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  • Oferta de frutas precoces mantém preço em queda

    Oferta de frutas precoces mantém preço em queda

    O preço da laranja pera caiu com força no mercado de mesa nesta semana, pressionado pelo aumento na oferta, por conta da chegada das frutas precoces. Levantamento do Cepea mostra que, de segunda a quinta-feira, a média de negociação da fruta foi de R$ 85,35 por caixa de 40,8 kg, queda de 9,03% em relação à do período anterior.

    O Fundecitrus divulga nesta sexta-feira, 9, a primeira estimativa da produção da safra de laranja de 2025/26 de São Paulo e do Triângulo Mineiro. Essa é uma das estimativas mais aguardadas pelo setor citrícola nacional, sobretudo neste momento de incertezas quanto ao preço que será fixado pela indústria para ser pago ao citricultor pela fruta da safra 2025/26, depois de uma temporada 2024/25 de valores recordes.

    Segundo pesquisadores do Cepea, há uma previsão geral do setor de que a produção de laranja da safra 2025/26 seja maior que a temporada que está se encerrando, tendo como fundamento o fato de que a colheita do ciclo 2024/25 foi muito reduzida pelo clima desfavorável (temperaturas elevadas e o tempo muito seco), que atrapalhou demasiadamente o desenvolvimento dos pomares.

    Além disso, após outubro de 2024, as chuvas voltaram com maior intensidade e as temperaturas ficaram dentro de padrões mesmo que levemente acima das médias históricas. Esse cenário deve proporcionar uma maior produtividade para 2025/26, apesar do avanço do greening.

  • Laranja pera segue em queda no mercado in natura pressionada por oferta de variedades precoces e baixa demanda

    Laranja pera segue em queda no mercado in natura pressionada por oferta de variedades precoces e baixa demanda

    O aumento na oferta de laranjas precoces, como as variedades hamlin e westin, e de tangerinas poncã, vem pressionando os preços da laranja pera no mercado de mesa (in natura). A situação se agrava com os recuos registrados nos valores pagos pela indústria, que reforçam o movimento de desvalorização da fruta no início de safra.

    De acordo com levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), na semana de 28 de abril a 2 de maio, a laranja pera foi comercializada a R$ 93,82 por caixa de 40,8 kg, o que representa uma queda de 4,58% em relação à semana anterior.

    Considerando o desempenho do mês de abril, a média ficou em R$ 92,46 por caixa, com recuo de 1,75% frente ao mês de março. Analistas do Cepea apontam que o clima ameno também contribui para o desaquecimento da demanda, limitando o consumo da fruta e pressionando ainda mais as cotações.

    Com a colheita das variedades precoces em ritmo acelerado e o consumo interno em baixa, o mercado da laranja pera deve continuar sentindo os efeitos dessa combinação nos próximos dias.

  • Média da tahiti no 1º trimestre é a maior para o período em 6 anos

    Média da tahiti no 1º trimestre é a maior para o período em 6 anos

    Levantamento da equipe Hortifrúti/Cepea mostra que as cotações da lima ácida tahiti estão mais firmes, sustentadas pela menor oferta de frutas de melhor padrão e pela boa demanda por parte da indústria.

    Nos três primeiros meses de 2025, época importante de processamento da tahiti, o preço médio da fruta pago pela indústria foi de R$ 25,06/caixa de 40,8 kg, 55% acima do registrado no mesmo período de 2024 e o maior para um primeiro trimestre desde 2019, quando esteve a R$ 29,95/cx, em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI de março/25).

    Segundo pesquisadores do Hortifrúti/Cepea, com as processadoras reduzindo o ritmo de moagem da laranja, parte do parque industrial citrícola concentra as atividades envolvendo a lima ácida tahiti.

    Agentes consultados pelo Hortifrúti/Cepea reportam que a presença das indústrias no mercado está auxiliando no escoamento de frutas fora do padrão à moagem e reduzindo, consequentemente, o volume desse tipo de lima para o mercado fresco.

