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  • Comércio deve movimentar R$ 37,75 bilhões no Dia das Mães, apesar de queda em relação a 2024

    Comércio deve movimentar R$ 37,75 bilhões no Dia das Mães, apesar de queda em relação a 2024

    Considerada a principal data comemorativa do primeiro semestre para o varejo, o Dia das Mães deve movimentar R$ 37,75 bilhões nos segmentos de comércio e serviços em 2025, segundo levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil, em parceria com a Offerwise. A data deve levar cerca de 126,9 milhões de consumidores às compras, o que representa 78% da população economicamente ativa, ainda que o volume financeiro previsto seja R$ 2,46 bilhões menor que o registrado no ano anterior.

    A pesquisa revela que as mães (77%) continuam sendo as principais presenteadas, seguidas por sogras (18%) e esposas (17%). O valor médio das compras será de R$ 298, com homens (R$ 334) e consumidores das classes A/B (R$ 351) liderando os maiores gastos. A maior parte pretende adquirir dois presentes, sendo perfumes (47%), roupas, calçados ou acessórios (41%) e cosméticos (26%) os itens mais procurados.

    Produtos mais caros

    Mesmo com a intenção de presentear em alta, 69% dos consumidores afirmam que os produtos estão mais caros este ano. Ainda assim, 39% disseram que vão gastar mais, motivados principalmente pelo desejo de comprar um presente melhor (60%), pelos preços mais altos (44%) ou por adquirir mais itens (31%). Em contrapartida, 16% pretendem gastar menos, alegando necessidade de economizar, situação financeira difícil ou intenção de comprar menos presentes.

    As comemorações devem ocorrer em casa, segundo 43% dos entrevistados, sendo a casa da mãe o destino mais citado. Almoçar fora será a opção de 11% dos consumidores.

    O presidente da CNDL, José César da Costa, reforça a importância da data para o setor, mesmo em cenário de juros altos e inadimplência crescente. “Apesar da queda numérica em relação ao ano passado, sabemos que o brasileiro tem a tradição de presentear. É importante fazer pesquisa de preço e ficar atento ao orçamento, já que o país passa por um período crítico.”

    Preferência por lojas físicas

    As lojas físicas seguem como o canal de compra preferido, com 80% dos consumidores pretendendo adquirir os presentes presencialmente. Os principais pontos de venda citados são shopping centers (32%), shoppings populares (19%), lojas de departamento (17%) e lojas de rua (11%). Ainda assim, 45% pretendem realizar pelo menos uma compra pela internet, principalmente por aplicativos (73%), sites (69%) e Instagram (28%). O destaque fica para os sites internacionais (52%), onde os consumidores buscam variedade, preços mais baixos e qualidade.

    A pesquisa de preços deve orientar a maioria das decisões de compra: 79% dos entrevistados afirmam que irão comparar valores antes de adquirir os produtos, tanto pela internet (85%) quanto nas lojas físicas (68%). Em relação ao pagamento, 67% pretendem pagar à vista, sendo o PIX a forma mais citada (46%), seguido por cartão de débito (23%). Entre os que optarão por parcelar, o cartão de crédito aparece como principal recurso, com média de quatro prestações.

    Apesar da movimentação expressiva no comércio, o estudo aponta um comportamento de risco financeiro: 32% dos consumidores estão com contas em atraso e 63% têm o nome negativado. Mais alarmante é o fato de que 13% admitem que deixarão de pagar alguma conta para comprar presentes neste Dia das Mães.

    Equilíbrio na compra de presentes para as mães

    “É preciso equilíbrio. O ato de presentear não pode se sobrepor ao orçamento da família. Nessas horas, vale usar a criatividade, fazer algo personalizado ou dividir os custos do presente com outros familiares”, alerta Costa.

    Entre os que irão dividir os gastos, 56% farão isso com irmãos, 34% com outros parentes e 13% com o pai. Ainda assim, 82% devem arcar sozinhos com os custos dos presentes.

