Tag: CNC

  • Intenção de Consumo das Famílias avança 1,3% em maio

    Intenção de Consumo das Famílias avança 1,3% em maio

    A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) avançou 1,3% em maio, descontados os efeitos sazonais. Esse é o segundo resultado positivo consecutivo do índice, apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgado nesta terça-feira (21).

    O indicador apresentou alta em todos os componentes. No comparativo com maio de 2023, o aumento foi 6,4%. A ICF está em 102,9 pontos, na zona de satisfação (em que se encontra desde agosto do ano passado).

    O índice que mede a satisfação dos consumidores em geral com o acesso ao crédito cresceu 2,2% no mês, impulsionado pelas quedas consecutivas da taxa Selic. Em maio, 31,4% dos entrevistados consideraram mais fácil o acesso ao crédito, o maior percentual desde abril de 2020.

    A ICF aumentou em ambas as faixas de renda analisadas, com maior intensidade nas famílias com renda abaixo de dez salários mínimos (alta de 1,4%). Entre as famílias com renda acima de dez salários mínimos, o aumento foi 0,7%.

    O mesmo movimento foi percebido no que diz respeito à satisfação com o acesso ao crédito, que aumentou de forma mais intensa (2,3% de alta) entre os consumidores com menores salários.

    “A melhora do crédito é percebida por todos os consumidores, mas as famílias com renda menor estão conseguindo se beneficiar mais das melhores condições de pagamento”, afirmou o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

    Segundo ele, como mostra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), também apurada pela confederação, a inadimplência entre os mais pobres vem reduzindo, o que melhora a reputação dos consumidores perante as instituições financeiras e facilita a concessão de crédito.

    Bens duráveis

    O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, explica que, com a taxa média de juros em queda desde outubro de 2023, os consumidores têm mais confiança para utilizar esse tipo de recurso em suas compras. Assim, o indicador que mede a avaliação do consumidor sobre como o momento se apresenta para a compra de bens duráveis foi o que mais subiu na variação anual: 18,1%.

    No mês, no entanto, o aumento foi 0,9% – este foi o menor crescimento entre todos os componentes da ICF. “Por serem produtos de grande valor agregado, a venda deles é mais influenciada pela oscilação do mercado de crédito”, avaliou Tavares.

    Mercado de trabalho

    De acordo com o economista-chefe da CNC, o consumo vem sendo influenciado positivamente também pelo mercado de trabalho, que já avançou 1,6% no primeiro trimestre do ano, acima do crescimento de 1,2%, observado no emprego formal no mesmo período de 2023. Em função disso, o indicador que mede a satisfação com o emprego atual avançou pelo segundo mês seguido (alta de 1,2%), mesma tendência vista no indicador perspectiva profissional (crescimento de 1,1%).

    Com o mercado de trabalho aquecido e acesso ao crédito mais fácil, as famílias avaliaram positivamente o nível de consumo atual, que foi o segundo indicador que mais subiu em maio (alta de 1,5%). Com o momento atual favorável, a perspectiva de consumo cresceu 1,1% no mês e 3,8% no ano, taxa melhor do que a apresentada em abril.

    Edição: Aécio Amado

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  • Endividamento e inadimplência do consumidor caem em fevereiro

    Endividamento e inadimplência do consumidor caem em fevereiro

    O percentual de famílias com dívidas atrasadas, a chamada inadimplência, caiu e atingiu 28,1% em fevereiro. É a quinta redução seguida desde setembro de 2023, quando o indicador estava em 30,2%, e o menor nível desde março de 2022 (27,8%). Os dados fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta sexta-feira (8) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

    A proporção de famílias endividadas – mas não necessariamente inadimplentes – também recuou, alcançando 77,9% em fevereiro. Em janeiro, era de 78,1%. Na comparação anual, a redução é ainda maior, contra os 78,3% de fevereiro de 2023.

