Tag: Combate às queimadas

  • Ministro do STF determina medidas de combate às queimadas

    Ministro do STF determina medidas de combate às queimadas

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino afirmou nesta terça-feira (10) que o país vive uma “pandemia de incêndios florestais” e determinou medidas para o enfrentamento às queimadas na Amazônia e no Pantanal.

    Pela decisão, o governo federal deverá convocar mais bombeiros militares para compor o efetivo da Força Nacional que combate os incêndios nas regiões. Os novos integrantes deverão ser oriundos dos estados que não foram atingidos pelos incêndios. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) deverá ampliar o efetivo de fiscalização nas rodovias da região.

    O ministro também determinou que mais aviões devem ser utilizados no trabalho dos militares. A contratação e a requisição de aeronaves na iniciativa privada também foi autorizada.

    A Polícia Federal e as polícias civis dos estados deverão realizar um mutirão de investigação sobre os incêndios provocados pela ação humana.

    O Poder Executivo ainda terá que apresentar, no prazo de 90 dias, um plano nacional de enfrentamento às queimadas para o ano de 2025. O plano deverá ser realizado de forma integrada com os estados.

    Pandemia

    Na abertura da audiência, Dino disse que o enfrentamento às queimadas deve ser feito pelos Três Poderes, como ocorreu durante as enchentes no Rio Grande do Sul.

    “Não podemos normalizar o absurdo. Temos que manter o estranhamento com o fato de que 60% do território nacional está sentindo os efeitos dos incêndios florestais e das queimadas. Isso é um absurdo, isso é inaceitável. Temos que reconhecer que estamos vivenciando uma autêntica pandemia de incêndios florestais”, afirmou.

    O ministro também defendeu a investigação e punição de quem provoca queimadas ilegais.

    “Há ação humana. Por isso, o Supremo vem com essa ideia de diálogo, mas, ao mesmo tempo, de coerção, investigação e punição dessa ação humana”, completou.

    Conciliação

    A decisão de Flávio Dino foi proferida após audiência de conciliação no STF. A reunião envolveu representantes de diversos ministérios, da Procuradoria-Geral da República (PGR), a Advocacia-Geral da União (AGU), além de partidos políticos.

    A conciliação pretende dar cumprimento à decisão na qual o plenário do STF determinou, em março deste ano, que o governo federal cumpra metas contra o desmatamento na Amazônia, por meio da quinta fase do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm). Medidas de combate às queimadas também devem ser acatadas.

    O caso chegou ao STF em 2020. Nas ações julgadas, partidos políticos cobraram do ex-presidente Jair Bolsonaro ações contra o desmatamento da Amazônia.

    O plano estava em passos lentos durante o governo Bolsonaro e foi retomado em junho do ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    — news —

  • FAB faz três voos hoje sobre o Pantanal para combate às queimadas

    FAB faz três voos hoje sobre o Pantanal para combate às queimadas

    A aeronave KC-390 Millennium, com 12 mil litros de água para combater os incêndios no Pantanal, decolou às 11h20 deste sábado (29) para a região do Pantanal, de acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB).

    No dia anterior (28), o avião operado pelo Esquadrão Zeus, sediado na Base Aérea de Anápolis, em Goiânia, transportou de Corumbá (MS) também cerca de 12 mil litros de água, no primeiro voo real de combate ao fogo realizado pela FAB com o cargueiro multimissão. A água foi lançada em um dos focos de incêndio identificados pelo Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul.

    Para hoje, estão previstos três voos de aproximadamente 35 minutos para o lançamento de 12 mil litros de água cada um. Para aumentar o efeito no combate ao fogo, um produto químico denominado retardante é adicionado à água lançada pelas aeronaves na região.

    Diversos órgãos e agências atuam em conjunto na ação de combate ao incêndio no Pantanal. O Corpo de Bombeiros estadual, por exemplo, alimenta duas piscinas que ficam no Aeroporto Internacional de Corumbá e identifica os principais focos de incêndio para que a atuação das aeronaves seja a mais efetiva possível.

