Tag: China

  • Brasil amplia presença no agronegócio africano com participação na SIAM 2025, no Marrocos

    Brasil amplia presença no agronegócio africano com participação na SIAM 2025, no Marrocos

    Em busca de novos mercados e com foco na diversificação de suas exportações agrícolas, o Brasil participou da 17ª edição do Salon International de l’Agriculture au Maroc (SIAM), uma das principais feiras do setor na África. O evento aconteceu na última semana, de 21 a 27 de abril, na cidade de Meknès e recebeu milhares de visitantes.

    A presença de empresas brasileiras foi coordenada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), que organizaram um pavilhão coletivo reunindo oito empresas dos setores de proteína animal, fertilizantes, equipamentos agrícolas e cafés especiais. “É a terceira vez que o Brasil participa da SIAM. A feira é uma vitrine importante para o agronegócio brasileiro no norte da África”, afirmou Ellen Laurindo, adida agrícola do Brasil no Marrocos.

    O Pavilhão Brasil reuniu empresas como Agroprime (bovinos vivos), El Toro Beef Brasil e West Food (carnes e produtos alimentícios), além de Fertminas e Mescla International (fertilizantes e aditivos agrícolas). A Jacto apresentou soluções de mecanização agrícola, enquanto a Nelly Cafés Especiais apostou no mercado de cafés premium.

    Com uma população de cerca de 37 milhões de habitantes, o Marrocos tem investido em programas de modernização agrícola e ampliado suas importações de alimentos e insumos.

    Em 2023, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de produtos cárneos ao país, exportando mais de US$ 43 milhões apenas nesse segmento. No total, o comércio agrícola entre Brasil e Marrocos movimentou cerca de US$ 1,36 bilhão em 2024, com destaque para açúcar, milho, animais vivos, carne bovina e café.
    Além disso, recentes negociações abriram o mercado marroquino para miúdos bovinos brasileiros e estabeleceram cotas tarifárias para carnes, bovinos vivos, arroz e azeite de oliva — medidas que devem impulsionar ainda mais as exportações brasileiras.

    O Brasil espera, com esta participação, fortalecer sua posição no mercado norte-africano e criar novas oportunidades para produtos ainda pouco explorados no continente.

    “A nossa expectativa é ampliar não apenas os negócios com o Marrocos, mas também usar a feira como uma ponte para outros mercados africanos”, explicou Ellen Laurindo.

    Além das rodadas de negócios e da exposição de produtos alimentícios, o Brasil também apresentou no evento tecnologias em maquinário agrícola, segmento que ganha importância no esforço do país em agregar valor às exportações.

    A participação na SIAM 2025 confirma a estratégia brasileira de diversificar seus destinos de exportação e reforçar sua imagem como um fornecedor de alimentos e tecnologia agrícola em mercados emergentes.

     

  • Rui Costa desembarca na China para preparar novas parcerias

    Rui Costa desembarca na China para preparar novas parcerias

    O ministro da Casa Civil, Rui Costa, iniciou uma intensa agenda na China a partir deste domingo (27/) para adiantar conversas sobre parcerias de investimentos que o presidente Lula deve concretizar junto ao presidente Xi Jinping no mês de maio. A agenda preparatória contempla reuniões com o governo chinês e com empresas públicas e privadas que têm atuação na área de infraestrutura, saúde e tecnologia com objetivo de prospectar acordos que também incluem empreendimentos da carteira do Novo PAC.

    Durante quatro dias de missão internacional, o ministro da Casa Civil realizará uma maratona de agendas para promover o mercado brasileiro no país asiático. Neste domingo, Rui Costa se reuniu com o ministro Zheng Shanjie, da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, e aproveitou o momento para destacar a estreita relação entre os dois países.

    “Estamos buscando materializar e acelerar a mudança no patamar de relação entre Brasil e China. Essa mudança é uma aposta do presidente Lula e de Xi Jinping no diálogo e integração para presidir a relação entre Estados. Queremos aproximação e diálogo para promover benefícios mútuos e por isso a minha visita hoje, duas semanas antes da visita do presidente Lula”, destacou Costa ao iniciar sua fala durante a reunião bilateral.No período da tarde [no horário da China], Rui Costa esteve na sede da empresa chinesa CCCC e em seguida se reuniu com empresários do setor de infraestrutura para apresentar a carteira de concessão de obras de rodovias. Na oportunidade, destacou-se a realização de 14 leilões de concessão que irão ocorrer até o final do ano. O ministro convidou as empresas para conhecer os projetos na área de rodovias e sinalizou que até o final do governo devem ser investidos cerca de R$ 50 bilhões em concessões de rodovias no Brasil.