    De acordo com a CNC, a redução anual na proporção de endividados foi puxada pelas mulheres. Enquanto os homens mantiveram o patamar de 77,2% entre fevereiro de 2023 e fevereiro de 2024, as mulheres reduziram o indicador de 79,5% para 78,8%. Na comparação entre janeiro e fevereiro, a regressão foi de 0,2 ponto percentual.

    “Isso é um sinal positivo, mostrando uma melhora do planejamento financeiro e do orçamento das famílias lideradas por mulheres, mostrando que as mulheres vêm se preparando para voltar para o mercado de consumo em 2024”, avalia o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.

    Projeção

    Apesar de sempre haver preocupação com o alto nível de endividamento das famílias, a CNC destaca que “o crédito funciona como um incentivador do consumo, sendo uma renda a mais que pode ser utilizada pela população”. Porém, faz a ressalva de que “no momento em que as famílias não conseguem arcar com o pagamento de suas dívidas, o alto endividamento passa a ter viés negativo, o que não é percebido no momento”.

    Projeções da CNC apontam que o nível de endividamento deve crescer nos próximos meses, chegando a 79,9% em dezembro de 2024. Já a proporção de famílias inadimplentes deve manter trajetória de queda, fechando o ano em 27,3%.

    Tipo de dívida

    A pesquisa mostra que a principal modalidade de dívida das famílias é o cartão de crédito (86,9%), seguida por carnês (15,8%), crédito pessoal (9,9%), financiamento da casa (8,7%) e do carro (8,6%) e crédito consignado (6%).

    O tempo médio de comprometimento do orçamento é de sete meses; e o de atraso, 63,6 dias. De acordo com a CNC, as famílias brasileiras terminaram fevereiro com 30,4% da renda comprometida com dívidas.

    A pesquisa coleta dados de 18 mil consumidores de todos os estados e do Distrito Federal.

    Edição: Juliana Andrade

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  • Intenção de consumo das famílias cai 0,5% em fevereiro, aponta CNC

    Intenção de consumo das famílias cai 0,5% em fevereiro, aponta CNC

    O indicador Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu em fevereiro pelo terceiro mês seguido. O índice calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado nesta terça-feira (20), fechou o mês em 105,7 pontos, 0,5% a menos que o mês anterior. O número acima de 100 pontos indica percepção geral de satisfação com as condições econômicas.

    Apesar do recuo de janeiro para fevereiro, o patamar identificado é 10,4% maior que fevereiro do ano passado e o melhor para o período desde 2015.

    De acordo com a CNC, o resultado negativo na comparação entre meses imediatamente seguidos é resultado de as famílias estarem mais preocupadas em pagar e diminuir dívidas do que fazer mais aquisições.

    No relatório, o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, explica que “apesar das melhores taxas de juros, o saldo da carteira de crédito das pessoas físicas vem desacelerando em relação aos resultados do ano passado, mostrando menor procura por esses recursos”.

    Queda na inadimplência

    Segundo o economista, ao observar a redução da inadimplência, pode-se concluir que as famílias estão aproveitando o crédito mais barato para ajustar seus orçamentos em vez de fazer mais dívidas por meio de consumo.

    A CNC entende que a busca por redução de dívidas em vez de mais consumo não é um fato negativo, “muito pelo contrário”, diz a publicação, pois mostra maior consciência das famílias brasileiras quanto às suas finanças.

    “A atenção das famílias brasileiras com o planejamento financeiro vem mostrando resultado no mercado de crédito e, apesar de enfraquecer o consumo, a intenção de compra permanece melhor do que em anos anteriores”, afirma o texto.

    Inflação controlada

    A pesquisa é feita em todo o país, com uma amostra de 18 mil consumidores e leva em conta sete indicadores: três sobre as condições atuais (emprego, renda e nível de consumo), dois sobre expectativas para três meses à frente (perspectiva de consumo e perspectiva profissional), além da avaliação do acesso ao crédito e momento atual para aquisição de bens duráveis.

    Em fevereiro, o único item que teve alta na percepção foi o da renda atual. A pesquisa aponta que a inflação controlada “ajudou a incrementar a renda real das famílias, dando maior poder de compra aos consumidores e sendo o único item a aquecer o comércio”. Além disso, o texto destaca que “o crescimento constante na população empregada também impactou o aumento da massa salarial, dando mais recursos para o consumo”.

