Tag: Ciência

  • Estudante de Lucas do Rio Verde é destaque em evento estadual de ciência e tecnologia

    Estudante de Lucas do Rio Verde é destaque em evento estadual de ciência e tecnologia

    A 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), realizada em Cuiabá entre os dias 22 e 24 de outubro, reuniu 215 projetos científicos de estudantes de Mato Grosso, do ensino fundamental ao doutorado, evidenciando o potencial da pesquisa e inovação do estado. O evento, promovido pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci) e realizado no Centro de Eventos do Pantanal, teve como tema “Biomas do Brasil – Diversidade, Saberes e Tecnologias Sociais”, um incentivo à valorização da biodiversidade brasileira e à ciência como ferramenta social.

    Entre os projetos expostos, o “Dog Vision – Um cão guia robótico para auxiliar pessoas com deficiência visual” chamou a atenção do público e do júri. Desenvolvido pela estudante Mariah Clara Dorneles Martins, do ensino fundamental da Escola Municipal São Cristóvão, de Lucas do Rio Verde, o projeto conquistou a premiação na categoria do ensino fundamental. Com um protótipo que custou cerca de R$ 2 mil, arrecadados com o apoio da escola e dos pais, Mariah e sua equipe desenvolveram um dispositivo de assistência para deficientes visuais, unindo tecnologia e acessibilidade.

    “É uma alegria imensa estar aqui, representando minha escola e minha cidade. Isso é fruto do esforço do professor, dos alunos, das nossas famílias e do colégio”, afirmou Mariah. A iniciativa destaca o engajamento dos jovens com a robótica e a inovação, e seu potencial para desenvolver soluções práticas para problemas sociais, mesmo nas fases iniciais da educação.

    Avaliação e destaques

    Além do destaque na categoria ensino fundamental, a SNCT 2024 promoveu a Mostra Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (MECTI), com 110 projetos do ensino básico, e uma categoria para 105 trabalhos de nível superior, concorrendo ao edital 010/2024 da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat). A complexidade e a qualidade dos trabalhos impressionaram os avaliados. “Foi uma surpresa ver o nível de aprofundamento e a criação de protótipos. É garantido a seriedade dos estudantes com a pesquisa”, disse a avaliada Elinez Rocha, que examinou trabalhos de diversos níveis educacionais.

    Outro projeto premiado foi a estudante Isadora Martha Nabarrete, do Colégio Master de Cuiabá, que desenvolveu o “Restaura H2o”, um dispositivo para purificação de água em locais com acesso limitado a estações de tratamento de esgoto. Com potencial para atuar em córregos, lagos e outros corpos hídricos, o projeto visa oferecer uma solução prática para a filtragem de água em áreas remotas.

    O evento também foi uma vitrine para estudos avançados, como o trabalho de mestrado do biólogo Ivan Luiz, do Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que venceu o edital da Fapemat com uma pesquisa sobre biomonitoramento ecotoxicológico na bacia do rio Cuiabá. Seu estudo alerta para o risco de doenças graves devido à presença de protozoários em áreas urbanas poluídas, como o Rio Coxipó.

    Para o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Allan Kardec, o evento reflete o impacto dos investimentos públicos na pesquisa científica e no desenvolvimento do estado. “Esses projetos mostram que Mato Grosso é capaz de produzir ciência de qualidade, preservando o meio ambiente e atendendo a questões sociais importantes”, afirmou.

    A SNCT premia os vencedores das categorias fundamental, médio e técnico com R$ 96,6 mil em bolsas de iniciação científica para alunos e bolsas de apoio técnico para professores, patrocinadas pela Fapemat e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). As premiações para os trabalhos de nível superior totalizaram R$ 190 mil e contaram com o patrocínio da Fapemat e apoio do Instituto Farmun. Além disso, o evento incluiu atividades culturais e de inovação, como a competição de foguetes recicláveis ​​e distribuição de mudas, reforçando o papel da ciência e tecnologia na construção de um futuro sustentável.

  • Mistério cósmico: “Ponto de interrogação” no espaço é desvendado por telescópio James Webb

    Mistério cósmico: “Ponto de interrogação” no espaço é desvendado por telescópio James Webb

    Uma imagem capturada pelo poderoso Telescópio Espacial James Webb deixou astrônomos e entusiastas da astronomia intrigados ao revelar um gigantesco “ponto de interrogação” cósmico. No entanto, um grupo internacional de cientistas acaba de desvendar o mistério por trás dessa peculiar formação espacial.

