Tag: Combustíveis

  • RenovaBio: decreto trata de fiscalização das metas de descarbonização

    RenovaBio: decreto trata de fiscalização das metas de descarbonização

    O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou hoje (16/4), o Decreto nº 12.437/2025, relativo à Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). A norma trata dos instrumentos de fiscalização para garantir o cumprimento das metas de descarbonização, ampliar a segurança jurídica para o mercado e enfrentar com mais eficiência práticas ilícitas no setor de combustíveis.

    O Decreto regulamenta dispositivos da Lei nº 15.082/2024 e moderniza o processo administrativo da ANP, ampliando a capacidade de identificar, punir e coibir fraudes no mandato de mistura do biodiesel ao diesel.

  • Etanol mantém competitividade frente à gasolina em Mato Grosso e cinco Estados

    Etanol mantém competitividade frente à gasolina em Mato Grosso e cinco Estados

    Entre os dias 6 e 12 de abril, o etanol hidratado se mostrou mais competitivo do que a gasolina em seis estados brasileiros, entre eles Mato Grosso, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na média nacional, a paridade entre os preços dos dois combustíveis foi de 67,56%, valor abaixo do limite de 70% tradicionalmente considerado como o ponto de equilíbrio para a vantagem do etanol em veículos flex.

    A análise de paridade indica que, nesse período, abastecer com etanol foi economicamente mais vantajoso em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Em Mato Grosso, por exemplo, a relação entre o preço do etanol e o da gasolina ficou em 65,87%, reforçando a competitividade do biocombustível no estado.

    Apesar do critério técnico dos 70%, executivos do setor observam que o etanol pode manter-se vantajoso mesmo com paridades um pouco superiores, a depender do modelo de veículo e do uso.

    O preço médio do etanol no país foi de R$ 4,27 por litro na semana analisada, com queda de 0,23% em relação à semana anterior. As cotações recuaram em 12 estados e no Distrito Federal, subiram em 8 e permaneceram estáveis em 6. Em São Paulo, maior mercado consumidor e produtor do país, o preço médio caiu 0,96%, chegando a R$ 4,12. Goiás teve o maior recuo proporcional, de 1,92%, com o litro custando R$ 4,08.

    Na outra ponta, o Ceará registrou a maior alta no período: 5,77%, com o litro do etanol vendido a R$ 5,32. O menor valor encontrado em um posto foi de R$ 3,45, no Paraná, enquanto o maior preço, R$ 6,49, foi verificado em Pernambuco.

    Entre os estados, o menor preço médio foi registrado em Mato Grosso do Sul (R$ 4,06), enquanto o maior ficou com o Amazonas, onde o litro do etanol foi vendido, em média, a R$ 5,48.

  • Queda nos preços de óleos vegetais reabre debate sobre aumento da mistura de biodiesel no diesel

    Queda nos preços de óleos vegetais reabre debate sobre aumento da mistura de biodiesel no diesel

    Com a recente queda nos preços de óleos vegetais, a indústria de biodiesel volta a pressionar o governo federal para elevar a mistura obrigatória de biodiesel no diesel de 14% para 15%. A avaliação é da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que vê no atual cenário de mercado uma oportunidade para a medida ser finalmente implementada. A proposta havia sido discutida no início do ano, mas foi travada por decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), diante de temores de impacto inflacionário.

    Segundo o diretor de economia e assuntos regulatórios da Abiove, Daniel Amaral, a redução nos preços dos óleos vegetais é resultado da recuperação na oferta global e da normalização na demanda. Isso elimina o principal obstáculo que impediu o avanço da proposta no início do ano, quando o governo temia reflexos nos preços dos alimentos e, por consequência, nos índices de aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A inflação acumulada em 12 meses até março está em 5,48%, acima da meta do Banco Central, de 3%.

    “Hoje as condições já estão dadas para elevar a mistura para 15%. A indústria tem capacidade industrial, estamos aumentando o esmagamento de grãos, e o cenário internacional está mais favorável”, afirmou Amaral, durante evento da Abiove em São Paulo. Para ele, a decisão agora está nas mãos do governo, e a expectativa do setor é de que o aumento da mistura ocorra “o mais rápido possível”.

