Tag: Ciência

  • Em visita a Lucas do Rio Verde, representantes da AEB discutem possíveis parcerias

    Em visita a Lucas do Rio Verde, representantes da AEB discutem possíveis parcerias

    Em visita à região norte, onde participam de evento nesta sexta-feira (08), o presidente interino da Agência Espacial Brasileira, Paulo Barros, e do diretor de governança Cristiano Trein, fizeram uma parada em Lucas do Rio Verde. No município tiveram reunião com o prefeito Miguel Vaz.

    De acordo com o gestor, o objetivo da conversa foi apresentar e colocar a disposição do município toda a tecnologia desenvolvida pela AEB.

    “A visita foi muito oportuna, porque além da tecnologia que pode ser utilizada e contribuir com o agronegócio, podemos firmar parcerias nas áreas do desenvolvimento econômico e educação”, assinalou Vaz.

    Nos últimos meses, a AEB participou de várias atividades em Mato Grosso, em eventos promovidos pela Escola Técnica do Estado e Federação das Indústrias de Mato Grosso, entre outras instituições.

    O gestor luverdense assinalou que a ideia é formalizar possíveis parcerias num futuro próximo. “O nosso objetivo é elaborar um projeto que possa ser desenvolvido em parceria com a AEB”, destacou.

    Em Lucas do Rio Verde, os representantes da AEB visitaram escolas, universidades, centros de pesquisa e empresas.

    Evento

    Nesta sexta-feira, Paulo Barros participa de um evento promovido pela secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação e a Escola Técnica Estadual de Sinop.

    No evento “o espaço ontem, hoje e o futuro”, Barros fará palestra com informações e conhecimento diretamente do ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

  • Mostra de Foguetes reúne quase mil equipes em Lucas do Rio Verde

    Mostra de Foguetes reúne quase mil equipes em Lucas do Rio Verde

    Cerca de 2,8 mil alunos, do 6º ao 9º ano, participaram da Mostra de Foguetes de Lucas do Rio Verde. Eles formaram 980 equipes que disputaram as prévias nas escolas. Os vencedores da primeira etapa participaram da etapa final nesta sexta-feira (06). Os lançamentos aconteceram no Estádio Municipal Passo das Emas.

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    Logo pela manhã, alunos e professores ocuparam as arquibancadas do estádio e acompanharam o lançamento. O cronograma foi iniciado com alunos dos anos iniciais. As equipes, formadas por dois ou três alunos, fizeram os lançamentos e acompanharam o desempenho dos foguetes.

    A Mostra Municipal de Foguetes foi prestigiada pelo professor João Canalle, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Canalle é o coordenador da equipe que capacitou os professores luverdenses responsáveis pela orientação dos alunos participantes. O professor da UERJ se mostrou satisfeito com a iniciativa do município em realizar o evento.

    “Feliz por ter feito a formação dos professores, no início de abril e assim, no intervalo de tempo de um mês, voltar aqui pra ver as escolas mobilizadas com seus alunos pra participar de um campeonato municipal”, destacou Canalle.

    Ciência mais próxima

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    O professor da UERJ disse que eventos como o realizado nesta sexta-feira (06) ajudam a tornar o aprendizado mais atrativo. “Quando ele (aluno) fica só em cima do livrinho didático, vendo fotos, textos, aquilo parece muito distante dele. A atividade prática no ensino de ciências é fundamental”, valorizou. “Eles percebem que a ciência está muito próxima de nós”.

    A secretária de Educação, Elaine Benetti Lovatel ressaltou que a realização da Mostra Municipal de Foguetes deixa o conhecimento em destaque. Ela destacou o empenho dos mais de 160 professores envolvidos na formação e preparação das equipes. “Foram feitas as etapas dentro das unidades escolares e hoje os campeões das escolas presentes nesta Mostra Municipal”, pontuou.

