Tag: Combustíveis

  • Made in MT: Produtos industrializados conquistam o mercado internacional e ampliam oportunidades

    Made in MT: Produtos industrializados conquistam o mercado internacional e ampliam oportunidades

    Em Mato Grosso, a diversificação da pauta de exportação é um caminho estratégico para fortalecer a economia e impulsionar a competitividade das indústrias e seus produtos. Embora o estado já se destaque nas exportações de produtos in natura, está gradualmente ampliando o leque de produtos industriais enviados ao exterior, agregando maior valor.

    Ainda que grãos, carnes e plumas dominem as exportações mato-grossenses, o leque de produtos industrializados enviados ao exterior vem crescendo significativamente. Em 2023, itens como gelatinas, etanol, glicerina, transformadores elétricos, ração para pet, máquinas agrícolas, cervejas, colchões e ref rigerantes somaram um total de US$ 101 milhões em embarques.

    Embarques

    De Cuiabá, a indústria Trael comercializou US$ 4,7 milhões em transformadores elétricos somente para os países sul-americanos em 2023. O próximo passo da empresa é expandir sua presença para os Estados Unidos.

    O empresário Cicero Gandolfi, de Primavera do Leste, a 234 km de Cuiabá, também está focado nas exportações. A empresa que carrega seu sobrenome produz caminhões equipados para transporte de fardos de algodão e peças para tratores, cada vez mais tem buscado ampliar a produção industrial.

    “O planejamento é mudar a fábrica para um espaço maior, aumentar a produção e expandir a nossa atuação no mercado internacional”, finaliza.

  • ANP fiscaliza produtores de biodiesel e postos de combustíveis em Mato Grosso

    ANP fiscaliza produtores de biodiesel e postos de combustíveis em Mato Grosso

    Entre os dias 2 e 5 de setembro, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou uma série de fiscalizações no mercado de combustíveis em 11 unidades da Federação, abrangendo todas as regiões do país. As ações visaram garantir a qualidade dos combustíveis, verificar o correto funcionamento das bombas medidoras e assegurar a conformidade dos equipamentos e documentações das empresas envolvidas no setor.

    Em Mato Grosso, a ANP fiscalizou oito produtores de biodiesel nas cidades de Cuiabá, Rondonópolis, Nova Marilândia, Campo Verde e Várzea Grande, resultando em duas autuações. Em Rondonópolis, uma das empresas foi autuada por apresentar dados incorretos no Certificado de Análise da Qualidade. Já em Nova Marilândia, a irregularidade identificada foi a ausência de registros adequados sobre a drenagem e limpeza dos tanques de armazenamento.

    Além disso, em Várzea Grande, a ANP, em parceria com o Procon Municipal, fiscalizou um posto de combustíveis. Após a inspeção, não foram encontradas irregularidades no local. Durante a operação no estado, seis amostras de combustíveis foram coletadas para análise laboratorial.

    As ações da ANP são planejadas com base em diversas fontes de inteligência, incluindo informações de consumidores, dados do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) e colaborações com outros órgãos. As fiscalizações são direcionadas a regiões e agentes econômicos com maior probabilidade de irregularidades.

    Estabelecimentos autuados podem enfrentar multas que variam de R$ 5 mil a R$ 5 milhões, aplicáveis após processo administrativo, onde as empresas têm o direito à ampla defesa e ao contraditório.

    Para acompanhar as fiscalizações da ANP, os interessados podem acessar o Boletim Fiscalização do Abastecimento em Notícias ou o Painel Dinâmico da Fiscalização do Abastecimento. Denúncias sobre irregularidades podem ser feitas através do Fale Conosco ou pelo telefone 0800 970 0267.

  • Mesmo com oscilações no mercado, combustíveis apresentam crescimento

    Mesmo com oscilações no mercado, combustíveis apresentam crescimento

    Mesmo com o aumento nos preços das refinarias e distribuidoras impactando postos e consumidores, as vendas de combustíveis registraram um crescimento expressivo no primeiro semestre de 2024 em Mato Grosso. Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) indicam que a atividade econômica brasileira tem superado as expectativas dos analistas, com o mercado de combustíveis em alta, impulsionado pela confiança do consumidor e pelo crescimento econômico.