    A Abiove sustenta que a elevação da demanda por biodiesel não deve pressionar os preços ao consumidor. Amaral explicou que as altas registradas no início do ano foram causadas, sobretudo, por fatores externos, como o câmbio e problemas nas safras de palma no Sudeste Asiático, e não pelo mercado interno. “Foram questões fora do Brasil”, enfatizou.

    A decisão do CNPE de manter a mistura em 14% teve impacto direto nas projeções de crescimento do setor. A consultoria StoneX, por exemplo, revisou suas estimativas para as vendas de biodiesel em 2025, cortando pela metade a expectativa de aumento: de 1,2 milhão para 600 mil metros cúbicos.

    O Ministério de Minas e Energia ainda não se manifestou sobre o tema após o novo posicionamento da Abiove. A expectativa da indústria é de que, com o cenário de preços mais favorável, o governo reconsidere a elevação da mistura como parte de sua estratégia de transição energética e fortalecimento da indústria nacional de biocombustíveis.

  • País teve comercialização de mais de 130 bilhões de litros de combustíveis em 2024

    País teve comercialização de mais de 130 bilhões de litros de combustíveis em 2024

    Em 2024, foram comercializados, no Brasil, 133,1 bilhões de litros de combustíveis líquidos automotivos. No caso da gasolina C (já com a mistura de etanol anidro), foram 44,19 bilhões de litros, uma redução de 4% com relação a 2023. O etanol hidratado combustível teve 21,66 bilhões de litros em venda, um crescimento de 33,4%. Com relação ao diesel B (já com a mistura de biodiesel), foram comercializados 67,25 bilhões de litros, um aumento de 2,6% na comparação com o ano anterior.

    Os dados foram apresentados pela ANP hoje (13/2), no Seminário de Avaliação do Mercado de Combustíveis 2025 (ano base 2024). O evento foi híbrido, realizado no Rio de Janeiro, com presença de agentes de mercado e outros interessados, e transmitido ao vivo pela plataforma Teams. Fizeram a abertura do seminário os Diretores da ANP Fernando Moura, Symone Araújo e Mariana Cavadinha.

    No ano, a produção nacional de gasolina A (pura, ainda sem a adição de etanol anidro) correspondeu a 90% do total da oferta interna, sendo os 10% restantes supridos por importações. Já no caso do diesel A (ainda sem a mistura de biodiesel), as importações foram responsáveis por cerca de 25% das vendas.

    No caso do GLP, foram comercializados 7,57 milhões de metros cúbicos no país em 2024, um aumento de 2,2% na comparação com 2023. As importações corresponderam a 25% das vendas.

    O biodiesel teve crescimento nas vendas, refletindo o aumento, em 2024, do teor desse biocombustível no diesel de origem fóssil, de 12% para 14%. Foram comercializados 8,96 bilhões de litros no ano, enquanto em 2023 foram 7,34 bilhões.

    O ano se encerrou com 131.278 agentes regulados pela ANP no setor de abastecimento, entre eles: 44.678 postos de combustíveis; 58.283 revendas de GLP; 384 distribuidores (entre os de combustíveis líquidos, GLP, combustíveis de aviação, solventes e asfaltos); e 152 produtores de lubrificantes.

    Os demais agentes se dividem entre rerrefinadores de lubrificantes, agentes de comércio exterior, transportadores-revendedores-retalhistas (TRR), transportadores-revendedores-retalhistas na navegação interior (TRR-NI), coletores de lubrificantes, pontos de abastecimento e consumidores industriais de solventes.

    No seminário, foram apresentados ainda dados de produção de combustíveis, estatísticas das ações de fiscalização da ANP no mercado de abastecimento e aspectos de preços e concorrenciais. A Agência realizou ainda uma apresentação, destinada aos agentes regulados, sobre os sistemas que devem ser utilizados para envio de dados à ANP, pedidos de autorização, entre outros.

    Novo painel dinâmico da revenda

    No evento, foi lançado também o Painel Dinâmico de Revendedores, que tem como objetivos ampliar a transparência e permitir o compartilhamento de dados com agentes regulados, empresas e a sociedade.

    O painel disponibiliza dados cadastrais das revendas de combustíveis automotivos e de GLP (gás de cozinha), incluindo histórico de bandeiras, capacidade de tancagem e número de bicos de abastecimento.