    A pesquisa foi realizada entre 1º e 10 de abril de 2025, com 730 entrevistados nas 27 capitais brasileiras, todos maiores de 18 anos e com intenção de comprar presentes. A margem de erro é de até 4 pontos percentuais, com 95% de nível de confiança.

  • Cerca de 103 milhões de consumidores devem realizar compras para a Páscoa em 2025, aponta CNDL/SPC Brasil

    Cerca de 103 milhões de consumidores devem realizar compras para a Páscoa em 2025, aponta CNDL/SPC Brasil

    O consumidor brasileiro está mais cauteloso em relação aos gastos com a Páscoa deste ano. Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, aponta que a data deve levar 102,6 milhões de consumidores às compras, uma queda nominal de 4 milhões em relação à Páscoa de 2024.

    De acordo com o levantamento, 63% dos entrevistados pretendem fazer compras para a Páscoa de 2025. O principal motivo destacado pelos consumidores que não pretendem fazer compras esse ano é economizar (23%), enquanto 21% estão endividados e irão priorizar o pagamento de dívidas, 20% estão desempregados e 16% não gostam / não tem costume de comprar presentes e chocolates para Páscoa.

    Já entre os que pretendem comprar algum presente na Páscoa, 33% dizem gostar de chocolates ou pretender presentear pessoas que também gostam, 26% afirmam ser uma tradição da qual gostam de fazer parte e 25% têm o costume de presentear as pessoas que gostam.

    Os filhos (55%) serão os principais presenteados, em seguida as mães (39%), cônjuge (39%), sobrinhos (27%) e o próprio entrevistado (26%).

    Os consumidores pretendem gastar, em média, um total de R$247 com as compras de Páscoa; adquirindo em média 5 produtos.

    “O consumidor está com dificuldade em manter as contas em dia, o orçamento está apertado, por isso temos uma queda no número de pessoas que irão às compras. Mesmo assim, a data tem uma movimentação importante no comércio de todo o país. Neste momento vale a criatividade do lojista em ter opções mais baratas e de lembranças que caibam no bolso das pessoas. Sabemos que o brasileiro tem a tradição de comemorar a data, por isso apesar da cautela, as pessoas não deixarão de fazer alguma compra”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

    Ovos e bombons industrializados serão os itens mais comprados na Páscoa. PIX lidera como forma de pagamento preferida

    Os ovos de chocolate industrializados (55%) serão os principais itens procurados pelos consumidores, seguidos pelos bombons industrializados (41%), ovos de Páscoa caseiros/artesanais (37%), bombons e barras de chocolate caseiros/artesanais (33%) e barras de chocolate industrializadas (28%).

    Entre os que pretendem comprar ovos industrializados, 58% irão comprar itens direcionados para crianças e para adultos, 27% somente para adultos e 13% somente para crianças.

    Entre os motivos apontados pelos que pretendem comprar barras de chocolate e/ou bombons, 54% se importam com a celebração e não a forma do chocolate e 34% por ser mais barato.

    No caso dos chocolates caseiros/artesanais, 28% destacam a qualidade do chocolate, 26% a preferência por algo mais personalizado e 23% querem ajudar as pessoas que vendem.

    O pagamento à vista será o mais utilizado nas compras de Páscoa (72%), sendo principalmente por PIX (51%) e cartão de débito (36%). Já 56% pretendem pagar à prazo, sendo a média de 4 parcelas. Nesta modalidade 33% utilizarão o cartão de crédito parcelado.

    Lojas físicas lideram na preferência das compras, principalmente nos supermercados

    As lojas físicas se destacam na preferência dos consumidores na hora de fazer pesquisa de preço (82%), mas também no momento da compra. Nove em cada dez consumidores (95%) pretendem fazer as compras em lojas físicas, com destaque para os supermercados (57%), lojas especializadas em chocolates (45%) e lojas de grandes varejistas (40%). 22% devem fazer as compras pela internet.