    A comitiva brasileira liderada pelo ministro Rui Costa conta com a participação do ministro das Comunicações, Frederico Filho; da presidente da Petrobrás, Magda Chambriard; do presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, e de representantes dos ministérios dos Transportes; Saúde; Indústria e Comércio; Minas e Energia e do BNDES.

    Deste domingo até terça-feira (29), a comitiva terá compromissos em Beijing e na quarta-feira (30), na cidade de Xangai, onde o ministro se reunirá também com a ex-presidente Dilma Rousseff. O retorno do ministro Rui Costa ao Brasil está previsto para ocorrer na quinta-feira (1º/5). Essa é a terceira missão que o chefe da Casa Civil da Presidência da República realiza na China desde o início da gestão Lula.

    Há duas semanas do embarque, o ministro Costa fez agendas com o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, e com representantes de algumas das empresas chinesas.

    Com a CRRC, o foco foi ampliar parcerias para metrôs, VLTs e trens. A empresa é a maior fabricante de material rodante do mundo, já possui investimentos no Brasil em metrôs nas cidades de São Paulo e Belo Horizonte, e a expectativa é ampliar a atuação em projetos contemplados pelo Novo PAC.

    Já com a Windey Energy o objetivo é ampliar a interação de investimentos. O Brasil tem interesse na ampliação de armazenamento de energia. A comitiva liderada por Costa voltará a se reunir com representantes dessas empresas em território chinês nos próximos dias.

  • CNA debate potencial do agro em evento na China

    CNA debate potencial do agro em evento na China

    A diretora-adjunta de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Fernanda Maciel, participou, na quarta (23), em Shangai (China), do Summit Valor Econômico Brazil-China 2025.

    O evento acontece de 23 a 25 de abril e é realizado pelo jornal Valor Econômico, em parceria com o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), e apoio do Sistema CNA/Senar, Apex Brasil e outras empresas e entidades do setor público e da iniciativa privada.

    Fernanda foi uma das expositoras no painel “O papel da China no crescimento do agronegócio brasileiro”, que abordou temas como o contexto atual e a relação sino-brasileira no setor e os desafios dos dois países para alimentar o mundo.

    A representante da CNA destacou o potencial de Brasil e China para ampliar a parceria no agronegócio e diversificar a pauta exportadora do setor para o país asiático, que hoje é o principal mercado dos produtos brasileiros do agro.

    “Embora a China seja o principal parceiro comercial do Brasil, com 30% das exportações do agro, a nossa pauta exportadora não reflete a diversidade da produção agropecuária brasileira. Há um grande potencial a ser explorado”, ressaltou Fernanda.

    Ela também propôs maior cooperação entre os dois países em áreas como biotecnologia, “diminuindo as assincronias de aprovação para culturas como soja e milho e desenvolvendo conjuntamente tecnologias para novos cultivares, como sorgo e gergelim”.

    Sobre logística, a diretora comentou sobre oportunidades para produtos como as frutas brasileiras, a partir do estabelecimento de uma rota marítima direta ligando os portos de Salvador (BA) e Santana (AP) ao porto chinês de Gaolan, que deverá diminuir o tempo de transporte em 30 dias.

    O evento reuniu autoridades, especialistas e empresários dos dois países para discutir temas ligados às relações comerciais e oportunidades no agronegócio, minério, indústria automobilística, cidades inteligentes, tecnologia, inteligência artificial e energia renovável.

    A programação também prevê visitas a instituições de negócios, universidades, empresas e startups, para conhecer mais sobre a cultura e o ecossistema de inovação chinesa.

  • Plano para implantação de corredor bioceânico pode refletir investimentos em Lucas do Rio Verde

    Plano para implantação de corredor bioceânico pode refletir investimentos em Lucas do Rio Verde

    Lucas do Rio Verde poderá se tornar, no futuro, um dos principais pontos logísticos do Brasil para exportações rumo ao Pacífico. Um novo ramal ferroviário deverá partir do município mato-grossense em direção ao Peru, integrando-se à futura malha do Corredor Bioceânico Brasil-Peru, que conectará o país ao porto de Chancay, a cerca de 80 quilômetros de Lima. A proposta foi reforçada durante visita de uma delegação de engenheiros ferroviários do governo chinês a obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), na Bahia, na última semana.