    Devido o envolvimento das escolas luverdenses, a secretária estima que a próxima edição deverá ter ainda mais participantes. “Para as próximas edições o desafio é expandir para as outras redes de ensino e também para as escolas da região”, antecipou.

    Ao falar sobre a Mostra, a secretária de Assistência Social e primeira dama de Lucas do Rio Verde, Janice Ribeiro, disse que o momento é especial para o poder público e também para os alunos participantes. Professora de formação, Janice observa que a aprendizagem melhora com a apresentação de conteúdo didático de forma diferente. “E hoje foi o momento de mostrar o que aprenderam”, comentou, citando que Lucas do Rio Verde é o primeiro município de Mato Grosso a realizar este tipo de evento. “(A Mostra) é um pequeno começo, mas acredito que vem um futuro grandioso por aí”.

  • Réptil de 225 milhões de anos não é pterossauro, mostra estudo

    Réptil de 225 milhões de anos não é pterossauro, mostra estudo

    Pesquisa feita por especialistas brasileiros concluiu que o Faxinalipterus minimus, proveniente de rochas do Triássico, com cerca de 25 milhões de anos, encontrado no Rio Grande do Sulnão é um réptil alado, como se pensava. O estudo, de pesquisadores do Museu Nacional, das universidades federais de Santa Maria, Regional do Cariri, Federal do Pampa, Federal do Rio Grande do Sul e do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ), foi publicado com destaque na revista científica PeerJ.

    O mais importante do trabalho, segundo o diretor do Museu Nacional (MN), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Alexander Kellner, é provar que a instituição está viva “e que, graças aos pesquisadores e às parcerias, consegue produzir ciência de qualidade. A descoberta feita agora é importante porque mexe com as ideias que se têm com relação à evolução do voo dos répteis, afirmou Kellner. Ele reforçou a necessidade de se investir em ciência básica, porque é desse modo que os pesquisadores conseguem produzir.

    Em 2010, um grupo de cientistas, liderados por José Fernando Bonaparte, um dos principais paleontólogos que estudam répteis fósseis na América Latina, que morreu em 2020, descreveu dois exemplares coletados anteriormente, em 2002 e 2005. Atribuíram os dois a uma mesma espécie que denominaram Faxinalipterus minimus, que acreditavam se tratar de réptil alado, um pterossauro, que são os primeiros vertebrados adaptados ao voo ativo e parentes dos dinossauros.

    Espécies diferentes

    “Seria uma descoberta muito importante o primeiro réptil do Triássico brasileiro, de 225 milhões de anos”, disse Kellner, especialista em répteis voadores. Por isso, ele foi ver o material coletado. Ao examinar, porém, reconheceu de imediato que não era de um pterossauro, ou seja, um réptil alado. “Levantei o problema, de que havia de colocar esses dois exemplares – uma arcada superior e um esqueleto pós-craniano – em um mesmo grupo que parecia não ser. Ou seja, eu achava que eram duas espécies diferentes”, disse o diretor. Kellner observou que diversos ossos poderiam estar mal identificados e havia falta de características diagnósticas dos pterossauros, entre elas a ausência de feições específicas no úmero (osso do braço), como uma projetada crista deltopeitoral.

    O material foi preparado em detalhes antes que se avançasse nos estudos, e outros pesquisadores foram convidados a participar do projeto. Uma das integrantes do grupo lembrou que o pessoal do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa), da Universidade Federal de Santa Maria, tem trabalhado nessa região. Os pesquisadores foram convidados a participar do estudo. “Eles tinham, dentro do material coletado recentemente, um crânio, parte da cabeça de um animal muito parecido com um daqueles exemplares”. A partir daí, redescreveram o Faxinalipterus minimus e propuseram nova espécie de réptil, o Maehary bonapartei, de pequenas dimensões, considerado o mais basal da linha evolutiva que deu origem aos pterossauros. “O nosso trabalho foi além da redescrição, e a gente descobriu que os dois estariam classificados na linha evolutiva dos pterossauros”.