    Aeronave

    No combate aos focos de incêndio no Pantanal, a Aeronáutica utiliza a aeronave multimissão KC-390, desenvolvida pela fabricante brasileira Embraer, que tem capacidade para realizar uma operação segura e equipada com o Sistema Modular Aerotransportável de Combate a Incêndios, do inglês Modular Airborne Fire Fighting System). A ferramenta fornece ao cargueiro a funcionalidade necessária para realizar a ação de combate a incêndio em voo.

    O equipamento conta com um tubo que projeta água pela porta traseira esquerda do avião, podendo descarregar até 3 mil galões, aproximadamente 12 mil litros de água em áreas de incêndios, com ou sem retardante de fogo, conforme o critério de nível de cobertura padrão do solo e em diversos tipos de terrenos. O sistema oferece maior precisão, aumentando significativamente a eficácia das operações de combate a incêndios.

    As ações levam em conta as adversidades, o que requer um voo a baixa altitude, baixa velocidade e em elevadas temperaturas. Desta forma, é possível manter a aeronave pressurizada, ou seja, sem comprometer a performance do KC-390. Além disso, o reservatório utilizado para fazer o reabastecimento de água na aeronave tem capacidade para 22 mil litros de água.

    Edição: Maria Claudia

    — news —

  • Nova Rota e Corpo de Bombeiros firmam parceria para reforço no combate às queimadas

    Nova Rota e Corpo de Bombeiros firmam parceria para reforço no combate às queimadas

    A Concessionária Nova Rota do Oeste e o Corpo de Bombeiros firmaram parceria para o atendimento e combate mais rápido às queimadas localizadas às margens da BR-163 em Mato Grosso, em trecho que compreende 11 municípios da Baixada Cuiabana.

    A cooperação com o Comando Regional 1 do Corpo de Bombeiros (CRBM-1) também visa utilizar de forma mais eficiente os recursos operacionais destinados ao combate aos incêndios.

    Para isso, os operadores de tráfego da BR-163/364 passam a dar apoio ao Corpo de Bombeiros, avaliando as ocorrências no local e registrando a situação durante o monitoramento de rotina. Os bombeiros também seguem monitorando o mapa de calor e, sempre que identificarem uma situação suspeita no trecho sob concessão, solicitarão à Nova Rota a verificação do local para identificar a situação.

    “Os nossos operadores de tráfego são treinados e têm condições de avaliar a situação e dimensão de um foco de calor. Existindo a possibilidade de resolver o problema, a Concessionária atua imediatamente. Caso seja um incêndio maior, que coloque em risco a segurança da equipe, o Corpo de Bombeiros é acionado para atuar na ocorrência”, explica a gerente de Operações da Nova Rota do Oeste, Bárbara Natane.

    Conforme a comandante do CRBM-1, tenente-coronel Sheila Sebalhos, a parceria prevê a intensificação da comunicação entre a Sala de Situação do CBM, o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) e o Centro de Controle Operacional da Nova Rota do Oeste. Segundo ela, isso vai garantir mais eficiência na atuação dos militares.

    “É uma parceria importante, porque amplia a capacidade de atendimento aos municípios da Baixada Cuiabana. Com o apoio da Nova Rota do Oeste para o monitoramento, conseguimos destinar nossos recursos às ocorrências que são mais graves ou mesmo atender mais rapidamente uma queimada que está às margens da rodovia”, observa.

    O monitoramento da Nova Rota do Oeste será focado nos trechos da BR-163/364 que vão da Serra de São Vicente (a partir das Águas Quentes) até Nobres, e da BR-070, em Cuiabá e Várzea Grande.

    Para o combate às queimadas, a Nova Rota dispõe de seis caminhões pipa (sendo um alugado especialmente como reforço às atividades para esta época do ano), abafadores em todas as viaturas operacionais (cerca de 70 veículos) e equipes treinadas para atuação em pequenos focos.

     

  • Queimadas: Ibama contrata mais de 1,5 mil brigadistas, o equivalente a 89,8% do previsto no edital

    Queimadas: Ibama contrata mais de 1,5 mil brigadistas, o equivalente a 89,8% do previsto no edital

    Com as recentes contratações de brigadistas, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) atingiu a marca de 1.501 profissionais contratados para atuar na gestão, prevenção e combate ao fogo em áreas críticas, o que representa 89,8% do total de 1.673 previstos. Em novembro, serão contratados outros 172 brigadistas para atuarem em Roraima e no sul da Bahia, período crítico na região.

