Tag: combate a incêndios

  • Mato Grosso discute estratégias de combate a incêndios em evento com especialistas

    Mato Grosso discute estratégias de combate a incêndios em evento com especialistas

    O Comitê Estadual de Gestão de Fogo realizou uma série de palestras e debates nos dias 19 e 20 de dezembro para avaliar a temporada de incêndios florestais de 2024 e discutir estratégias para 2025. Especialistas de diversas instituições participaram do evento.

    “Já se esperava que 2024 seria um ano atípico devido à seca avançada. O Governo de Mato Grosso tem se destacado na execução de políticas públicas no combate a incêndios, mas é preciso reforçar o preparo”, afirmou Alex Marega, presidente do Comitê Estadual de Gestão do Fogo.

    Medidas adotadas para a prevenção de incêndios

    Uma das ações destacadas foi a realização de reuniões semanais na Sala de Situação, no Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso, com participação de órgãos federais, estaduais, municipais e o setor privado. A abertura de estradas e o uso de equipamentos pesados, coordenados pela Secretaria de Infraestrutura (Sinfra), foram essenciais para facilitar o combate ao fogo.

    “A integração dos órgãos é fundamental. Precisamos continuar investindo em infraestrutura e coordenação para manter o preparo contra incêndios”, ressaltou o deputado estadual Carlos Avallone.

    Parcerias e inovação tecnológica

    O coronel Dércio Santos da Silva destacou os avanços nas parcerias e no uso de tecnologia para otimizar recursos humanos e materiais, além de fortalecer a preservação dos ecossistemas.

    A analista ambiental Danny Moraes apresentou a palestra “Fauna Silvestre Desafios e Perspectivas”, abordando iniciativas para reabilitação de animais vítimas de queimadas e sua reintegração ao habitat natural.

    O evento contou com a presença de representantes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Sinfra, Ibama, Instituto SOS Pantanal, pesquisadores da UFRJ e outras instituições.

    Fonte: Secom MT

  • Mato Grosso lançou 3,7 milhões de litros de água com aviões no combate a incêndios florestais

    Mato Grosso lançou 3,7 milhões de litros de água com aviões no combate a incêndios florestais

    Desde o início do período proibitivo, Mato Grosso já lançou 3,7 milhões de litros de água por meio de aviões para combater os incêndios florestais no estado. No total, foram realizadas 736 horas de voo em operações aéreas de combate ao fogo, buscando proteger o meio ambiente mato-grossense de maiores danos.

    Segundo o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Flávio Glêdson Bezerra, o uso de aeronaves tem sido crucial na estratégia de controle dos incêndios, complementando as ações das equipes terrestres.

    “O avião, aliado ao trabalho das equipes em solo, garante uma resposta mais eficiente no combate ao fogo. Esse esforço só é possível graças ao investimento do Governo do Estado, que destinou mais de R$ 74 milhões este ano para fortalecer as ações de combate e reduzir os impactos ambientais do fogo”, destacou o comandante.

    Seis aviões têm sido usados diretamente nas operações de combate, atuando em 17 municípios: Cuiabá, Poconé, Diamantino, Barão de Melgaço, Comodoro, Rosário do Oeste, Chapada dos Guimarães, Paranatinga, Pontes e Lacerda, Santo Antônio do Leverger, Vila Bela da Santíssima Trindade, Alto Paraguai, Nortelândia, Tangará da Serra, Reserva do Cabaçal, Comodoro e Nova Mutum.

    O secretário-adjunto de Proteção e Defesa Civil, coronel César Brum, explicou a importância do uso estratégico dessas aeronaves.

    “Esses aviões têm capacidade de transportar entre 2 mil e 3 mil litros de água, lançados diretamente nas áreas críticas. A água não só ajuda a apagar as chamas, mas também umidifica o solo, facilitando o avanço das equipes em terra no controle dos incêndios”, afirmou Brum.

    O uso dessas aeronaves e o investimento significativo reforçam o compromisso do Governo do Estado com a preservação ambiental e a contenção de queimadas que ameaçam vastas áreas de Mato Grosso.