    A iniciativa prevê que as ferrovias Fiol e Fico, atualmente em construção, avancem até Lucas do Rio Verde, de onde partirá o novo trecho rumo ao oeste do continente, atravessando estados como Rondônia e Acre até alcançar o território peruano. A ligação direta ao Pacífico encurtará o caminho das exportações brasileiras para a Ásia, especialmente para a China, principal parceira comercial do país. A estimativa é de que a rota reduza em cerca de 10 dias o tempo de viagem dos navios entre o Brasil e os portos asiáticos.

    “A partir de Lucas do Rio Verde será possível construir a ferrovia em direção ao Pacífico, para transportar carga até o porto de Chancay no Peru”, afirmou Leonardo Ribeiro, secretário Nacional de Transporte Ferroviário. Segundo ele, o corredor permitirá escoar de forma mais eficiente, econômica e sustentável a produção de grãos e minérios de estados estratégicos como Mato Grosso, Goiás e Bahia.

    O projeto é considerado prioritário no Novo PAC e compreende cerca de 2,7 mil quilômetros de extensão entre a Bahia e o centro-oeste brasileiro, com a interligação à Ferrovia Norte-Sul. Os trechos da Fico (Ferrovia de Integração do Centro-Oeste) e da Fiol serão concedidos à iniciativa privada, com investimentos estimados em R$ 28,7 bilhões.

    A visita dos chineses é parte de um esforço conjunto entre os governos do Brasil e da China para viabilizar o Corredor Bioceânico. Além da Fiol e do Porto Sul, na Bahia, a comitiva percorreu a interligação entre a Fico-Fiol e a Ferrovia Norte-Sul em Mara Rosa (GO), foi recebida na Casa Civil em Brasília e seguirá para o Porto de Santos (SP), avaliando toda a infraestrutura logística brasileira. A missão técnica antecede a viagem oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Pequim, nos dias 12 e 13 de maio, quando será realizada a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) com o governo chinês.

    O porto de Chancay, atualmente em construção com investimentos da China, será peça-chave para a integração logística entre os oceanos Atlântico e Pacífico, criando uma nova rota comercial entre América do Sul e Ásia. A implantação desse corredor logístico via Lucas do Rio Verde não só fortalecerá a presença brasileira no comércio internacional, como consolidará o município como um dos principais nós ferroviários do continente.

  • Delegação chinesa avalia potencial logístico e agrícola de Mato Grosso em reunião sobre ferrovia interoceânica

    Delegação chinesa avalia potencial logístico e agrícola de Mato Grosso em reunião sobre ferrovia interoceânica

    Em encontro realizado nesta terça-feira (15), em Brasília, o governo brasileiro apresentou a representantes da China os potenciais logístico e agrícola de Mato Grosso como parte das discussões sobre a Ferrovia Bioceânica, projeto que prevê a ligação ferroviária entre o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico.

    A reunião, de caráter híbrido, reuniu autoridades brasileiras e uma delegação técnica do país asiático para tratar de possíveis parcerias no setor de transportes. O projeto da ferrovia contempla um traçado que se estende do Porto Sul, na Bahia, até o Porto de Chancay, no Peru, atravessando ainda os estados de Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre.

    Durante a apresentação, foi ressaltado que Mato Grosso é hoje o maior produtor de grãos e carne bovina do Brasil, com 60% de seu território preservado. Também foi destacado que o estado responde por 31,6% da produção nacional de grãos e possui um rebanho de 32,8 milhões de cabeças de gado. Na área de biocombustíveis, concentra 73% da produção brasileira de etanol de milho, com 21 usinas em operação — 11 delas voltadas exclusivamente para esse tipo de matéria-prima.

    Dados apresentados indicam que, nas últimas três décadas, a produção agrícola estadual teve crescimento acumulado de 1.612%. Para a safra 2024/2025, a expectativa é alcançar 101 milhões de toneladas, com projeções de até 140 milhões de toneladas em 2030.

    Os estados inseridos na rota proposta também expuseram seus dados e necessidades, com foco em atrair o interesse chinês para viabilizar o investimento. Mato Grosso destacou os avanços em infraestrutura, como a ferrovia estadual em construção e a pavimentação de 6 mil quilômetros de rodovias, buscando superar gargalos logísticos e garantir competitividade no mercado internacional.

