Tag: China

  • Brasil vai aplicar reciprocidade em caso de taxação dos EUA, diz Lula

    Brasil vai aplicar reciprocidade em caso de taxação dos EUA, diz Lula

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (5), que, em uma eventual taxação do governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros, vai aplicar o princípio da reciprocidade. “É lógico. O mínimo de decência que merece um governo é utilizar a lei da reciprocidade”, disse em entrevista a rádios de Minas Gerais.

    O presidente norte-americano, Donald Trump, vem prometendo aplicar tarifas abrangentes a diversos países com superávit comercial com os Estados Unidos (vendem mais do que compram dos americanos), como a China e até a parceiros mais próximos como México e Canadá. O Brasil vive situação oposta, tem déficit comercial, comprou mais do que vendeu aos americanos, e ainda não foi taxado diretamente, mas deve receber reflexos da guerra de tarifas.

    Lula lembrou que a Organização Mundial do Comércio (OMC) permite a taxação de até 35% para qualquer produto importado. “Para nós, o que seria importante seria os Estados Unidos baixarem a taxa, e nós baixarmos a taxação. Mas se ele, ou qualquer país, aumentar a taxa de imposto para o Brasil, nós iremos utilizar a reciprocidade, nós iremos taxar eles também”, disse.

    “Isso é simples, é muito democrático. Não há por que ficar tentando colocar uma questão ideológica nisso. O que eu acho é que o mundo está precisando de paz, de serenidade”, acrescentou o presidente, defendendo que “a diplomacia volte a funcionar” e que a harmonia entre os países seja restabelecida.

    Para Lula, os Estados Unidos estão se isolando do mundo, mas também precisam de boas relações com outros países. “Nenhum país, por mais importante que seja, pode brigar com todo mundo o todo tempo”, disse, lembrando que o atual governo abriu 303 novos mercados para produtos brasileiros.

    Bravatas

    Na entrevista às rádios Itatiaia, Mundo Melhor e BandNewsFM BH, de Minas Gerais, Lula também alertou que não se deve ter preocupação com as “bravatas” do presidente Donald Trump, já que “ninguém pode viver de bravata a vida inteira”. “É importante que a gente comece a selecionar as coisas sérias para que a gente possa discutir”, afirmou.

    “Tem um tipo de político que vive de bravata. O presidente Trump fez a campanha dele assim. Agora, ele tomou posse e já anunciou [que pretende] ocupar a Groenlândia, anexar o Canadá, mudar o nome de Golfo do México para Golfo da América. E já anunciou reocupar o Canal do Panamá”, acrescentou Lula.

    Deportações

    O presidente brasileiro afirmou ainda que o governo vai recepcionar os cidadãos que forem deportados dos Estados Unidos para o Brasil. A previsão é que, na próxima sexta-feira (7), um novo voo com brasileiros chegue ao país, vindo do estado norte-americano da Louisiana para Fortaleza, no Ceará.

    “Nós estamos conversando, com o Itamaraty [Ministério das Relações Exteriores] e a Polícia Federal, para que a gente comece a ter todos esses dados lá em Louisiana, onde eles embarcam, para que a gente possa se preparar para recebê-los aqui e fazer com que eles cheguem no seu destino de origem”, disse Lula na entrevista.

    “Nós estamos muito atentos, a Polícia Federal, Ministério da Justiça, Ministério dos Direitos Humanos e o Itamaraty, para que a gente dê cidadania a esses companheiros quando chegam ao Brasil, inclusive com assistência médica, para saber se as pessoas estão com algum problema de saúde. E nós vamos tratar como se deve tratar um ser humano, com muito carinho e muito respeito”, afirmou o presidente.

    Lula explicou ainda que o governo brasileiro trata a situação como repatriação e não deportação. “São companheiros e companheiras brasileiras que foram para lá à procura de um mundo melhor, à procura de sorte, à procura de emprego melhor e que não conseguiram se legalizar, não foram aceitos pelo governo americano”, acrescentou.

    No último dia 24 de janeiro, um avião fretado pelo governo dos Estados Unidos pousou em Manaus com 88 brasileiros deportados. Os cidadãos estavam algemados e relataram maus-tratos durante o voo. A Polícia Federal, então, fez a intervenção, exigiu a retirada das algemas, e o presidente Lula determinou que Força Aérea Brasileira transportasse as pessoas até o destino final, que era o Aeroporto Internacional de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte.