  • Quarta florada das laranjas impulsiona indústria, mas qualidade ainda preocupa

    Quarta florada das laranjas impulsiona indústria, mas qualidade ainda preocupa

    A produção das laranjas da quarta florada no cinturão citrícola paulista tem oferecido um alívio para a indústria, embora a qualidade da fruta esteja abaixo do esperado para esta época do ano. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) a demanda por frutas no mercado spot tem sido intensa, impulsionada pelo baixo estoque de suco e pela necessidade das empresas de garantir matéria-prima para a transição de safra e manter os padrões dos blends (misturas de sucos).

    A última estimativa da Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura) apontou que o bom desenvolvimento da quarta florada da safra 2024/25 deve resultar em uma oferta um pouco mais elevada de laranjas no cinturão citrícola paulista. Em comparação com o levantamento de setembro de 2024, a projeção foi revisada para cima em 7 milhões de caixas de 40 kg, o que representa um alívio para o setor.

    A quarta florada, que ocorre no final da safra, é crucial para a indústria, pois ajuda a suprir a demanda por frutas em um momento em que os estoques de suco estão em níveis críticos. No entanto, a qualidade das laranjas tem sido uma preocupação, já que não atende plenamente às expectativas para o período.

    Desafios para a indústria

    Apesar do aumento na oferta, a qualidade inferior das laranjas da quarta florada tem sido um desafio para as indústrias. Para compensar, muitas empresas estão adquirindo o máximo de frutas disponíveis no mercado spot, visando amenizar o déficit de suco e garantir a continuidade da produção. Essa estratégia é essencial para manter os padrões dos blends, que exigem uma combinação específica de sucos para atender às demandas do mercado interno e externo.

    baixo estoque de suco tem sido um dos principais motivos para a busca intensa por laranjas no spot. Com a transição de safra se aproximando, a indústria precisa garantir matéria-prima suficiente para evitar interrupções na produção e manter os compromissos comerciais.

    Perspectivas para o setor

    A quarta florada deve trazer um alívio temporário para a indústria, mas a qualidade das frutas e o baixo estoque de suco continuam sendo pontos de atenção. A Fundecitrus e o Cepea seguem monitorando o desenvolvimento da safra e os movimentos do mercado, que devem continuar sendo influenciados pela oferta de laranjas e pela demanda por suco.

    A expectativa é que, com o aumento na oferta de frutas, a indústria consiga equilibrar melhor a produção e os estoques de suco nos próximos meses. No entanto, a qualidade das laranjas e os custos de produção continuarão sendo fatores determinantes para a rentabilidade do setor.

    Enquanto isso, as empresas do setor citrícola devem se preparar para um cenário de ajustes, buscando estratégias para garantir a qualidade dos blends e a sustentabilidade da produção, tanto para o mercado interno quanto para as exportações.

  • Oferta da tahiti cresce neste início de 2025, mas deve recuar em fevereiro

    Oferta da tahiti cresce neste início de 2025, mas deve recuar em fevereiro

    A oferta da lima ácida tahiti tem aumentado no estado de São Paulo neste mês, mas deve cair já em fevereiro, conforme apontam pesquisas do Cepea. Isso porque agentes consultados pelo Centro de Pesquisas apostam numa safra curta e mais reduzida – vale lembrar que a temporada geralmente ocorre no primeiro trimestre do ano.

    De forma geral, segundo pesquisadores do Cepea, o clima desfavorável (baixa quantidade de chuvas e calor) em 2024 é apontado como o maior responsável pelo menor volume da tahiti em pleno pico de safra.

    Contudo, como os preços já não foram tão remuneradores aos produtores nos últimos anos durante o período da safra, a queda na produção pode também ser reflexo dos menores investimentos em tratos culturais ao longo de 2024. Como resultado, as cotações da fruta têm subido neste começo de 2025.

    Levantamentos do Cepea mostram que, de 13 a 16 de janeiro, a média da tahiti no mercado in natura foi de R$ 25,23/caixa de 27,2 kg, aumento de 6% frente ao da semana anterior e de expressivos 87% sobre o da segunda semana de janeiro de 2024. Para a fruta destinada à indústria, os avanços foram de 40% no comparativo semanal e de fortes 112% no anual, com média de R$ 28,00/cx de 40,8 kg em 2025.