    Segundo Alexander Kellner, a descoberta mostra que se investir em pesquisa científica, ”o Brasil tem capacitações muito boas, pessoas que fazem trabalhos muito importantes. Basta incentivar a pesquisa básica, que anda tão abandonada no país”. Do ponto de vista científico, o importante é mostrar que existe naquela região do sítio fossilífero Linha São Luiz, localizado no município de Faxinal do Soturno (RS), um depósito interessante, que pode fornecer mais exemplares desses animais pequenos, classificados na base da origem dos répteis alados, os pterossauros.

    Alçando voo

    Kellner afirmou que o estudo “vai permitir entender melhor como esses animais aprenderam a voar, quais foram as mudanças que ocorreram para que eles, finalmente, alçassem voo”. Segundo Kellner, isso demonstra que a área é muito importante e que é preciso continuar atuando na pesquisa. “O trabalho será muito citado, porque é relevante para essa discussão toda da origem do voo dos vertebrados”, acrescentou.

    A ideia é que a colaboração iniciada na pesquisa tenha prosseguimento. “O pessoal do Capa está fazendo um trabalho muito sério, muito bom, e a gente, realmente, gostaria de continuar trabalhando com eles na descoberta de outros exemplares fantásticos, como o Maehary bonapartei.

    A preparação do material original foi feita no Museu Nacional. “Felizmente, tivemos a possibilidade de fotografar em detalhe todo o exemplar”, disse Orlando Grillo, que teve o cuidado de reproduzir, em forma de desenhos, cada detalhe anatômico dos ossos do Faxinalipterus. Com a ajuda de um tomógrafo, o enigma foi revelado. “A tomografia computadorizada tem sido uma ferramenta cada vez mais utilizada nos estudos paleontológicos”, observou Ricardo Lopes, da Coppe/UFRJ. “É uma análise não destrutiva, que permite a visualização de detalhes anatômicos ainda recobertos pela rocha sedimentar onde o fóssil está preservado”, complementou Olga Araújo, também da Coppe.

    No sítio Linha de São Luiz, já foram encontrados diversos fósseis, como parentes próximos dos mamíferos, dinossauros e outros répteis. A região onde foram realizadas as escavações fica localizada no território do Geoparque Quarta Colônia Aspirante Unesco.

    O nome do gênero da nova espécie vem de Ma’ehary, uma expressão do povo Guarani-Kaiowa que significa “quem olha para o céu”, em alusão à sua posição na linha evolutiva dos répteis, sendo o mais primitivo dos Pterosauromorpha, grupo que inclui os pterossauros.

  • Lucas do Rio Verde: Professores passam por capacitação com vistas a I Mostra Municipal de Foguete

    Lucas do Rio Verde: Professores passam por capacitação com vistas a I Mostra Municipal de Foguete

    Cerca de 150 professores da rede de ensino de Lucas do Rio Verde estão passando por uma capacitação com vistas à realização da I Mostra Municipal de Foguete, marcada para acontecer em maio. Ontem, aconteceu uma ação prática da capacitação, com lançamento de foguetes no bairro Menino Deus.

    A capacitação é coordenada por uma equipe da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, liderada pelo professor João Canalle. Ele e equipe são conhecidos de professores de Lucas do Rio Verde em razão da participação de alunos luverdenses em eventos realizados no Rio de Janeiro. Eles participaram da 13ª Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog) e da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (Oba) que ocorreram na cidade de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, no final de 2019.

    Conforme Canalle, a capacitação é feita em sala de aula, para que os educadores consigam o conhecimento teórico, e a parte prática, com o lançamento dos foguetes ‘construídos’ na primeira etapa da capacitação. “Os professores constroem os experimentos, os foguetes, as bases, ficam com todo esse material e, claro, aprendem a usar para fazer isso com muita segurança nas escolas”, assinala.