    Por lei, os brigadistas do Prevfogo podem ser contratados apenas por um período de até 6 meses e de acordo com as realidades regionais, atendendo os períodos com maior demanda. No cerrado, por exemplo, o período com maior índice de focos de incêndio começa em junho. Os focos de incêndio são identificados a partir de monitoramento por satélite feito pelo INPE.

    Em 2021 o Ibama contará com 83 brigadas, 10 a mais que em 2020. Além disso, localmente os brigadistas também efetuam rondas preventivas e montam pontos de observação em locais estratégicos. A atuação direta do Programa de Brigadas Federais, atualmente, atinge uma área superior a 18,5 milhões de hectares. Mas, quando demandados, atuam em Unidades de Conservação (UC) Federais (de responsabilidade do ICMBio) e, também, em UCs Estaduais e Municipais.

    Todos os contratados passam pelo Curso de Formação de Brigadista Florestal, depois podem fazer cursos de Manuseio de moto-serra, de Rapel, de Educação Ambiental, de Alternativas ao Uso do Fogo, dentre outros. Eles também recebem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) apropriados para o combate (gandola, calça, coturno, luvas, capacete, óculos etc), além de ferramentas e equipamentos (motobombas, turbo-sopradores, motosserras etc). Também são disponibilizados veículos adaptados, como viaturas 4×4, caminhões e helicópteros.

    Brigadas de Pronto Emprego

    As Brigadas de Pronto Emprego do Ibama atuam como uma força de elite no combate aos incêndios florestais, operando principalmente em ações de combate ampliado. Em julho, os brigadistas participaram de treinamento com recursos aéreos para combater incêndios florestais no Brasil. A capacitação aconteceu antes do período crítico de incêndios no país, garantindo equipes ainda mais preparadas para eventuais necessidades. A mobilização das brigadas de Pronto Emprego ocorre em menos de 24 horas para qualquer região do país. Com a utilização de aeronaves e recursos tático aéreo, como a descida de rapel, o combate ganha mais eficiência e agilidade, garantindo melhores resultados.

    Pela primeira vez, atuação de mulheres indígenas

    No final de agosto, o Ibama concluiu a formação de brigada voluntária para 29 mulheres indígenas da etnia Xerente, em Tocantínia (TO). O curso foi realizado pelo Prevfogo em parceria com a Associação dos Brigadistas Akwe de Prevenção e Controle às Queimadas e Combate a Incêndios Florestais (Abix), o Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS) e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

    O povo Xerente já conta com brigada especializada, mas é a primeira vez que o treinamento é voltado exclusivamente para mulheres indígenas. A capacitação envolve conceitos de educação ambiental, comportamento do fogo, organização, segurança, equipamentos de proteção, uso e manutenção de ferramentas, técnicas de queima controlada e mobilização.

    Foram formadas uma chefe de brigada, quatro chefes de esquadrão e 24 brigadistas. Além de realizar ações educativas junto à comunidade, a nova equipe também irá reforçar o quadro de brigadistas na terra indígena, que antes contava com 22 e agora totaliza 51. A região registra significativos focos de calor no estado e a situação é ainda mais grave durante o período da seca.

    Treinamento para resgate de animais

    O Ibama, em parceria com a Fundação Jardim Zoológico de Brasília, realizou em setembro uma capacitação de brigadistas para realizar manejo e resgate de animais silvestres afetados por incêndios florestais. A ideia é minimizar os efeitos das queimadas sobre a fauna silvestre em situação de risco. O curso teve duração de 20 horas e abordou técnicas de manejo, contenção de mamíferos, aves, répteis, além de noções básicas de primeiros socorros, uso de equipamentos e procedimentos de segurança. A parte prática foi realizada nos recintos e hospital veterinário do Zoológico.

    Com informações do Ibama

  • Silvio Fávero pede reforço do Exército no combate às queimadas em Mato Grosso

    Silvio Fávero pede reforço do Exército no combate às queimadas em Mato Grosso

    Parlamentar também reivindica ao Governo do Estado parceria para utilização de aviões agrícolas.

