Tag: Ciência e Tecnologia

  • Lançado em Pernambuco o Centro de Síntese em Mudanças Ambientais e Climáticas

    Lançado em Pernambuco o Centro de Síntese em Mudanças Ambientais e Climáticas

    O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou nesta quinta-feira (23/2), na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o Centro de Síntese em Mudanças Ambientais e Climáticas (SIMAClim). O projeto é conduzido pela Rede CLIMA — rede de pesquisas vinculada ao MCTI — e terá investimento de R$ 10 milhões. Os recursos são do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e foram liberados por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública vinculada ao MCTI.

    O SIMAClim reunirá pesquisadores sêniores do Brasil e do mundo para trocar informações e realizar uma síntese robusta sobre temas de grande impacto global, relacionados às mudanças ambientais e climáticas. Esses assuntos serão identificados pela comunidade científica, pelo MCTI e pela própria sociedade. A ideia é que os relatórios produzidos pelo SIMAClim possam subsidiar o Estado brasileiro na tomada de decisões e na elaboração de estratégias e políticas públicas.

    Há uma estimativa, de acordo com o coordenador da Rede CLIMA e vice-reitor da UFPE, Moacyr Araújo, de que existam, atualmente, cerca de 15 centros de síntese no mundo. A iniciativa tem prazo de execução de 48 meses. Araújo ainda apresentou a proposta de criação do Centro de Estudos e Pesquisas Energéticas do Nordeste (Cepenne). A proposta é atuar na pesquisa e desenvolvimento nas áreas de eficiência energética, energia solar, eólica, biomassa, rotas tecnológicas de hidrogênio, energia de ondas, entre outras.

  • Simone Tebet defende investimento em ciência e tecnologia fora do teto

    Simone Tebet defende investimento em ciência e tecnologia fora do teto

    Investimentos na área de ciência e tecnologia fora da regra do teto de gastos é uma das propostas defendidas pela candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, nesta quarta-feira (24). 

    Após reunião com representantes da Fundação Abrinq, em São Paulo, onde assinou um termo de compromisso com o Programa Presidente Amigo da Criança, a presidenciável avaliou que o Brasil está atrasado no que se refere à inovação. Segundo ela, a iniciativa privada investe 60% em tudo que é inovação e não consegue concorrer com o mundo por ter que desembolsar algo que tem que ser responsabilidade do governo federal.

    Segurança

    Entre as propostas na área de segurança pública, Simone Tebet prometeu criar o Ministério Nacional da Segurança Pública. A candidata destacou que a maior parte das drogas e das armas brasileiras entram pelos estados fronteiriços, especialmente pelo Mato Grosso do Sul. “Só se combate o narcotráfico, o crime organizado, com o apoio coordenado da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Federal, das Forças Armadas Brasileiras. É uma responsabilidade dos governos federais com os governos estaduais”, afirmou.

    Sobre política de armamento, a candidata prometeu revogar os decretos  que ampliam o acesso às armas. “Eu sou radicalmente contra o porte de armas no Brasil. A população brasileira não está preparada para isso e a principal vítima de violência nas comunidades são os nossos filhos, os jovens de periferias, negros, e dentro de casa as mulheres. Então não há como aceitar o porte de armas no Brasil”, ponderou.

    A emedebista lembrou ainda que a posse de armas nos termos da lei é uma realidade. “Vamos fiscalizar dentro das regras que já existem. Essa não é a prioridade do Brasil, a prioridade é matar fome, erradicar a miséria”, acrescentou.

    A candidata defende “transparência absoluta” nos ministérios, caso eleita. “A caneta vai funcionar através de um ato normativo que todos os ministros, a partir do primeiro dia, publiquem tudo no portal da transparência para a sociedade acompanhar para onde está indo esse dinheiro, de que forma está indo, quem pediu e com isso vamos acabar com o orçamento secreto, superfaturamentos, de ônibus, merendas, notas frias que cheguem para serem pagas, essa é a prioridade absoluta”, ressaltou.

    Fique por dentro da agenda dos candidatos à Presidência para esta quarta-feira.

    Edição: Aline Leal

  • Botucatu, no interior paulista, deve abrigar Centro de Biofármacos

    Botucatu, no interior paulista, deve abrigar Centro de Biofármacos

    Protocolo de intenções para a criação de um Centro Nacional de Biofármacos e Biomoléculas foi assinado hoje (19), em Botucatu, no interior paulista, entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). 

    O centro vai permitir escalonar a produção de medicamentos biológicos. Entre os novos medicamentos que poderão ser produzidos estão os Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs), que são usados, por exemplo, na produção de vacinas.

    O centro terá 1.470 metros quadrados e abrigará laboratórios de pesquisa e espaço de coworking ( trabalho colaborativo ou cooperativo) para hospedar startups de biotecnologia. O prédio terá ainda alas fabril e de controle de qualidade. A fábrica terá capacidade de produzir amostras para pesquisa e testes clínicos.