  • China suspende compras da Boeing em resposta a tarifas de Trump e amplia tensão comercial

    China suspende compras da Boeing em resposta a tarifas de Trump e amplia tensão comercial

    O governo da China determinou a suspensão de compras de aviões da Boeing por parte de suas companhias aéreas, além de bloquear a aquisição de equipamentos e peças de empresas dos Estados Unidos. A decisão é vista como retaliação direta às novas tarifas de importação impostas pelos EUA, que chegam a até 145% em certos produtos chineses.

    Segundo informações divulgadas pela agência Bloomberg, a medida atinge em cheio a fabricante norte-americana, considerada um dos pilares do complexo industrial militar dos Estados Unidos. A ação da Boeing caiu 1,45% na Bolsa de Valores após a notícia, refletindo o impacto imediato no mercado.

    Impacto no mercado global de aviação

    A decisão do governo chinês favorece concorrentes como a europeia Airbus e a estatal chinesa Comac. Fabricantes de menor porte também podem se beneficiar, como a Embraer, cujas ações (EMBR3) registraram alta de 3,06% na B3, cotadas a R$ 64,65.

    O mercado de aviação da China é o que mais cresce no mundo, e o congelamento da compra de 179 aeronaves da Boeing pelas três principais companhias aéreas do país – Air China, China Eastern Airlines e China Southern Airlines – representa um duro golpe no cronograma da fabricante até 2027.

    Crise se agrava para a Boeing

    A Boeing já enfrenta um momento turbulento com problemas na cadeia de suprimentos, maior pressão regulatória e quedas na reputação após falhas recorrentes de segurança em seus aviões. A suspensão chinesa agrava ainda mais a situação da empresa no cenário global.

    Trump reage e acusa China de “renegar acordos”

    O ex-presidente Donald Trump comentou o caso em sua rede social Truth Social, criticando duramente a atitude chinesa. “A China está renegando acordos comerciais e tratando de forma brutal os nossos agricultores e a Boeing. Não têm respeito algum pelo nosso país sob governos democratas”, escreveu Trump, reforçando seu discurso nacionalista para sua base eleitoral.

    China pode subsidiar empresas afetadas

    Ainda segundo a Bloomberg, o governo chinês estuda formas de subsidiar companhias aéreas locais que operam com jatos da Boeing e estão sofrendo aumento nos custos por causa das tarifas dos EUA, o que indica que a guerra comercial entre as potências deve se intensificar nos próximos meses.

    Além disso, a China está agora desenvolvendo ativamente sua própria aeronave de longo curso C-929. A aeronave de média distância C-919 é produzida desde 2015, operada por três companhias aéreas chinesas.

  • Mídia internacional destaca que Brasil amplia protagonismo no agronegócio com guerra comercial entre EUA e China

    Mídia internacional destaca que Brasil amplia protagonismo no agronegócio com guerra comercial entre EUA e China

    A intensificação das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, marcada por uma escalada de tarifas e sanções mútuas, tem gerado impactos positivos para o agronegócio brasileiro, especialmente nas exportações de soja e carne bovina para o mercado chinês. Segundo reportagem do Financial Times, o Brasil vem consolidando sua posição como principal fornecedor de alimentos para a China, aproveitando a retração das exportações agrícolas norte-americanas, prejudicadas pelas barreiras tarifárias impostas por Pequim.

    Os dados do primeiro trimestre de 2025 reforçam essa tendência: as vendas brasileiras de carne bovina para a China cresceram cerca de 33%, e as exportações de carne de frango aumentaram 19% apenas em março. O movimento foi impulsionado pela demanda externa aquecida e pela competitividade dos preços da soja brasileira, que superaram os dos Estados Unidos, pressionados pela redução das compras chinesas.

    A resposta da China às tarifas norte-americanas incluiu medidas como o bloqueio de exportações de carne bovina dos EUA, via não renovação dos registros de frigoríficos, além da suspensão de importações de grãos, que se tornaram menos vantajosos economicamente. Esse cenário consolidou o Brasil como uma alternativa sólida e confiável, com a China diversificando seus fornecedores e a União Europeia começando a considerar o país como opção estratégica, diante da possibilidade de também adotar tarifas retaliatórias contra produtos agrícolas norte-americanos.