    A consulta pode ser realizada de forma geral, abrangendo todos os revendedores, ou de forma específica, por CNPJ, unidade da Federação (UF) e/ou município. A ferramenta auxilia na identificação de tendências de mercado e na previsão de comportamentos futuros.

    Foi lançado ainda a API de Revendedores, a ferramenta que permite consultar a lista de postos revendedores de combustíveis automotivos e de GLP em operação, bem como seus dados cadastrais, incluindo: endereço; produtos comercializados; nome do distribuidor; capacidade de tancagem; e coordenadas geográficas, quando disponíveis. Assim como painel, a API possibilita a consulta geral ou específica, utilizando CNPJ, UF e/ou município.

    A diferença entre as duas ferramentas é que o painel dinâmico é interativo e permite a consulta de dados diretamente, por qualquer usuário. Já a API (sigla para Application Programming Interface, ou Interface de Programação de Aplicações) é uma ferramenta que permite a comunicação entre diferentes sistemas, possibilitando a troca de dados de forma segura, eficiente e estruturada. Ela disponibiliza dados para os agentes econômicos ou outros interessados consumirem através de seus próprios sistemas.

  • Brasil vende mais de 133 bilhões de litros de combustíveis em 2024

    Brasil vende mais de 133 bilhões de litros de combustíveis em 2024

    Em 2024, foram comercializados no Brasil 133,1 bilhões de litros de combustíveis líquidos automotivos. No caso da gasolina C (com a mistura de etanol anidro), foram 44,19 bilhões de litros, uma redução de 4% com relação a 2023.

    O etanol hidratado combustível teve 21,66 bilhões de litros em venda, aumento de 33,4%. Com relação ao diesel B (com a mistura de biodiesel), foram vendidos 67,25 bilhões de litros, crescimento de 2,6% na comparação com o ano de 2023.

    Os dados foram apresentados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP ) durante o Seminário de Avaliação do Mercado de Combustíveis 2025 (ano base 2024).

    Posto de gasolina em Pinheiros
    Rovena Rosa/Agência Brasil

    O evento foi híbrido, realizado no Rio de Janeiro, com a presença de agentes de mercado e outros interessados, e transmitido ao vivo pela plataforma Teams. O seminário foi aberto pelos diretores da ANP Fernando Moura, Symone Araújo e Mariana Cavadinha.

    No ano, a produção nacional de gasolina A (pura, ainda sem a adição de etanol anidro) correspondeu a 90% do total da oferta interna, sendo os 10% restantes supridos por importações. Já no caso do diesel A (ainda sem a mistura de biodiesel), as importações foram responsáveis por cerca de 25% das vendas.

    Gás de botijão

    No caso do GLP (gás de botijão), foram comercializados 7,57 milhões de metros cúbicos no país em 2024, um aumento de 2,2% na comparação com 2023. As importações corresponderam a 25% das vendas.

    O biodiesel teve crescimento nas vendas, refletindo o aumento, em 2024, do teor desse biocombustível no diesel de origem fóssil, de 12% para 14%. Foram comercializados 8,96 bilhões de litros no ano, enquanto em 2023 o total atingiu 7,34 bilhões.

    O ano se encerrou com 131.278 agentes regulados pela ANP no setor de abastecimento, entre eles: 44.678 postos de combustíveis; 58.283 revendas de GLP; 384 distribuidores (entre os de combustíveis líquidos, GLP, combustíveis de aviação, solventes e asfaltos); e 152 produtores de lubrificantes.

  • ANP fiscaliza postos e distribuidoras de combustíveis em Mato Grosso

    ANP fiscaliza postos e distribuidoras de combustíveis em Mato Grosso

    Entre os dias 3 e 6 de fevereiro, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou ações de fiscalização no mercado de combustíveis em 13 unidades da Federação, incluindo Mato Grosso. No estado, as equipes da ANP inspecionaram seis postos de combustíveis, três distribuidoras e uma revenda de GLP (gás liquefeito de petróleo), com foco nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande. Parte das ações contou com a parceria dos Procons municipais das duas cidades.