    Durante o evento, o ministro do MCTI, Marcos Pontes, destacou a iniciativa como meio de aproximar o conhecimento às necessidades da sociedade. “Uma das coisas que a gente notou na pandemia logo de cara foi esse gap (lacuna)”, afirmou. Segundo Pontes, a cada cinco papers publicados por cientistas brasileiros, só um é utilizado de forma prática no país. “O que está faltando? Ligação entre pesquisa e empresas.”

    Para o reitor da Unesp, Pasqual Barretti, a universidade “não tem direito de se desconectar das políticas públicas”. Ele lembrou que a pandemia mostrou a importância e o tamanho do Sistema Único de Saúde (SUS). “O SUS tem que avançar e essas medidas na área de ciência e tecnologia vão trazer a ciência para perto do SUS e ele será ainda maior para o bem da sociedade e para o bem de todos.”

    De acordo com o MTCI, ainda não está definido o valor dos recursos que serão destinados à criação do centro.

  • Nasa lança com sucesso supertelescópio James Webb; Veja a transmissão do lançamento

    Nasa lança com sucesso supertelescópio James Webb; Veja a transmissão do lançamento

    O telescópio James Webb, da agência aeroespacial norte-americana Nasa, foi lançado na manhã deste sábado (25) na costa nordeste da América do Sul, na Guiana Francesa, e é o ponto inaugural de uma nova era de exploração astronômica.

    O poderoso telescópio de US$ 9 bilhões, tido pela Nasa como o principal observatório científico espacial dos próximos 10 anos, foi alçado aos céus pelo foguete Ariane 5 por volta de 9h30 da manhã (horário de Brasília) a partir da base da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).

    O lançamento foi transmitido pela Nasa em redes sociais. A rota solar do James Webb fica a 1,6 milhão de quilômetros da Terra, e deve ser atingida em duas semanas – cerca de quatro vezes a distância da Lua. A órbita espacial do Webb manterá alinhamento constante com a Terra enquanto ambos circulam o Sol em sincronia. O instrumento pesa 6,3 mil quilos e é quase do tamanho de uma quadra de tênis quando fica com os painéis solares completamente abertos.

    Veja a transmissão do lançamento na íntegra:

    Em comparação, o predecessor do James Webb, o telescópio Hubble, orbita a Terra a 544 km de distância, completando uma volta ao planeta a cada 90 minutos.Nomeado em homenagem ao homem que supervisionou a Nasa em 1960 – década que teve em seu apogeu científico a chegada à Lua – o telescópio James Webb é 100 vezes mais sensível e preciso do que o Hubble, que já tem 30 anos de comissionamento. O novo telescópio detecta principalmente o espectro infravermelho da luz, e é capaz de ver através de nuvens de gás e poeira, onde geralmente nascem as estrelas. O principal objetivo do James Webb é revelar novas informações sobre a origem do Universo.*Com informações da Reuters.

    Edição: Pedro Ivo de Oliveira

  • Semana Nacional de Ciência e Tecnologia leva ao público curiosidades e inovações

    Semana Nacional de Ciência e Tecnologia leva ao público curiosidades e inovações

    A ciência na prática. É o que o público encontra na 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, realizada em Brasília pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Quem visita os estandes pode conhecer como funciona um satélite, ficar por dentro de curiosidades sobre astronomia, geofísica do planeta Terra e sobre a ciência aplicada no dia a dia.

    Neste ano, o tema da semana é “A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta” com a ideia de mostrar como a Ciência e Tecnologia estão presentes nas mais diferentes áreas da nossa rotina. As atividades acontecem até o dia 10 de dezembro no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade.

    A reprodução do Amazonia-1, primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil está exposta no estande do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), unidade de pesquisa do MCTI. O satélite foi lançado ao espaço neste ano.

    “É um satélite 100% brasileiro de sensoreamento remoto, é como se ele fotografasse o planeta. Nossa intenção com ele é monitorar todo o território brasileiro e, havendo necessidade, também compartilhar imagens com outros países. O outro que também está aqui no estande é o feito em parceria com a China, o CBERS 04A, o último que lançamos”, explicou Eduardo Loyolla, chefe da Comunicação Social do INPE.

    “Esses satélites estão imageando todo o território nacional para verificarmos qual o estado dos nossos biomas e trabalhar não só política de fiscalização, de desenvolvimento, mas também permitindo que a sociedade utilize essas imagens para fazer suas atividades. Os agricultores podem olhar para verificar como está a safra, podemos usar para determinar obras grandes, rodovias”, detalhou Loyolla.