    O “ponto de interrogação” foi gerado por uma galáxia vermelha no aglomerado MACS-J0417.5-1154, a bilhões de anos-luz da Terra. Este efeito não havia sido detectado anteriormente pelo Telescópio Espacial Hubble, que também explorou a mesma região. Contudo, o James Webb, lançado em 2021, opera de forma distinta, utilizando radiação infravermelha de ondas longas, o que permitiu a captura dessa curiosa formação.

    A galáxia espiral, localizada logo abaixo da galáxia vermelha, funcionou como o “ponto” dessa figura espacial.

    Formação de estrelas e colisão de gás

    Os cientistas destacam que o Telescópio James Webb tem sido fundamental para estudar regiões de formação estelar a grandes distâncias da Terra. Segundo Vicente Estrada-Carpenter, um dos pesquisadores envolvidos no estudo, as galáxias que formam o “ponto de interrogação” estão passando por um período de formação estelar ativa, marcado por processos de colisão de gás entre elas.

    “Fotos impressionantes como essas me inspiraram a estudar astronomia na juventude”, comentou um dos líderes da pesquisa, que ressaltou como o telescópio permite vislumbrar momentos semelhantes à “adolescência” da Via Láctea.

    O Telescópio James Webb foi desenvolvido pela NASA, em parceria com agências espaciais europeias e canadenses. Ele leva o nome de James Webb, o segundo chefe da NASA, responsável pelo envio do astronauta Alan Shepard ao espaço em 1961, logo após o voo histórico de Yuri Gagarin.

  • Inovação: Cientistas desenvolvem biomaterial que regenera cartilagem

    Inovação: Cientistas desenvolvem biomaterial que regenera cartilagem

    Um grupo de pesquisadores da Northwestern University (Evanston, Illinois – em Chicago)  alcançou um importante avanço na medicina regenerativa. Eles criaram um novo biomaterial capaz de regenerar cartilagem de alta qualidade em articulações de joelhos de grandes animais.

    Apesar de parecer uma substância gelatinosa, o material é, na verdade, uma complexa rede de componentes moleculares que imitam o ambiente natural da cartilagem no corpo humano. Em testes realizados em joelhos de ovinos com danos na cartilagem, foi observado um crescimento significativo de novo tecido cartilaginoso em apenas seis meses. Esse novo tecido apresenta as propriedades naturais da cartilagem, como resistência mecânica e ausência de dor.

    O material desenvolvido pelos cientistas tem o potencial de revolucionar o tratamento de condições como osteoartrite e lesões esportivas, além de prevenir cirurgias de substituição total do joelho. A pesquisa foi publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Anais da Academia Nacional de Ciências).

    Imagem microscópica do biomaterial:

    Inovação: Cientistas desenvolvem biomaterial que regenera cartilagem
    Creditos: Samuel I. Stupp/Northwestern University

    Samuel I. Stupp, líder do estudo, destaca a importância da cartilagem para a saúde das articulações. “Quando a cartilagem se deteriora, afeta significativamente a mobilidade e qualidade de vida das pessoas. Infelizmente, em adultos, esse tecido não possui capacidade de regeneração natural. Nosso novo tratamento é capaz de estimular o reparo em um tecido que normalmente não se regenera”, afirma o pesquisador.

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    O biomaterial é composto por um peptídeo bioativo e ácido hialurônico modificado, substância comum em produtos de cuidados da pele e naturalmente presente em diversas partes do corpo humano, incluindo as articulações. A combinação desses componentes cria uma estrutura semelhante à arquitetura natural da cartilagem, estimulando as células do organismo a regenerar o tecido danificado.

    Os testes foram realizados em ovelhas devido às semelhanças entre a articulação do joelho humano e a do animal. Os resultados mostraram que o novo material não apenas preencheu as áreas danificadas, mas também gerou cartilagem de alta qualidade, superior à obtida com técnicas tradicionais.

    Os pesquisadores acreditam que, no futuro, esse biomaterial poderá ser aplicado em cirurgias de joelho, substituindo métodos atuais que apresentam limitações. A expectativa é que a regeneração da cartilagem natural permita maior durabilidade e qualidade de vida aos pacientes, reduzindo a necessidade de procedimentos invasivos como a substituição total do joelho.

    Este avanço científico representa um importante passo em direção a tratamentos mais eficazes para doenças degenerativas e lesões que afetam as articulações.

