Tag: Cigarros

  • PRF apreende 3 milhões de cigarros contrabandeados em Sorriso, MT

    PRF apreende 3 milhões de cigarros contrabandeados em Sorriso, MT

    Em uma ação de fiscalização na noite do último domingo, 26 de maio, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu um carregamento de 3 milhões de cigarros contrabandeados em Sorriso, Mato Grosso.

    A operação aconteceu por volta das 22h30, em frente à Unidade Operacional da PRF na cidade. Um caminhão foi abordado durante a blitz e, ao solicitar a documentação do veículo, da carga e do motorista, os agentes da PRF notaram inconsistências nas informações prestadas.

    O condutor, que já possuía antecedentes criminais por contrabando, informou que transportava conduítes de uma cidade em São Paulo para outra em Mato Grosso.

    No entanto, uma inspeção minuciosa revelou que, escondidos sob os tubos, havia diversas caixas de cigarros de origem paraguaia.

    No total, a PRF apreendeu aproximadamente 3 milhões de unidades de cigarros contrabandeados. O motorista foi preso em flagrante e encaminhado à Polícia Federal para os procedimentos cabíveis.

    Combate ao contrabando

    A ação da PRF é um duro golpe contra o contrabando de cigarros na região. Essa prática ilegal causa diversos prejuízos ao país, como a sonegação de impostos, a concorrência desleal com as empresas nacionais e o financiamento de atividades criminosas.

    A PRF reforça seu compromisso no combate ao contrabando e à criminalidade, intensificando as ações de fiscalização nas rodovias federais.

  • Tabagismo responde por 80% das mortes por câncer de pulmão no Brasil

    Tabagismo responde por 80% das mortes por câncer de pulmão no Brasil

    Estudo feito por pesquisadores da Fundação do Câncer aponta que o tabagismo responde por 80% das mortes por câncer de pulmão em homens e mulheres no Brasil. O trabalho foi apresentado nesta quinta-feira (16) pela fundação no 48º encontro do Group for Cancer Epidemiology and Registration in Latin Language Countries Annual Meeting (GRELL 2024, na sigla em inglês), na Suíça.

    Em entrevista à Agência Brasil, o epidemiologista Alfredo Scaff, consultor médico da Fundação do Câncer, o estudo visa a apresentar para a sociedade dados que possibilitem ações de prevenção da doença. “O câncer de pulmão tem uma relação direta com o hábito do tabagismo. A gente pode dizer que, tecnicamente, é o responsável hoje pela grande maioria dos cânceres que a gente tem no mundo, e no Brasil, em particular.”

    Cigarro eletrônico

    Alfredo Scaff acredita que o cigarro eletrônico poderá contribuir para aumentar ainda mais o percentual de óbitos do câncer de pulmão provocados pelo tabagismo. “O cigarro eletrônico é uma forma de introduzir a juventude no hábito de fumar.” O epidemiologista lembrou que a nicotina é, dentre as drogas lícitas, a mais viciante. O consultor da Fundação do Câncer destacou que a ideia de usar cigarro eletrônico para parar de fumar é muito controvertida porque, na maioria dos casos, acaba levando ao vício de fumar. “E vai levar, sem dúvida, ao desenvolvimento de cânceres e de outras doenças que a gente nem tinha.”

    O cigarro eletrônico causa uma doença pulmonar grave e aguda, denominada Evali, que pode levar a óbito, além de ter outro problema adicional: a bateria desse cigarro explode e tem causado queimaduras graves em muitos fumantes. “Ele é um produto que veio para piorar toda a situação que a gente tem em relação ao tabagismo.”

    Gastos

    O estudo indica que o câncer de pulmão representa gastos de cerca de R$ 9 bilhões por ano, que envolvem custos diretos com tratamento, perda de produtividade e cuidados com os pacientes. Já a indústria do tabaco cobre apenas 10% dos custos totais com todas as doenças relacionadas ao câncer de pulmão no Brasil, da ordem de R$ 125 bilhões anuais.