    “Através do contato que tivemos com o professor João Canalle, que é organizador da OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia), conseguimos trazer a equipe dele, que é a equipe de formadores, e estão trabalhando com os nossos professores, capacitando, mostrando como criar a base de lançamento, o foguete, falando um pouco da organização pra esse evento (Mostra Municipal de Foguetes)”, destaca Osmar Cícero da Silva, assessor pedagógico da Secretaria Municipal de Educação. Ele ressalta que os professores que passaram pela capacitação serão os multiplicadores nas salas de aula.

    Mostra de Foguetes

    O trabalho desenvolvido entre 11 e 14 de abril, com os profissionais da rede municipal tem como objetivo preparar a comunidade escolar para a 1ª Mostra Municipal de Foguetes. O evento será realizado no dia 6 de maio no Estádio Passo das Emas. A expectativa é envolver todos os mais de 5 mil alunos, sendo que cada unidade escolar vai selecionar seus representantes. A mostra vai envolver alunos do 1º ao 9º ano.

    A Secretária de Educação, Elaine Benneti Lovatel, acompanhou com o prefeito Miguel Vaz o lançamento dos foguetes ontem à tarde. Elaine observou que a organização da Mostra Municipal já começou a algum tempo. Com a capacitação dos professores, o processo entrou já na fase final. “Em maio é o grande momento, do lançamento das crianças. É um momento muito esperado porque envolve toda uma base curricular. O desenvolvimento desses foguetes é algo que encanta, porque as crianças gostam e nós adultos também”, destacou.

    Canalle já adiantou que, caso convidada, sua equipe prestigiará a mostra. Ele diz que eventos desta natureza ajudam no aprendizado dos alunos e traz ingredientes interessantes, como a premiação que serve de estímulo. O conhecimento adquirido, contudo, é o objetivo central desses eventos. “É uma atividade lúdica, embora envolva aerodinâmica, física, lei da ação e reação, entre outros”, aponta.

  • Chamada pública destina R$ 50 milhões para melhorias em laboratórios

    Chamada pública destina R$ 50 milhões para melhorias em laboratórios

    Foi lançada hoje (16) uma chamada pública para aperfeiçoamento de laboratórios que tenham necessidade de ambientes controlados em aspectos como pressão e temperatura. Serão destinados R$ 50 milhões para instituições de pesquisa em todo o país, sendo que 30% dos recursos estão reservados para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

    O dinheiro vem do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e será repassado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Propostas serão recebidas até o próximo dia 19 de maio. O resultado final deve ser publicado em setembro. Cada projeto poderá solicitar de R$ 1 milhão a R$ 4 milhões em recursos.

    O diretor científico e tecnológico da Finep, Marcelo Bortolini, destacou que a abertura da chamada atende a uma demanda das instituições por melhoria das instalações para realização de pesquisas. “Para que nós possamos desenvolver pesquisas na fronteira do conhecimento nós precisamos melhorar a nossa infraestrutura laboratorial”, disse.

    Serão contemplados laboratórios que necessitam de alto grau de controle sobre os ambientes em aspectos como pressão, temperatura, iluminação, ruído, contaminação por partículas ou microrganismos. Assim, serão atendidas diversas áreas do conhecimento.

    O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, também ressaltou a importância de garantir aos pesquisadores brasileiros o acesso a equipamentos de qualidade.

    “A gente precisa melhorar a infraestrutura de pesquisa do Brasil, nas nossas universidades, nos nossos centros de pesquisa. Colocar para os nossos pesquisadores a possibilidade de fazer pesquisa com bons equipamentos”, disse durante o lançamento da chamada.

    Para o ministro, a pandemia de covid-19 mostrou a necessidade de o país aumentar os investimentos em pesquisa de ponta. “A gente não pode passar a pandemia e não aprender nada com ela. A gente tem que deixar o país muito mais preparado para as próximas pandemias”, acrescentou.