    O consumidor também pretende fazer pesquisa de preço (85%) antes das compras, sendo que 46% pretendem pesquisar sobre todos os tipos de chocolate e 27% somente os ovos de páscoa.

    Sete em cada dez consumidores (69%) acham que os preços dos produtos estão mais caros este ano frente ao ano passado, 20% que estão na mesma faixa de preço e 7% que estão mais baratos.

    43% farão compras na semana da Páscoa. Preço e qualidade são os principais fatores na hora da compra

    De acordo com os entrevistados, os principais fatores que influenciam na escolha dos locais de compra são o preço (51%), a qualidade dos produtos (49%), promoções e os descontos (36%) e a diversidade de produtos (24%).

    44% devem fazer as compras ao longo do mês de março. Mas o comércio deve se preparar para os atrasadinhos, uma vez que 43% pretendem realizar as compras na semana antes da Páscoa, com isto estima-se que cerca de 44,4 milhões de consumidores devem deixar as compras para última hora nesta data.

    A maioria (55%) pretende comemorar a data em casa, enquanto 19% irão para a casa dos pais e 13% na casa de outros parentes.

    33% dos que pretendem comprar chocolates e presentes possuem contas em atraso

    A pesquisa aponta um dado preocupante em relação ao controle de gastos dos consumidores, uma vez que 33% dos que pretendem comprar chocolates e presentes possuem contas em atraso, sendo que 76% destes estão com o nome sujo.

    Neste mesmo cenário, 21% dos que vão fazer compras na data este ano admitem que costumam gastar mais do que suas finanças permitem para presentear na Páscoa e 8% até deixarão de pagar alguma conta para comprar chocolates ou produtos neste ano. 12% admitem que foram negativados devido as compras feitas na Páscoa de 2024.

    “A alta inadimplência é um fator preocupante no país, que impacta diretamente no poder de compra do consumidor. É importante que se faça um planejamento de quanto pode gastar antes de sair de casa, usar a criatividade para dar lembrancinhas e não fazer novas dívidas. A prioridade deve ser o pagamento das contas”, alerta o presidente da CNDL.

  • Oito em cada dez consumidores voltam a ser negativados em menos de um ano, aponta CNDL e SPC Brasil

    Oito em cada dez consumidores voltam a ser negativados em menos de um ano, aponta CNDL e SPC Brasil

    O Indicador de Reincidência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelou que oito em cada dez consumidores retornam aos cadastros de inadimplentes menos de um ano após terem quitado uma dívida. Em fevereiro de 2025, 85,88% das negativações registradas foram de consumidores reincidentes, ou seja, que já haviam sido incluídos no cadastro de inadimplentes nos últimos 12 meses.

    Do total de reincidentes, 65,44% ainda possuíam pendências anteriores não quitadas até fevereiro, enquanto 20,44% haviam saído da lista de inadimplência no último ano, mas voltaram a dever. Apenas 14,12% das negativações registradas foram de consumidores que não tiveram restrições de crédito nos últimos 12 meses.

    Tempo médio de reincidência é de 2,4 meses

    O estudo apontou que o tempo médio entre o vencimento de uma dívida e a reincidência é de 73 dias, ou seja, aproximadamente 2,4 meses. Essa dinâmica evidencia a dificuldade dos consumidores em manter o equilíbrio financeiro, agravada por fatores como inflação e taxas de juros elevadas.

    Apesar do alto índice de reincidência, o número de consumidores que voltaram a dever registrou queda de -7,51% nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2025, quando comparado ao mesmo período anterior.

    O presidente da CNDL, José César da Costa, alerta para os desafios econômicos que dificultam a recuperação de crédito no país. “A tendência para os próximos meses é de um cenário ainda mais desafiador, exigindo que os consumidores adotem estratégias como renegociação preventiva e um controle financeiro mais rigoroso”, afirmou.