    Curiosidade sobre a Terra

    Como funciona a temperatura no interior do planeta Terra é o que o visitante descobre com o Observatório Nacional, unidade de pesquisa vinculada ao MCTI, que também marca presença no evento.

    “Estamos aqui com uma explicação sobre o campo geotérmico da Terra, ou seja, como a temperatura funciona no interior do planeta Terra. Trouxemos o equipamento que mostra como essa temperatura é aferida. Seria um leitor de temperatura infravermelho, ele é usado para aferir a temperatura de fonte geotérmica, da lava de um vulcão”, disse o geólogo do Observatório Nacional, Lucca Franco.

    Outra curiosidade que está por lá é o Grande Livro da Astronomia que explica a origem do universo, das galáxias, das estrelas e dos planetas. “Também é muito interessante para quem tem pouca experiência na área e quer conhecer um pouco”, observou o geólogo.

    Conhecendo a Amazônia

    Caixa entomológica com insetos da Amazônia e tecnologias voltadas para segurança alimentar na região são algumas das atrações do estande do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), unidade de pesquisa subordinada ao MCTI.

    Lá também é possível ter informações sobre o trabalho da instituição que é referência mundial nos estudos de biologia tropical, focadas nos impactos das mudanças climáticas globais na Floresta Amazônica e formação de nuvens. Os estudos são feitos a partir do Observatório da Torre Alta da Amazônia que tem 325 metros de altura. Uma maquete da torre está no estande do INPA.

    A ciência no dia a dia

    O Canal Ciência, serviço de divulgação científica do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), unidade de pesquisa vinculada ao MCTI, também marca presença na 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

    Para mostrar à sociedade que a ciência faz parte do dia a dia, a equipe do canal disponibiliza materiais lúdicos e educativos como jogos e kits e divulga a cartilha O Pensamento da Avaliação do Ciclo de Vida, que mostra a relação entre a fabricação de produtos e os serviços a eles associados e os seus impactos sobre a natureza, a chamada Avaliação do Ciclo de Vida de Produtos.

    Inovações tecnológicas

    O Ministério das Comunicações tem um estande na 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia que traz programas e experiências tecnológicas no campo da comunicação. A atração tem como um dos destaques demonstrações do uso da internet 5G. O visitante pode conferir ainda programas e iniciativas da pasta que ampliam a conectividade a digitalização no Brasil.

    Um exemplo de inovação apresentado no estande é o DTV Play, que possibilita maior interação, como a personalização de anúncios ao telespectador. Outra é o áudio imersivo que praticamente transporta o telespectador ao evento que está sendo transmitido por meio de tecnologias de áudio de última geração. No espaço do Ministério das Comunicações há ainda uma exposição de peças antigas de TV e do museu da Rádio Nacional que proporcionam ao visitante uma viagem no tempo.

    Reciclagem de eletrônicos

    Um ônibus da organização não-governamental Programando o Futuro está estacionado no pavilhão onde ocorre a 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia recebendo visitantes que querem informações sobre descarte ambientalmente correto de aparelhos eletrônicos e recondicionamento de computadores.

    Quem passa por lá descobre que aparelhos eletrônicos, como celulares, computadores e baterias, se jogados no lixo comum, podem contaminar o solo e água com elementos tóxicos. E quando são reaproveitados, se transformam em oportunidades e novos equipamentos.

    A organização Programando o Futuro, participa do programa Centro de Recondicionamento de Computadores (CRCs), do Ministério das Comunicações, que atua com instituições em diferentes estados.

    Interação com o continente gelado

    Um bate papo inusitado ocorreu no Pavilhão do Parque na terça-feira (07/12). O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, conversou com a pinguim Georgia, direto da Antártica. O avatar faz parte do Projeto Fala Antártica do MCTI, criado pelo programa InterAntar, em parceria com a Universidade Federal do ABC.

    Georgia, que é a protagonista da série de vídeos 101 perguntas sobre regiões polares, fala de temas como meio ambiente, mudanças climáticas e preservação para crianças e jovens. O projeto é parte dos produtos propostos e coordenados pelo MCTI para a celebração dos 40 anos no Brasil na Antártica, comemorados em janeiro de 2022.

  • Lei que quebra patentes de vacinas é sancionada com vetos

    Lei que quebra patentes de vacinas é sancionada com vetos

    O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quinta-feira (2) a alteração da Lei de Propriedade Industrial, que estabelece a quebra temporária de patentes de vacinas e insumos em períodos de emergência nacional ou internacional ou de reconhecimento de estado de calamidade pública na saúde, como é o caso da atual pandemia de covid-19. O projeto de lei que dispõe sobre a mudança foi aprovado pelo Congresso Nacional no último dia 11 de agosto e aguardava a sanção presidencial. 

    De acordo com o texto do projeto, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), o detentor da patente ou do pedido dela, caso ainda não obtida, receberá o valor de 1,5% do preço líquido de venda do produto derivado em royalties até que seu valor seja definido.