    Além da expansão da infraestrutura, Pontes defende mais investimentos na formação de cientistas e pesquisadores. “Aumentar o número de mestres, doutores, pós-docs no setor. Esse é um trabalho que a gente tem feito com o CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] e a Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior]”, disse.

    Também é importante, na visão do ministro, aumentar o desenvolvimento de pesquisas na iniciativa privada. “Levar mestres e doutores para dentro das empresas para ter mais departamentos de pesquisa e desenvolvimento”.

  • Comissão aprova aumento de teto de isenções para importação voltada à pesquisa científica

    Comissão aprova aumento de teto de isenções para importação voltada à pesquisa científica

    A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2035/21, que restabelece em U$$ 300 milhões o valor anual global de incentivos fiscais para importação de bens destinados à pesquisa científica e tecnológica. O valor foi reduzido para U$$ 93,29 bilhões em 2021 por ato do Ministério da Economia.

    A proposta é de autoria dos deputados Nilto Tatto (PT-SP) e Alexandre Padilha (PT-SP), e busca restituir a isenção de Imposto de Importação, IPI e adicional ao frete para renovação da marinha mercante prevista na Lei 8.010/90, para pesquisa científica e tecnológica. Os autores avaliam que incentivos à pesquisa devem ser reavaliados diante da pandemia de Covid 19, que depende de esforços da comunidade científica.

    O relator, deputado Luis Miranda (DEM-DF), afirmou que a redução feita pelo Ministério da Economia nos incentivos ao setor foi uma medida arbitrária, injustificada e inoportuna. “Num momento político em que o setor que desenvolve ciência e tecnologia se sente órfão de uma política de cortes sucessivos de recursos orçamentários, a limitação do teto de isenção de impostos para importação de equipamentos é mais uma notícia que desmotiva a rede que envolve as ações voltadas para a ciência”, destacou.

  • Comissão aprova benefício emergencial de R$ 10 mil para rádios comunitárias durante pandemia

    Comissão aprova benefício emergencial de R$ 10 mil para rádios comunitárias durante pandemia

    A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2805/20, que concede subsídio de R$ 10 mil a rádios comunitárias durante a pandemia. O benefício será dividido em quatro parcelas trimestrais, de R$ 2,5 mil, e terá como contrapartida a divulgação de informações e ações dos governos municipais, estaduais e federal de combate ao coronavírus.

    Como há cerca de 4,5 mil rádios comunitárias no País, o subsídio terá um custo total estimado em R$ 45 milhões.

    O autor do projeto, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), observa que as rádios comunitárias têm divulgado o calendário de vacinação e as políticas de distanciamento social, assim como promovido campanhas de arrecadação de donativos para pessoas atingidas pela crise. “Em mais de um ano de pandemia, essas rádios têm cumprido papel extraordinário”, elogiou.

    Reginaldo Lopes lembrou que as rádios comunitárias não podem receber dinheiro por propaganda. “Elas divulgam campanhas institucionais e não ganham por isso.”

    O projeto apresentado por Lopes foi subscrito por outros 14 deputados.

    Substitutivo
    A proposta foi aprovada com substitutivo da relatora, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC). “A radiodifusão comunitária, por sua proximidade com a população, encontra-se em posição privilegiada para exercer esse papel de disseminação de informações corretas e oportunas sobre ações de prevenção, vacinação e tratamento da doença. No entanto, por seu caráter não comercial, necessita de apoio para uma cobertura mais eficaz”, justificou a relatora.

    Entre as mudanças, o substitutivo exige que a divulgação das medidas de prevenção à pandemia, na forma de chamadas e inserções na programação da emissora, totalizem um mínimo de 60 minutos a cada semana. As emissoras adequarão as mensagens a formato e linguagem apropriados à cultura local da comunidade atendida.