    O Brasil concordou com a realização de voos de repatriação, desde 2018, para abreviar o tempo de permanência de seus nacionais em centros de detenção norte-americanos, por imigração irregular e já sem possibilidade de recurso. Ao tomar posse em janeiro deste ano, Donald Trump prometeu intensificar as deportações de cidadãos estrangeiros que estejam irregulares nos Estados Unidos.

    “Nós tivemos contato com o caso mais grave, que foi o avião que teve problema, na sua pressurização. Esse avião parou em Manaus, e aí as pessoas estavam acorrentadas para descer do avião. E eles queriam levar as pessoas acorrentadas para Minas Gerais”, contou Lula.

    “Enquanto eles estão dentro do avião no território americano, eles são cidadãos que pertencem à política e à lei dos Estados Unidos, mas, quando eles chegam no território nacional, que o avião abre a porta, eles estão submetidos à legislação brasileira e disso nós vamos cuidar”, afirmou o presidente.

  • China fecha 2024 com avanços históricos na agricultura e áreas rurais

    China fecha 2024 com avanços históricos na agricultura e áreas rurais

    A China comemorou em 2024 uma colheita histórica e avanços significativos no desenvolvimento rural, mesmo diante de desastres naturais. O país reafirmou a centralidade da agricultura e das áreas rurais como prioridades estratégicas para o seu desenvolvimento.

    De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura do país, a produção de grãos da China em 2024 alcançou 706,5 milhões de toneladas, um aumento de 1,6% em relação ao ano anterior. Este marco representa a primeira vez que o país supera a barreira de 700 milhões de toneladas. A produção de soja ultrapassou 20 milhões de toneladas, enquanto a colza de inverno registrou crescimento pelo oitavo ano consecutivo, consolidando o setor como uma base sólida de segurança alimentar.

    Os dados divulgados mostram ainda que, de janeiro a setembro, a produção de carne de gado aumentou 1% em relação ao mesmo período de 2023, enquanto a aquicultura avançou 4,5%. A diversificação e a oferta de produtos agrícolas de qualidade continuam a atender à demanda crescente dos consumidores.

    Infraestrutura rural transformada

    Conforme o relatório, a China também obteve notáveis melhorias na infraestrutura rural. Atualmente, 75% das áreas rurais contam com banheiros sanitários, enquanto mais de 90% das vilas têm sistemas adequados de coleta e manejo de resíduos sólidos. Acesso à internet 5G está disponível em mais de 90% das vilas, acompanhando o avanço em serviços públicos básicos como saúde, educação e cuidado com idosos.

    A renda disponível per capita dos residentes rurais atingiu 16.740 yuans (cerca de 2.329 dólares americanos) nos primeiros nove meses de 2024, um aumento de 6,3% em relação ao ano anterior. Nos 832 condados que antes enfrentavam pobreza extrema, indústrias líderes como turismo rural e agricultura de lazer têm se destacado, criando motores de crescimento econômico e melhorando os padrões de vida.

    Leis e sustentabilidade no campo

    Uma nova lei, em vigor a partir de maio de 2025, busca fortalecer as organizações econômicas coletivas rurais, incentivando abordagens adaptadas às condições locais para desenvolver a nova economia rural. Esses esforços ajudam a promover a sustentabilidade e a aumentar a renda dos agricultores.

    Mais de 45% do esgoto doméstico rural é tratado atualmente, contribuindo para a melhoria do ambiente. Estradas pavimentadas são mais comuns, e vilas inteiras se beneficiam de avanços em transporte e conectividade digital, impulsionando o acesso a mercados e serviços.

    Com esses resultados, a China demonstra um compromisso contínuo com a modernização agrícola e o bem-estar rural, consolidando sua posição como referência em desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza.

  • China abre investigação sobre importação de carne bovina

    China abre investigação sobre importação de carne bovina

    A China abriu investigação sobre a importação de carne bovina pelo país no período de 2019 ao primeiro semestre de 2024. A apuração para fins de aplicação de salvaguardas, termo técnico que envolve a proteção de setores estratégicos, foi anunciada nessa sexta-feira (28) e abrange todos os países exportadores para o país asiático, incluindo o Brasil.