  • Lula diz que ciência deve decidir sobre uso de maconha

    Lula diz que ciência deve decidir sobre uso de maconha

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta quarta-feira (26), que o uso de maconha no Brasil deve ser decidido com base na ciência e, não, na política. Lula criticou que o Supremo Tribunal Federal (STF) tenha pautado a descriminalização da maconha para uso pessoal e lembrou que já existe uma lei de 2006 que impede a prisão de usuários.

    “[Essa prerrogativa] eu acho que deveria ser da ciência. Cadê a comunidade psiquiatra nesse país que não se manifesta e não é ouvida? Não é uma coisa de código penal, é uma coisa de saúde pública. O mundo inteiro está utilizando o derivado da maconha para fazer remédio, tem gente que toma para dormir, para combater o Parkinson, para combater Alzheimer, ou seja, tem gente que toma para tudo. Eu tenho uma neta que tem convulsão, ela toma”, disse, em entrevista ao Portal Uol.

    “Se a ciência já está provando em vários lugares do mundo que é possível, por que fica essa discussão contra ou a favor? Por que não encontra uma coisa saudável, referendada pelos médicos que entendem disso, pela psiquiatria brasileira ou mundial, pela Organização Mundial da Saúde, alguma referência mais nova para dizer ‘é isso’ e a gente obedece?”, questionou o presidente.

    Nesta terça-feira (25), o STF decidiu descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal, em um julgamento concluído após nove anos de sucessivas suspensões. Com a decisão, o porte de maconha continua como comportamento ilícito, ou seja, permanece proibido fumar a droga em público, mas as punições definidas contra os usuários passam a ter natureza administrativa, e não criminal.

    Hoje, a Corte ainda vai definir sobre a quantidade de maconha que deve caracterizar uso pessoal e diferenciar usuários e traficantes. Pelos votos já proferidos, a medida deve ficar entre 25 e 60 gramas ou seis plantas fêmeas de cannabis.

    “Eu acho que é nobre que haja diferenciação entre o consumidor, o usuário e o traficante. É necessário que a gente tenha uma decisão sobre isso, não na Suprema Corte, pode ser no Congresso Nacional, para que a gente possa regular”, disse Lula.

    Lula lembrou que a Lei nº 11.343/2006 já impede a prisão de usuários e criticou a discussão do tema no STF. Para ele, “isso não ajuda o Brasil” e cria uma “disputa de vaidade” sobre quem define as regras no país. A Lei de Drogas, de 2006, entretanto, não tem critérios estabelecidos para diferenciar usuário e traficante.

    “Se um dia um ministro da Suprema Corte pedisse um conselho para mim, eu falaria recuse essas propostas. A Suprema Corte não tem que se meter em tudo. Ela precisa pegar as coisas mais sérias sobre tudo aquilo que diz respeito à Constituição e ela virar Senhora da situação, mas não pode pegar qualquer coisa e ficar discutindo. Porque aí começa a criar uma rivalidade que não é boa, nem para democracia, nem para Suprema Corte, nem pro Congresso Nacional, a rivalidade entre quem é que manda, é o Congresso ou a Suprema Corte?”, afirmou Lula.

    “Se tiver uma PEC no Congresso Nacional, a PEC tende a ser pior”, disse o presidente. “Era só a Suprema Corte dizer já existe uma lei, não precisa discutir isso aqui”, opinou.

    Após a decisão do STF, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que a decisão invade a competência técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a competência legislativa do Congresso Nacional sobre o tema, além de gerar uma lacuna jurídica no Brasil. O senador é o autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2023 que torna crime a posse e o porte de qualquer quantidade de droga ilícita.

    Também nesta terça-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, determinou a criação de uma comissão especial para analisar a PEC 45/2023. Oriundo do Senado, o texto já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara em 12 de junho. Se aprovada na comissão especial, a PEC segue para análise do plenário.

    Edição: Valéria Aguiar

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  • Estudo clínico com a vacina meningo C da Fiocruz obtém resultados positivos

    Estudo clínico com a vacina meningo C da Fiocruz obtém resultados positivos

    O Departamento de Assuntos Médicos, Estudos Clínicos e Vigilância Pós-Registro (Deame) do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) apresentou no final de abril o resultado do estudo clínico com a vacina meningo C, fase II/III, produzida para o Comitê Independente de Monitoramento de Segurança (Cims). O grupo foi composto pelos médicos pediatras Gabriel Oselka (online), Tania Petraglia e Isabella Ballalai.