    Faixas de renda

    A queda da intenção de consumir em fevereiro foi puxada principalmente pelas famílias com renda abaixo de dez salários-mínimos (até R$ 14.120), que recuou 0,6%. Para os grupamentos familiares com renda acima de dez salários-mínimos, a redução foi de 0,1%.

    “Famílias de menor renda, por estarem mais endividadas, priorizam o ajuste do seu orçamento. Enquanto as com maiores rendimentos já enxergam melhora no consumo futuro”, avalia a CNC.

    Edição: Denise Griesinger

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  • Inadimplência das famílias é a menor em quase dois anos

    Inadimplência das famílias é a menor em quase dois anos

    O percentual de famílias com dívidas, em atraso ou não, ficou em 78,1% em janeiro deste ano. A taxa ficou acima dos 77,6% de dezembro e dos 78% de janeiro de 2023. Dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quinta-feira (1º) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

    A parcela de famílias inadimplentes, isto é, aquelas endividadas que têm contas e dívidas em atraso, recuou em janeiro. Os 28,3% registrados no mês são o menor percentual desde março de 2022. Em janeiro de 2023, a taxa havia sido 29,9%, enquanto em dezembro, ficou em 28,8%.

    O total de famílias que não terão condição de pagar suas contas ficou em 12% em janeiro deste ano, abaixo dos 12,2% de dezembro, mas acima dos 11,6% de janeiro de 2023.

    As famílias com renda de cinco a dez salários mínimos foram as únicas com redução no endividamento. Por outro lado, também foi a única faixa de renda com aumento da inadimplência.

    Por meio de nota divulgada à imprensa, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, afirmou que, de uma forma geral, a pesquisa de janeiro mostra um cenário positivo para este ano.

    “As pessoas estão conseguindo, aos poucos, quitar suas dívidas para contrair outras e adquirir novos produtos, planejar viagens, enfim, voltar a consumir com mais fôlego”, destacou Tadros.

    Entre os principais responsáveis pelo endividamento do consumidor estão o cartão de crédito (86,8%), os carnês (16,2%), o crédito pessoal (9,7%) e os financiamentos de casa e de carro (8,4%).

  • Alta temporada do turismo deve movimentar R$ 155 bilhões no Brasil

    Alta temporada do turismo deve movimentar R$ 155 bilhões no Brasil

    O setor do turismo deve faturar na alta temporada – entre novembro deste ano e fevereiro de 2024 – R$ 155,87 bilhões, segundo revela pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A entidade diz que esse valor representa aumento real de 5,6%, em relação ao mesmo período da última temporada, sendo a maior movimentação financeira do setor desde o início do levantamento, em 2012.

    O turismo foi um dos setores mais impactados pela crise sanitária de 2020 – covid-19. Após um encolhimento de 36,7% naquele ano, o setor vem avançando gradativamente: 22,2% em 2021 e 39,9% no ano passado. No acumulado de 2023 até setembro, o faturamento real do setor avançou 7,9%, segundo o Índice de Atividades Turísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, contribuem para essa recuperação o aumento real de salários, a redução dos juros ao consumidor e a estabilização dos preços. “O otimismo que os números da pesquisa apresentam indica não apenas uma recuperação econômica do turismo, mas também a confiança renovada dos consumidores, impulsionando o mercado de viagens e contribuindo para a geração de empregos em diversas áreas relacionadas ao setor”, afirmou, em nota, Tadros.

    A melhor época para visitar o Pantanal.

    Segundo ele, os indicativos positivos para a alta temporada sinalizam a capacidade de inovação e adaptação do setor do turismo, “que está se fortalecendo e se preparando para um período de crescimento consistente”.

    Viagens aéreas

    O número de passageiros transportados por aviões, um indicador chave da atividade turística, continua em expansão. No terceiro trimestre de 2023, a quantidade de passageiros em voos nacionais atingiu 24,25 milhões, igual ao volume registrado no mesmo período de 2019.