    Brasileiros têm mais dificuldades para sair da inadimplência

    O Indicador de Recuperação de Crédito de Pessoas Físicas do SPC Brasil revelou que o número de consumidores que quitaram suas dívidas caiu -8,17% nos 12 meses encerrados em fevereiro. A maior redução foi entre aqueles que levaram de 91 dias a um ano para regularizar seus débitos, com queda de -15,49%.

    Os dados também mostram que a faixa etária com maior número de consumidores reincidentes é de 30 a 39 anos (26,50%), enquanto a de maior recuperação de crédito é a de 50 a 64 anos (24,27%). A inadimplência também se distribui de forma equilibrada entre os sexos, sendo 53,09% de mulheres e 46,91% de homens.

    O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, destacou que programas do governo para ampliar o acesso ao crédito podem ajudar, mas alerta para o risco do endividamento excessivo. “O uso responsável desses recursos é essencial para evitar um ciclo de novas dívidas e dificuldades financeiras”, pontuou.

    Em fevereiro de 2025, cada consumidor recuperado pagou, em média, R$ 2.034,23 na soma de todas as dívidas, sendo que 63,17% quitaram débitos de até R$ 500.

  • Inadimplência atinge 68,76 milhões de consumidores em fevereiro, aponta CNDL/SPC Brasil

    Inadimplência atinge 68,76 milhões de consumidores em fevereiro, aponta CNDL/SPC Brasil

    O Indicador de Inadimplência realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (41,50%) estavam negativados em fevereiro de 2025, o que representa 68,76 milhões de consumidores. Em comparação com fevereiro de 2024, o percentual de inadimplentes do Brasil teve crescimento de 3,22% em fevereiro de 2025. Na passagem janeiro para fevereiro, o número de devedores caiu ‐0,04%.

    A partir dos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em fevereiro deste ano ficou acima da observada no mês anterior.

    “A inadimplência no Brasil tem apresentado um crescimento constante, com poucas oscilações, enquanto a recuperação de crédito segue em declínio. A situação é preocupante e tende a se agravar, já que as taxas de juros, que já estão elevadas, têm previsão de alta. Além disso, a inflação nos alimentos tem pressionado o orçamento das famílias, reduzindo sua capacidade de honrar compromissos financeiros. O cenário se torna ainda mais preocupante diante da falta de avanços significativos na educação financeira do brasileiro”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

    O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 3 a 4 anos (41,13%).

    O número de devedores com participação mais expressiva em fevereiro está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,81%). De acordo com a estimativa, são 17,03 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa, ou seja, metade (50,13%) dos brasileiros desse grupo etário estão negativados. A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 51,08% mulheres e 48, 92% homens.

    Em fevereiro de 2025, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.650,21 na soma de todas as dívidas. Além disso, cada inadimplente devia, em média, para 2,15 empresas credoras, considerando todas essas dívidas.

    Os dados ainda mostram que três em cada dez consumidores (30,32%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 43,93% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.

    Em fevereiro de 2025, o número de dívidas em atraso no Brasil teve crescimento de 5,29% em relação ao mesmo período de 2024. O dado observado em fevereiro deste ano ficou acima da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de janeiro para fevereiro, o número de dívidas apresentou alta de 0,54%.

    Abrindo a evolução do número de dívidas por setor credor, destacou‐se a evolução das dívidas com o setor de Bancos com crescimento de 8,62%. Em outra direção, as dívidas com o setor credor de Comércio (‐6,51%), Água e Luz (‐5,70%) e Comunicação (‐3,64%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.

    “Algumas estratégias podem ser fundamentais para reduzir a inadimplência e ajudar os consumidores a recuperarem sua saúde financeira. Investir em educação financeira, revisar cuidadosamente as despesas para identificar cortes possíveis e poupar um valor antes de renegociar a dívida são medidas que aumentam as chances de sair da inadimplência de forma sustentável, reduzindo o risco de reincidência. A inadimplência gera um efeito dominó que prejudica tanto a economia quanto a população. Programas de renegociação de dívidas promovidos pelo governo federal também podem ajudar a melhorar esta situação”, destaca o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.

    Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 66,50% do total. Na sequência, aparece Comércio (10,00%), o setor de Água e Luz com 9,77% e Outros com 8,07% do total de dívidas.

    Na abertura por região em relação ao número de dívidas, a maior alta veio da região Centro‐Oeste (10,41%), seguida pelo Norte (5,92%), Nordeste (4,28%), Sudeste (4,13%) e Sul (2,06%).

    Em termos regionais, o maior percentual de inadimplentes está na região Centro‐Oeste, onde 45,23% da população adulta está incluída em cadastros de devedores. Por outro lado, na região Sul, a proporção de negativados equivale a 37,05% da população adulta.

    Para todos os indicadores, considera-se que uma dívida é a relação de um credor com um devedor, mesmo que esse credor tenha incluído vários registros desse devedor junto ao SPC Brasil. Ou seja, mesmo que um devedor tenha quatro registros de um mesmo credor, assume-se que esse consumidor tem apenas uma dívida.

  • 83% dos consumidores que atrasaram contas em dezembro são reincidentes, aponta CNDL/SPC Brasil

    83% dos consumidores que atrasaram contas em dezembro são reincidentes, aponta CNDL/SPC Brasil

    Um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelou que a reincidência na inadimplência continua sendo um desafio significativo no Brasil. Em dezembro de 2024, 83,09% dos consumidores que tiveram seus nomes negativados já haviam aparecido no cadastro de inadimplentes nos últimos 12 meses. Apesar de uma queda de -13,82% no número de reincidentes em comparação com o ano anterior, o cenário ainda preocupa especialistas.

    Dentre os reincidentes, a maioria (59,01%) ainda não havia quitado dívidas antigas até dezembro, enquanto 24,07% haviam saído do cadastro de inadimplentes nos últimos 12 meses, mas retornaram. Apenas 16,91% não tinham histórico de restrições no CPF no período analisado.

    O tempo médio para que um consumidor volte a atrasar contas após o primeiro registro de inadimplência é de 2,6 meses, segundo o indicador. Esse dado sugere que muitos brasileiros enfrentam dificuldades para manter as finanças em ordem após uma primeira negativação.

    Impacto do endividamento e alertas para 2025

    Apesar da queda no número de reincidentes, o endividamento e a inadimplência seguem altos no país. O presidente da CNDL, José César da Costa, alerta para os riscos em 2025, especialmente com a previsão de aumento dos juros. “O consumidor precisa ter cuidado com os gastos, os acordos fechados para sair da inadimplência e o tipo de crédito que contrata. Caso contrário, o orçamento pode ser comprimido pelos juros, gerando um efeito bola de neve”, afirma.

    Quem são os reincidentes?

    A análise por faixa etária mostra que os consumidores entre 30 e 39 anos representam a maior parcela de reincidentes (24,54%). Em relação ao gênero, a distribuição é equilibrada: 52,90% são mulheres e 47,10%, homens.

    Recuperação de crédito em queda

    O indicador de recuperação de crédito também trouxe dados preocupantes. Nos 12 meses encerrados em dezembro de 2024, houve uma queda de -7,30% no número de consumidores que conseguiram quitar suas dívidas e sair das listas de negativados. A redução foi mais expressiva entre aqueles que levaram de 91 dias a 1 ano para pagar suas dívidas, com uma queda de -17,28%.

    Perfil dos que recuperaram o crédito

    Entre os consumidores que conseguiram quitar suas dívidas, a faixa etária com maior representatividade foi a de 50 a 64 anos (22,46%). A distribuição por gênero também se manteve equilibrada: 50,61% mulheres e 49,39% homens.