    “O tabagismo não causa só o câncer de pulmão, mas leva à destruição dos dentes, lesões de orofaringe, enfisema [doença pulmonar obstrutiva crônica], hipertensão arterial, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral [AVC] ou derrame. Ele causa uma quantidade enorme de outras doenças que elevam esses valores significativos de gastos do setor público diretamente, tratando as pessoas, e indiretos, como perda de produtividade, de previdência, com aposentadorias precoces por conta disso, e assim por diante”, afirmou Alfredo Scaff.

    Para este ano, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima o surgimento no Brasil de 14 mil casos em mulheres e 18 mil em homens. Dados mundiais da International Agency for Research on Cancer (IARC), analisados por pesquisadores da Fundação do Câncer, apontam que, se o padrão de comportamento do tabagismo se mantiver, haverá aumento de mais de 65% na incidência da doença e 74% na mortalidade por câncer de pulmão até 2040, em comparação com 2022.

    O trabalho revela também que muitos pacientes, quando procuram tratamento, já apresentam estágio avançado da doença. Isso ocorre tanto na população masculina (63,1%), como na feminina (63,9%). Esse padrão se repete em todas as regiões brasileiras.

    Sul

    O estudo constatou que na Região Sul o hábito de fumar é muito intenso. O Sul brasileiro apresenta maior incidência para o câncer de pulmão, tanto em homens (24,14 casos novos a cada 100 mil) quanto em mulheres (15,54 casos novos a cada 100 mil), superando a média nacional de 12,73 casos entre homens e 9,26 entre mulheres. “Você tem, culturalmente, um relacionamento forte com o tabagismo no Sul do país, o que eleva o consumo do tabaco na região levando aí, consequentemente, a mais doenças causadas pelo tabagismo e mais câncer de pulmão”, observou Scaff.

    Apenas as regiões Norte (10,72) e Nordeste (11,26) ficam abaixo da média brasileira no caso dos homens. Já em mulheres, as regiões Norte, Nordeste e Sudeste ficam abaixo da média brasileira com 8,27 casos em cada 100 mil pessoas; 8,46; e 8,92, respectivamente.

    O Sul também é a região do país com maior índice de mortalidade entre homens nas três faixas etárias observadas pelo estudo: 0,36 óbito em cada 100 mil habitantes até 39 anos; 16,03, na faixa de 40 a 59 anos; e 132,26, considerando maiores de 60 anos. Entre as mulheres, a Região Sul desponta nas faixas de 40 a 59 anos (13,82 óbitos em cada 100 mil) e acima dos 60 anos (81,98 em cada 100 mil) e fica abaixo da média nacional (0,28) entre mulheres com menos de 39 anos: 0,26 a cada 100 mil, mesmo índice detectado no Centro-Oeste, revela o estudo.

    Em ternos de escolaridade, o trabalho revelou que, independentemente da região, a maioria dos pacientes com câncer de pulmão tinha nível fundamental (77% para homens e 74% para mulheres). A faixa etária de 40 a 59 anos de idade concentra o maior percentual de pacientes com câncer de pulmão: 74% no caso dos homens e 65% entre as mulheres.

    Embora as mulheres apresentem taxas mais baixas de incidência e de mortalidade do que os homens, a expectativa é que mulheres com 55 anos ou menos experimentem diminuição na mortalidade por câncer de pulmão somente a partir de 2026. Já para aquelas mulheres com idade igual ou superior a 75 anos, a taxa de mortalidade deve continuar aumentando até o período 2036-2040.

    Edição: Juliana Andrade

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  • Contrabando em Alto Araguaia: Motorista é preso com 250 mil maços de cigarros paraguaios escondidos em meio a carga de carvão

    Contrabando em Alto Araguaia: Motorista é preso com 250 mil maços de cigarros paraguaios escondidos em meio a carga de carvão

    Na noite de quarta-feira (8), uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 250 mil maços de cigarros paraguaios contrabandeados em Alto Araguaia, no Mato Grosso. A mercadoria ilegal estava escondida em meio a uma carga de carvão em um veículo Mercedes-Benz/LS.

    Apreensão durante fiscalização de rotina

    Durante patrulhamento pela BR-364, os policiais rodoviários federais avistaram o veículo transportando carvão de forma precária, com risco de derramamento da carga. Como estavam distantes do posto da PRF, solicitaram apoio da Secretaria de Estado de Fazenda (SEFAZ) para iniciar a fiscalização.