    Já nos voos internacionais, o número ainda está 8,3% abaixo em igual período. Durante a alta temporada 2023/2024, os gastos turísticos se concentrarão principalmente em bares e restaurantes (R$ 68 bilhões) e transporte rodoviário (R$ 24,34 bilhões).

    Contratação de temporários

    Após a eliminação de 469,8 mil postos formais nos sete primeiros meses de 2020 por conta da pandemia de covid-19, o mercado de trabalho no turismo começou uma recuperação gradual. Desde então, foram criadas 612 mil novas vagas. Agora, para esta alta temporada, a CNC estima a criação de 85.795 postos, o maior volume desde 2014.

    “Os números refletem o crescimento sólido que o setor vem experimentando. A expectativa de aumento real demonstra a resiliência do turismo diante dos desafios enfrentados nos últimos anos”, afirmou o economista da CNC, responsável pela pesquisa, Fabio Bentes.

    O segmento de alimentação deve liderar as contratações, com mais de 45 mil postos gerados, seguido pelo de transportes em geral, com aproximadamente 20 mil, e hospedagem, com nove mil vagas. O salário médio de admissão deverá ser de R$ 1.930, uma alta real de 1,8% em relação a igual período do ano anterior.

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  • Com menos inflação, comércio espera recorde de vendas na Black Friday

    Com menos inflação, comércio espera recorde de vendas na Black Friday

    O comércio brasileiro está otimista em relação às vendas da Black Friday, na próxima sexta-feira (24). A estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é de um faturamento de R$ 4,64 bilhões, o que significa 4,3% a mais que em 2022. Se a previsão de concretizar, será o maior volume de vendas para a data, trazida para o Brasil em 2010.

    Um levantamento da CNC mostra que os segmentos de eletroeletrônicos e utilidades domésticas (R$ 1,28 bilhão) e de móveis e eletrodomésticos (R$ 1,05 bilhão) deverão responder por quase metade (48%) da movimentação financeira prevista. Na sequência, se destacam os ramos de hiper e supermercados (R$ 1,02 bilhão) e de vestuário, calçados e acessórios (R$ 0,73 bilhão).

    Menos inflação

    A desaceleração da inflação é um dos fatores que devem impulsionar as vendas, segundo a CNC. No ano passado, de acordo com a pesquisa, os preços livres da economia acumulavam alta de 9,7%. Este ano, a variação é de 3%.

    A valorização de 7,5% do real ante o dólar é outro fator positivo, pois contribuiu para estratégias mais agressivas de preços por parte dos varejistas.

    Os cortes recentes na taxa básica de juros por parte do Banco Central que favorecem o crédito, representam outro motivador para as compras, principalmente de bens duráveis – geladeira, televisão e celular.

    “O início da flexibilização da política monetária a partir de agosto tende a distensionar o mercado de crédito em um evento caracterizado por um volume de vendas relativamente maior de bens duráveis – tradicionalmente mais dependentes das condições de crédito”, argumenta o economista da CNC, Fabio Bentes, responsável pelo levantamento.

    Produtos

    A pesquisa indicou quais produtos estão sendo mais procurados pelos consumidores na internet nos últimos 30 dias. Na semana em que o país enfrenta uma onda de calor, não chega a ser surpresa a presença de aparelho de ar condicionado no topo. As buscas cresceram 177%.

    Com muita gente procurando, o efeito negativo é que os aparelhos têm ficado mais caros nos últimos 40 dias, com alta de 2,9%.

    Dos 10 itens monitorados pela CNC, apenas o ar-condicionado e o videogame (+7,9%) estão apresentando preço maior na data que costuma ser associada a promoções. Na sequência, os bens mais procurados são televisão e fogão. Os dois têm apresentado queda nos preços: -1,5% e -2,7%, respectivamente.

    Os produtos com maiores descontos médios são smartwatches (-12,4%), notebooks (-9,2%), fones de ouvido (-6,1%) e caixas de som (-5,6%).