    Pior seca em 44 anos em Mato Grosso

    Cuiabá foto aérea Mato Grosso State, Brazil - Fotos do Canva1
    Fotos do Canva1

    Mato Grosso passa pela pior seca dos últimos 44 anos, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres (Cemaden). O cenário contribui para a propagação rápida das chamas e, por isso, desde o início do ano o Governo do Estado adota medidas para combater os incêndios florestais e evitar que eles aconteçam.

    Neste ano, o Governo de Mato Grosso investe R$ 74,5 milhões para a execução do Plano de Ação de Combate ao Desmatamento Ilegal e Incêndios Florestais. Além das aeronaves, o recurso garante a contratação de 150 brigadistas e capacitação de outros 1,2 mil para reforçar o efetivo; contratação de médicos veterinários para atuarem na Transpantaneira (MT-060), em Poconé; construção de aceiros aceiros, poços artesianos e açudes que servem de bebedouro e abrigos para animais; entre outras ações.

    Uso irregular do fogo é crime

    O uso irregular do fogo é crime, conforme prevê a Lei Federal de Crimes Ambientais. Em Mato Grosso, 20 pessoas já foram presas por colocar fogo em florestas, plantações e áreas urbanas, e mais de R$ 74 milhões em multas já foram aplicadas pelo Corpo de Bombeiros Militar, o único no Brasil que fiscaliza e aplica multas por uso irregular do fogo.

    No Estado, fica proibido o uso do fogo no Cerrado e Amazônia até 30 de novembro, enquanto no Pantanal a proibição se estende até 31 de dezembro, conforme determina o Decreto Estadual nº 927/2024.

  • Seca e ação criminosa intensificam incêndios em Mato Grosso; bombeiros pedem conscientização da população

    Seca e ação criminosa intensificam incêndios em Mato Grosso; bombeiros pedem conscientização da população

    O comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT), coronel BM Flávio Glêdson Vieira Bezerra, afirmou que o calor intenso e a seca prolongada têm criado um cenário desafiador e para agravar a situação, há pessoas que fazem uso do fogo e dificultam ainda mais a situação dos incêndios no Estado. O comandante-geral concedeu entrevista nesta segunda-feira (16.09) para o Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real.

    Por isso, explica o comandante-geral, é fundamental a colaboração da população para mitigar os impactos dos incêndios, de forma que se possa enfrentar e reduzir a frequência e a intensidade desses eventos.

    “Pedimos a conscientização da população para não colocar fogo neste período. A seca está muito severa. As pessoas estão colocando fogo, seja para limpar quintais ou intencionalmente. Queremos conscientizar que o uso do fogo neste período é um crime e que isso está causando todos os problemas que estamos vendo no Estado. Não há como enfrentar isso se as pessoas continuarem colocando fogo”, afirmou.

    Somente no último domingo (15.09), três homens foram presos pela Polícia Militar por provocar um incêndio criminoso em uma região de mata em Tangará da Serra. Além deles, outras 17 pessoas foram detidas em flagrante de 1º de janeiro a 9 de setembro deste ano, sendo que um foi detido em flagrante pelos próprios bombeiros militares.  A Polícia Civil já instaurou 14 procedimentos investigativos para apurar esses crimes no período.

    “Mato Grosso é um Estado muito grande e é natural enfrentar dificuldades. Todos os Estados têm problemas com incêndios. O problema é que existe uma seca severa, uma condição propícia para incêndios, e pessoas colocando fogo. Não há efetivo capaz de suprir isso em qualquer lugar do mundo. Você nunca terá um bombeiro para cada foco de calor”, disse o comandante-geral.

    Para combater os incêndios florestais, desde o início do período da seca, o Governo do Estado investiu R$ 74,5 milhões na execução do Plano de Ação de Combate ao Desmatamento Ilegal e aos Incêndios Florestais. Além disso, contratou 150 brigadistas temporários para o Corpo de Bombeiros Militar, capacitou 1.294 brigadistas para reforçar o efetivo e fez a contratação de quatro aviões agrícolas para o trabalho de combate direto às chamas, entre outras ações.

    Crime Ambiental em Mato Grosso

    rio de janeiro tem o maior numero de queimadas desde 2017 capa 2024 09 10 2024 09 10 541263455

    Causar incêndios e expor a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem a perigo é crime previsto no Código Penal Brasileiro, no artigo 250, com pena de reclusão de 3 a 6 anos.

