Um grupo de amigos teve um encontro inusitado e quase trágico durante um passeio de canoa em Buri, cidade do interior de São Paulo. Ao se depararem com uma cobra sucuri gigante, os jovens se aproximaram para filmar o animal, que já havia acabado de se alimentar, causando um momento de tensão e perigo.
Em um dia ensolarado, os amigos decidiram aproveitar o beleza natural do rio para um passeio de canoa. Sem imaginar o que os aguardava, eles remavam tranquilamente quando, de repente, avistaram a cobra gigantedescansando às margens do rio.
O tamanho impressionante da cobra, que media alguns metros, causou pânico entre os amigos. A cobra, por sua vez, reagiu ao barulho da canoa e se moveu lentamente em direção à água, assustando ainda mais os jovens.
Colossal sucuri que surpreendeu motorista em estrada de Mato Grosso (MT) e deixou também, muito internautas admirados com a monstruosa sucuri que emergiu às margens da estrada. As fascinantes sucuris você confere em Mundo Animal.
Naquele entardecer, enquanto o sol derramava seus últimos raios sobre a estrada serpenteante, um silvo estranho cortou o ar tranquilo. Era como se a própria terra soltasse um suspiro de admiração ao testemunhar o surgimento de uma criatura ancestral e colossal.
O motorista, absorto nos próprios pensamentos, mal teve tempo de processar o que seus olhos capturaram. Uma monstruosidade verde-oliva espreitava à beira da estrada poeirenta, seu corpo serpenteante emergindo da densa vegetação. Era a lendária sucuri, majestosa e imponente. Seu olhar parecia atravessar os séculos, carregando consigo segredos antigos e mistérios da floresta.
A sucuri, tão larga quanto um tronco robusto, deslizava com uma elegância sinistra, revelando apenas um trecho de sua magnitude. Seu corpo serpenteava suavemente, como se dançasse ao ritmo de uma melodia ancestral. O motorista, atônito, mal conseguia processar a imensidão daquela criatura que desafiava os limites da crença.
O dia em que a estrada se curvou: a épica aparição da sucuri imponente
Aquela estrava nunca foi mais a mesma após aparição da sucuri
A serenidade da estrada foi interrompida pelo impacto visual daquela monstruosa cobra. Os pneus do carro chiaram em protesto quando o motorista, tomado pela mescla de medo e admiração, pisou no freio. Os olhos fixos na criatura que parecia ter despertado de um sono profundo, ele testemunhou a grandiosidade da natureza em seu estado mais primitivo.
A sucuri, com um movimento tão lento quanto inexorável, deslizou de volta para a vegetação, desaparecendo como uma miragem. O motorista, com o coração ainda acelerado pela experiência surreal, continuou sua jornada, mas agora com a certeza de que testemunhara algo que transcendia a mera existência cotidiana.
Aquela visão fugaz da sucuri, uma criatura lendária, seria um relato compartilhado com entusiasmo, mas que só seria verdadeiramente compreendido por aqueles que presenciam a imensidão e a majestade da natureza em sua forma mais primordial.
Foto: canva.com/photo.
A força da sucuri é resultado de uma combinação de fatores, incluindo sua massa muscular, sua estrutura corporal e sua técnica de constrição. As sucuris têm uma musculatura muito forte, especialmente na região do pescoço e da cauda. Elas também têm uma estrutura corporal que lhes permite enrolar seu corpo com força ao redor da presa.
Cobra sucuri gigante dentro de sua toca foi flagrada e o vídeo ganhou repercussão no YouTube, no canal do Biólogo Henrique Abrahão – O Biólogo das Cobras.
O flagrante da cobra sucuri foi feito pelo guia turístico Vilmar, que também administra um canal na plataforma: Terra da Sucuri.
No vídeo o Biólogo Henrique explica sobre o comportamento da cobra sucuri dentro de sua toca, em uma área alagada.
https://www.youtube.com/watch?v=76FJKzISRMM
A SUCURI
A sucuri é uma cobra da família Boidae, pertencente ao gênero Eunectes e sua distribuição geográfica é restrita à América do Sul.
Até o momento são conhecidas quatro espécies de sucuri ─ Eunectes notaeus, Eunectes murinus, Eunectes deschauenseei e Eunectes beniensis ─ sendo as três primeiras com ocorrência no Brasil e a última ocorrente na Bolívia.
A Eunectes murinus é a maior cobra do continente americano, chegando a medir até 11 metros e 60 centímetros, e a segunda maior a nível mundial, perdendo em tamanho apenas para a cobra píton (Python reticulatus) do sudeste Asiático.
A cor das diferentes espécies de sucuri varia conforme a espécie. A Eunectes murinus possui um colorido de fundo que varia da verde oliva a preta, com pares de ocelos escuros em cada lado do dorso, e o ventre é amarelo, com manchas muito irregulares.
É mais frequente o seu avistamento em ambientes da Amazônia e do Cerrado onde o padrão de coloração da sua pele ajuda na camuflagem.
Já a espécie Eunectes notaeus que possui um porte menor tem um colorido de fundo mais amarelo e ao longo de todo o corpo e cauda existem manchas pretas que atravessam o dorso de um lado ao outro, em forma de sela. São encontradas em áreas que inundam anualmente, como a região do Pantanal, no Brasil.
Confira o flagrante de cobra sucuri gigante dentro de sua toca; assista – Foto: divulgação.
Estas cobras vivem perto de córregos, rios e lagos. Apesar de não serem ágeis em ambiente terrestre, elas são muito rápidas dentro d’água podendo ficar até 30 minutos sem respirar. Possuem hábitos crepusculares e noturnos.
A estratégia utilizada para caçar é a da espreita seguida do bote. As sucuris não são venenosas, pois não possuem dentes inoculadores de veneno, mas sua mordida é forte o bastante para atordoar sua presa que rapidamente é envolvida pela musculatura forte e robusta da serpente.
Utilizam esta tática em animais que se aproximam dos corpos d’água para beber, surpreendendo sua presa em potencial dando o bote e matando-a por constrição e afogamento. Na dieta das sucuris é possível encontrar diversos vertebrados, como por exemplo: peixes, rãs, lagartos, jacarés, aves e roedores.
São cobras vivíparas, podendo parir mais de 50 filhotes numa gestação de oito meses, com tamanhos entre 60 cm e um metro de comprimento. As fêmeas são maiores que os machos, atingindo maturidade sexual por volta dos seis anos de idade. De modo geral, as espécies de sucuri podem viver por até 30 anos.
O ser humano é o maior responsável pela morte deste réptil devido ao medo que sentem desta cobra e devido também ao interesse pela pele da sucuri que no comércio internacional é bastante valiosa para o mercado da moda.
Ataques a pessoas por sucuris são bastante raros. Porém, imagens de filmes fictícios como Anaconda, estão fixadas no imaginário popular, e contribui desta forma para a má fama das sucuris de devoradora de homens, o que não representa a realidade. Quando se sentem ameaçadas pelo homem, as sucuris geralmente mordem como forma de defesa.
A captura e a manipulação inadequada destas cobras é que costumam resultar em acidentes. (Por Camila Oliveira da Cruz; Mestre em Ecologia (UERJ, 2016); Graduada em Ciências Biológicas (UFF, 2013))