    A investigação deverá durar oito meses e será feita a pedido de produtores chineses, sob a alegação de que o aumento das importações teria causado danos à produção local.

    Em nota, o governo brasileiro informou que, em princípio, os chineses não adotaram qualquer medida preliminar, permanecendo a tarifa vigente de 12% que a China aplica sobre as importações de carne bovina.

    A China é o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina. Em 2024, foram exportados mais de 1 milhão de toneladas para o país asiático, um aumento de 12,7% em relação a 2023.

    O governo brasileiro diz que, em conjunto com os exportadores nacionais, buscará demonstrar que a carne brasileira exportada não causa “qualquer prejuízo” à indústria chinesa, sendo um fator de complementariedade da produção local.

    “O governo brasileiro reafirma seu compromisso em defender os interesses do agronegócio brasileiro, respeitando as decisões soberanas do nosso principal parceiro comercial, sempre buscando o diálogo construtivo em busca de soluções mutuamente benéficas”, diz a nota conjunta dos ministérios da Agricultura e Pecuária, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e das Relações Exteriores do Brasil.

    Em comunicado, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) afirmou que segue comprometida em cooperar com as autoridades chinesas e brasileiras, fornecendo esclarecimentos e participando ativamente do processo de investigação, por “soluções que atendam aos interesses de ambas as nações”. Reafirmou ainda que a carne bovina brasileira exportada para a China é de alta qualidade e segue rigorosos padrões de sanidade e segurança.

  • São Paulo anuncia retorno de Oscar, 14 anos após saída polêmica

    São Paulo anuncia retorno de Oscar, 14 anos após saída polêmica

    Após 14 anos, o meia Oscar está de volta ao São Paulo. O Tricolor anunciou nesta terça-feira (24), véspera de Natal, a contratação do jogador de 33 anos, revelado no clube e que passou as últimas oito temporadas no Shanghai Port, da China.

    A última temporada de Oscar foi justamente a de melhores números no futebol chinês: 16 gols e 29 assistências em 39 jogos, ou seja, participação média de ao menos um gol por partida. Pelo Shanghai Port, foi três vezes campeão nacional (2018, 2023 e 2024) e ainda venceu uma Supercopa da China, em 2019.

    “Oscar é um jogador que dispensa comentários. Tem uma qualidade técnica difícil de se encontrar no mercado. Eu me empenhei pessoalmente nesta negociação, pois já conversava com ele há mais de seis meses sobre essa possibilidade. Vamos trabalhar para termos um 2025 com grandes resultados”, afirmou o presidente do São Paulo, Julio Casares, ao site do clube.

    Antes de atuar na Ásia, Oscar defendeu o Internacional (2010 a 2012) e o Chelsea, da Inglaterra  (2012 a 2017). Pelo Colorado, foi bicampeão gaúcho (2011 e 2012) e venceu a Recopa Sul-Americana de 2011. No clube inglês, conquistou a Liga Europa (2012/2013), a Copa da Liga Inglesa (2014/205) e foi duas vezes campeão nacional (2014/2015 e 2016/2017).

    Pela seleção brasileira, o meia esteve presente em 48 jogos, com 12 gols e 15 assistências. Vestindo a Amarelinha, fez parte do time campeão da Copa das Confederações de 2013, no Brasil. No ano seguinte, integrou a equipe que disputou a Copa do Mundo, também em solo brasileiro, balançando as redes duas vezes.

    A saída de Oscar do São Paulo para atuar no Inter foi tumultuada. Em 2009, um ano após estrear no time principal do Tricolor, o meia acionou o clube na Justiça alegando problemas na assinatura de seu primeiro vínculo profissional, aos 16 anos. O jogador foi poucas vezes a campo pela equipe paulista: 14 jogos, nenhum gol e duas assistências. Apesar disso, integrou o elenco campeão brasileiro em 2008.

    “Estou feliz de voltar ao Brasil e poder jogar no São Paulo, que é o clube onde comecei, fiz a minha base e me revelou. Estou feliz com essa possibilidade de retornar, a minha família também. Agradeço pelo carinho que recebi nas redes sociais nos últimos dias, e farei o meu melhor para conquistarmos grandes coisas juntos”, comentou Oscar, à página do Tricolor.