    Além disso, queimadas em áreas urbanas não são permitidas, sendo passíveis de multa e apreensão do responsável. Em áreas rurais, o período proibitivo estende-se até o dia 30 de novembro deste ano, de acordo com decreto do Governo de Mato Grosso. A sociedade denunciar o crime de incêndio, por meio da Polícia Militar em qualquer cidade do Estado, de forma anônima, através do 190 ou do disque denúncia 0800.065.3939.

  • Defensoria Pública pede combate a incêndios em terras indígenas de Mato Grosso

    Defensoria Pública pede combate a incêndios em terras indígenas de Mato Grosso

    A Defensoria Pública da União (DPU) manifestou-se a favor da adoção de ações imediatas para combater os incêndios florestais em terras indígenas no Mato Grosso.

    Em ofício encaminhado na quarta-feira (11) ao Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo, órgão que pertence ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, a Defensoria Regional dos Direitos Humanos no estado solicitou a criação de um plano específico e emergencial para proteger os territórios tradicionais.

    No documento, a DPU cita o caso da Terra Indígena Capoto Jarinã, que registra atualmente 460 focos de incêndio e conta com apenas 20 brigadistas para conter as chamas.

    A iniciativa da DPU foi tomada após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino determinar medidas para o enfrentamento às queimadas na Amazônia e no Pantanal.

    Pela decisão tomada na terça-feira (10), o governo federal deverá convocar mais bombeiros militares para compor o efetivo da Força Nacional que combate os incêndios nas regiões. Os novos integrantes deverão ser oriundos dos estados que não foram atingidos pelos incêndios. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também deverá ampliar o efetivo de fiscalização nas rodovias da região.

    — news —

  • Polícia Federal apura responsabilidade por incêndios em todo o país

    Polícia Federal apura responsabilidade por incêndios em todo o país

    A Polícia Federal instaurou neste domingo (25/8) dois inquéritos policiais para apurar as causas dos incêndios ocorridos no estado de São Paulo nos últimos dias.

    Atualmente, a PF está conduzindo investigações em várias regiões do Brasil para identificar os responsáveis por incêndios que afetam diversas áreas do país. Outras investigações podem ser abertas nos próximos dias.

    As Delegacias de Meio Ambiente (DMA) e delegacias descentralizadas da Polícia Federal estão ativamente mobilizadas, monitorando de perto a situação dos incêndios nas suas respectivas jurisdições. A coordenação dessas ações é realizada pela Diretoria de Amazônia e Meio Ambiente, sediada em Brasília.

    A PF tem atribuição de atuar em casos de incêndios provocados por ação criminosa, especialmente em áreas de especial proteção, territórios indígenas ou em situações de interesse da União, como nos casos em que haja prejuízo ao funcionamento de aeroportos.

    A investigação dos incêndios conta com o suporte de imagens de satélites, disponibilizadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, possibilitando a identificação dos focos e a determinação das causas dos incêndios.

    A PF trabalha de forma integrada com outras agências federais, como o IBAMA e o ICMBio, e com as polícias estaduais, para garantir a eficiência das investigações.

    — news —

  • Combate a incêndios em Mato Grosso: forças conjuntas enfrentam chamas em diversas frentes

    Combate a incêndios em Mato Grosso: forças conjuntas enfrentam chamas em diversas frentes

    A temporada de incêndios florestais em Mato Grosso se intensifica, exigindo uma resposta robusta e coordenada das diversas forças de segurança e órgãos ambientais do estado. Bombeiros, brigadistas, militares e agentes da Defesa Civil trabalham incansavelmente para conter as chamas que assolam diferentes regiões, especialmente o bioma Pantanal.

    No município de Porto Conceição, em Cáceres, equipes do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBM-MT) combatem um incêndio de grandes proporções. Divididos em duas frentes, os bombeiros atuam tanto na linha de fogo, combatendo diretamente as chamas, quanto na construção de aceiros, barreiras estratégicas que impedem a propagação do fogo. Na região entre o Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense e a Reserva Particular do Patrimônio Natural Estância Dorochê, brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) assumem a linha de frente, contando com o apoio e monitoramento via satélite do CBM-MT.