    Ao abordar o veículo, os policiais constataram que o condutor não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Com a ajuda dos fiscais da SEFAZ, durante a análise da nota fiscal, perceberam indícios de irregularidades.

    Esconderijo engenhoso

    Ao inspecionar minuciosamente a carga, com a colaboração de policiais militares presentes no local, os agentes encontraram cerca de 500 caixas de cigarro escondidas entre os sacos de carvão. A mercadoria totalizava 250 mil maços de cigarros da marca Euro, de origem paraguaia, cuja importação é proibida no Brasil.

    Crime e prisão em flagrante

    Diante da constatação do crime de contrabando, o condutor do veículo foi preso em flagrante e encaminhado à Polícia Federal em Rondonópolis, onde responderá pelos crimes previstos na legislação brasileira.

    Ação conjunta

    A apreensão dos cigarros contrabandeados é resultado da ação conjunta entre a PRF, SEFAZ e PM, demonstrando o compromisso das forças de segurança na repressão ao crime organizado e na proteção da fronteira brasileira.

  • Força Tática apreende 400 maços de cigarros, prende homem por contrabando e recupera carga de R$ 1 milhão

    Força Tática apreende 400 maços de cigarros, prende homem por contrabando e recupera carga de R$ 1 milhão

    Em duas ações distintas, policiais militares da Força Tática apreenderam, nesta quinta-feira (02.05), 400 maços de cigarros e prenderam um homem, de 27 anos, por contrabando, no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande. As equipes ainda recuperaram uma carga de produtos diversos avaliada em mais de R$ 1 milhão.

    Conforme o boletim de ocorrência, as equipes realizavam um patrulhamento pela Rua Brasil quando identificaram o jovem em um veículo Jeep Renegate prata, em atitude suspeita, próximo ao Condomínio Vila Universal.

    Durante abordagem, os policiais flagraram no banco traseiro do veículo e no bagageiro oito caixas de cigarros, oriundos do Paraguai, sem nota fiscal. O suspeito não informou o destino das mercadorias. Ele foi detido e encaminhado à delegacia.

    Em seguida, as equipes receberam informações sobre um suposto depósito de cigarros contrabandeados, localizado no bairro Capela do Piçarrão, ainda na região metropolitana.

    Assim que chegaram no local da denúncia, os policiais militares localizaram um cômodo com produtos diversos, etiquetados com marcas de uma transportadora.

    Diante da situação, os policiais entraram em contato com representantes da empresa, que informaram que a carga havia sido roubada em fevereiro deste ano, no município de Jaciara.

    No local, as equipes encontraram 34 caixas com filtro de ar veicular, 13 hélices de ventilador, caixas com filtro de ar condicionado de veículo, caixas com caneta de marcação animal, caixas com IPI para câmara fria, rolos de mangueira de irrigação, caixas de conjuntos de moto e galões de suplemento para aves, entre outros materiais, totalizando de mais de R$ 1 milhão em materiais.

    Na ocasião, nenhum suspeito foi localizado.

    Os materiais recuperados foram encaminhados à delegacia para registro do boletim de ocorrência.

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    Disque-denúncia

    A sociedade pode contribuir com as ações da Polícia Militar de qualquer cidade do Estado, sem precisar se identificar, por meio do 190, ou disque-denúncia 0800.065.3939.

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  • Sete mil maços de cigarros e 10 cigarros eletrônicos apreendidos em Rondonópolis/MT

    Sete mil maços de cigarros e 10 cigarros eletrônicos apreendidos em Rondonópolis/MT

    Em uma ação conjunta realizada na manhã de hoje (25/05), equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal (PF) apreenderam sete mil maços de cigarros e 10 cigarros eletrônicos que eram transportados de forma clandestina em dois veículos.

    A operação ocorreu por volta das 6h, no km 95 da BR 163, no município de Rondonópolis, no estado de Mato Grosso.

    Visando coibir o contrabando de mercadorias oriundas do Paraguai, as equipes policiais realizavam fiscalizações em veículos que transitavam no sentido Mato Grosso do Sul para Mato Grosso.

    Durante a operação, dois veículos foram parados e, na revista, os policiais encontraram diversas caixas com cigarros e cigarros eletrônicos escondidos no interior dos carros.