    Anos de crescimento

    Desde 2017 a Black Friday tem apresentado crescimento seguido no volume de vendas. Atualmente é a quinta data mais favorável para o comércio, atrás do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.

    A partir de 2020, o crescimento se mostrou mais intenso, por causa da intensificação do comércio online. Além disso, a facilidade para consulta e a comparação de preços pela internet explicam o ganho de importância da Black Friday no calendário nacional, segundo a CNC.

    Edição: Kleber Sampaio
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  • Importação de produtos de até US$ 50 subiu 11% neste ano

    Importação de produtos de até US$ 50 subiu 11% neste ano

    A importação de produtos com valor de até US$ 50 (cerca de R$ 240) cresceu 11,4% nos sete primeiros meses deste ano, na comparação com o mesmo período de 2022. O total de itens chegou a 3,3 bilhões, dos quais a maioria teve como origem a China.

    Os dados são de um estudo divulgado nesta sexta-feira (25) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no qual foi analisada a importação de mais de 10 mil tipos de bens de consumo com valor individual de até US$ 50.

    A pesquisa mostrou que a importação de produtos chineses subiu 38% neste período. Com isso, eles representam atualmente quase 40% do total de itens importados pelos consumidores brasileiros, com 1,3 bilhão de unidades.

    Em segundo lugar como país de origem aparece o Paraguai, com apenas 296 milhões de unidades (8,9%).

    Segundo a CNC, a alta foi estimulada pela valorização do real ante o dólar e a alta carga tributária doméstica. “A diferença na carga de impostos sobre o consumo no Brasil e no exterior foi um fator crucial para o aumento das importações de bens de consumo”, explica o  economista responsável pelo estudo, Fabio Bentes.

    De acordo com a CNC, esse tipo de comércio reduz a competitividade do produto nacional. A confederação pede que haja uma isonomia tributária para as importações de bens de consumo de baixo valor.

    Em 1º de agosto, entrou em vigor a isenção federal para compras online de até US$ 50.

    Edição: Juliana Andrade

  • Intenção de Consumo das Famílias é a maior desde 2015

    Intenção de Consumo das Famílias é a maior desde 2015

    A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) atingiu em agosto o maior nível desde 2015. O indicador elaborado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) cresceu 1,4% na comparação com julho e atingiu os 101,1 pontos. Acima de 100 pontos, o índice representa percepção de otimismo. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (23).

    A última vez em que o ICF esteve no campo positivo tinha sido em abril de 2015 (102,9 pontos). Desde janeiro de 2022 o dado tem apresentado altas mensais. De acordo com a economista responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, a queda recente da inflação e a dinâmica favorável no mercado de trabalho são alguns dos fatores que explicam o aumento da intenção de compra dos brasileiros. Quatro em cada dez entrevistados (42,5%) indicam que estão mais seguros no emprego em relação ao ano passado. Esse é o percentual mais alto desde março de 2015.

    “Isso ocorre porque o mercado de trabalho continua registrando um aumento das contratações formais, mesmo que em menor intensidade em relação ao início do ano”, pontua a analista da CNC. “Os consumidores têm apontado maior segurança no emprego. Tanto a segurança no emprego, quanto uma melhora da percepção sobre a renda atual têm levado essa intenção de compras a crescer nos últimos meses”, explica.

    O levantamento da CNC ouviu 18 mil consumidores. Seis dos sete quesitos que fazem parte do ICF apresentaram queda em agosto. No acumulado do ano, todos tiveram melhora.

    Crédito

    Uma preocupação na edição de agosto da pesquisa é o endividamento ainda em nível elevado, que limita a capacidade de consumo. Tanto que 40 em cada 100 consumidores dizem que estão comprando menos que há um ano. Nesse cenário, as vendas no varejo têm demonstrado dificuldade de sustentar crescimento de forma uniforme entre os segmentos.

    A CNC pondera que o custo do crédito tem apontado suavização no país. Com base em dados do Banco Central, o estudo aponta que “as taxas de juro médias em todas as modalidades de crédito com recursos livres atingiram 59,1% em junho, queda de 0,8 ponto percentual ante maio, primeira redução desde dezembro de 2022”.

