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  • “Livro é uma viagem que você faz sem precisar sair de casa”, compara premiada em concurso de poesia

    “Livro é uma viagem que você faz sem precisar sair de casa”, compara premiada em concurso de poesia

    A leitura é uma das ferramentas que podem influenciar na formação, desenvolvimento e transformação pessoal e profissional do indivíduo. Através dela é possível quebrar fronteiras, descobrindo novos universos sem ao menos sair do lugar. “Livro é uma viagem que você faz, sem precisar sair de casa,” observa Diva Pokorski, 82. Ela foi uma das premiadas do 1ª Concurso de Poesia Falada de Lucas do Rio Verde. A cerimônia de premiação aconteceu ontem à noite, no auditório dos Pioneiros da Prefeitura de Lucas do Rio Verde. O concurso foi realizado pelo Clube do Livro, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura, entidades e empresas.

    Diva escreveu a poesia ‘Comparações’, ficando em segundo lugar na categoria Amador. A catarinense, natural de Joaçaba, mora em Lucas do Rio Verde há 4 anos. Ela disse à reportagem de CenárioMT que sempre gostou de ler e escrever, mas ainda não tinha tido oportunidade de participar de concursos. Diva defende a leitura de bons livros. “Se começar a escrever, melhor ainda”, comentou. “É um caminho que a gente segue sem medo”.

    Além da categoria amador, o concurso também contou com a categoria escritor. Apoena Baquara ficou em primeiro lugar. A poesia escolhida, que tem o título ‘Onde estão todos os lúcidos’, traz uma reflexão sobre o momento atual vivido pela humanidade. “Eu não sou a mesma pessoa que era antes da pandemia, não vejo mais da mesma forma. Por isso esse título, por entender que a lucidez é uma forma de clareza, a visão da realidade. Uma das dificuldades neste período é entender a realidade como ela é”, explica.

    Premiados

    Na categoria Amador foram premiados Suzany Murji de Sá (com a poesia O Cordeiro), Diva Pokorski (Comparações) e Ingrid Mohr (Sou luz).

    Já na categoria escritor, além de Apoena Baquara (Onde estão todos os lúcidos), foram premiados Solange Oliveira Santos (O tempo não para) e Darcila Vargas (Que se virem).

    Concurso

    O projeto dando voz à poesia em tempos de pandemia contou com a participação de diversos escritores locais com intuito de despertar a paixão pela poesia em Lucas do Rio Verde. O Clube do Livro reuniu as poesias inscritas para lançar sua primeira coletânea que já está disponível para leitura virtual.

    A presidente do Clube do Livro, Iracema Doge, observou que pessoas de todas as idades participaram do concurso e fazem parte do clube, que existe de 2019.

    “A leitura, além de ser atemporal, é flexível para todas as idades, tem que atingir todas as idades. Se isso não acontece, temos um problema”, comentou a presidente, logo após a cerimônia de premiação.

    Parcerias

    Entre os parceiros do concurso e do Clube do Livro estão a Biblioteca Monteiro Lobato e a Secretaria de Cultura de Lucas do Rio Verde. Coordenadora de Cultura do município, Anelise Duarte é também curadora do Clube do Livro. Ela acredita que iniciativas como a realização do concurso de poesia ajudam a fortalecer a cultura do município, por isso a Secretaria estará sempre pronta a apoiar esses eventos. “Trabalhamos muito em parcerias que fomentam a literatura, incentivam a produção literária, para que a cadeia produtiva do livro aqui no nosso município receba esse apoio, esse respaldo”, destacou.

    Plano Municipal

    A partir da próxima semana, uma comissão começa a discutir e elaborar um Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca. O grupo de trabalho, que contará com pessoas da comunidade, vai definir políticas públicas que visem o fortalecimento do segmento. “A proposta é fomentar ainda mais a literatura no nosso município”, antecipa a coordenadora de Cultura.

  • Lucas: Clube do Livro critica proposta de taxação feita pelo Governo Federal

    Lucas: Clube do Livro critica proposta de taxação feita pelo Governo Federal

    O Clube do Livro de Lucas do Rio Verde tem se manifestado contrário a proposta do governo federal em taxar livros no país. A primeira manifestação aconteceu na última sexta-feira, quando os membros do clube usaram as redes sociais na campanha #defendaolivro. Hoje, o clube começou a compartilhar um vídeo produzido com a mesma abordagem.

    Além do Clube do Livro, diversas livrarias reforçaram o protesto, colocando a frente sua posição contra a taxação que vai desvalorizar o mercado, cortar o acesso à cultura e ao conhecimento.

    “Atingindo diretamente a comunidade mais pobre e que mais necessita de acesso à esse conteúdo, segundo a Receita para fim de incentivo é que famílias com renda de até dois salários mínimos só consumiriam livros didáticos; editores contestam”, postou a presidente do Clube do Livro, Iracema Doge.

    A presidente, aliás, critica ainda a justificativa da Receita Federal para criar a taxa: de que pobre não lê. “E que a maior parte dos livros no país é consumida pelos ricos, com renda superior a dez salários mínimos”, reclamou.

    https://www.facebook.com/clubedolivrolrv/videos/166012498628626

    Em texto publicado na página do Clube do Livro nas redes sociais, Iracema cita que, com base na última Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE, o fisco crava ainda que famílias com renda de até dois salários mínimos apenas consomem livros didáticos. “Usar esses dados como argumento para eliminar o incentivo à leitura é de uma miopia tacanha: se o pobre não gosta de ler mesmo, que se dane o preço do livro, eis o que está quase explícito no raciocínio. Mas o fato de o brasileiro – pobre ou rico – ler desesperadamente pouco é um problema grave, uma vergonha nacional a ser superada. Ir na contramão disso é assumir-se como a pátria da ignorância”, ressalta.

    O livro é um produto isento de impostos desde a Constituição de 1946, proteção que foi mantida pela atual carta, de 1988. Em 2004, o mercado editorial foi desonerado também do PIS e Cofins, que, pela proposta do governo, seria substituído pela Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS). Dessa forma, tornaria os livros sujeitos à tributação mais uma vez, sob alíquota de 12%. “Vale lembrar que embora o produto livro seja isento, as editoras pagam outras taxas. No caso de uma empresa de lucro presumido, esse valor fica em cerca de 2%”, cita a presidente.

    “O efeito imediato dessa taxação vai ser o aumento do preço do livro, algo que afeta sobretudo leitores e livrarias. Representantes do mercado editorial lançaram na semana passada o Manifesto em Defesa do Livro, em que explicam os efeitos da reforma tributária sobre as editoras e como isso pode afetar o brasileiro”, lamenta.