  • Mato Grosso fortalece parcerias comerciais em eventos na China e Índia

    Mato Grosso fortalece parcerias comerciais em eventos na China e Índia

    A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) representou o Governo de Mato Grosso em dois eventos internacionais, na China e na Índia, para apresentar as potencialidades do estado e promover parcerias comerciais.

    A assessora internacional da Sedec, Ariana Guedes de Oliveira, participou do Fórum Internacional sobre o Desenvolvimento de Zonas de Livre Comércio 2024, em Sanya, na China, e da Conferência e Expo Mundial de Grãos 2024, em Nova Déli, na Índia.

    Participação de Mato Grosso em evento na China

    O evento na China contou com 400 participantes, entre autoridades, especialistas e empresários, para discutir inovação em Zonas de Livre Comércio e cooperação econômica global. Durante o painel “Criando um sistema de cooperação aberto para benefícios mútuos e desenvolvimento em que todos saem ganhando”, Ariana destacou a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Cáceres e os esforços para fortalecer parcerias estratégicas com a China.

    O evento na China reuniu cerca de 400 participantes para discutir a inovação em Zonas de Livre Comércio e oportunidades de cooperação econômica global

    “Este evento é mais uma oportunidade para apresentar as potencialidades do nosso Estado e reforçar a posição estratégica de Mato Grosso no cenário internacional”, afirmou Ariana.

    Conferência global na Índia

    Em Nova Déli, Ariana destacou a importância do mercado indiano para Mato Grosso. Ela lembrou a missão oficial liderada pelo governador Mauro Mendes em 2023, que abriu caminho para oportunidades de exportação de commodities como soja, milho e gergelim, além de tecnologias e insumos.

    “A Índia é um mercado de inúmeras oportunidades. Esperamos construir parcerias sólidas que tragam delegações indianas ao Mato Grosso futuramente”, afirmou a assessora.

    Durante o evento, foram abordadas questões como o crescimento da indústria de etanol de milho na Índia e a possível abertura do mercado para importações de milho transgênico, criando uma nova oportunidade para os produtores de Mato Grosso.

    A conferência na Índia abordou o futuro das exportações e sinergias comerciais entre Mato Grosso e a Índia

    A conferência também tratou do crescimento do mercado de óleos vegetais para biodiesel e as possibilidades de importação de soja transgênica, fortalecendo as relações comerciais com o Mato Grosso.

    Fonte: Secom Mato Grosso

  • Mato Grosso consolida parceria com a China e impulsiona o agronegócio com feira de máquinas agrícolas

    Mato Grosso consolida parceria com a China e impulsiona o agronegócio com feira de máquinas agrícolas

    O estado de Mato Grosso, com o apoio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), foi palco da Exposição Internacional de Máquinas Agrícolas da China (Ciame), realizada entre os dias 26 e 28 de novembro, em Primavera do Leste. O evento, que celebrou 50 anos de relações diplomáticas entre Brasil e China, reuniu produtores rurais, técnicos e empresas dos dois países, com o objetivo de fortalecer a parceria comercial e tecnológica no setor agrícola.

    A escolha de Mato Grosso para sediar a Ciame não foi por acaso. O estado, conhecido por sua vasta produção de grãos e pecuária, possui um potencial agrícola significativo e uma relação comercial consolidada com a China.

    “Mato Grosso é o maior produtor de grãos, possui o maior rebanho bovino, tudo isso com mais de 60% do seu território preservado. A China é um dos países que mais importam de Mato Grosso”, destacou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.

    A feira serviu como uma plataforma para a troca de conhecimento e a apresentação de tecnologias inovadoras para o agronegócio. Durante os três dias de evento, foram realizadas palestras, demonstrações de máquinas e equipamentos, além de rodadas de negócios.

    “A parceria entre Brasil e China, como grandes potências agrícolas, é altamente promissora. A feira serve como uma plataforma de intercâmbio de tecnologias inovadoras e produtos de alta qualidade, abrindo portas para oportunidades de novos negócios”, afirmou o vice-diretor do Ministério do Comércio e Exterior da China, Wang Deyang.

    O embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, ressaltou que a exposição não é apenas uma vitrine de inovações tecnológicas, mas também um reflexo concreto da implementação da Iniciativa Global de Desenvolvimento proposta pelo presidente chinês Xi Jinping.

