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  • Mistério cósmico: “Ponto de interrogação” no espaço é desvendado por telescópio James Webb

    Mistério cósmico: “Ponto de interrogação” no espaço é desvendado por telescópio James Webb

    Uma imagem capturada pelo poderoso Telescópio Espacial James Webb deixou astrônomos e entusiastas da astronomia intrigados ao revelar um gigantesco “ponto de interrogação” cósmico. No entanto, um grupo internacional de cientistas acaba de desvendar o mistério por trás dessa peculiar formação espacial.

    O “ponto de interrogação” foi gerado por uma galáxia vermelha no aglomerado MACS-J0417.5-1154, a bilhões de anos-luz da Terra. Este efeito não havia sido detectado anteriormente pelo Telescópio Espacial Hubble, que também explorou a mesma região. Contudo, o James Webb, lançado em 2021, opera de forma distinta, utilizando radiação infravermelha de ondas longas, o que permitiu a captura dessa curiosa formação.

    A galáxia espiral, localizada logo abaixo da galáxia vermelha, funcionou como o “ponto” dessa figura espacial.

    Formação de estrelas e colisão de gás

    Os cientistas destacam que o Telescópio James Webb tem sido fundamental para estudar regiões de formação estelar a grandes distâncias da Terra. Segundo Vicente Estrada-Carpenter, um dos pesquisadores envolvidos no estudo, as galáxias que formam o “ponto de interrogação” estão passando por um período de formação estelar ativa, marcado por processos de colisão de gás entre elas.

    “Fotos impressionantes como essas me inspiraram a estudar astronomia na juventude”, comentou um dos líderes da pesquisa, que ressaltou como o telescópio permite vislumbrar momentos semelhantes à “adolescência” da Via Láctea.

    O Telescópio James Webb foi desenvolvido pela NASA, em parceria com agências espaciais europeias e canadenses. Ele leva o nome de James Webb, o segundo chefe da NASA, responsável pelo envio do astronauta Alan Shepard ao espaço em 1961, logo após o voo histórico de Yuri Gagarin.

  • Cientistas de Oxford desenvolvem painel solar flexível revolucionário

    Cientistas de Oxford desenvolvem painel solar flexível revolucionário

    Pesquisadores da Universidade de Oxford deram um salto significativo na produção de energia solar ao desenvolver um material perovskita flexível capaz de gerar eletricidade tão eficientemente quanto os tradicionais painéis de silício. A grande inovação é a possibilidade de aplicação desse material em praticamente qualquer superfície, transformando desde carros e roupas até prédios e dispositivos móveis em geradores de energia limpa.

    Com apenas um micrômetro de espessura, cerca de 100 vezes mais fino que um cabelo humano, o novo material é uma verdadeira revolução no setor. A equipe de cientistas conseguiu empilhar múltiplas camadas de absorção de luz em uma única célula solar, ampliando o espectro de luz capturado e, consequentemente, aumentando a eficiência energética.

    Cientistas britânicos desenvolvem painel solar flexível revolucionário
    Créditos: Dr. Shuaifeng Hu, Universidade de Oxford

    Os resultados são promissores. Testes realizados pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada do Japão certificaram a eficiência do material em mais de 27%, igualando a performance dos painéis de silício convencionais. Os pesquisadores acreditam que, com o tempo, seja possível alcançar eficiências ainda maiores, ultrapassando os 45%.

    A flexibilidade do material é outro fator revolucionário. Diferentemente dos painéis rígidos que ocupam grandes áreas, a nova tecnologia permite a integração da energia solar em diversos objetos do cotidiano. Isso pode reduzir significativamente a dependência de grandes parques solares.

    Além do aspecto tecnológico, o potencial comercial da descoberta é enorme. A equipe responsável pelo projeto já criou uma empresa, a Oxford PV, que inaugurou a primeira fábrica mundial de painéis solares de perovskita sobre silício na Alemanha. No entanto, os pesquisadores lamentam a falta de incentivos governamentais no Reino Unido, o que obrigou a instalação da fábrica em outro país.

    O futuro aponta para um mundo onde os revestimentos solares de perovskita estarão presentes em praticamente tudo. Com a redução contínua dos custos de produção de painéis solares, que já são quase um terço mais baratos que os combustíveis fósseis, essa visão pode se tornar realidade mais rapidamente.

    A pesquisa desenvolvida na Universidade de Oxford representa um avanço significativo na busca por fontes de energia limpas e renováveis. A aplicação prática dessa tecnologia promete transformar o cenário energético global nas próximas décadas.