    O estudo Ensaio clínico de fase II/III para avaliação de imunogenicidade, reatogenicidade e segurança da vacina contra a doença meningocócica do sorogrupo C produzida por Bio-Manguinhos/Fiocruz (MenCC-Bio) em lactentes, crianças e adolescentes – Projeto vacina conjugada contra meningococo C brasileira – foi realizado em quatro municípios – Belém, Rio de Janeiro, São João de Meriti e Duque de Caxias – de dois estados (PA e RJ), totalizando 11 centros de pesquisa.

    Os 1.683 participantes foram estratificados em três grupos etários: estrato I – 11 a 19 anos (625) de 25/09/2018 até 23/05/2019; estrato II – 1 a 10 anos (771) de 03/01/2019 até 29/07/202; e estrato III – menor de 1 ano de idade (287) de 02/01/2020 até 17/05/2021. A pesquisa tem como objetivos avaliar a imunogenicidade, em termos de proporção de soroproteção, da vacina MenCC-Bio em indivíduos de 3 meses a 19 anos de idade, em relação à vacina contra meningococo C atualmente disponibilizada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), produzida pela Fundação Ezequiel Dias (FUuned); e avaliar a reatogenicidade da vacina menCC-Bio, neste grupo.

    Na avaliação dos desfechos de eficácia, foi possível observar uma similaridade entre as vacinas em relação aos títulos geométricos médios (TGM), à proporção de soroconversão e à soroproteção. Nas análises dos desfechos de segurança, as vacinas em estudo apresentaram todos os eventos adversos solicitados locais e sistêmicos e em percentuais bem semelhantes. Se mostraram seguras e todos os eventos foram acompanhados pelos médicos do estudo e evoluíram com regressão total.

    Também foi apresentado que os eventos adversos graves ocorridos durante todo o estudo clínico não tiveram relação causal com os produtos investigacionais. Quanto à hipótese de não inferioridade da vacina experimental em relação à de referência, após as análises, foi demonstrado que a referida hipótese somente será aceita caso a Vacina A seja a de referência (Funed) e a Vacina B seja a experimental (Bio-Manguinhos).

    A gestora do Departamento, Lurdinha Maia, comentou que a pandemia da Covid-19 foi um grande desafio para a continuidade deste estudo. Com esse resultado, após tantas dificuldades, a grande lição aprendida foi verificar a capacidade de união e superação de todos os profissionais envolvidos. “É muito emocionante e gratificante saber que estamos contribuindo para a Saúde Pública do nosso país”, afirmou.

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  • Pint of Science: Unilasalle/Lucas vai participar do maior Festival de Ciência do mundo

    Pint of Science: Unilasalle/Lucas vai participar do maior Festival de Ciência do mundo

    Lucas do Rio Verde se prepara para receber um evento que promete unir o conhecimento científico com a atmosfera descontraída dos bares locais. Nos dias 13, 14 e 15 de maio, das 18:30 às 19:30, os bares da cidade se transformarão em palcos de debate científico, com a realização do prestigiado Pint of Science.

    A iniciativa “Pint Of Science” conta com a participação da comunidade local, incluindo o Unilasalle/Lucas, proporcionando uma oportunidade única de interação entre pesquisadores e o público em geral.

    Sob a coordenação da professora Indiamara Marasca, em colaboração com a Coordenadora de Bar, Jaqueline Duarte, o evento visa divulgar a ciência de forma acessível e descontraída nos empreendimentos locais.

    Para Indiamara Marasca, coordenadora do Curso de Engenharia Agronômica do Unilasalle/Lucas e uma das coordenadoras do evento na cidade, participar do Print of Science é uma forma de inserir Lucas do Rio Verde no cenário internacional da ciência. “O Pint of Science é o maior festival de ciência do mundo, e este ano Lucas do Rio Verde entra para o mapa deste evento. São 179 cidades em todo o Brasil realizando esse mesmo evento nesses mesmos dias. Um brinde à ciência!”, comemora.

    O Pint of Science é um evento aberto para toda a comunidade e interessados em aprender e discutir ciência, enquanto desfrutam de um ambiente descontraído e acolhedor.

  • Conferência vai abordar contribuição da mulher na ciência

    Conferência vai abordar contribuição da mulher na ciência

    Na próxima sexta-feira (12), às 19h, o Centro Universitário Internacional Uninter em Lucas do Rio Verde sediará a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI). Sob a coordenação de Andrômeda Surak Doge, a conferência tem como objetivo celebrar a contribuição das mulheres na ciência, promovendo a igualdade de gênero e a diversidade em todas as suas formas.