    Durante as fiscalizações, um posto de combustíveis em Cuiabá foi autuado por não possuir equipamentos para realizar testes de qualidade dos combustíveis, um direito que pode ser exigido pelo consumidor. Já em Várzea Grande, não foram identificadas irregularidades. Nas duas cidades, foram coletadas sete amostras de combustíveis para análise em laboratório, a fim de verificar a conformidade com os padrões de qualidade estabelecidos pela ANP.

    As equipes da ANP verificaram diversos aspectos, como a qualidade dos combustíveis, a precisão das bombas medidoras, a adequação dos equipamentos e instrumentos necessários para o manuseio dos produtos, além da documentação de autorização de funcionamento das empresas e das movimentações dos combustíveis.

    Fiscalização

    As ações de fiscalização da ANP são planejadas com base em diversos vetores de inteligência, como denúncias recebidas pela Ouvidoria da ANP, dados do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC), informações de outros órgãos e da área de Inteligência da ANP. Dessa forma, as operações são direcionadas para regiões e agentes econômicos com indícios de irregularidades.

    Estabelecimentos autuados pela ANP estão sujeitos a multas que podem variar de R$ 5 mil a R$ 5 milhões, além de penas como suspensão ou revogação da autorização de funcionamento. As sanções são aplicadas após processo administrativo, no qual o autuado tem direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme previsto em lei.

    Consumidores que identificarem irregularidades no mercado de combustíveis podem denunciar à ANP por meio do Fale Conosco (gov.br/anp/pt-br/canais_atendimento/fale-conosco) ou pelo telefone 0800 970 0267 (ligação gratuita). A participação da sociedade é fundamental para garantir a qualidade dos combustíveis e a segurança de todos.

  • Preço de combustíveis sobe a partir deste sábado

    Preço de combustíveis sobe a partir deste sábado

    A partir deste sábado (1º), abastecer o veículo ficará mais caro. O reajuste do preço do diesel pela Petrobras e o aumento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), arrecadado pelos estados, sobre a gasolina, o etanol, o diesel e o biodiesel, são os responsáveis pela alta.

    No caso do diesel, a Petrobras elevou o preço nas refinarias em R$ 0,22 por litro (+6,2%), para reduzir a defasagem de 17% em relação aos preços internacionais. Além disso, a alíquota de ICMS subirá R$ 0,06, de R$ 1,06 para R$ 1,12 por litro.

    Em relação à gasolina e ao etanol, a Petrobras não alterou o preço nas refinarias, que está com defasagem em torno de 7% em relação aos preços internacionais. No entanto, a alíquota de ICMS subiu R$ 0,10, de R$ 1,37 para R$ 1,47 por litro.

    O reajuste do ICMS sobre os combustíveis em todo o Brasil foi determinado pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), órgão que reúne os secretários de Fazenda dos estados. Pelo modelo em vigor desde o ano passado, as alíquotas de ICMS dos combustíveis passam a ser reajustas anualmente, com base nos preços médios pesquisados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) entre fevereiro e setembro do ano anterior.

    No caso do gás de cozinha, as alíquotas cairão R$ 0,02, de R$ 1,41 para R$ 1,39 por quilo. Segundo o Confaz, a queda ocorre porque o botijão ficou mais barato no ano passado, o que se refletiu em ICMS mais baixo.

    As alíquotas de ICMS passaram para os seguintes valores:

    Combustíveis Alíquotas até janeiro A partir de 1º de janeiro

    Gasolina/Etanol

    R$ 1,37 por litro R$ 1,47 por litro

    Diesel / Biodiesel

    R$ 1,06 por litro

    R$ 1,12 por litro

    Gás de cozinha

    R$ 1,41 por quilo

    R$ 1,39 por quilo

    O impacto no preço final depende do mercado. Isso porque os preços da Petrobras são fixados nas refinarias, cabendo às distribuidoras, aos postos de combustíveis e aos comerciantes, no caso do gás de cozinha, estabelecer o preço final. Geralmente, os aumentos de tributos e de preços nas refinarias são repassados aos consumidores.

    Desde 2022, as alíquotas do ICMS sobre os combustíveis são estabelecidas em valores fixos por litro (ou por quilo, no caso do gás de cozinha). Antes disso, as alíquotas estaduais obedeciam a um percentual do preço final definido por cada Unidade da Federação.