    “Este evento simboliza o fortalecimento das relações bilaterais e contribuirá para a transformação da agricultura brasileira em direção à modernização inteligente”, pontuou o embaixador.

    Com a realização da Ciame em Mato Grosso, espera-se que a parceria entre os dois países seja ainda mais fortalecida, impulsionando o desenvolvimento do agronegócio brasileiro e beneficiando produtores rurais de todo o país. As novas tecnologias e o intercâmbio de conhecimento promovidos pela feira representam um passo importante para a modernização da agricultura e a consolidação do Brasil como um dos principais players do mercado global de alimentos.

  • China deve se tornar ‘freguês’ de mais um produto do agro

    China deve se tornar ‘freguês’ de mais um produto do agro

    China deve se tornar ‘freguês’ de mais um produto do agro

    O Brasil e a China negociaram um acordo histórico para exportação de gergelim. O acordo foi firmado por ocasião do encontro bilateral entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping, em Brasília. Além do gergelim, também foi mercado aberto para outros três novos produtos da agropecuária brasileira – uvas frescas, sorgo e derivados de peixe.

    A China, que já é a maior parceira comercial do Brasil e de Mato Grosso, grande consumidora de soja e de carne mato-grossense, poderá ampliar os volumes de compras a partir das demandas pelo gergelim. O estado é o maior produtor nacional de pulso do país .

    Conforme o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a China é a maior importadora de gergelim do mundo, com participação de 36,2% nas internacionais do produto, desembolsando US$ 1,53 bilhões em 2023 na compra deste produto. Já o Brasil, que ocupou uma sétima colocação nas exportações, representando 5,31% do comércio mundial, vem aumentando sua área de plantio do pulso. O gergelim vem ganhando espaço nas obras brasileiras como cultura de segunda safra.

    O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou que a abertura deste mercado se alinha com o crescimento da produção nacional, que aumentou 104% no último ano. Segundo a Conab, para a safra 2023/24, estima-se uma produção de 360 ​​mil toneladas, um aumento de 228% em relação a 2021. Mato Grosso lidera o ranking dos maiores produtores, com 246 mil toneladas, representando 46,7% da produção nacional.

    As exportações do produto saltaram de US$ 79 milhões em 2021 para US$ 245 milhões até outubro de 2024, refletindo um crescimento de 210%. Além de Mato Grosso, outros polos despontam na produção de gergelim a exemplo de Goiás, Pará e Tocantins. Há ainda potencial para produção na Bahia, Minas Gerais, Maranhão e Rondônia.

    Leia também: Você sabia que hoje terça, celebra o Dia da Melancia?

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  • Brasil e China firmam acordo para exportação de gergelim

    Brasil e China firmam acordo para exportação de gergelim

    O Brasil e a China assinaram um acordo histórico para exportação de gergelim, na última quarta-feira (20/11). O acordo foi firmado por ocasião do encontro bilateral entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping, em Brasília. Além do gergelim, também foi aberto mercado para outros três novos produtos da agropecuária brasileira – uvas frescas, sorgo e derivados de peixe.

    Maior importadora de gergelim do mundo, com participação de 36,2% nas importações globais do produto, a China desembolsou US$ 1,53 bilhão em 2023 na compra deste produto. Já o Brasil, que ocupou a sétima colocação nas exportações, representando 5,31% do comércio mundial, vem aumentando sua área de plantio do pulse.

    O gergelim vem ganhando espaço nas lavouras brasileiras como cultura de segunda safra. O ministro da Agricultura Carlos Fávaro destacou que a abertura deste mercado se alinha com o crescimento da produção nacional, que aumentou 104% no último ano.

    Segundo a Conab, para a safra 2023/24, estima-se uma produção de 360 mil toneladas, um aumento de 228 % em relação a 2021. Mato Grosso lidera o ranking de maiores produtores, com 246 mil toneladas, representando 46,7% da produção nacional.

    As exportações do produto saltaram de US$ 79 milhões em 2021 para US$ 245 milhões até outubro de 2024, refletindo um crescimento de 210%.

    Além de Mato Grosso, outros polos despontam na produção de gergelim a exemplo de Goiás, Pará e Tocantins. Há ainda potencial para produção na Bahia, Minas Gerais, Maranhão e Rondônia.