    Conclusão: desafios e recomendações

    Os dados reforçam a necessidade de políticas públicas e iniciativas privadas que ajudem os consumidores a saírem do ciclo de inadimplência. Roque Pellizzaro Junior, presidente do SPC Brasil, destaca a importância de uma organização financeira prévia antes de negociar dívidas. “Comprometer o pagamento das contas básicas pode inviabilizar o cumprimento dos acordos, piorando ainda mais a situação do consumidor”, alerta.

    Enquanto o país busca soluções para reduzir a inadimplência, que atinge 41,51% da população adulta, os consumidores são aconselhados a buscar orientação financeira, evitar créditos desnecessários e priorizar o pagamento de dívidas para não cair no ciclo da reincidência.

  • Alta reincidência de inadimplentes revela desafios no controle das finanças pessoais no Brasil 

    Alta reincidência de inadimplentes revela desafios no controle das finanças pessoais no Brasil 

    Dados do Indicador de Reincidência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que oito em cada dez consumidores voltam a ser negativados em menos de um ano após quitarem uma dívida negociada.

    Em novembro de 2024, 81,26% dos registros de inadimplência foram de consumidores reincidentes, ou seja, pessoas que haviam aparecido no cadastro de devedores nos últimos 12 meses.

    Entre os inadimplentes reincidentes, 58% correspondem a consumidores que ainda não haviam quitado dívidas anteriores até novembro. Outros 23,19% saíram do cadastro de negativados nos últimos 12 meses, mas retornaram. Apenas 18,74% dos negativados não apresentaram restrições ao longo do último ano, sendo, portanto, considerados novos devedores.

    “O consumidor enfrenta dificuldades em manter-se fora da inadimplência. Muitas vezes, ele negocia uma dívida, começa a pagar, mas não consegue honrar o acordo. É essencial que, durante o final de ano, com festas e comemorações, as pessoas evitem excessos nos gastos e adotem um planejamento financeiro adequado”, alerta José César da Costa, presidente da CNDL.

    Outro dado relevante é o tempo médio para a ocorrência de uma nova dívida: 75 dias. Ou seja, em cerca de 2,5 meses após o vencimento de uma conta, o consumidor volta a atrasar o pagamento de outra.

    Embora a reincidência seja alta, o número total de devedores reincidentes caiu 14,19% nos últimos 12 meses encerrados em novembro de 2024, em comparação com o período anterior. Essa queda reflete, em parte, iniciativas como o Feirão SPC Brasil, que oferece descontos para renegociação de dívidas.

    “Essa ação é uma excelente oportunidade para o consumidor colocar as contas em dia e começar 2025 com o nome limpo”, destaca Roque Pellizzaro Junior, presidente do SPC Brasil.

    Perfil dos inadimplentes e recuperação de crédito 

    Entre os reincidentes, a faixa etária com maior participação é de 30 a 39 anos, representando 25,01% do total. A distribuição por gênero é equilibrada: 53,03% são mulheres e 46,97%, homens.

    O Indicador de Recuperação de Crédito de Pessoas Físicas do SPC Brasil, que mede o número de consumidores que deixam os cadastros de inadimplência após quitar suas dívidas, apontou uma queda de 7,32% no número de consumidores recuperados nos últimos 12 meses, em relação ao período anterior.

    A diminuição foi mais acentuada entre aqueles que levaram de 91 dias a 1 ano para regularizar suas pendências (-16,85%). A faixa etária com maior recuperação em novembro de 2024 foi de 50 a 64 anos (24,30%), com uma participação equilibrada entre mulheres (51,59%) e homens (48,41%).

    Em novembro, cada consumidor recuperado pagou, em média, R$ 2.000,71 em dívidas. Entretanto, a maioria (60,04%) quitou valores de até R$ 500.

    Os dados reforçam a necessidade de educação financeira para enfrentar os desafios da inadimplência e promover um consumo mais consciente no país.