    Diesel

    As vendas de diesel S500 alcançaram 1,987 bilhão de litros no primeiro semestre, representando um crescimento de 5,9% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram comercializados 1,876 bilhão de litros. No caso do diesel S10, o avanço foi ainda mais significativo, com um aumento de 10,2%, totalizando 1,356 bilhão de litros vendidos.

    Gasolina

    Apesar do crescimento em outros combustíveis, as vendas de gasolina mostraram uma tendência de queda, com uma redução de 14,2% no primeiro semestre de 2024, totalizando 297 milhões de litros vendidos. Em 2023, o volume foi de 346 milhões de litros. No Brasil, a tendência se repete, com uma queda de 7,4%.

    Etanol Hidratado

    As vendas de etanol no primeiro semestre de 2024 atingiram 546,5 milhões de litros, um aumento de 28,5% em comparação com os 425 milhões de litros vendidos no mesmo período de 2023. O mercado nacional também se destacou, com um crescimento de 50,3% no consumo de etanol.

    As vendas de etanol no primeiro semestre de 2024 atingiram 546,5 milhões de litros, um aumento de 28,5% em comparação com os 425 milhões de litros vendidos no mesmo período de 2023. O mercado nacional também se destacou, com um crescimento de 50,3% no consumo de etanol.

    “O levantamento da ANP mostra que a demanda por combustíveis no Brasil se manteve aquecida no primeiro semestre deste ano, com volumes de vendas acima das expectativas,” avalia Claudyson Alves (Kaká), presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso. Ele atribui o crescimento a fatores como a maior produtividade e oferta de produto, sem a necessidade de expandir áreas de plantio de cana e milho, além do aumento nas vendas de veículos leves, estimado pela Fenabrave em 12% para 2024, um índice que praticamente dobra em relação ao ano passado.

    Kaká Alves complementa: “O mercado está vibrante, com a criação de muitos empregos. Mais pessoas empregadas significam maior circulação de veículos e, com a melhoria da renda, a tendência é de um aumento no consumo de combustíveis.”

    Ciclo Otto

    O Ciclo Otto, que abrange motores de veículos flex (gasolina e etanol), registrou um crescimento de 9,3% na demanda. Em 2023, foram consumidos 771,4 milhões de litros, enquanto em 2024 esse número saltou para 843,5 milhões de litros nos seis primeiros meses.

  • Combustíveis: Etanol está ainda mais vantajoso em relação à gasolina

    Combustíveis: Etanol está ainda mais vantajoso em relação à gasolina

    As distribuidoras de combustíveis estão ajustando os preços de seus produtos em resposta às recentes movimentações no mercado, seguindo o anúncio da Petrobras. Na terça-feira (09/07), um aumento de R$ 0,20 por litro entrou em vigor, elevando o preço da gasolina nas refinarias para R$ 3,01, ampliando ainda mais a vantagem do etanol sobre o produto derivado de petróleo.

    O presidente do Sindipetróleo-MT, Claudyson Alves (Kaká), explica que o preço médio do etanol no mês de junho foi de R$ 3,77 e o da gasolina comum foi de R$ 5,92 (período de 07 a 13 de junho, segundo dados da ANP, a agência que regula o setor).

    O cálculo médio é feito a partir do preço e do rendimento de cada combustível. Com a oscilação dos valores da gasolina e do etanol nos postos, a opção mais vantajosa pode variar. “No geral, o etanol compensa quando custa até 70% do preço da gasolina”, explica o presidente do sindicato dos postos de combustíveis.

    A conta média para saber o que mais vale a pena, no entanto, é sempre a mesma – e é menos complicada do que parece. Esse cálculo existe porque a gasolina rende mais do que o etanol. Na média apresentada pela ANP, o etanol está custando 63% do preço da gasolina, portanto, vale a pena.

    O cálculo básico para se descobrir se o etanol é vantajoso ou não em relação à gasolina é simples. Basta dividir o preço do litro do etanol pelo da gasolina. Se o resultado for inferior a 0,7, use etanol. Se for maior que 0,7, então abasteça com gasolina.