    O atual momento remete à primeira guerra comercial entre EUA e China, iniciada em 2018, quando a soja brasileira passou a ser negociada com prêmio sobre a americana, atraindo investimentos e impulsionando o setor. Agora, embora ainda existam desafios estruturais — como gargalos logísticos nos portos e estradas —, a perspectiva é de que a nova onda de oportunidades estimule aportes em infraestrutura, inclusive com participação chinesa.

    No entanto, analistas chamam atenção para a capacidade de resposta da produção brasileira frente à crescente demanda internacional. Mesmo com uma safra recorde, o setor pode enfrentar dificuldades para manter o ritmo e garantir o abastecimento interno. Outro ponto de atenção é a volatilidade das relações entre China e Estados Unidos: um eventual acordo entre as duas potências poderia reduzir a vantagem competitiva brasileira no comércio global.

    Ainda assim, o momento atual representa uma janela de oportunidades para o agronegócio nacional, que poderá se fortalecer como um dos principais pilares da segurança alimentar global, desde que consiga equilibrar crescimento sustentável, infraestrutura e previsibilidade de oferta.

  • Durante visita de comitiva chinesa da COFCO, Aprosoja MT reforça importância do relacionamento com países parceiros

    Durante visita de comitiva chinesa da COFCO, Aprosoja MT reforça importância do relacionamento com países parceiros

    A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) recebeu nesta quinta-feira (10.04), em Cuiabá, a visita de representantes da COFCO, uma das maiores empresas chinesas e importante parceira comercial do Brasil. O encontro reforçou os laços de cooperação entre as duas instituições e abriu espaço para o compartilhamento de informações sobre o setor.

    Durante a reunião, a Aprosoja MT realizou uma apresentação institucional destacando a atuação da entidade, seus programas de sustentabilidade e responsabilidade social, além do papel desempenhado junto aos produtores rurais do estado. Também foram abordados temas como infraestrutura, logística e as perspectivas de produção para as próximas safras.

    O presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber, ressaltou a relevância de encontros como este para o fortalecimento das relações comerciais internacionais. “É sempre um prazer receber as comitivas chinesas. Hoje recebemos uma comitiva da Cofco, diretamente da China, que são grandes parceiros, compradores. A China é o nosso maior mercado importador. E para nós sempre é importante ter uma boa relação e sempre buscar também ter um diálogo para que cada vez possamos ter melhores relações comerciais”, afirmou.

    Durante a reunião, também foi realizada uma apresentação do superintendente do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), Cleiton Gauer, que compartilhou dados atualizados sobre produção e comercialização de soja e milho no estado.

    “Essa reunião é uma boa oportunidade para trazer a importância do setor junto aos demais parceiros, países compradores e empresas compradoras, principalmente para posicionar e mostrar a estruturação do nosso mercado, porque a maior parte das pessoas acredita, que o Mato Grosso está em um período arcaico, mas com os dados conseguimos mostrar um pouco dessa estruturação. É papel do IMEA conseguir mostrar e transcrever os números dessa evolução histórica e todo esse desempenho que o produtor de Mato Grosso tem apresentado nos últimos anos”, destacou.

    A Aprosoja Mato Grosso segue atuando para fortalecer as relações comerciais e garantir que o trabalho realizado pelos produtores do estado seja valorizado também no mercado internacional.

  • China acelera avanço em IA com Manus, um agente autônomo não supervisionado

    China acelera avanço em IA com Manus, um agente autônomo não supervisionado

    A corrida pela inteligência artificial autônoma ganhou um novo capítulo com o lançamento do Manus, desenvolvido pela Butterfly Effect. O sistema se diferencia por sua capacidade de operar sem assistência humana, realizando tarefas de forma independente. O avanço coloca a China em posição de destaque no setor e reforça a tendência de IA autossuficientes.

    Nos testes realizados pelo benchmark GAIA, que avalia a resolução de problemas reais, o Manus superou plataformas renomadas como as da OpenAI. Sua performance demonstrou avanços significativos, consolidando-se como um marco na evolução da IA generativa.

    O funcionamento do sistema segue um fluxo estruturado: o usuário envia uma solicitação via chat, que é dividida em subtarefas e distribuída entre agentes especializados. O Manus executa as ações, integra os resultados e aprimora continuamente suas respostas, garantindo um processo autossuficiente.