    Em Nova Lacerda, a situação é preocupante devido a um incêndio que atingiu a área federal da Terra Indígena Sararé e avançou para uma mineradora local. Equipes do CBM-MT estão em alerta máximo e aguardam autorização para ingressar na área afetada e iniciar o combate ao fogo. Quatro bombeiros já estão em Nova Lacerda, prontos para atuar assim que a ordem for liberada.

    Para combater os diversos incêndios que assolam Mato Grosso, o CBM-MT conta com um efetivo de 36 bombeiros, reforçado por brigadistas de órgãos como ICMBio, Ibama, Exército Brasileiro, Força Nacional, Marinha do Brasil e DNIT. O monitoramento via satélite, realizado pelo Batalhão de Emergências Ambientais (BEA) do CBM-MT, é crucial para direcionar as equipes e otimizar as ações de combate ao fogo.

  • Amazônia terá R$ 730 milhões para combate a incêndios e desmatamento

    Amazônia terá R$ 730 milhões para combate a incêndios e desmatamento

    O programa União com Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais na Amazônia, lançado nesta terça-feira (9) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevê R$ 730 milhões a serem investidos na promoção do desenvolvimento sustentável e no combate a desmatamento e incêndios florestais em 70 municípios considerados prioritários na Amazônia.

    Os recursos terão como origem o Fundo Amazônia (R$ 600 milhões) e o programa Floresta+ (R$ 130 milhões), em ação do Ministério do Meio Ambiente para criar, fomentar e consolidar o mercado de serviços ambientais.

    Durante a cerimônia de lançamento do programa, no Palácio do Planalto, Lula disse que os investimentos ajudarão o país a atingir a meta de desmatamento zero até 2030, ao mesmo tempo que apoiará os municípios com ações para prevenção monitoramento controle e redução da degradação.

    “Precisamos cuidar da maior reserva florestal do mundo, que está sob a nossa guarda, e tentar fazer do cuidado dessa reserva florestal, uma forma de melhorar não apenas a qualidade da prefeitura e do povo, mas melhorar as condições financeiras da cidade”, disse o presidente.

    Segundo o Planalto, os municípios já em condições de participar da iniciativa foram responsáveis por cerca de 78% do desmatamento no bioma no ano de 2022. Dos 70 municípios prioritários, 53 já aderiram ao programa. Eles são responsáveis por 59% do desmatamento na Amazônia. Os 17 restantes ainda podem firmar o termo de adesão até 30 de abril.

    Adesão

    Para aderir ao programa, é necessário que o termo seja assinado pelo prefeito domunicípio e ratificado por pelo menos um vereador – de preferência, o presidente da Câmara municipal. “Em até 90 dias, ao menos um deputado estadual e um deputado federal ou senador do Estado devem declarar por escrito apoio à adesão do município”, informa o Planalto.

    A lógica adotada para a destinação dos recursos às prefeituras é a de pagamento por performance. Assim sendo, quanto maior a redução anual do desmatamento e da degradação, maior será o valor investido.

    “O parâmetro será o sistema de monitoramento Prodes, do Inpe. O Prodes calcula a taxa anual de desmatamento, medida de agosto de um ano a julho do ano seguinte. Para 2024, será considerado o índice calculado entre agosto de 2022 e julho de 2023”, detalhou a Presidência da República.

    Entre os compromissos a serem assumidos pelas prefeituras está a existência de secretaria municipal responsável por políticas de meio ambiente ou sustentabilidade e a realização de reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente em até 90 dias, com participação de representantes da sociedade.

    Está prevista também a criação de uma Comissão de Coordenação e Monitoramento do Programa União com Municípios, que determinará novos períodos de adesão ao programa. “A comissão será responsável por monitorar a implementação do programa, decidir medidas de aprimoramento, propor novos critérios de elegibilidade e decidir sobre a repartição de recursos e novos aportes”, informa o Planalto.

    Diálogo com prefeituras

    Presente no lançamento do programa, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o sucesso da iniciativa na proteção da Amazônia depende do diálogo e do apoio dos municípios.