    No projeto, o subsídio seria concedido apenas a rádios que já estivessem em funcionamento antes da pandemia. O substitutivo requer apenas que detenham licença para operar em caráter provisório ou definitivo na data de publicação da lei.

    Recursos
    O deputado Nilto Tatto (PT-SP) afirmou que as rádios comunitárias podem ajudar a enfrentar as notícias falsas relacionadas à pandemia. “O volume de recursos nesta ajuda é insignificante frente a apoios a outras áreas. Sabemos da importância das rádios comunitárias e da dificuldade que estão passando”, comentou.

    A deputada Luiza Erundina (Psol-SP), que também assina o projeto, acusou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de adotar políticas repressivas contra as rádios comunitárias. “É um serviço público que atende o direito essencial à comunicação. As rádios comunitárias informam a população. É um montante insignificante diante de um Orçamento de bilhões de reais. Isso não vai agravar o quadro econômico”, ponderou.

    Apesar de reconhecer o mérito do projeto e elogiar o trabalho das rádios comunitárias, o deputado Vinicius Poit (Novo-SP) manifestou-se contra a votação da proposta. Sua principal preocupação é a escassez de recursos em um período de crise econômica sem precedentes. “Neste momento de cobertor curto, faltam recursos para saúde, para vacina, para educação, para retomar a economia do País”, lamentou.

    Vinicius Poit também considera difícil fiscalizar se as rádios comunitárias divulgarão as orientações em relação à pandemia de acordo com os critérios da proposta. Segundo o texto aprovado, as emissoras beneficiadas deverão encaminhar, trimestralmente, relatório com resumo das ações desenvolvidas no período.

    Tramitação
    A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

  • Projeto obriga plataformas digitais a repartir receita publicitária com mídia tradicional

    Projeto obriga plataformas digitais a repartir receita publicitária com mídia tradicional

    O Projeto de Lei 1354/21 obriga as plataformas digitais que disponibilizam conteúdo noticioso, como Google e Facebook, a dividir com a mídia tradicional as receitas publicitárias advindas da reprodução das notícias. O texto tramita na Câmara dos Deputados.

    A mídia receberá pelo menos 50% da receita bruta, excluídos os impostos, obtida com a publicação da notícia. O projeto também obriga as plataformas digitais com poder significativo de mercado (mais de 50% dos usuários) a reservar no mínimo 30% do conteúdo noticioso para fontes diversas da mídia tradicional.

    A proposta é do deputado Denis Bezerra (PSB-CE) e altera o Marco Civil da Internet. Ele afirmou que as mudanças são inspiradas em uma lei australiana e visam “equilibrar as forças entre a mídia tradicional e as chamadas mídias digitais” e “conter o poder desenfreado das plataformas de internet sobre os usuários e os governos em geral.”

    O projeto contém outras medidas, como proibir o tratamento discriminatório às empresas noticiosas, garantindo a elas a possibilidade de rastreamento, indexação, disponibilização e distribuição de notícias. Também assegura que a mídia regional e local tenha acesso às plataformas digitais.

    O objetivo dessas medidas, segundo o deputado, é estimular a pluralidade e a diversidade de notícias nos sites de busca e redes sociais.

    Tramitação
    O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

  • Comissão debate impactos da desestatização da Eletrobras nas pesquisas tecnológicas; acompanhe

    Comissão debate impactos da desestatização da Eletrobras nas pesquisas tecnológicas; acompanhe

    A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados promove audiência pública nesta segunda-feira (24) para discutir os impactos, nas pesquisas tecnológicas brasileiras, da medida provisória que viabiliza a desestatização da Eletrobras (MP 1031/21). O texto foi aprovado na semana passada pelo Plenário da Câmara dos Deputados e seguiu para análise do Senado.

    O debate atende a requerimento da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), subscrito pelos deputados Aliel Machado (PSB-PR), Luiza Erundina (Psol-SP) e Nilto Tatto (PT-SP).