    Esse comportamento foi refletido pelo ICF. Enquanto, nos últimos 12 meses, caiu de 41,5% para 36,9% a proporção de consumidores que afirmam estar mais difícil conseguir crédito, o índice dos que consideram que o acesso a empréstimos está mais fácil subiu 4 pontos percentuais, atingindo 28,5% – o maior nível desde maio de 2020.

    Tendência

    A CNC acredita que a redução dos juros e da inadimplência esperada para os próximos meses vai melhorar o acesso ao crédito.

    “A gente espera que com os programas de renegociação de dívida [Desenrola Brasil, lançado pelo governo federal] e com a redução desses juros de forma mais continuada, haja melhora no cenário para inadimplência e para o endividamento que, de fato, forneçam as condições, via crédito, para esses consumidores poderem consumir. A tendência é que esse indicador de acesso ao crédito melhore até o fim do ano e que a gente tenha uma intenção de consumo crescente”, espera Izis Ferreira.

    Outro levantamento feito pela CNC, a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada no começo de agosto, identificou queda no nível de endividamento das famílias brasileiras – o primeiro recuo em sete meses.

    Edição: Juliana Andrade

  • Dia dos Pais deve movimentar R$ 7,6 bilhões em vendas, estima CNC

    Dia dos Pais deve movimentar R$ 7,6 bilhões em vendas, estima CNC

    O Dia dos Pais, no próximo domingo (13), deve ter um volume de vendas de R$ 7,67 bilhões. Isso representa um crescimento de 2,2% em relação ao ano passado. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e já está desinflacionada, ou seja, o valor desconsidera a inflação dos últimos 12 meses, o que permite uma comparação mais adequada entre 2022 e 2023.

    Apesar de a estimativa de vendas ter crescido em relação ao ano passado, ainda é menor que os R$ 7,8 bilhões movimentados em 2021. Além disso, é 10% abaixo do patamar de 2013, ponto mais alto da série histórica da CNC, quando os lojistas faturaram R$ 8,54 bilhões.

    “Apesar desse aumento [em 2023], o setor ainda não consegue restabelecer o volume de vendas que se tinha antes da pandemia. A razão para isso não é mais a crise sanitária, mas, sim, o comportamento da conjuntura econômica dos últimos meses. A gente teve um processo de encarecimento da taxa de juros, por conta de uma inflação muito alta, e isso se refletiu no Dia dos Pais, especialmente nas últimas edições”, avalia o economista responsável pela pesquisa, Fabio Bentes.

    Para as vendas neste ano, o economista minimiza reflexos positivos do corte na taxa de juros realizado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) na última quarta-feira (2). “Os juros andaram altos por muito tempo. O BC começou a baixar agora, na reunião de agosto, mas deve ter longo tempo para isso surtir efeito no comércio”, ressalta.

    As lojas de vestuário, calçados e acessórios devem abocanhar a maior parte das vendas, R$ 3,64 bilhões. Produtos de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (R$ 1,19 bilhão) e itens de perfumaria e cosméticos (R$ 1,16 bilhão) vêm em sequência na preferência dos consumidores. Esses três ramos concentram 77% das vendas totais.

    Menos inflação

    A CNC estima que os presentes para o Dia dos Pais pesem, em média, 5,5% a mais no bolso do consumidor, em relação ao ano passado. Um movimento de desaceleração da inflação diante de 2022 e 2021, quando os preços subiram 8,4% e 8,2%, respectivamente.

    Enquanto as roupas masculinas (+6,6%), os livros (+13,9%) e os perfumes (+20,6%) estão sendo vendidos com preços mais elevados, as televisões (-14,5%), os computadores (-10,4) e aparelhos telefônicos (-4,3%) estão mais baratos nas lojas.

    Fabio Bentes explicou à Agência Brasil que essa queda nos preços está relacionada à desvalorização do dólar, que deixa produtos importados – ou com componentes importados – mais em conta. “Certamente, a valorização do real ajuda a explicar”, diz. No ano, a moeda americana desvalorizou-se mais de 7%.