    Dirigindo-se a Lula, Padilha lembrou que em todos seus governos o presidente sempre buscou ter boas relações com prefeitos, independentemente dos partidos aos quais eles são filiados. “O senhor pediu para recriarmos, aqui no Palácio do Planalto, a sala de prefeitos e prefeitas, e que temos de estar abertos para construir parcerias sem perguntar a que partido eles fazem parte”, disse o ministro.

    “Nós sabemos o quanto é importante retomar o diálogo, inclusive para proteger a Amazônia. Infelizmente, no último período do nosso país, a Amazônia, que deveria e deve ser sempre motivo de União, foi motivo de desunião; de conflito; de disputa; de polarização. Só perdeu o Brasil. Só perdeu a Amazônia. Mas acredito que desde o começo da retomada do governo do presidente Lula, instalamos esse debate que acrescentou, ao Conselhão, a letra S de sustentabilidade”, disse Padilha referindo-se ao Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) – espaço destinado a debater agendas e temas de interesse dos mais diversos segmentos da sociedade.

    Floresta lucrativa

    Segundo Lula, é também necessário ao país viabilizar e potencializar os ganhos daqueles que lucram por meio da preservação da floresta. “Muita gente vê floresta e rios de forma separada. Temos de ver que ali moram pessoas que precisam de saúde, educação e de condições de trabalhar”, disse o presidente.

    “Precisamos fazer as pessoas compreenderem que manter a floresta de pé é um ganho econômico, às vezes, muito maior do que um rebanho de gado. Não que não seja necessário criar gado. Mas o gado pode ser criado em um lugar onde não se precisas derrubar floresta”, acrescentou o presidente.

    O Planalto informa que as metas previstas para o programa até 2026 incluem a implementação de escritórios de governança, no primeiro ano do programa, nos 53 municípios prioritários que já declararam adesão.

    Prevê, ainda, ações de regularização ambiental e fundiária em glebas públicas federais não destinadas. Além disso, vai criar ao menos 30 brigadas municipais de prevenção e combate a incêndios florestais.

    Manejo sustentável

    De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, os mais de R$ 700 milhões previstos em recursos são apenas o começo. “Tem um eixo que é a menina dos nossos olhos. É o eixo do Apoio às atividades produtivas sustentáveis. Sabemos que não se vai conter desmatamento em nenhum bioma se for apenas com ação de comando e controle. Só vamos conter quando manter a floresta em pé for mais rentável mais vantajoso do que derrubá-la”, disse.

    Nesse sentido, acrescentou que a ideia é a de estimular o uso da floresta por meio de manejo sustentável. “Só assim [de forma sustentável] garantiremos que aquele que é um produtor ou um industrial da madeira garanta ter [no futuro] trabalho para filhos, netos e bisnetos”, complementou.

    Edição: Maria Claudia

    — news —

  • Amazônia terá R$ 730 milhões para combate a incêndios e desmatamento

    Amazônia terá R$ 730 milhões para combate a incêndios e desmatamento

    O programa União com Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais na Amazônia, lançado nesta terça-feira (9) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevê R$ 730 milhões a serem investidos na promoção do desenvolvimento sustentável e no combate a desmatamento e incêndios florestais em 70 municípios considerados prioritários na Amazônia.

    Os recursos terão como origem o Fundo Amazônia (R$ 600 milhões) e o programa Floresta+ (R$ 130 milhões), em ação do Ministério do Meio Ambiente para criar, fomentar e consolidar o mercado de serviços ambientais.

    Durante a cerimônia de lançamento do programa, no Palácio do Planalto, Lula disse que os investimentos ajudarão o país a atingir a meta de desmatamento zero até 2030, ao mesmo tempo que apoiará os municípios com ações para prevenção monitoramento controle e redução da degradação.

    “Precisamos cuidar da maior reserva florestal do mundo, que está sob a nossa guarda, e tentar fazer do cuidado dessa reserva florestal, uma forma de melhorar não apenas a qualidade da prefeitura e do povo, mas melhorar as condições financeiras da cidade”, disse o presidente.

    Segundo o Planalto, os municípios já em condições de participar da iniciativa foram responsáveis por cerca de 78% do desmatamento no bioma no ano de 2022. Dos 70 municípios prioritários, 53 já aderiram ao programa. Eles são responsáveis por 59% do desmatamento na Amazônia. Os 17 restantes ainda podem firmar o termo de adesão até 30 de abril.