    A convidada neste evento é Leni Zilioto, educadora e pesquisadora com uma extensa trajetória acadêmica. Com formação em Licenciatura em Ciências, Biologia e Pedagogia, além de especializações em Supervisão Escolar, Educação a Distância e Educação Ambiental, Leni Zilioto é uma voz ativa na defesa da ciência e na promoção da equidade de gênero neste campo.

    Zilioto ainda possui título de Mestre em Gestão e Auditoria Ambiental pela Universidad de León, Espanha, e com estudos avançados em Epistemologia e História da Ciência na UNTREF, Buenos Aires, Argentina, etraz consigo uma bagagem de conhecimento e experiência que enriquecerá as discussões da conferência.

    O tema “Defenda a Ciência como uma Mulher” é um convite para reconhecer e valorizar os inúmeros feitos das mulheres na ciência ao longo da história. Desde pioneiras esquecidas até líderes contemporâneas, cada voz é fundamental para construir um futuro mais inclusivo e equitativo.

    A programação da conferência incluirá palestras, discussões e oportunidades de networking com profissionais e acadêmicos comprometidos com o avanço da ciência e da tecnologia.

  • A vida e o legado de vovozona: um bolo reprodutivo de sucuris revela a beleza da natureza

    A vida e o legado de vovozona: um bolo reprodutivo de sucuris revela a beleza da natureza

    A morte da lendária cobra sucuri Vovozona, conhecida também como Ana Júlia, comoveu o mundo e deixou um vazio no ecoturismo e na comunidade de especialistas em fauna selvagem. Acompanhe mais em Mundo Animal.

    O fotógrafo e jornalista Daniel De Granville, em um tributo emocionante, compartilhou em seu Instagram um registro raro e poderoso: um bolo reprodutivo de sucuris com Vovozona no centro, capturado em 2015.

    Vilmar Teixeira recorda encontro com a majestosa sucuri ‘Vovozona’”: despedida de uma lenda

    A força e a beleza de vovozona: um bolo reprodutivo de sucuris revela a maravilha da natureza

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    Uma publicação compartilhada por Daniel De Granville (@danieldegranville)

    A imortalidade de vovozona: registro raro de um bolo reprodutivo de sucuris preserva sua memória

    A filmagem revela a imponência da sucuri e a fascinante dinâmica da reprodução desses animais. Vários machos se entrelaçam em torno da fêmea, formando um “bolo” que pode durar dias.

    O registro de Daniel contribui para a compreensão do comportamento das sucuris e da importância da preservação da espécie. Tais imagens fornecem dados valiosos para pesquisas e estudos científicos.

    A majestade da cobra sucuri: a vida fascinante da anaconda na natureza

    “Depois da comoção internacional com a morte da sucuri ‘Ana Júlia’ ou ‘Vovózona’ esses dias, fui procurar imagens nos meus arquivos e encontrei esta filmagem que fiz em 2015 dela em um bolo reprodutivo com vários machos. Um registro raro, que reforça a imponência dessas serpentes e a importância de documentar tais eventos para geração de dados úteis à ciência”, descreveu o profissional.

    A sucuri-amarela é uma predadora oportunista, alimentando-se de uma variedade de animais, incluindo peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.

    A história de Vovozona e o registro do bolo reprodutivo servem como um lembrete da beleza e da importância da vida selvagem. Devemos celebrar a magnificência da natureza e trabalhar para proteger as espécies que a habitam.

  • Ministro defende políticas públicas feitas com base na ciência

    Ministro defende políticas públicas feitas com base na ciência

    O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, defendeu o uso da ciência para a elaboração de políticas públicas destinadas à população de rua. Ele participou, na noite desta sexta-feira (15), do lançamento de um dossiê da rede de acolhimento à população em situação de rua em São Paulo, elaborado pela Comissão Extraordinária de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara Municipal de São Paulo.

    Participaram também do evento o deputado estadual Eduardo Suplicy e a vereadora Luna Zarattini, ambos do PT.

    Segundo o ministro, é preciso fazer política com base em evidências. “A ignorância não serve a quem luta por uma vida melhor. Toda vez que alguém vier com papo [de] que tem que fazer as coisas sem olhar dados, que não tem que estudar, isso não serve para quem é pobre, não serve para quem é preto, não serve para quem é mulher, não serve para quem está em situação de rua”, afirmou Silvio Almeida.

    “É fundamental saber como é que as coisas acontecem, como é que as coisas são. E esse dossiê aqui é fundamental”, acrescentou.

