Grosso tem papel fundamental nesta transição energética.

    “Como há muito tempo temos defendido, o uso do biodiesel traz uma série de benefícios ambientais, sociais e econômicos que vão desde a geração de novos postos de trabalho, redução de gases de efeito estufa, desenvolvimento regional e conexão entre cadeias produtivas”, pontua Rodrigo Guerra, vice-presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e do Sindicato das Indústrias de Biodiesel de Mato Grosso (SindiBio -MT)

    Na segunda-feira (04), o ministro do MME, Alexandre Silveira, anunciou durante o painel sobre combustível do futuro na COP 28, em Dubai, os recursos que serão aplicados até 2037 e para desenvolver a produção e uso de combustíveis sustentáveis.

    “É extremamente possível que a gente chegue até 25% [de biodiesel] na mistura com o tempo, dependente de decisão do Conselho Nacional de Política Energética”, enfatizou o ministro ao anunciar o investimento de R$ 200 bilhões para o setor de biocombustíveis no Brasil.

    O presidente da Fiemt, Silvio Rangel, também participa da COP28 e nesta semana representou o estado no debate sobre indústria e sustentabilidade.

    “É possível aliar o desenvolvimento econômico à sustentabilidade e o aumento da mistura de biodiesel é uma atitude prática nesta agenda já que além de contribuir na descarbonização da economia fortalece a cadeia de alimentos”, declara o presidente que durante a programação da COP 28 se reuniu com o ministro Alexandre Silveira.

    Mato Grosso protagonista

    Mato Grosso tem papel fundamental para contribuir nessa transição energética já que o estado é líder na produção de soja, uma das matérias-primas mais importantes para a produção desse biocombustível, além de possuir 15 usinas que têm capacidade autorizada de produção anual de 2,6 bilhões de litros.

    Por isso, o Sindibio-MT e a Fiemt apoiam a iniciativa do Governo Federal e tem trabalhado junto pela aprovação desse projeto. De acordo com SindiBio-MT, a agregação de valor da industrialização da soja em Mato Grosso chega a 70%. Ou seja, uma tonelada de soja in natura comercializada tem valor de R$ 2.742,28. Se essa mesma quantidade de grão for transformada em biodiesel com os seus subprodutos, o valor de comercialização chega a R$ 4.663,52.

    Além disso, de acordo com o mesmo estudo produzido pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), cada emprego direto gerado pelo setor de biocombustível representa 91 empregos indiretos e outros 201 empregos induzidos. Esse efeito multiplicador é o maior, entre todas as atividades econômicas, registradas no estado.

  • Combustíveis: “Presidente Lula jamais pediu para segurar preço”, diz Prates

    Combustíveis: “Presidente Lula jamais pediu para segurar preço”, diz Prates

    O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que, em momento algum, se sentiu ameaçado no cargo ou recebeu pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para baixar o preço dos combustíveis.

    “O presidente jamais, desde que eu estou nesse posto, me pediu para baixar ou aumentar preço de combustível”, disse Prates.

    “Isso é muito importante que fique claro, porque o presidente é consciente desse papel. Ele não pode, ou pelo menos não surtiria efeito, chegar para o presidente da Petrobras diretamente e dizer isso. Esse movimento não existe”.

    A declaração foi dada nesta sexta-feira (24), no Rio de Janeiro, em um encontro com jornalistas para detalhar o plano estratégico de investimentos da companhia nos próximos cinco anos.

    Política de preços

    Prates elogiou a mudança na política de precificação da empresa que, em maio deste ano, abandonou o preço de paridade de importação (PPI), implantado em 2016, durante o governo Michel Temer. Com o PPI, os preços dos combustíveis eram diretamente correlacionados aos altos e baixos do custo do barril de petróleo no mercado global.

    “A gente não está mais no período da ditadura do PPI. Nós não estamos mais reajustando os preços em tempo real e em dólar, de acordo com a paridade de importação. Isso é uma prática comum a um país que importa 100% do seu petróleo”, afirmou.

