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  • Acordo eleva salário de trabalhadores da coleta de lixo em Cuiabá

    Acordo eleva salário de trabalhadores da coleta de lixo em Cuiabá

    Os coletores de lixo em Cuiabá chegaram a um acordo com a empresa responsável pela sua contratação, resultando em um aumento salarial. A audiência foi mediada pelo desembargador Aguimar Peixoto no Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT-MT) nesta sexta-feira (5).

    Os trabalhadores haviam interrompido os serviços de coleta em Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital, na terça-feira (2), em um protesto por melhores condições de trabalho. As atividades foram retomadas no dia seguinte.

    A Locar Saneamento Ambiental Ltda, empresa responsável pela contratação dos trabalhadores, havia inicialmente acordado, com a mediação do Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso, um reajuste salarial de 7,70%, elevando a renda mensal dos trabalhadores para R$ 3.240,00.

    No novo acordo, em vigor desde quarta-feira (4), o Sindicato dos Trabalhadores na Limpeza Urbana (Sindilimp-MT) e a empresa aprovaram um aumento salarial de R$ 2.400 para R$ 3.406. Esse valor inclui o salário-base, gratificação por assiduidade, auxílio alimentação, adicional de insalubridade e vale gás.

    Além do reajuste salarial, os trabalhadores exigiam o pagamento do FGTS, melhorias na frota de veículos, pagamento do vale-alimentação, fornecimento imediato de uniformes e ajustes na carga horária.

    O desembargador Aguimar Peixoto explicou que o banco de horas e outras condições de trabalho reivindicadas pelos trabalhadores ainda serão negociadas futuramente. O acordo tem efeitos retroativos a partir de abril deste ano, garantindo que os trabalhadores recebam os valores ajustados desde então.

  • Mais de 90% dos brasileiros contam com serviço de coleta de lixo

    Mais de 90% dos brasileiros contam com serviço de coleta de lixo

    Os serviços de coleta de lixo, direta ou indireta, beneficiavam 90,9% dos brasileiros em 2022, segundo dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa mostra que 82,5% dos moradores têm seus resíduos sólidos coletados diretamente no domicílio por serviços de limpeza.

    O censo aponta que 8,4% dos brasileiros precisam depositar seu lixo em uma caçamba, para que seja coletado pelas equipes de limpeza. A proporção de coleta de lixo, direta e indireta, no Censo de 2000, subiu de 76,4% para 85,8% em 2010, chegando aos 90,9% em 2022.

    “As unidades da federação que têm menor proporção de coleta em 2022, como Piauí, Acre e Maranhão, tiveram bastante elevação de 2010 para 2022. O Maranhão, por exemplo, foi o estado que mais elevou a proporção da população atendida por coleta de lixo”, disse o pesquisador do IBGE Bruno Perez.

    Os percentuais de cobertura subiram de 53,5% para 69,8% no Maranhão, de 60,1% para 73,4% no Piauí e de 71,2% para 75,9% no Acre. São Paulo é o estado com maior cobertura (99%). Em 2010, eram 98,2%.

    Entre os 9,1% que não têm acesso à coleta de lixo, 7,9% precisam recorrer à queima dos resíduos em sua propriedade, 0,3% enterram em sua propriedade, 0,6% jogam em terrenos baldios ou áreas públicas e 0,3% dão outro destino.

    Água

    Em relação ao acesso à água para consumo, 82,9% dos brasileiros são abastecidos por redes gerais de distribuição, 9% por poços profundos ou artesianos, 3,2% por poços rasos ou cacimbas e 1,9% por fontes, nascentes ou minas. Essas quatro modalidades são, segundo o IBGE, consideradas adequadas pelo Plano Nacional de Saneamento Básico, e totalizam 96,9%.

    “É claro que o Plano Nacional de Saneamento estabelece essas formas como adequadas desde que a água seja potável e não falte água. Essas características, de potabilidade e intermitência, a gente não investiga no censo. Então, a gente não consegue dizer se, de fato, essa população tem fornecimento de água que seria adequado”, ressalta Perez.

    Não é possível comparar o abastecimento de água por rede geral com 2010 porque houve mudança conceitual na pesquisa. Em 2010, o censo perguntou apenas qual era a “melhor forma” de abastecimento da residência, mas não questionou se a principal fonte de uso era a água canalizada.

    O Censo 2010 detectou que 81,5% das pessoas tinham acesso ao abastecimento pela rede geral.

    Já em 2022, o censo perguntou se tinha acesso à rede geral e qual era a principal forma de abastecimento de água. Naquele ano, 86,6% dos brasileiros eram abastecidos pela rede geral, mas 3,7% recorriam principalmente a outras fontes.

    Além das quatro fontes consideradas adequadas, outras modalidades de acesso à água no país são carro-pipa (1,1%), água da chuva armazenada (0,6%), rios, açudes, córregos, lagos e igarapés (0,9%) e outras (0,6%).

    Apesar da baixa relevância nacional, o abastecimento por carro-pipa é a principal forma em 68 municípios do país, todos eles no Nordeste. A água de chuva é predominante em 21 municípios nordestinos. Já os rios são a principal fonte para 18 municípios, sendo 17 no Norte.

    Em 2022, 95,1% dos moradores tinham canalização interna em suas residências e 2,5% só tinham canos no terreno e 2,4% não tinham canalização. Em 2010, os percentuais eram de 89,3%, 4% e 6,8%, respectivamente.

    Tipos de moradia

    As casas são o principal tipo de domicílio no Brasil. São 84,8% dos brasileiros vivendo nesse tipo de moradia. Em segundo lugar, aparecem os apartamentos (12,5%), seguidos por casas em vilas ou em condomínios (2,4%).

    Outros tipos de residência registrados são casa de cômodos ou cortiços (0,2%), habitação indígenas sem parede/malocas (0,03%) e estruturas residenciais permanentes degradadas ou inacabadas (0,04%).

    Os únicos três municípios em que os apartamentos superam as casas são Santos e São Caetano do Sul, ambos em São Paulo, e Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Entre as unidades da federação, a maior proporção de pessoas vivendo em apartamentos é encontrada no Distrito Federal (28,7%), enquanto o Piauí tem a maior parcela de moradores vivendo em casas (95,6%).

    Edição: Fernando Fraga

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