    Diante do estado de calamidade pública decretado em Mato Grosso, o deputado Silvio Fávero oficializou, nesta quarta-feira (16.09), o pedido de ajuda do Exército Brasileiro para reforçar as ações de combate às queimadas no Estado.

    O Pantanal é o bioma brasileiro mais afetado pelas queimadas proporcionalmente, mas em Mato Grosso os incêndios estão espalhados por todo o estado. Dados do Prevfogo, o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos incêndios florestais do Ibama, em 2020 mostram que a área queimada no Pantanal já passou de 2,3 milhões de hectares, sendo 1,2 milhão em Mato Grosso e mais de 1 milhão em Mato Grosso do Sul.

    “Nem a ação do corpo de bombeiros, com o apoio dos produtores rurais e de moradores das diversas regiões tem sido suficiente para impedir que as chamas se espalhem rapidamente pela vegetação seca, em meio a áreas de difícil acesso. O apoio dos brigadistas do Exército é mais que necessário para conter as chamas que avançam por diversas regiões, colocando em risco os biomas mato-grossenses”, argumentou Fávero, em ofício encaminhado ao Comandante da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, General Reinaldo Salgado.

    O parlamentar também é autor de indicação direcionada ao Governo do Estado sobre a necessidade de utilização de aviões agrícolas, por meio de parcerias públicas privadas, para ampliar o controle e combate dos incêndios no Estado do Mato Grosso. “O Brasil detém uma das maiores e melhores aviações agrícolas do planeta, e o Estado do Mato Grosso lidera internamente, com aproximadamente 22% da frota nacional, o que significa 494 aeronaves. Em Mato Grosso, o número de operadores privados também aparece em primeiro lugar. Esse apoio também seria de grande valia no combate às chamas”, completou Silvio Fávero.

    Incêndios no Pantanal

     

    Emergência homologada

    O decreto de situação de emergência no âmbito do Estado, em decorrência dos incêndios florestais foi homologado pela União nesta quarta-feira (16.09).  A medida permite que Mato Grosso adote medida de reforço na prevenção e combate aos focos, assim como a manutenção de serviços públicos nas áreas atingidas pelo fogo.

    https://www.cenariomt.com.br/mato-grosso/uniao-homologa-situacao-de-emergencia-em-decorrencia-dos-incendios-florestais-em-mt/

  • Na contramão do estado, BR-163 registra queda no número de queimadas

    Na contramão do estado, BR-163 registra queda no número de queimadas

    Apesar do tempo seco e do alto índice de crescimento dos focos de calor em Mato Grosso, os registros de incêndios às margens da BR-163 reduziram nos dois primeiros meses de período proibitivo de queimadas. Este ano, a proibição do uso de fogo em áreas rurais para limpeza e manejo teve início em 15 de julho e será ampliada até 30 de novembro.

    Entre 15 de julho e 15 de setembro de 2019, a Rota do Oeste registrou 137 ocorrências, 2% a menos que no mesmo período do ano passado, quando foram atendidos 140 casos. Considerando o ano todo, de 1º de janeiro a 15 de setembro, a Concessionária registrou um aumento de 4% nos focos de queimadas.

    Na avaliação do secretário Executivo do Comitê Estadual de Gestão do Fogo, coronel BM Paulo Barroso, os dados são bastante positivos, especialmente diante de um aumento tão expressivo em todo o Estado. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Mato Grosso registrou um crescimento de 70% nos focos de calor.

    “O Brasil inteiro está queimando. O simples fato de manter o número de ocorrências na BR-163 já é um saldo muito favorável. O trabalho da Rota do Oeste serve como exemplo para as demais concessionárias e a outros atores importantes em Mato Grosso. Todos nós devemos ter o compromisso com a prevenção”, avalia.

    Barroso destaca ainda que a presença dos operadores de tráfego e caminhões-pipa da Rota do Oeste garante uma resposta rápida, tanto no combate inicial, quanto no acionamento das equipes do Corpo de Bombeiros, que é a Instituição capacitada para o controle de incêndios.  “A prevenção e a resposta rápida, em casos de ocorrências, feitas com efetividade são fundamentais para alcançar bons resultados”.