    “O que também não quer dizer – e ninguém nunca prometeu isso em campanha alguma, muito menos o presidente Lula – que o preço só ia cair. O que foi compromissado foi abrasileirar os preços, e isso nós fizemos. Nós trouxemos para a política de preço os fatores nacionais aos componentes, que são, inclusive, parte da nossa estrutura, que é produzir no Brasil. Esse fator faz diferença para a gente poder fazer ajustes em patamares. Isso dá estabilidade ao mercado”, salientou.

    No entanto, Prates confirmou que conversa com o presidente Lula sobre o cenário e comportamento dos preços internacionais. “De duas em duas semanas eu vou a Brasília e converso, e acho que é necessário isso. [O governo] é o acionista majoritário da empresa.”

    O preço dos combustíveis tem sido assunto que envolve outros integrantes do governo. Na sexta-feira passada (17), o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, reproduziu na rede social X (antigo Twitter) uma entrevista em que defendia queda nos preços.

    “Fiz essa manifestação à Casa Civil. É importante, respeitando a governança da Petrobras, respeitando a sua natureza jurídica. Mas já está na hora de puxarmos a orelha de novo da Petrobras, para que ela volte à mesa e possa colocar com clareza”, escreveu o ministro.

    Reunião em Brasília

    O presidente da Petrobras afirmou também que não houve intervenção do presidente Lula na elaboração final do plano estratégico da companhia, que prevê investimentos de US$ 102 bilhões, o equivalente a R$ 500 bilhões.

    Ele explicou que a reunião dele com o presidente Lula e ministros na terça (21) e quarta-feira (22), em Brasília, foi um pedido dele, Prates, que apresentou “os conceitos” do plano estratégico.

    O CEO da Petrobras disse que, em nenhum momento, se sentiu ameaçado no cargo. “A gente tem que ter carapaça para estar aqui, tem que enfrentar boato, maledicência, pensamento, até fogo amigo, tem que enfrentar tudo. A gente está aqui para governar a Petrobras indicado diretamente pelo presidente Lula”, afirmou Prates, acrescentando que, este ano, a companhia atingiu vários recordes de operação e de valorização das ações. “Não me sinto ameaçado nem um pouco”, concluiu.

    Edição: Juliana Andrade
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  • Fiscalização da ANP inspeciona transporte de combustíveis em MT

    Fiscalização da ANP inspeciona transporte de combustíveis em MT

    Equipes que integram a fiscalização da ANP (Agência Nacional do Petróleo) estiveram em Mato Grosso entre os dias 13 e 23 de novembro. Além de estabelecimentos que comercializam combustíveis, os fiscais ainda averiguaram o transporte de combustíveis pelas rodovias mato-grossenses.

    Nas ações, os fiscais verificaram a qualidade dos combustíveis, o fornecimento do volume correto pelas bombas medidoras, a adequação dos equipamentos e dos instrumentos necessários ao correto manuseio dos produtos, bem como as documentações de autorização de funcionamento das empresas e as relativas às movimentações dos combustíveis.

    Além das ações de rotina, a Agência também atuou em parceria com outros órgãos públicos em diversos estados.

    Irregularidades

    Em Alto Araguaia e Cuiabá, a ANP fiscalizou cinco postos revendedores de combustíveis.

    Em Cuiabá, a Agência apoiou na Operação Jumbo, organizada pela Polícia Federal para combater o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Na ação, três postos de combustíveis foram totalmente interditados.

    Em Alto Araguaia, em ação individual da Agência, um posto foi autuado por comercializar combustível em recipiente não certificado pelo Inmetro.

    Entre os dias 20 e 23/11, fiscais da Agência atuaram ainda em ações conjuntas com a Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz-MT), para verificar a regularidade do transporte de combustíveis nas rodovias do estado. Não houve ocorrências.

    Sanção

    Os estabelecimentos autuados pela ANP estão sujeitos a multas que podem variar de R$ 5 mil a R$ 5 milhões. As sanções são aplicadas somente após processo administrativo, durante o qual o agente econômico tem direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme definido em lei.