    No primeiro veículo, foram apreendidas cinco caixas de cigarros, totalizando 2.500 maços.

    Já no segundo, as equipes encontraram nove caixas de cigarros, com um total de 4.500 maços, além de 10 cigarros eletrônicos da marca IGNITE.

    Além dos cigarros e cigarros eletrônicos, os veículos também estavam completamente carregados com outras mercadorias de origem estrangeira.

    Os veículos e as mercadorias apreendidas foram encaminhados à Polícia Federal em Rondonópolis para os procedimentos cabíveis. A contabilização oficial do material apreendido será realizada pela Receita Federal.

    A ação é um duro golpe no contrabando de produtos no estado de Mato Grosso.

    As autoridades alertam para os riscos do contrabando, que além de prejudicar a economia legal, também pode colocar em risco a saúde da população, já que os produtos contrabandeados geralmente não possuem controle de qualidade.

  • Preço baixo de cigarros favorece iniciação de adolescentes ao fumo

    Preço baixo de cigarros favorece iniciação de adolescentes ao fumo

    Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (28) pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, reforça um fato observado por pesquisadores há alguns anos: o preço do cigarro fabricado no Brasil, bem como do cigarro contrabandeado, é baixo.

    “Desde 2017, não há reajuste, nem do imposto que incide sobre os produtos derivados do tabaco, nem sobre o preço mínimo estabelecido por lei. O preço está congelado desde o final de 2016”, afirma o médico e estudioso da Divisão de Pesquisa Populacional – Coordenação de Prevenção e Vigilância (Conprev) do Inca, André Szklo, autor do estudo inédito The cigarette market in Brazil: new evidence on illicit practices from the 2019 National Health Survey [O mercado de cigarros no Brasil: novas evidências sobre práticas ilícitas a partir da Pesquisa Nacional de Saúde 2019].

    O levantamento foi feito em parceria com a Universidade de Illinois, em Chicago, Estados Unidos, e publicado na Tobacco Control, uma das principais revistas sobre controle do tabaco no mundo.

    André Szklo afirmou que, com isso, a cada ano, o preço vai perdendo o seu valor real e fica mais acessível para a população. Internamente, a indústria não realiza aumento nominal no preço do produto.

    “É uma estratégia que acaba casando: não tem o reajuste da política fiscal sobre os produtos derivados do tabaco e a indústria pressiona para o preço ficar baixo, para inibir o contrabando. E o que a gente já está observando é um reflexo natural na proporção de fumantes entre os jovens e adolescentes, especialmente meninas”, acentuou.

    Iniciação

    Assim, a população de adultos jovens e adolescentes, que não tem tantos recursos financeiros, é a que vai acabar se “beneficiando” de um preço do cigarro mais barato – o que favorece a iniciação precoce no fumo.

    “A gente já está observando isso, que está havendo um aumento na proporção de fumantes entre adolescentes e jovens”, disse Szklo. Para ele, a proporção de jovens adultos que fuma vinha recuando desde 1989, mas parou de cair – um reflexo direto do enfraquecimento da política de preços e impostos, a principal diretriz para prevenir a iniciação ao fumo.

    O pesquisador do Inca reiterou que nunca esteve tão baixa a relação entre o preço do cigarro legal e do cigarro ilegal, mas negou que a principal solução para coibir o contrabando seja reduzir o preço internamente. Mais de 25% das marcas ilegais que circulam no país são vendidas a um valor igual, ou levemente superior, ao preço mínimo estabelecido por lei para os cigarros legalizados, que está estagnado em R$ 5 o maço, desde 2016.

    O preço médio do cigarro adquirido por fumantes brasileiros alcança R$ 5,68. Nos estados que fazem fronteira com o Paraguai, o valor cai para R$ 4,96. “Essa diferença está tão reduzida que a gente tem quase uma junção do preço do produto legal com o produto ilegal. O estudo conclui que, em algumas regiões, isso é mais crítico e que o consumo do cigarro ilegal favorece também a iniciação no hábito de fumar”, salientou.

    O médico disse que, desde 2017, a participação do mercado ilegal vem caindo no mercado brasileiro porque o produto legal está praticamente sendo comercializado ao mesmo preço do cigarro ilegal.