  • Novamente, oferta da safra 25/26 deve ficar abaixo da demanda no segmento de citros

    Novamente, oferta da safra 25/26 deve ficar abaixo da demanda no segmento de citros

    Mesmo com o retorno das chuvas a partir de outubro de 2024, o cenário para a safra 2025/26 de laranjas do estado de São Paulo e do Triângulo Mineiro ainda é incerto. As flores abertas em meados de outubro, após as precipitações, foram consideradas volumosas, mas o desenvolvimento da temporada ainda dependerá do clima no decorrer da safra.

    Se a temporada 2025/26 ainda é incerta, a safra 2024/25 foi estimada pelo Fundecitros em 223,14 milhões de caixas de 40,8 kg de laranja, redução de 27,4% frente a 2023/24. Essa produção muito aquém dos padrões para o cinturão citrícola de São Paulo e do Triângulo Mineiro deve levar a um cenário de estoques de suco de laranja praticamente zerados ao fim da temporada, sendo necessário uma safra 2025/26 muito boa para que se tenha ao menos uma leve recuperação.

    De fato, cálculos do Cepea indicam que nem mesmo uma diminuição nas exportações brasileiras de suco de laranja em 2024/25 será suficiente para impedir uma queda acentuada no volume de suco armazenado, o que manterá elevada a necessidade de matéria-prima por parte das fábricas.

    Além disso, o estado norte-americano da Flórida tem registrado recuo nos estoques e precisará importar mais insumo brasileiro, o que colabora ainda mais com a sustentação das cotações aqui no Brasil. Em paralelo a essa condição de produção e estoques apertados no Brasil, na Flórida, dados divulgados em dezembro pelo USDA indicam que a produção da safra 2024/25 de laranjas deve somar 12 milhões de caixas de 40,8 kg, forte queda de 20% frente ao relatório de outubro.

    Além do greening, a quebra se deve à passagem do furacão “Milton” pelo estado norte-americano no começo de outubro deste ano, que atingiu boa parte das fazendas produtoras de laranja.

  • Preços dos citros seguem enfraquecidos; recuo no preço da laranja foi de 1,4%

    Preços dos citros seguem enfraquecidos; recuo no preço da laranja foi de 1,4%

    O preço médio da laranja de mesa está em R$ 111,39/caixa de 40,8 kg na parcial desta semana (segunda a quinta-feira), recuo de 1,4% sobre o do período anterior. Segundo pesquisadores do Cepea, o calibre da fruta tem melhorado, embora a oferta continue baixa no mercado.

    Para a lima ácida tahiti, as cotações seguem em forte queda, influenciadas pela proximidade da safra principal da fruta e pela melhora da qualidade. A caixa de 27,2 kg da lima ácida tahiti foi negociada à média de R$ 41,30 na parcial desta semana, 14,88% inferior à do período anterior.

    Novo relatório divulgado este mês pelo Fundecitrus mostra que produtores do estado de São Paulo e do Triângulo Mineiro devem colher 223,14 milhões de caixas de 40,8 kg de laranja safra 2024/25, aumento de 7,36 milhões de caixas (ou de 3,4%) frente ao indicado em setembro/24, mas ainda 9,24 milhões de caixas (ou 4%) abaixo da primeira estimativa, de maio/24. Assim, a safra atual pode ficar 27,4% menor que a anterior.

  • Mercado de cítricos registra queda acentuada nos preços da lima ácida tahiti e da laranja de mesa

    Mercado de cítricos registra queda acentuada nos preços da lima ácida tahiti e da laranja de mesa

    Os preços da lima ácida tahiti continuam em queda no mercado, mesmo diante das chuvas que dificultam a colheita. Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o calibre da fruta tem apresentado aumento gradativo, mas ainda permanece abaixo do padrão esperado.

    Na parcial desta semana, entre segunda e quinta-feira, a caixa de 27,2 kg foi cotada a R$ 48,36, representando uma expressiva redução de 44,24% em relação à semana anterior e de 52,36% frente ao mesmo período no mês passado.