  • ANP divulga resultados de fiscalizações e assegura qualidade no mercado de combustíveis em Mato Grosso

    ANP divulga resultados de fiscalizações e assegura qualidade no mercado de combustíveis em Mato Grosso

    A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) concluiu uma série de fiscalizações em nove estados brasileiros, entre os dias 24 e 27 de junho, com o objetivo de garantir a qualidade e a conformidade no mercado de combustíveis. Mato Grosso destacou-se pela ausência de irregularidades nos seis postos de combustíveis inspecionados nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande.

    Em colaboração com os Procons Municipais locais, que operam em cooperação técnica com a ANP, as fiscalizações confirmaram a conformidade com as normas vigentes. “A fiscalização tem sido fundamental para assegurar que os consumidores matogrossenses recebam produtos de qualidade e na quantidade correta, conforme indicado nas bombas medidoras”, ressalta Claudyson Alves (Kaká), presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo).

    Além das ações de rotina, a ANP participa de forças-tarefa e parcerias estratégicas com outros órgãos públicos em diversas regiões do Brasil, reforçando o compromisso da Agência em promover um mercado de combustíveis justo e seguro.

    As empresas autuadas pela ANP estão sujeitas a sanções proporcionais à gravidade das infrações, assegurando a proteção dos direitos dos consumidores e a conformidade com as normativas regulatórias do setor.

    Para mais informações sobre as ações da ANP e seus desdobramentos, visite o site oficial da Agência (gov.br/anp/pt-br) ou entre em contato com a Assessoria de Imprensa da ANP ou do Sindipetróleo.

  • Alta nos preços do etanol em São Paulo é impulsionada por aumento na gasolina

    Alta nos preços do etanol em São Paulo é impulsionada por aumento na gasolina

    Levantamentos recentes do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que os preços do etanol fecharam a última semana novamente em alta no mercado spot do estado de São Paulo. Entre os dias 8 e 12 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado registrou um valor de R$ 2,6562 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), um avanço de 4,83% em relação à semana anterior. O etanol anidro, por sua vez, apresentou um aumento de 6% no mesmo período, com o Indicador marcando R$ 3,0809 por litro (líquido de PIS/Cofins).

    De acordo com pesquisadores do Cepea, mesmo com o enfraquecimento da demanda, os vendedores mantiveram-se firmes nos valores pedidos. Este comportamento foi reforçado pelo aumento do preço da gasolina A, anunciado pela Petrobras na segunda-feira, 8 de julho, que elevou o preço em 20 centavos por litro. A valorização da gasolina tende a tornar o etanol mais atrativo como combustível alternativo, justificando a postura firme dos vendedores.

    No entanto, as pesquisas do Cepea apontam que o ritmo de comercialização diminuiu, com distribuidoras adquirindo volumes limitados. No campo, as chuvas em algumas regiões produtoras do estado de São Paulo resultaram em paralisações pontuais da moagem, o que também contribuiu para a dinâmica dos preços no mercado de etanol.

    Este cenário reflete um mercado sensível às variações de preços dos combustíveis fósseis e às condições climáticas, que afetam diretamente a produção e a comercialização do etanol no estado de São Paulo.

  • ANP divulga resultados de fiscalizações e assegura qualidade no mercado de combustíveis em Mato Grosso

    ANP divulga resultados de fiscalizações e assegura qualidade no mercado de combustíveis em Mato Grosso

    A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) concluiu uma série de fiscalizações em nove estados brasileiros, entre os dias 24 e 27 de junho, com o objetivo de garantir a qualidade e a conformidade no mercado de combustíveis. Mato Grosso destacou-se pela ausência de irregularidades nos seis postos de combustíveis inspecionados nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande.

    Em colaboração com os Procons Municipais locais, que operam em cooperação técnica com a ANP, as fiscalizações confirmaram a conformidade com as normas vigentes. “A fiscalização tem sido fundamental para assegurar que os consumidores matogrossenses recebam produtos de qualidade e na quantidade correta, conforme indicado nas bombas medidoras”, ressalta Claudyson Alves (Kaká), presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo).

    Além das ações de rotina, a ANP participa de forças-tarefa e parcerias estratégicas com outros órgãos públicos em diversas regiões do Brasil, reforçando o compromisso da Agência em promover um mercado de combustíveis justo e seguro.