    Em caso de pedidos de patente, os valores somente serão devidos caso ela seja concedida. O pagamento corresponderá a todo o período da licença compulsória concedida a outros fabricantes não autorizados antes da quebra da patente.

    O licenciamento compulsório, termo técnico para a quebra de patente, será feito caso a caso, conforme a lei. Além disso, a quebra só poderá ser determinada pelo poder público na hipótese excepcional de o titular da patente se recusar ou não conseguir atender à necessidade local.

    “Assim, cabe ressaltar que esse licenciamento compulsório não será aplicado, no momento atual, para o enfrentamento da pandemia do coronavírus, uma vez que as vacinas estão sendo devidamente fornecidas pelos parceiros internacionais. Contudo, no futuro, caso exista um desabastecimento do mercado local, há a previsão legal para a possibilidade de aplicação da medida, em um caso extremo”, destacou a Secretaria-Geral da Presidência, em nota.

    Vetos

    O presidente decidiu vetar os dispositivos que obrigavam ao proprietário da patente efetuar a transferência de conhecimento e a fornecer os insumos de medicamentos e vacinas.

    “Embora meritórias, essas medidas seriam de difícil implementação e poderiam criar insegurança jurídica no âmbito do comércio internacional, além de poder desestimular investimentos em tecnologia e a formação de parcerias comerciais estratégicas, havendo meios menos gravosos para se assegurar o enfrentamento desse tipo de crise”, justificou a Presidência.

  • Pandemia é a causa da escassez de combustível espacial, afirma SpaceX

    Pandemia é a causa da escassez de combustível espacial, afirma SpaceX

    Casos graves que exigem ventiladores e respiradores pulmonares em decorrência de covid-19 podem ser os responsáveis pela escassez de combustível para foguetes espaciais nos Estados Unidos. A afirmação foi feita pela presidente da SpaceX, a americana Gwynne Shotwell, durante o 36º Simpósio Espacial, realizado na quarta-feira (25) em Colorado, nos Estados Unidos.

    Segundo a executiva, futuros lançamentos da SpaceX – companhia fundada pelo bilionário Elon Musk – podem estar comprometidos, já que a base do combustível dos foguetes é o oxigênio líquido, que tem tido alta demanda no mercado.

    Hospitais usam o oxigênio líquido em ventiladores artificiais e aparelhos de respiração mecânica – ambos considerados essenciais para o tratamento de casos moderados e graves de covid-19. Com o aumento do número de casos, o ritmo de produção industrial não tem conseguido acompanhar a demanda.

    “Certamente vamos garantir que os hospitais tenham o oxigênio líquido de que precisam, mas quem tiver [a substância] para compartilhar, mande-me um email”, brincou Shotwell.

    A presidente da SpaceX não especificou quais lançamentos foram adiados pela falta do combustível, mas a empresa informou em comunicado que satélites de internet Starlink – projeto que reúne uma rede privada de satélites de baixo custo que ampliam as redes de comunicação em todo o mundo – não foram mais lançados desde 30 de junho.

    Os motores da SpaceX, em especial o modelo mais avançado, o Raptor, são todos movidos a combustão por oxigênio líquido.

    Edição: Pedro Ivo de Oliveira

  • Arco-íris em Marte? Perseverance captura imagem e esclarece mistério

    Arco-íris em Marte? Perseverance captura imagem e esclarece mistério

    Um fenômeno inusitado foi capturado pelo sonda robô Perseverance, da agência aeroespacial norte-americana Nasa, que explora desde fevereiro o solo marciano. Uma foto tirada pela Perseverance mostra um arco-íris no céu do planeta vermelho – algo considerado impossível, já que o fenômeno ocorre por causa da refração da luz solar nas partículas de água suspensas na atmosfera. Como Marte possui uma atmosfera fina e gelada, não há possibilidade de haver água em estado líquido circulando livremente pelo ar.

    Após ganhar repercussão em redes sociais, a foto publicada pela Nasa teve que ser elucidada. O perfil da sonda exploradora no Twitter frustrou teorias conspiratórias que tentavam explicar o fenômeno de forma não científica.

    Segundo pesquisadores da Nasa, o fenômeno registrado não era exatamente um arco-íris, e sim um reflexo de lente muito comum, o lens flare. Esse fenômeno ocorre quando a luz bate diretamente sobre uma lente de câmera em um ângulo oblíquo e se espalha pela superfície de vidro, o que causa o registro de uma luz brilhante, geralmente em forma de gota ou círculos.

    A imagem foi capturada pela câmera traseira da sonda, que serve para identificar possíveis perigos na rota de movimentação do veículo. Essa câmera, chamada HazCam, faz parte do sistema autônomo de movimentação da Perseverance.