    Os protocolos firmados entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Administração Geral de Aduana da China (GACC) estabelecem os requisitos fitossanitários e sanitários para a exportação dos produtos.

    Curso gratuito sobre cultivo de gergelim no Cerrado brasileiro

    Para auxiliar os produtores que desejam investir no plantio desta cultura em ascensão no Brasil, a Embrapa disponibiliza um novo curso gratuito Cultivo de gergelim no Cerrado brasileiro na sua plataforma de capacitação on-line e-campo. A capacitação é voltada para agricultores do bioma Cerrado, técnicos e agentes da assistência técnica e extensão Rural (ATER) que ainda não estejam familiarizados com a cultura do gergelim ou que já tenham introduzido a cultura no seu sistema produtivo e buscam aprofundar e atualizar seus conhecimentos sobre essa cultura.

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  • Mapa rechaça declaração do CEO do Carrefour sobre carnes produzidas no Mercosul

    Mapa rechaça declaração do CEO do Carrefour sobre carnes produzidas no Mercosul

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reitera a qualidade e compromisso da agropecuária brasileira com a legislação e as boas práticas agrícolas, em consonância com as diretrizes internacionais.

    Diante disso, rechaça as declarações do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, quanto às carnes produzidas pelos países do Mercosul.

    No que diz respeito ao Brasil, o rigoroso sistema de Defesa Agropecuária do Mapa garante ao país o posto de maior exportador de carne bovina e de aves do mundo, mantendo relações comerciais com aproximadamente 160 países, atendendo aos padrões mais rigorosos, inclusive para a União Europeia que compra e atesta, por meio de suas autoridades sanitárias, a qualidade e sanidade das carnes produzidas no Brasil há mais de 40 anos.

    Vale reiterar que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e atua com transparência no setor. Apresentou à União Europeia propostas de modelos eletrônicos que contemplam as etapas iniciais do Regulamento de Desmatamento da União Europeia (EUDR), demonstrando compromisso com uma produção rastreável e transparente, sendo que os modelos privados de rastreabilidade são amplamente reconhecidos e aprovados pelos mercados europeus.

    O Mapa lamenta tal postura que, por questões protecionistas, influenciam negativamente o entendimento de consumidores sem quaisquer critérios técnicos que justifiquem tais declarações.

    O posicionamento do Mapa é de não acreditar em um movimento orquestrado por parte de empresas francesas visando dificultar a formalização do Acordo Mercosul – União Europeia, debatido na reunião de cúpula do G20 nesta semana. O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros.

    Mais uma vez, o Mapa reitera o compromisso da agropecuária brasileira com a qualidade, sanidade e sustentabilidade dos alimentos produzidos no Brasil para contribuir com a segurança alimentar e nutricional de todo o mundo.

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  • Relação entre Brasil e China vive melhor momento, diz Xi Jinping

    Relação entre Brasil e China vive melhor momento, diz Xi Jinping

    O presidente da China, Xi Jinping, que faz visita de Estado ao Brasil nesta quarta-feira (20), afirmou que a relação entre os dois países vive o seu melhor momento na história. O líder chinês foi recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada, residência oficial. Ambos assinaram 37 novos acordos bilaterais.

    “Mantive uma reunião cordial, amistosa e frutífera com o presidente Lula. Fizemos uma retrospectiva do relacionamento da China com o Brasil ao longo dos últimos 50 anos. Coincidimos que este relacionamento está no melhor momento da história. Possui uma projeção global estratégica e de longo prazo cada vez mais destacada. E estabeleceu um exemplo para avançarem juntos com solidariedade e cooperação, entre os grandes países em desenvolvimento”, afirmou o presidente em declaração à imprensa. A China é o país com a segunda maior economia do planeta e principal parceiro do Brasil desde 2009, responsável por mais da metade do superávit comercial anual do país.

    A agenda em Brasília ocorre na sequência da participação do líder chinês na Cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro e que foi encerrada na última terça-feira (19). Além disso, é uma retribuição da visita de Lula à China em abril de 2023 e ocorre em celebração aos 50 anos das relações diplomáticas entre os dois países, completados este ano.