  • 27% dos consumidores usaram nome de outras pessoas emprestado para fazer compras

    27% dos consumidores usaram nome de outras pessoas emprestado para fazer compras

    O acesso ao crédito é um grande desafio econômico do país e, diante da recusa de um pedido de crédito, a solução encontrada por muitos consumidores é usar o nome de amigos ou familiares. O empréstimo de nome é uma atitude solidária, mas que pode acarretar prejuízos e constrangimentos. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, mostra que 27% dos consumidores fizeram compras com cheque, cartão de crédito, crediário, empréstimo ou financiamento utilizando o nome de outra pessoa nos últimos 12 meses anteriores à pesquisa, sendo que 20% utilizaram o cartão de crédito. Em seguida, aparecem os empréstimos (4%) e o crediário (3%). Financiamentos (2%) e cheque (1%) foram menos mencionados.

    De acordo com o estudo, a prática é utilizada, principalmente, por quem está com dificuldades de acesso ao crédito ou enfrenta imprevistos e não conta com uma reserva de emergência. A principal razão apontada pelos entrevistados para fazer compras em nome de outra pessoa foi não ter crédito aprovado (25%), seguido do estouro no limite do cartão de crédito e/ou cheque especial com 20% e nunca tentar o acesso ao crédito (19%).

    Na avaliação do presidente da CNDL, José César da Costa, o consumidor que empresta seu nome precisa refletir sobre as consequências do ato, pois a responsabilidade legal sobre a dívida é sempre de quem emprestou, já que, formalmente, ele é o titular da pendência financeira.

    “As consequências do empréstimo de nome podem ser muito ruins, tanto do ponto de vista financeiro quanto do ponto de vista das relações sociais. Há casos que resultaram em negativação do emprestador do nome. Quem empresta o nome a um terceiro que teve o crédito negado por uma instituição financeira assume o risco que aquela instituição preferiu não correr, tendo que arcar com eventuais atrasos”, destaca Costa.

    Cônjuges e pais são os mais abordados por quem pede nome emprestado

    O estudo revela ainda que, na hora de pedir o nome emprestado, as pessoas mais procuradas são aquelas do círculo de convivência, como cônjuges (26%) e pais (22%). Irmãos aparecem em seguida, citados por 19% dos entrevistados.

    A pesquisa revela que os argumentos de convencimento mais utilizados por quem pede o nome emprestado variam: 20% disseram que precisavam pagar uma dívida, 16% fazer o supermercado, 13% que precisava comprar roupas, calçados, acessórios, 13% para arcar com os custos de médico, remédios etc, e 13% para comprar coisas para o filho.

    A maioria dos consumidores (86%) afirma que quitou ou tem quitado as parcelas em dia. Fazer pelo outro aquilo que outro faz por você nem sempre se aplica neste caso: seis em cada dez desses consumidores dizem que não emprestariam o nome para um amigo ou familiar fazer compras (62%). Porém, 38% afirmam que emprestariam o nome para um amigo ou familiar, sendo as principais modalidades o cartão de crédito (28%), financiamento (7%) e empréstimo (7%).

    Vestuário e supermercado são os itens mais comprados no nome de terceiros

    Para a maioria dos que utilizam o nome de terceiros, a compra transcorre sem maiores dificuldades. É o que informam 62% dos que recorreram a essa prática. Nas lojas online, 18% tiveram alguma dificuldade, enquanto 11% tiveram obstáculo nas lojas físicas.

    Os produtos ou serviços mais comprados no nome de outra pessoa foram roupas, calçados e acessórios (27%), supermercado (21%) e eletrônicos (21%).

    “Além do risco financeiro envolvido, existe o risco de que o empréstimo de nome a um terceiro abale as relações sociais. Quando o pedido for para algum item essencial, uma solução pode ser oferecer algum tipo de ajuda, mobilizando outros parentes, mas sem o compromisso de uma concessão de crédito. E nos casos do consumo de algo que não seja de primeira necessidade, é importante aprender a dizer não, até para preservar a relação de um desgaste maior no futuro”, destaca o presidente da CNDL.