    O dossiê Retrato das Ruas mapeou os ambientes de acolhimento das pessoas que se encontram nesta situação na capital paulista e analisou a situação dos quartos, dos banheiros, das lavanderias, dos refeitórios, dos bagageiros e das áreas comuns. Também foram avaliadas a alimentação e a qualidade do atendimento dos funcionários desses locais.

    “A infraestrutura inadequada em alguns equipamentos, como galpões e clubes esportivos, compromete a privacidade, a segurança e o conforto dos residentes. A presença de pragas, vazamentos, infiltrações, a falta de mobiliário adequado e condições precárias nos quartos e banheiros evidenciam a urgência de investimentos e reformulações nos espaços destinados ao acolhimento dessa população”, diz o texto do dossiê.

    A comissão que elaborou o documento visitou oito centros de acolhida e colheu informações por meio de questionários, formulários e relatos dos usuários desses equipamentos. Também foram analisados a infraestrutura e o funcionamento geral dos espaços. O dossiê fez ainda uma análise dos custos de cada centro de acolhida visitado e propôs melhorias à prefeitura de São Paulo.

    “Nós simplesmente convivemos com o fato de que existem pessoas que vivem nas ruas”, disse o ministro, afirmando que tal fato deveria para servir para tornar “absolutamente inaceitável” a situação. “E nós temos que fazer esse esforço”, afirmou Silvio Almeida.

    Edição: Nádia Franco

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  • Descoberta científica pode contribuir com o controle biológico de pragas

    Descoberta científica pode contribuir com o controle biológico de pragas

    Uma descoberta científica resultante da colaboração entre pesquisadores brasileiros e norte-americanos pode aprimorar o cultivo de fungos com potencial para controlar insetos que atuam como pragas na agricultura, também chamados de entomopatogênicos. Os cientistas descobriram que o ajuste da pressão osmótica pode diminuir a diluição do líquido no qual esses microrganismos são criados, aumentando a eficiência da sua produção e, consequentemente, de produtos biológicos (micopesticidas) para controlar pragas e doenças agrícolas, com mais economia e sustentabilidade.

    Segundo o analista da Embrapa Meio Ambiente (SP) Gabriel Mascarin, esse resultado pode aumentar significativamente a eficácia e a eficiência dos biopesticidas à base de fungos, com a possibilidade de superar os produtos fúngicos tradicionais disponíveis no mercado brasileiro. “Os dados obtidos com a pesquisa indicam um caminho promissor para o desenvolvimento de micopesticidas mais efetivos e econômicos”, destaca Mascarin, que é um dos autores do estudo.

    A pesquisa focou no impacto da pressão osmótica durante o cultivo líquido de Beauveria bassiana, um fungo capaz de infectar mais de mil espécies de artrópodes. O pesquisador explica que ajustar a pressão osmótica no cultivo pode ser uma estratégia viável para acelerar e incrementar a produção desse e de outros fungos com potencial para controle de pragas, contribuindo para o avanço de micopesticidas baseados em blastoporos, inovadores e de baixo custo.

    Os blastosporos são células fúngicas preferenciais que, devido à sua produção simplificada por fermentação líquida submersa, enfrentam desafios de baixa produtividade e sensibilidade à dessecação.

    Contudo, como observa Mascarin, a pesquisa desenvolveu uma tecnologia de fermentação que não apenas melhorou a produção de B. bassiana, como também aumentou a resistência dessas células à dessecação, permitindo sua estabilidade e eficácia prolongadas, mesmo em condições de armazenamento não refrigerado, conforme descrito em patente internacional.

    Além da resistência acondicionada, os blastosporos demonstraram ser tão ou mais letais que os esporos tradicionais, com potencial para infectar insetos-praga de maneira mais eficiente, sugerindo uma nova alternativa de ingrediente ativo nos futuros micopesticidas.

    A pesquisa destaca a importância da pressão osmótica e do suprimento de oxigênio na alteração do metabolismo, crescimento e morfologia dos fungos, elementos cruciais para a otimização da fermentação industrial. A manipulação do ambiente de cultivo, incluindo aspectos nutricionais e físicos, abre novas possibilidades para a produção de blastosporos com aplicação em biopesticidas e bioestimulantes fúngicos, marcando um avanço significativo na agricultura sustentável e no controle biológico de pragas.

    O estudo foi publicado na revista científica Applied Microbiology and Biotrchnology. Além de Mascarain, participam como autores: Jeffrey Coleman (Auburn University, EUA) e Nilce Kobori e Marcos Alan Jackson (USDA/ARS, EUA).