    Em sua declaração após a reunião com Xi Jinping, o presidente Lula anunciou a elevação de status da relação bilateral, que agora passa a ser classificada como “Parceria Estratégica Global ao patamar de Comunidade de Futuro Compartilhado por um Mundo mais Justo e um Planeta Sustentável”.

    “Estamos determinados a alicerçar nossa cooperação pelos próximos 50 anos em áreas como infraestrutura sustentável, transição energética, inteligência artificial, economia digital, saúde e aeroespacial. Por essa razão, estabeleceremos sinergias entre as estratégias brasileiras de desenvolvimento, como a Nova Indústria Brasil (NIB), o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Programa Rotas da Integração Sul-Americana, e o Plano de Transformação Ecológica e a Iniciativa Cinturão e Rota. Para dar concretude às sinergias, uma Força Tarefa sobre Cooperação Financeira e outra sobre Desenvolvimento Produtivo e Sustentável serão estabelecidas e deverão apresentar projetos prioritários em até dois meses”, afirmou Lula.

    Sul Global

    Xi Jinping também destacou como exemplo o fato de Brasil e China serem os dois maiores países em desenvolvimento de duas regiões e ocuparem um lugar de protagonismo das aspirações dos países do chamado Sul Global – termo geopolítico que designa nações pobres ou em situações socioeconômicas similares, especialmente da América Latina, África e Ásia.

    “China e Brasil devem assumir proativamente a grande responsabilidade histórica de salvaguardar os interesses comuns dos países do Sul Global e de promover uma ordem internacional mais justa e equitativa”, disse o presidente chinês. Ele ainda defendeu aumentar a representação dos países em desenvolvimento na governança global. “É também nosso consenso que China e Brasil continuem estreitando a colaboração em fóruns multilaterais como Nações Unidas, G20 e Brics, enfrentando a fome e a pobreza”, acrescentou.

    “Defendemos a reforma da governança global e um sistema internacional mais democrático, justo, equitativo e ambientalmente sustentável. Em um mundo assolado por conflitos armados e tensões geopolíticas, China e Brasil colocam a paz, a diplomacia e o diálogo em primeiro lugar. Agradeci o engajamento no Chamado à Ação pela Reforma da Governança Global que o Brasil lançou no âmbito do G20”, disse Lula na declaração, em sintonia com seu homólogo.

    Conflitos internacionais

    Tanto Lula quanto Xi Jinping abordaram a situação de guerras que vem ocorrendo pelo mundo e defenderam soluções políticas para o fim dos conflitos.

    “Jamais venceremos o flagelo da fome em meio à insensatez das guerras. A Aliança Global contra a Fome, lançada oficialmente há dois dias, é uma das iniciativas mais importantes da presidência brasileira do G20. A China foi parceiro de primeira hora nessa empreitada para devolver a dignidade aos 733 milhões de pessoas que passam fome no mundo, em pleno século 21. Sem paz, o planeta tampouco estará em condições de construir soluções para a crise climática”, disse Lula. O presidente brasileiro fez menção ao documento lançado com a China e que propõe uma resolução política para a guerra na Ucrânia.

    Para o presidente da China, o mundo está longe de ser tranquilo, “com várias regiões sofrendo guerras, conflitos, turbulência e insegurança”.

    “A humanidade é uma comunidade de segurança indivisível. Só quando abraçarmos a visão de segurança comum, abrangente, cooperativa e sustentável, é que criaremos um caminho de segurança universal. Com relação à crise na Ucrânia, enfatizei diversas vezes que não existe solução simples para um assunto complexo. China e Brasil emitiram entendimentos comuns sobre uma resolução política para a crise na Ucrânia e criaram grupo de amigos da paz, sobre a crise na Ucrânia. Devemos reunir mais vozes que advogam a paz e procuram viabilizar uma solução política da crise na Ucrânia”, disse.

    Sobre a guerra na Faixa de Gaza, invadida por Israel, o presidente chinês afirmou que a situação humanitária segue se deteriorando e cobrou maior empenho da comunidade internacional em uma ação imediata de cessar-fogo e assistência humanitária, bem como uma solução duradoura que, segundo ele, precisa assegura a existência de dois Estados.

    Lula e Xi Jinping devem voltar a se encontrar no ano que vem, quando o Brasil sediará uma nova cúpula dos Brics, em julho. A presença do chinês também é aguardada na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada no final do ano que vem em Belém.