    O reflexo disso está na saúde. “Quando você tem aumento na proporção de fumantes, isso vai gerar um custo para o país. Hoje em dia, o Brasil gasta R$ 125 bilhões – entre custos diretos e indiretos – com doenças relacionadas ao uso de produtos derivados de tabaco, e a arrecadação, por exemplo, da indústria de tabaco não cobre nem 10% disso”, destacou.

    Nova geração

    Ele argumentou que, quando se vê o preço do cigarro legal tão barato, percebe-se que isso vai levar a um prejuízo financeiro para o país a curto, médio e longo prazos.

    “A gente está tendo uma nova geração de fumantes que está substituindo uma parcela da população atual que, infelizmente, virá a falecer”, revelou.

    Estudos publicados no país indicam que dois em cada três usuários atuais de tabaco virão a morrer em decorrência do uso desses produtos. “Então, há uma necessidade de a indústria do tabaco repor essa população que, atualmente, gera lucro. É o que acontece quando a gente tem esse preço baixo”, assegurou.

    Solução

    O pesquisador defendeu, ainda, que a solução para todo esse cenário é voltar a aumentar o preço do cigarro fabricado no Brasil, retomar a política tributária aumentando as alíquotas dos impostos que incidem sobre os produtos derivados do tabaco, reajustar o preço mínimo estabelecido por lei e, em paralelo, implementar o Protocolo para Eliminar o Comércio Ilícito de Produtos de Tabaco, ratificado pelo Estado em 2018.

    “Existe uma medida prevista para o Brasil para combater o mercado ilegal. É uma medida do Estado que ratificou esse protocolo e precisa implementar. São duas medidas que têm de andar paralelamente”, disse o médico e pesquisador do Inca.

    Ele salientou também que a reforma tributária, que está sendo discutida no Congresso Nacional, é uma “oportunidade de ouro” para se fortalecer essa necessidade do imposto seletivo sobre os produtos do tabaco, de forma a assegurar que a arrecadação desse tributo seletivo possa ser revertida em ações de tratamento e de prevenção e em iniciativas de conscientização, visando inibir essa iniciação ao fumo e, também, possa estimular a cessação do hábito entre os fumantes atuais.

    O cigarro legal brasileiro é o segundo mais barato das Américas. Após a reforma tributária de 2012, o preço médio do produto legal era quase 150% mais alto em relação ao cigarro ilegal. Atualmente, essa diferença caiu pela metade.

    Ainda de acordo com a pesquisa, cerca de 40% dos cigarros consumidos no território nacional ainda pertencem a marcas que entram no Brasil de forma ilegal. Desde 2016, observa-se queda na proporção de consumo desses produtos nos estados, mas o percentual ainda é elevado.

    Os dados da pesquisa serão detalhados durante evento virtual promovido pelo Inca nessa terça-feira (29), quando se comemora o Dia Nacional de Combate ao Fumo, com transmissão da TV Inca, no YouTube. Para participar, os interessados devem acessar o link.

    Edição: Kleber Sampaio

  • Polícia Federal combate contrabando de cigarros do Paraguai

    Polícia Federal combate contrabando de cigarros do Paraguai

    A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (20) a Operação Effusus para prender integrantes de uma organização criminosa com atuação na importação, no transporte e na comercialização de cigarros contrabandeados do Paraguai. As ações ocorrem na região oeste do Paraná.  

    Os policiais apuraram que os criminosos mantinham um esquema de pagamento de propina a agentes públicos de segurança para que os carregamentos de cigarro e respectivos batedores não fossem abordados em pelo menos três postos da Polícia Rodoviária estadual.

    De acordo com as investigações, o grupo criminoso contava também com um braço financeiro, formado por empresas de fachada utilizadas tanto para a lavagem de dinheiro proveniente das atividades criminosas, como para o registro e transferência dos veículos empregados no transporte dos carregamentos.

    Entreposto logístico

    As ações estão concentradas principalmente na cidade de Umuarama, no Paraná, onde residiam os principais líderes e operacionais do grupo, responsáveis por internalizar o cigarro do Paraguai e armazenar em galpões espalhados pela cidade. Esses locais serviam como um entreposto logístico para a distribuição do cigarro contrabandeado do Paraguai para grandes centros urbanos do país.