    Querosene de aviação

    Outro combustível que ficará mais caro em fevereiro é o querosene de aviação. A Petrobras anunciou a elevação do preço em 8%, equivalente a R$ 0,31 por litro nas refinarias. Diferentemente dos demais combustíveis, o preço do querosene de aviação é definido a cada mês, por estar atrelado ao dólar e à cotação internacional do petróleo.

    Com o reajuste em fevereiro, o querosene de aviação acumula alta de R$ 0,56 por litro em 2025 (+15,6%). Segundo a Petrobras, desde dezembro de 2022, o preço do querosene caiu R$ 0,93 por litro (-18,3%).

  • Etanol e Diesel têm reajustes significativos em Mato Grosso em dezembro

    Etanol e Diesel têm reajustes significativos em Mato Grosso em dezembro

    Mato Grosso registrou aumentos nos preços dos combustíveis em dezembro, com destaque para o etanol e o diesel, de acordo com o Índice de Preços Ticket Log (IPTL). Apesar de continuar apresentando o menor preço regional para o etanol, o estado teve reajustes em todas as categorias de combustíveis na comparação entre o final de novembro e a primeira quinzena de dezembro.

    Etanol: Maior alta do período

    O etanol foi o combustível com maior aumento percentual, registrando uma majoração de 2,22%. O preço médio passou de R$ 4,050 para R$ 4,140 por litro, consolidando o maior reajuste observado para este biocombustível no Centro-Oeste durante o período. Ainda assim, a região continua oferecendo o etanol mais barato do país, empatada com o Sudeste, onde o litro é comercializado a R$ 4,18, após aumento médio de 1,46%.

    Diesel: Pequeno aumento, impacto significativo

    O diesel também apresentou alta em Mato Grosso. O tipo comum teve reajuste de 0,47%, elevando o preço médio de R$ 6,360 para R$ 6,390. Já o diesel S-10 ficou 0,47% mais caro, atingindo médias de R$ 6,460. No cenário regional, o preço médio do diesel no Centro-Oeste foi de R$ 6,21 para o tipo comum e R$ 6,34 para o S-10, representando aumentos de 0,49% e 0,63%, respectivamente.

    Gasolina: Reajuste menor em Mato Grosso

    O litro da gasolina em Mato Grosso também subiu, mas em um ritmo mais moderado. O preço médio passou de R$ 6,440 para R$ 6,460, uma alta de 0,31%. No entanto, a região Centro-Oeste se destacou ao ser a única do Brasil a registrar uma queda de 0,16% no preço médio da gasolina, indo para R$ 6,28, em contraste com o aumento observado em outras regiões do país.

    Vantagens econômicas do Etanol no Centro-Oeste

    Apesar dos reajustes, o etanol continua sendo financeiramente mais vantajoso em relação à gasolina nos três estados do Centro-Oeste e no Distrito Federal. Segundo Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, “Mesmo após apresentar o maior aumento entre as regiões no preço do etanol, o Centro-Oeste continua comercializando o biocombustível mais barato do País. Além disso, a região foi a única a registrar, neste início de mês, uma queda no preço da gasolina, embora pequena, contrariando a tendência de alta observada nas demais regiões brasileiras.”

    Perspectiva nacional e impactos locais

    Os ajustes nos preços refletem não apenas as dinâmicas do mercado interno, mas também fatores externos que influenciam os custos de produção e distribuição de combustíveis no Brasil. Mato Grosso, com sua forte produção agrícola e dependência do transporte rodoviário, sente de forma direta os impactos dessas variações, especialmente no diesel, essencial para o setor logístico.

    Com o novo cenário, consumidores devem redobrar a atenção ao avaliar qual combustível oferece a melhor relação custo-benefício, considerando a crescente competitividade do etanol na região.

  • Brasil registra recordes históricos em produção e venda de combustíveis em 2024

    Brasil registra recordes históricos em produção e venda de combustíveis em 2024

    O Brasil bateu recordes históricos referentes ao desempenho do setor energético em 2024. O país alcançou números inéditos em produção e vendas de combustíveis e biocombustíveis, reafirmando sua posição como um dos líderes globais na área. No acumulado de janeiro a outubro deste ano, as vendas de diesel totalizaram 56,7 bilhões de litros, o maior valor já registrado, representando um aumento de 3,7% em comparação ao mesmo período do ano passado. O destaque foi para o mês de outubro, com 6,2 bilhões de litros comercializados, 7,6% a mais do que em outubro de 2023.