    As empresas autuadas pela ANP estão sujeitas a sanções proporcionais à gravidade das infrações, assegurando a proteção dos direitos dos consumidores e a conformidade com as normativas regulatórias do setor.

  • MP pode pressionar preços dos combustíveis, avalia federação

    MP pode pressionar preços dos combustíveis, avalia federação

    A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) manifestou preocupação em relação à Medida Provisória (MP) 1.227/24, publicada em 4 de junho pelo Diário Oficial da União. A nova MP restringe o uso dos créditos PIS/COFINS para abatimento de outros tributos, o que poderá ter significativos efeitos em toda a cadeia comercial de combustíveis.

    Conforme avaliação da Fecombustíveis, a limitação imposta pela MP poderá resultar em impactos negativos no caixa e nos investimentos das empresas envolvidas na produção, distribuição e transporte de combustíveis. Essa oneração fiscal pode, consequentemente, elevar os custos em todas as etapas da cadeia comercial, desde os produtores até os distribuidores e transportadores, chegando aos postos de combustíveis e, por fim, ao consumidor final.

    Um dos efeitos mais preocupantes destacados pela Federação é a necessidade de um maior capital de giro para o segmento de revenda de combustíveis, devido ao aumento de custos nas etapas anteriores. Isso poderá pressionar os revendedores, que já operam em um mercado competitivo e livre, a repassar esses aumentos de custos ao consumidor.

    Embora cada agente econômico tenha autonomia para decidir se repassará ou não os custos adicionais, a Fecombustíveis enfatiza a importância de esclarecer esses fatos à sociedade. O objetivo é evitar que o revendedor varejista, sendo o elo mais visível e o último da cadeia, seja injustamente responsabilizado por eventuais elevações de preços originadas em etapas anteriores.

    “A MP 1.227/24 traz desafios significativos para a cadeia de combustíveis. Estamos trabalhando para minimizar os impactos e garantir que o consumidor final compreenda a complexidade da situação,” afirmou um representante da Fecombustíveis.

    Com a preocupação crescente em torno dos possíveis aumentos de custos, a Fecombustíveis está empenhada em monitorar os efeitos da MP e buscar soluções que possam mitigar os impactos para todos os agentes envolvidos, especialmente para os consumidores.

  • Preços dos combustíveis permanecem estáveis ​​na última semana de maio, Diz ANP

    Preços dos combustíveis permanecem estáveis ​​na última semana de maio, Diz ANP

    Os preços dos combustíveis nos postos de abastecimento do Brasil foram praticamente obtidos na semana de 19 a 25 de maio, segundo dados do Levantamento de Preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A estabilidade foi favorecida pela manutenção dos preços do petróleo abaixo de US$ 85 o barril, permitindo que os preços do diesel e da gasolina permanecessem congelados na Petrobras.

    De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem média dos preços nas refinarias brasileiras em relação ao mercado internacional era de 2% para a gasolina e de 4% para o diesel. Esta pequena defasagem contribuiu para a estabilidade dos preços nos postos.

    Os preços médios da gasolina e do diesel nos postos de abastecimento caíram moderadamente, com uma redução média de 0,3%, sendo a gasolina comercializada a R$ 5,85 e o diesel a R$ 5,93. O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) manteve-se praticamente estável, com uma variação de nível de 0,05%, fixando-se em R$ 101,79 para o botijão de 13 quilos.

    No levantamento da ANP, o menor preço da gasolina foi registrado em Itaquaquecetuba, São Paulo, a R$ 4,69 por litro, enquanto o mais caro foi encontrado na capital do estado, a R$ 7,97 por litro. Para o diesel S10, o menor preço foi oferecido em Araguaína, Tocantins, a R$ 5,29 por litro, e o mais alto em São Paulo, a R$ 8,49 por litro.

    Quanto ao gás de cozinha (GLP 13kg), o preço mais baixo foi encontrado em São José dos Campos, São Paulo, a R$ 69,90, enquanto o mais caro foi registrado em Betim, Minas Gerais, a R$ 150,00 .