    Já a laranja de mesa também registrou desvalorização, com a caixa de 40,8 kg cotada a R$ 113,32, queda de 5,66% em relação à semana passada. Apesar da leve melhora no calibre da fruta, a oferta limitada mantém o mercado em desequilíbrio.

    Com as incertezas climáticas e a oferta restrita, o setor cítrico segue enfrentando desafios para estabilizar os preços e atender à demanda do mercado interno.

  • Pesquisa brasileira em citros é apresentada na maior feira de negócios da fruticultura chilena

    Pesquisa brasileira em citros é apresentada na maior feira de negócios da fruticultura chilena

    Entre os dias 21 a 25 de outubro, a convite da empresa Agromillora Produção e Comércio de Mudas Vegetais, o pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária, Eduardo Augusto Girardi, coordenador da Unidade Mista de Pesquisa e Transferência de Tecnologia (UMIPTT) Cinturão Citrícola, visitou áreas plantas com citros e outras fruteiras no Chile.

    A Unidade mantém um projeto com a multinacional espanhola de micropropagação de plantas e com a Agroterenas S/A para avaliação de porta-enxertos ananicantes do Programa de Melhoramento Genético de Citros em plantio adensado no Mato Grosso do Sul.

    Na viagem, Girardi visitou os laboratórios e viveiros da Agromillora em Curicó e pomares ultra-adensados de cereja e ameixa-europeia conduzidos em renque ou setos para colheita mecanizada na região de Talca. Além disso, conheceu viveiros e pomares de laranjas Bahia e limão tipo Siciliano para exportação na região de Quillota e ainda a Pontificia Universidade Catolica de Valparaíso e experimentos com fruticultura na Estação experimental La Palma da universidade. “A citricultura do Chile tem cerca de 30 mil hectares, com grande aumento de tangerinas nos últimos anos, mas ainda prevalencendo a combinação de Bahia Fukumoto enxertada em trifoliata Rubidoux, gerando frutos com qualidade excepcional. Chama a atenção a poda intensiva das plantas, especialmente no sistema em V, ou seja, com retirada de uma seção vertical da copa que permite maior insolação interna e acesso mais ágil aos frutos que se formam em maior quantidade dentro da copa”, comenta.

    Finalmente, apresentou, no dia 24, na capital Santiago, palestra sobre novos porta-enxertos e a citricultura do futuro na Fruit Trade 2024, maior feira de negócios da fruticultura chilena, edição em que Brasil foi homenageado. “Com menos de 400 mil hectares de fruticultura, o Chile exporta mais de US$ 6 bilhões/ano. É uma grande plataforma de exportação de frutas frescas, altamente especializada, com grande crescimento das cerejas e avelãs. Em citros, são livres de diversas pragas, incluso HLB e seu vetor. Assim, houve muito interesse em conhecer os trabalhos da Embrapa para o desenvolvimento de porta-enxertos híbridos que facilitem o manejo dessa doença e outras”, finaliza Girardi.

  • Incêndios em áreas de citros de São Paulo são controlados e não impactam produção

    Incêndios em áreas de citros de São Paulo são controlados e não impactam produção

    Levantamento realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicou que os incêndios registrados em algumas áreas de citros no estado de São Paulo, no final da última semana, foram pontuais e não devem impactar significativamente o volume de frutas disponíveis no mercado.

    Colaboradores do Cepea relataram que as áreas afetadas foram pequenas e que os proprietários conseguiram controlar o fogo rapidamente. Além disso, em algumas localidades, a ocorrência de chuvas leves ajudou a conter os incêndios.

    Em relação ao mercado de laranja, a chegada de uma nova frente fria nos últimos dias afastou os consumidores, de acordo com pesquisadores do Cepea. O período de fim de mês também contribuiu para a retração nas vendas.

    Apesar dessa queda na demanda, a oferta cada vez mais restrita e os altos preços dos contratos industriais continuam a sustentar os valores médios de negociação da laranja in natura no estado de São Paulo.