    Adesão

    Para aderir ao programa, é necessário que o termo seja assinado pelo prefeito domunicípio e ratificado por pelo menos um vereador – de preferência, o presidente da Câmara municipal. “Em até 90 dias, ao menos um deputado estadual e um deputado federal ou senador do Estado devem declarar por escrito apoio à adesão do município”, informa o Planalto.

    A lógica adotada para a destinação dos recursos às prefeituras é a de pagamento por performance. Assim sendo, quanto maior a redução anual do desmatamento e da degradação, maior será o valor investido.

    “O parâmetro será o sistema de monitoramento Prodes, do Inpe. O Prodes calcula a taxa anual de desmatamento, medida de agosto de um ano a julho do ano seguinte. Para 2024, será considerado o índice calculado entre agosto de 2022 e julho de 2023”, detalhou a Presidência da República.

    Entre os compromissos a serem assumidos pelas prefeituras está a existência de secretaria municipal responsável por políticas de meio ambiente ou sustentabilidade e a realização de reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente em até 90 dias, com participação de representantes da sociedade.

    Está prevista também a criação de uma Comissão de Coordenação e Monitoramento do Programa União com Municípios, que determinará novos períodos de adesão ao programa. “A comissão será responsável por monitorar a implementação do programa, decidir medidas de aprimoramento, propor novos critérios de elegibilidade e decidir sobre a repartição de recursos e novos aportes”, informa o Planalto.

    Diálogo com prefeituras

    Presente no lançamento do programa, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o sucesso da iniciativa na proteção da Amazônia depende do diálogo e do apoio dos municípios.

    Dirigindo-se a Lula, Padilha lembrou que em todos seus governos o presidente sempre buscou ter boas relações com prefeitos, independentemente dos partidos aos quais eles são filiados. “O senhor pediu para recriarmos, aqui no Palácio do Planalto, a sala de prefeitos e prefeitas, e que temos de estar abertos para construir parcerias sem perguntar a que partido eles fazem parte”, disse o ministro.

    “Nós sabemos o quanto é importante retomar o diálogo, inclusive para proteger a Amazônia. Infelizmente, no último período do nosso país, a Amazônia, que deveria e deve ser sempre motivo de União, foi motivo de desunião; de conflito; de disputa; de polarização. Só perdeu o Brasil. Só perdeu a Amazônia. Mas acredito que desde o começo da retomada do governo do presidente Lula, instalamos esse debate que acrescentou, ao Conselhão, a letra S de sustentabilidade”, disse Padilha referindo-se ao Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) – espaço destinado a debater agendas e temas de interesse dos mais diversos segmentos da sociedade.

    Floresta lucrativa

    Segundo Lula, é também necessário ao país viabilizar e potencializar os ganhos daqueles que lucram por meio da preservação da floresta. “Muita gente vê floresta e rios de forma separada. Temos de ver que ali moram pessoas que precisam de saúde, educação e de condições de trabalhar”, disse o presidente.

    “Precisamos fazer as pessoas compreenderem que manter a floresta de pé é um ganho econômico, às vezes, muito maior do que um rebanho de gado. Não que não seja necessário criar gado. Mas o gado pode ser criado em um lugar onde não se precisas derrubar floresta”, acrescentou o presidente.

    O Planalto informa que as metas previstas para o programa até 2026 incluem a implementação de escritórios de governança, no primeiro ano do programa, nos 53 municípios prioritários que já declararam adesão.

    Prevê, ainda, ações de regularização ambiental e fundiária em glebas públicas federais não destinadas. Além disso, vai criar ao menos 30 brigadas municipais de prevenção e combate a incêndios florestais.

    Manejo sustentável

    De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, os mais de R$ 700 milhões previstos em recursos são apenas o começo. “Tem um eixo que é a menina dos nossos olhos. É o eixo do Apoio às atividades produtivas sustentáveis. Sabemos que não se vai conter desmatamento em nenhum bioma se for apenas com ação de comando e controle. Só vamos conter quando manter a floresta em pé for mais rentável mais vantajoso do que derrubá-la”, disse.