    Os diferenciais do Manus

    China acelera avanço em IA com Manus, agente autônomo não supervisionado
    Imagem ilustrativa

    Entre suas funcionalidades, o sistema é capaz de criar sites, planejar viagens, analisar o mercado financeiro e desenvolver materiais educacionais. Diferente de assistentes tradicionais, que precisam de comandos a cada etapa, o Manus trabalha de forma independente e se adapta ao comportamento do usuário ao longo do tempo. Mesmo sem conexão com a internet, ele continua operando.

    Uma das grandes inovações do Manus é sua capacidade multimodal, o que significa que pode lidar simultaneamente com textos, imagens e códigos. Além disso, ele se conecta a navegadores, editores de código, bancos de dados e APIs, permitindo interação com diversos sistemas.

    Desde seu lançamento, o Manus tem sido utilizado para executar aproximadamente 50 tarefas em paralelo, incluindo monitoramento de redes sociais, análise de transações financeiras e automação de conteúdo. Especialistas afirmam que sua precisão supera a do Deep Research, da OpenAI, e que sua tecnologia pode moldar o futuro da IA nos próximos anos.

    Os empecilhos e o que vem por aí

    Entretanto, o sistema ainda enfrenta desafios. Usuários relataram que ele pode entrar em ciclos repetitivos e apresentar dificuldades em decisões mais complexas. Além disso, sua dependência de modelos externos, como Claude Sonnet e Qwen, levanta questões sobre sua total autonomia. O aspecto da segurança também preocupa especialistas, já que, sem limites adequados, o acesso a dados sensíveis pode representar riscos.

    Curiosamente, ao contrário de muitas inovações chinesas que surgem em grandes instituições como a Universidade de Tsinghua, o Manus foi testado em uma universidade menor. Isso sugere uma descentralização no desenvolvimento de IA e ampliação do acesso a diferentes perfis acadêmicos e profissionais.

    Ainda restrito a um grupo seleto de usuários, o Manus reflete a crescente aposta chinesa em agentes de IA autônomos. Com essa evolução, especialistas recomendam que profissionais interessados acompanhem a tendência e busquem qualificação em IA generativa, preparando-se para o futuro dessa tecnologia revolucionária.

  • China amplia presença em Mato Grosso: Investimentos multiplicam e impactam economia local

    China amplia presença em Mato Grosso: Investimentos multiplicam e impactam economia local

    A China, principal parceiro comercial de Mato Grosso no mercado internacional, tem intensificado seus investimentos no estado, expandindo sua presença empresarial de forma significativa nos últimos anos. Atualmente, 36 empresas chinesas operam no território mato-grossense, um aumento expressivo em comparação com as apenas 7 empresas registradas há pouco mais de uma década.

    O crescimento de 414% na presença empresarial chinesa desde 2014, revelado por um levantamento da Junta Comercial de Mato Grosso (Jucemat), demonstra a força do interesse chinês no mercado local. A maioria das empresas (86%) atua no comércio de produtos, mas a estratégia de diversificação dos negócios tem fortalecido a presença chinesa em diversos setores da economia, especialmente no agronegócio.

    A multinacional Cofco, com uma fábrica de biodiesel e esmagamento de soja em Rondonópolis, além de armazéns e escritórios em diversas cidades, é um exemplo do investimento estratégico chinês em Mato Grosso. A empresa, que completou dez anos de operações no estado, atende 4.500 fornecedores, sendo 65% produtores rurais, e atua em 110 dos 142 municípios mato-grossenses.

    A atuação da Cofco impacta diretamente a produção de grãos em Mato Grosso, com a empresa originando cerca de 15 milhões de toneladas de soja na safra 2023/2024. Além do impacto econômico, a empresa tem se comprometido com a sustentabilidade, buscando cadeias de suprimentos livres de desmatamento e conversão em áreas sensíveis da América do Sul.

    A ampliação dos investimentos chineses em Mato Grosso reflete a força das relações comerciais entre o estado e a China. A presença de empresas como a Cofco demonstra o potencial do mercado mato-grossense para atrair investimentos estrangeiros e impulsionar o desenvolvimento econômico local.

    A tendência de crescimento dos investimentos chineses em Mato Grosso sinaliza um futuro de relações comerciais ainda mais fortes, consolidando a China como um parceiro estratégico para o desenvolvimento do estado.