    Policiais federais e militares cumprem 27 mandados judiciais, sendo 20 de busca e apreensão e sete de prisão preventiva em endereços ligados aos investigados nas cidades paranaenses de Umuarama, Tamboara, Paranavaí, Diamante do Norte e Cruzeiro do Oeste.

    A 1ª Vara Federal de Umuarama determinou, também, o sequestro de bens móveis e imóveis ligados a dez investigados, bem como o bloqueio de contas em nome de pessoas físicas e jurídicas vinculadas à organização criminosa.

    Edição: Kleber Sampaio

  • Projeto obriga Estado a fornecer medicamentos para tratamento do tabagismo

    Projeto obriga Estado a fornecer medicamentos para tratamento do tabagismo

    A Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa deve se posicionar, nos próximos dias, sobre projeto de autoria do deputado Romoaldo Júnior (PMDB) que dispõe sobre medicamentos e tratamentos indicados nos casos de distúrbios correlatos, para a população em geral, portadora de dependência química advinda do tabagismo e dá outras providências.

    A matéria prevê que o Poder Executivo seja obrigado a implantar na rede de saúde pública, o fornecimento gratuito de medicação e tratamento especializado de distúrbios para a população em geral, portadora de dependência química causadas pelo tabagismo, desde que a dependência ao tabaco seja diagnosticada por uma junta médica e apresentados exames médicos comprobatórios.

    De acordo com a proposta, o fornecimento deve ser gratuito permanente e contínuo e além do fornecimento gratuito de medicação para o tratamento destes distúrbios, os pacientes receberão, também, orientação nutricional, psicológica e psiquiátrica, através de especialistas aptos para sua implementação. A distribuição se dará através do Sistema Único de Saúde – SUS.

    tratamento contra tabagismo e pautado em avaliacao comportamental explica pneumologista
    O tabagismo é uma doença crônica que afeta aproximadamente 10% da população brasileira – Foto por: Assessoria | SES/MT

    Ao justificar a proposta, o parlamentar lembrou que o tabagismo é uma dependência química; uma doença crônica progressiva e que afeta pessoas de qualquer idade, raça, cor, e nível sócio econômico ou intelectual. E, o consumo de tabaco é uma pandemia que afeta a comunidade em áreas importantes como Educação, Segurança e Saúde. O

    O consumo de cigarros em escala mundial é tão alarmante que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o tabagismo uma epidemia de graves consequências para a saúde pública. O tabagismo é principal fator de risco evitável de morte e provoca 4,9 milhões de mortes todos os anos. A perspectiva da OMS é de que em 2030 esse número chegue a 10 milhões de mortes por ano — o que nos mostra que, se atitudes não forem tomadas, o número de óbitos duplicará.

    No Brasil, o tabagismo é responsável pela morte de 23 pessoas por hora; 25% das mortes causadas por doenças coronarianas; 85% por bronquite e enfisema; 90% dos casos de câncer de pulmão (sendo que um terço desse número é formado por fumantes passivos); 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer e 25% de doenças vasculares. Um em cada dois fumantes tem morte prematura e um em cada quatro fumantes apresenta perda de 25 anos de vida. Outros tipos de câncer relacionados com o uso do cigarro são: câncer de boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero.

    “Esses pacientes necessitam ser especialmente assistidos para que possam desenvolver regularmente suas atividades, sem que os sintomas perversos reduzam a capacidade de viver de maneira digna”, defende Romoaldo. Para ele, a ampla distribuição de tais medicamentos, além de dar efetividade a um direito básico da cidadania, desonerará, a médio prazo, o Sistema Público de Saúde com relação aos custos com procedimentos cirúrgicos, reabilitação e afastamentos do trabalho e aposentadorias precoces.

    No entendimento dele, os altos preços praticados na comercialização de medicação necessária no tratamento de fumantes impedem sua aquisição pela esmagadora maioria da população e “disponibilizar esta medicação através do Sistema Único de Saúde é questão de saúde pública, evitando que homens e mulheres venham a óbito, já que o tratamento em clínicas de saúde particulares, chega a custar uma média de mais de R$ 1 mil/mês”.