    Apesar de esses produtos de tecnologia estarem mais baratos, não estão dentro da meta de compra da maioria dos consumidores, pelo menos no Rio de Janeiro. Um levantamento do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) aponta que a intenção de compra é de cerca de R$ 140 por presente.

    Contratações

    O Dia dos Pais é a quarta data mais importante para o comércio, atrás do Natal, Dia das Mães e Dia das Crianças, na ordem. Essa importância nas vendas é refletida na geração de empregos temporários. A CNC estima que 10.380 mil pessoas sejam contratadas para atender à demanda de vendas. Além de ser o terceiro ano seguido de crescimento, esse é o maior número de temporários desde 2014 (10,7 mil).

    História da data

    Atualmente sempre no segundo domingo de agosto, o Dia dos Pais começou a ser celebrado em 1953. É uma criação do publicitário Sylvio Bhering. Inicialmente, a data escolhida era 16 de agosto, quando a Igreja Católica celebrava São Joaquim, pai de Maria, a mãe de Jesus. O dia dedicado ao santo mudou para 26 de julho, mas o oitavo mês do ano fez sucesso entre os comerciantes, que ganharam um período para aquecer as vendas. Além disso, o domingo atraiu a preferência por ser, tradicionalmente, um dia de encontros familiares.

    “O Dia das Mães já existia, então a ideia foi: por que não ter também um Dia dos Pais? E, aqui no Brasil, mais declaradamente, surgiu como uma ideia mercadológica, publicitária mesmo. Então muito ditado até mesmo para movimentar o comércio”, explicou à Agência Brasil Sérgio Dantas, professor de marketing da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

    Fora do Brasil, há outras datas para o Dia dos Pais. Em pelo menos 70 países, como os Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, a comemoração é no terceiro domingo de julho. Há também países que celebram a data em 19 de março, Dia de São José, como Portugal, Espanha, Itália, Andorra, Bolívia e Honduras.

    Edição: Juliana Andrade

  • Alckmin defende desoneração completa do investimento e exportação

    Alckmin defende desoneração completa do investimento e exportação

    O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, defendeu nesta terça-feira (13) que, sendo o comércio o setor que mais emprega, o país precisa desonerar “completamente” as tributações que incidem sobre investimento e exportação.

    “O comércio é o grande empregador. Não tem agricultura sem comércio; não tem indústria sem comércio; não tem emprego sem comércio. E o setor de serviços é o que melhor distribui renda. É o que mais emprega e mais gera postos”, disse o vice-presidente em encontro com sindicatos empresariais do terceiro setor, em evento promovido pela Confederação Nacional de Comércio (CNC).

    Alckmin ressaltou também a relevância do comércio voltado ao mercado externo, e a necessidade de medidas que favoreçam a competitividade e a redução do Custo Brasil.

    “Sempre ouvi que três fatores são fundamentais: juros, imposto e câmbio. O câmbio está bom. Entre R$ 4,80 e R$ 4,90, é um câmbio competitivo. No caso do imposto, a carga tributária brasileira é elevada para o nível de desenvolvimento brasileiro. O que se pode fazer nesse momento é simplificar”, disse.

    Segundo ele, com a simplificação se pode reduzir o Custo Brasil e a judicialização. “[Precisamos] Desonerar completamente o investimento e desonerar completamente a exportação, porque o comércio exterior é cada vez mais relevante”.

    Alckmin lembrou que o comércio, atualmente, tem características intraregionais, e que, nesse sentido, o Brasil precisa buscar, em especial nos países vizinhos, ampliar seus mercados.

    “Se pegarmos Estados Unidos e México, 50% do comércio é entre eles. Nos 27 países da União Europeia, 60% é entre eles. Já na América Latina é 26%. Temos de reconquistar os vizinhos. Eles estão mais perto e é para onde podemos exportar maior valor agregado”, argumentou.

    Edição: Fernando Fraga