    O gerente de Operações da Rota do Oeste, Wilson Ferreira, frisa que apesar da queda nos registros ao longo do trecho sob concessão, a região norte é a que inspira maior cuidado e atenção. O segmento segue caminho contrário do restante do trecho e apresenta um aumento de 50 para 63 casos, entre 2018 e 2019.

    “Seguimos monitorando atentamente a situação. Nessa região, firmamos parcerias com produtores rurais e com o Corpo de Bombeiros para abastecimento dos caminhões-pipas, que realizam o atendimento inicial quando as chamas são identificadas na faixa de domínio e prestam apoio ao próprio Corpo de Bombeiros em ocorrências de maior vulto”, explica.

    Ferreira alerta ainda a importância de os motoristas e moradores da região denunciarem ações suspeitas de pessoas mal-intencionadas que venham a colocar fogo na vegetação. Esta semana, em Nova Mutum foi registrado um caso desta natureza.

    Prevenção – Além do trabalho voltado ao apoio ao combate das chamas, as equipes de conservação da Rota do Oeste seguem dando continuidade ao plano de combate e prevenção às queimadas na BR-163. Como parte das ações, está semana o trabalho será voltado à formação de aceiros na região da BR-070 (rodovia dos Imigrantes), do km 496 ao km 508, em Cuiabá.

    Desde junho, a Concessionária atua no trabalho preventivo a incêndios na rodovia. A ação conta ainda com alertas aos motoristas por meio dos painéis de mensagem variável (PMVs), reforço da limpeza da faixa de domínio, supressão vegetal, monitoramento da faixa de domínio e auxílio físico e material ao Corpo de Bombeiros.

  • Maioria dos focos de calor em MT são em áreas privadas, assentamentos e terras indígenas

    Maioria dos focos de calor em MT são em áreas privadas, assentamentos e terras indígenas

    Cerca de 87% dos focos de calor em Mato Grosso estão localizados em propriedades privadas, assentamentos e terras indígenas. Os dados levam em conta o período entre 1º de janeiro e 8 de setembro de 2019, em que foram registrados 19.711 focos de calor em Mato Grosso.

    O coordenador adjunto da operação Abafa Amazônia, tenente-coronel Dércio Santos da Silva, explica que os incêndios em terras indígenas são uma questão sensível. “Pelo uso do fogo em rituais indígenas ser uma questão cultural, as equipes da operação não podem apagar as queimadas dentro desses locais, nem mesmo agentes de órgãos federais. A entrada para atuar em ocorrências nas terras indígenas tem que partir das próprias lideranças”, explicou.

    Dentro das 84 terras indígenas, que correspondem a 16,26% do território estadual, foram registrados 3.009 focos de calor.

    Durante o período proibitivo de queimadas, Mato Grosso está em quarto lugar em focos de calor por área queimada com 12.261 registros em imagens de satélites fornecidas pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe). Mato Grosso é o terceiro maior estado brasileiro com 903 mil km². Em números absolutos, está em segundo lugar em focos de calor.

    A região metropolitana – Cuiabá, Santo Antônio de Leverger, Nossa Senhora do Livramento e Várzea Grande – teve 295 focos de calor desde o início do ano.

    Nem todos os casos de focos de calor são necessariamente incêndios. Os sensores do satélite registram temperaturas acima de 47°C, por isso, os focos de calor não representam necessariamente incêndios florestais, fogo descontrolado, ou queimadas. Um incêndio, por sua vez, pode ter vários focos de calor. Clique AQUI e saiba mais.

    Operação Abafa Amazônia

    Nas duas fases da Operação Abafa Amazônia realizadas em agosto e setembro deste ano, cerca de 29 mil hectares foram fiscalizados com estimativa de R$ 43 milhões de multas aplicadas. As ações foram coordenadas pelo Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman), instalado na Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).

    A segunda fase da Operação Abafa Amazônia, de 02 a 11 de setembro, ficou focada no médio-Norte e o lançamento foi em Sinop, com a força-tarefa multiagências atuando em União do Sul, Cláudia e Marcelândia. Ao todo foram fiscalizadas 28 áreas, num total de 20.111 hectares e estimativa de R$ 21,8 milhões em multas.

    A próxima operação será na região Araguaia, mas ainda sem data definida.