    Segundo Perpétua Almeida, a MP não protege os institutos de desenvolvimento do setor elétrico brasileiro, como o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel). “Além disso, ficarão completamente desamparados os demais laboratórios de suas subsidiárias espalhados pelo País, e o centro deixará de ser gerador de demanda para soluções tecnológicas nacionais”, criticou.

    Desestatização
    O modelo de desestatização aprovado pela Câmara prevê a emissão de novas ações da Eletrobras, a serem vendidas no mercado sem a participação do governo, resultando na perda do controle acionário de voto mantido atualmente pela União.

    Apesar de perder o controle, a União terá uma ação de classe especial (golden share) que lhe garantirá poder de veto em decisões da assembleia de acionistas, a fim de evitar que algum deles ou um grupo de vários detenha mais de 10% do capital votante da Eletrobras.

    Atualmente, a estatal está vinculada ao Ministério de Minas e Energia e responde por 30% da energia gerada no País.

    Convidados
    Foram convidados para a discussão desta segunda-feira:

    • o secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo César Rezende Alvim;
    • o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque;
    • o presidente da Associação dos Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobras (Aesel), Ikaro Chaves; e
    • o representante dos empregados do Cepel Gilberto Pires de Azevedo.

    A reunião será realizada no plenário 13, a partir das 15 horas. O público poderá enviar perguntas aos participantes e acompanhar o evento ao vivo pelo portal e-Democracia.

    Da Redação – MO

  • MCTI inaugura parque que demonstra tecnologias em internet das coisas

    MCTI inaugura parque que demonstra tecnologias em internet das coisas

    O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e o Centro Universitário Facens inauguraram hoje (30), em Sorocaba, no interior paulista, o Centro de Referência IoT e Tecnologias 4.0, espaço destinado a demonstrações práticas de tecnologias que fazem uso da chamada internet das coisas (IoT), advento que, graças à quinta geração da internet (5G) possibilitará o uso coordenado e inteligente de aparelhos para controlar diversas atividades.

    Ao conectar objetos do cotidiano – como eletrodomésticos, smartphones, roupas e automóveis – à internet (e entre si), essa tecnologia permitirá até mesmo a realização de procedimentos médicos delicados a distância, além de sistemas de direção automática de carros e as mais diversas tecnologias de automação e inteligência artificial, inclusive para a agricultura, a indústria e as cidades.

    O centro de referência inaugurado nesta sexta-feira tornará possível a demonstração de soluções em IoT em áreas consideradas prioritárias segundo o Plano Nacional de Internet das Coisas, que abrange ações em frentes como o Cidades 4.0, Saúde 4.0, Agro 4.0, Indústria 4.0, Turismo 4.0 e Educação 4.0.

    “A ideia é que o centro ofereça programas para a promoção do ensino, formação, popularização e divulgação da ciência e tecnologia no país, promovendo o ensino inovador, empreendedorismo e desenvolvimento das demandas locais, com o engajamento da indústria, academia e governo”, informa o ministério.

    Em nota, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, diz que é papel da pasta direcionar o uso da internet das coisas e preparar a população para lidar com as tecnologias do futuro.

    Enquanto o avanço das tecnologias vai tornando muitas tarefas mais eficientes e precisas, é preciso lembrar que é necessário criar empregos alinhados a esse progresso para as pessoas, afirma Pontes. “Nós não podemos parar a tecnologia para manter os postos de trabalho, mas podemos preparar e requalificar os profissionais, assim como formar as novas gerações já adaptadas para esse novo cenário.”

    Segundo o MCTI, o centro de referência de Sorocaba estará integrado ao Smart Campus Facens – laboratório voltado para a solução de “problemas reais, conectando a comunidade acadêmica, mercado, empresas e sociedade, por meio de projetos que tornem as cidades mais humanas, inteligentes e sustentáveis”.

    Edição: Nádia Franco