    O desempenho do etanol hidratado também foi notável, com 17,9 bilhões de litros vendidos nos dez primeiros meses do ano, um crescimento de 40,6% em relação ao mesmo período de 2023. Já no mercado de gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha, as vendas atingiram 6,33 milhões de toneladas no acumulado anual, o maior volume da série histórica, com outubro registrando 658 mil toneladas comercializadas.

    Em termos de produção, o óleo diesel S-10 registrou 24,6 bilhões de litros produzidos até outubro, um aumento de 5,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. No mesmo mês, a produção mensal alcançou o recorde de 2,798 bilhões de litros, reforçando o compromisso do Brasil com combustíveis mais eficientes. No segmento de gás natural, setembro foi marcado pela maior produção já registrada no país, com 169,9 milhões de metros cúbicos diários.

    Esses resultados refletem a eficácia das políticas públicas implementadas pelo Ministério de Minas e Energia (MME), com foco em segurança energética, sustentabilidade e avanço tecnológico. O ministro Alexandre Silveira destacou que os números expressam a força do setor energético brasileiro, fruto de investimentos consistentes e parcerias estratégicas. “O Brasil avança como protagonista global no setor de energia, garantindo não apenas o desenvolvimento econômico, mas também benefícios diretos para a população e o meio ambiente”, afirmou.

    Com um desempenho sólido e perspectivas promissoras, o Brasil consolida seu papel de liderança no mercado energético, alicerçado em inovação e no compromisso com um futuro mais sustentável. Os números apresentados são uma demonstração clara da capacidade do país de superar desafios e continuar contribuindo para a transição energética global.

  • Consumo de combustíveis cresce 7% em outubro, mas principais distribuidoras perdem mercado

    Consumo de combustíveis cresce 7% em outubro, mas principais distribuidoras perdem mercado

    O mercado brasileiro de combustíveis registrou em outubro um crescimento expressivo no volume consumido, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O consumo combinado de diesel e gasolina apresentou alta de 7,0% no total , sendo 7,3% de aumento no diesel e 5,4% na gasolina , refletindo um aquecimento da demanda em todo o país.

    Os preços do diesel e da gasolina praticados pela Petrobras permaneceram positivos em outubro, segundo o último relatório. No entanto, as cotações domésticas seguem abaixo da paridade internacional. O diesel apresenta um desconto de 6% em relação ao IPP (Índice de Paridade de Preços) , enquanto a gasolina registra um desconto de 5% , o que favorece o consumidor brasileiro, mas reduz a atratividade das.

    As amostras de diesel consolidadas em outubro foram 21% menores do que no mês anterior, refletindo menor dependência do mercado externo. Nesse cenário, os importadores independentes perderam espaço, respondendo por 11% do abastecimento doméstico , uma queda significativa em relação aos 14% de setembro .

    Principais distribuidoras com redução de participação

    Apesar do aumento nos volumes totais de combustíveis comercializados, os grandes players do setor enfrentaram queda em suas participações de mercado. A Vibra (VBBR3), maior distribuidora do país, viu sua fatia encolher 30 pontos-base , chegando a 22,7% do mercado .

    Outras gigantes também enfrentaram desafios semelhantes: a Ipiranga (UGPA3) registrou uma redução de 40 pontos-base , alcançando 17,3% , enquanto a Raízen (RAIZ4) também perdeu 40 pontos-base , fechando o mês com 16% de participação de mercado .

    Perspectivas e desafios do setor

    Embora o aumento no consumo de combustíveis sinalize uma recuperação econômica em setores estratégicos, a competição acirrada e o cenário de importância significativa representam desafios para as grandes distribuidoras. Com uma demanda interna aquecida e preços ainda abaixo da paridade internacional, o setor deve se preparar para lidar com uma dinâmica de mercado mais competitiva nos próximos meses, especialmente no diesel, que segue como principal combustível utilizado no transporte e na indústria brasileira.