    Nesse sentido, acrescentou que a ideia é a de estimular o uso da floresta por meio de manejo sustentável. “Só assim [de forma sustentável] garantiremos que aquele que é um produtor ou um industrial da madeira garanta ter [no futuro] trabalho para filhos, netos e bisnetos”, complementou.

    Edição: Maria Claudia

    — news —

  • MT e MS desenvolverão plano integrado de combate a incêndios no Pantanal

    MT e MS desenvolverão plano integrado de combate a incêndios no Pantanal

    A Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT) e a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul (Semadesc) desenvolverão um plano integrado para combater incêndios florestais no Pantanal. O bioma é uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta e está dividido entre os dois territórios, com 65% de sua área no estado vizinho.

    Um acordo de cooperação técnica vai estabelecer ações conjuntas, entre elas critérios para o uso do fogo no Pantanal e estratégias de monitoramento e resgate de animais silvestres. As medidas foram discutidas na quinta-feira (01), em uma reunião realizada em Campo Grande entre a secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti; o secretário da Pasta de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, Semadesc), e o secretário adjunto Executivo da Sema-MT, Alex Marega.

    “Como resultado da reunião, primeiro podemos destacar o entendimento dos dois estados, alinhados aos governadores, de estabelecer ações conjuntas para o tratado do bioma Pantanal. Hoje, os estados têm suas leis para o Pantanal, então existe uma cobertura legal de ambos os lados para isso, mas temos que avançar no entendimento de que é um bioma único e precisamos pensar em ações integradas”, afirmou Mauren.

    mt e ms desenvolverao plano integrado de combate a incendios no pantanal interna 1 2024 02 06 103544735Foto: Afrânio Pissini – Semadesc

    De acordo com o secretário Jaime Verruck, o acordo de cooperação técnica abrangerá, ainda, o desenvolvimento de pesquisas no Pantanal, programas de incentivo ao turismo e ao fomento da pecuária sustentável e orgânica, bem como de inclusão das comunidades locais, como assentados, indígenas e quilombolas.

    “Entendemos que o Pantanal tem este apelo turístico, mas tem também toda uma questão de um processo diferenciado de produção e consequentemente de mercado em relação a vocação para pecuária”, destacou o titular da Semadesc.

    Hospital veterinário

    O modelo do Hospital Veterinário Ayta, Centro de Reabilitação de Animais (CRAS) do Governo de Mato Grosso do Sul, deve ser o mesmo implantado em Mato Grosso pela Sema-MT. A ideia, segundo Mauren, é adotar e desenvolver localmente as melhores práticas do estado vizinho. O Hospital é referência no país em cuidados com a fauna.

    Participaram da visita técnica ao CRAS, o coordenador de Fauna da Sema-MT, Éder Toledo, e o analista de meio ambiente Waldo Troy.

  • Força Nacional será enviada ao Acre para apoiar combate às queimadas

    Força Nacional será enviada ao Acre para apoiar combate às queimadas

    O Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou o envio da Força Nacional ao Acre, para apoiar o governo estadual em ações ambientais. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (21).

    Embora o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), tenha mostrado uma redução de 35% no desmatamento no Acre, no período entre agosto de 2022 e julho de 2023, comparado ao mesmo período do ano anterior, esse tipo de crime ainda representou, no estado, 18% do total ocorrido na Amazônia Legal.

    No dia 5 de julho, o governador do Acre, Gladson Cameli, decretou situação de emergência ambiental até dezembro de 2023, como medida preventiva aos incêndios florestais no período com menores volumes de chuvas. A decisão foi baseada em dados do Centro Integrado de Monitoramento Ambiental (Cigma), que mapearam focos de queimada e alerta de desmatamento em dez municípios do estado.

    Os militares vão atuar por 90 dias “nas ações de combate aos incêndios florestais e às queimadas, nas atividades de defesa civil em defesa do meio ambiente e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”, diz a portaria do Ministério da Justiça.

    O documento informa ainda que o contingente que será disponibilizado para atuar no estado obedece ao planejamento da Secretaria Nacional de Segurança Pública. O número de militares não é divulgado pelo órgão, por medida de segurança.

    Edição: Graça Adjuto