    No cenário de curto a médio prazo, espera-se que as políticas de controle de preços e os esforços para equilibrar a oferta e a demanda no mercado interno continuem a ser temas centrais nas discussões sobre a economia de energia no Brasil.

  • “Navio terá multa se não descarbonizar combustível”, alerta Mercadante

    “Navio terá multa se não descarbonizar combustível”, alerta Mercadante

    O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, chamou a atenção, nessa quinta-feira (9), sobre mudanças nos combustíveis para a navegação e a aviação. As regras são definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU), que vem adotando medidas com o objetivo de reduzir as emissões de carbono, num esforço para mitigar os efeitos do aquecimento global. De acordo com Mercadante, o país precisa estar preparado, e o BNDES vem se debruçando sobre a questão.

    “A ONU é mandatária sobre navegação e espaço aéreo. No espaço aéreo, já estão dados a data e o volume do combustível renovável que terá que ser adotado a partir de 2027. Nós estamos financiando a produção de SAF, que é o combustível sustentável da aviação”, disse Mercadante, durante apresentação do balanço financeiro do BNDES referente ao primeiro trimestre de 2024.

    Em sua visão, a maior preocupação envolve, no entanto, a navegação marítima. “Cerca de 90% de todo o transporte de mercadorias do planeta são feitos por navios. Eles terão multas se não descarbonizarem o combustível. E temos um problema logístico para chegar, por exemplo, à China. Nosso navio demora muito mais tempo do que, por exemplo, o da Austrália. Com isso, podemos perder competitividade. E o BNDES está debruçado sobre isso”, explicou.

    Uma das ferramentas que o país possui para fomentar essa transição energética é o Fundo da Marinha Mercante, que existe desde 1958 e é voltado para promover o desenvolvimento da marinha mercante e da indústria naval nacional. São vários gestores, mas o BNDES responde por 75%. Segundo Mercadante, por meio do fundo, estão em processo de contratação R$6,6 bilhões, envolvendo balsas, rebocadores, empurradores para transporte de grãos e minério, entre outras embarcações.

    Apesar dos desafios, ele vê uma oportunidade. “No curto prazo, para adaptar os navios, a melhor resposta é o etanol e o metanol, dos quais o Brasil é o segundo maior produtor. Nós temos a produção de etanol mais evoluída, que é o de segunda geração. É o mais eficiente, o que mais descarboniza. Podemos entrar nesse mercado”. O presidente do BNDES afirmou que, para atender à demanda, será preciso dobrar a produção de etanol no Brasil.

    Subsídio à aviação

    O BNDES também está estudando uma forma de apoiar as empresas aéreas, tendo em vista que o setor ainda sente os prejuízos acumulados ao longo da pandemia de covid-19, quando as medidas de distanciamento social reduziram drasticamente a locomoção das pessoas, incluindo o transporte para negócios e turismo. A alternativa que vem sendo discutida envolve o Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC). Ele conta com recursos de contribuições provenientes das atividades ligadas ao próprio setor. “Esse fundo poderia ser acionado como garantidor para que possamos operar e oferecer crédito. Temos uma discussão em andamento”, diz Mercadante.

    Segundo ele, as empresas vivem um bom momento. “Elas estão bem. O faturamento é crescente, os resultados são excelentes. Mas elas têm um passivo da pandemia. Os aviões ficaram no chão praticamente um ano e elas pagando leasing, tendo que manter equipes de profissionais, pagando taxas aeroportuárias. Foram custos muito pesados e as empresas sem faturamento. O Brasil não adotou nenhuma medida naquele período”.

    Mercadante também afirmou que, em diversos países, o setor recebeu apoio para suportar os prejuízos do período. “Depois da pandemia de covid-19, houve subsídios à aviação no mundo inteiro. Houve nos Estados Unidos, em quase todos os países europeus, na Índia e em outros. A China sempre fez isso. E é muito importante para um país do tamanho do Brasil ter o setor estruturado. A gente não chega em muitos locais importantes do território nacional se não tiver empresas que tenham uma visão sistêmica do país e que deem prioridade ao Brasil. A disposição do BNDES é contribuir para que essas empresas resolvam a situação”.

    Edição: Graça Adjuto

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