Tag: Chikungunya

  • Estudo mostra que vacina contra chikungunya é segura e eficaz

    Estudo mostra que vacina contra chikungunya é segura e eficaz

    Os resultados do primeiro ensaio clínico de fase três de uma vacina contra a doença chikungunya revelaram que o imunizante é seguro e provoca uma resposta imunológica logo após a primeira dose, segundo a revista The Lancet.

    A publicação, que divulgou os resultados do ensaio, indica que, após uma única aplicação, a vacina produziu níveis de anticorpos neutralizantes que protegeram contra a doença de chikungunya em 99% (263/266) dos participantes.

    “Os níveis de anticorpos diminuíram 28 dias após a vacinação, mas a soroproteção persistiu em mais de 96% (233/242) dos participantes, após seis meses”, diz a nota divulgada pela revista.

    Uma vez que “a maioria dos eventos adversos foi moderada ou leve”, os autores do estudo consideram que “seu perfil de segurança é semelhante ao de outras vacinas licenciadas”.

    Os pesquisadores ressaltam que o estudo VLA1553-301 não foi realizado em áreas onde a chikungunya é endêmica – como em algumas regiões de África, Ásia e América – e que, por isso, não puderam investigar se a vacina protege contra a doença subsequente.

    “Em vez disso, o estudo testou uma resposta imunológica a níveis que se pensa protegerem contra a doença se forem infectados com o vírus”, explica a nota.

    A doença, transmitida por mosquitos causada pelo vírus chikungunya, provoca febre nos doentes quatro a oito dias após serem picados pelo inseto infectado. Os sintomas incluem dores de cabeça, fadiga, náuseas e dores musculares e articulares graves.

    Atualmente, não existem vacinas aprovadas para prevenir a doença, nem tratamentos antivirais eficazes.

    A autora principal do estudo, Martina Schneider, diretora de Estratégia Clínica da Valneva, considera que “esta poderá ser a primeira vacina contra a chikungunya disponível para pessoas que vivem em regiões endêmicas, bem como para viajantes para áreas endêmicas ou áreas em risco de um próximo surto”.

    “Os nossos resultados promissores mostraram uma boa persistência dos níveis de anticorpos após a vacinação, o que é importante tendo em conta que os surtos de chikungunya podem recidivar subitamente. Como a idade é um fator de risco para a gravidade e mortalidade da doença, a forte resposta imunológica observada em participantes mais velhos pode ser particularmente benéfica.”

    A pesquisa

    O estudo envolveu 4.115 adultos saudáveis em 43 municípios dos Estados Unidos. Destes, 3.082 participantes receberam uma dose de VLA1553 (através de uma injeção no braço) e 1.033 um placebo. Todos os participantes foram incluídos na análise de segurança, mas a resposta imunológica só foi testada em um subgrupo de 362 participantes (266 receberam a vacina e 96 receberam o placebo).

    As respostas dos participantes foram avaliadas após uma semana da vacina, 28 dias, três meses e seis meses após a imunização. Também foram registrados os efeitos adversos em um diário eletrônico durante 11 dias após a vacinação.

    Os participantes que apresentaram efeitos adversos no prazo de 21 dias após a vacinação (como febre e dores nas articulações, dores nas costas, sintomas neurológicos, problemas cardíacos, erupção cutânea ou inchaço) foram mais monitorados.

    O VLA1553 foi geralmente bem tolerado em todos os grupos etários, sendo a maioria dos acontecimentos adversos leves ou moderados.

    Nos participantes que receberam a vacina, os efeitos adversos mais comuns foram dores de cabeça (em 32% dos participantes vacinados), fadiga (29%), dores musculares (24%), dores nas articulações (18%) e dor no local da injeção (13%).

    Após seis meses, registaram-se mais eventos adversos nos participantes que receberam a vacina do que nos que receberam placebo.

    A taxa de abortos espontâneos observados na população que recebeu a VLA1553 foi ligeiramente superior à esperada na população em geral (23% versus cerca de entre 11% e 16%).

    No entanto, este fato pode ocorrer em função da pequena dimensão da amostra. Dois dos três abortos espontâneos ocorridos em mulheres que receberam a VLA1553 foram explicados por doenças genéticas ou pelo histórico das participantes. No caso restante, não foi possível identificar qualquer razão e os autores dizem que será necessário um monitoramento adicional à medida que a vacina candidata for sendo lançada.

    Segurança

    Sobre a segurança do estudo, Juan Carlos Jaramillo, diretor clínico da Valneva, afirmou que “um Comitê de Monitoramento da Segurança dos Dados (DSMB) independente avaliou os dados de segurança durante o estudo e não identificou quaisquer preocupações de segurança após a avaliação de todos os eventos adversos notificados. Os dois eventos adversos graves relatados durante o estudo recuperaram totalmente e foram revistos pelo DSMB que não levantou preocupações ou considerou que havia riscos graves causados pela vacinação em geral”.

    Para Kathryn Stephenson, do Centro de Investigação em Virologia e Vacinas do Beth Israel Deaconess Medical Center, que não esteve envolvida no estudo, “os resultados positivos deste ensaio são muito boas notícias para a preparação para eventual pandemia de chikungunya”.

    “O CHIKV e outras infecções arbovirais continuam a ser ameaças globais, estimuladas pela expansão dos habitats dos mosquitos devido às alterações climáticas e à globalização do comércio e das viagens. Estudos adicionais do VLA1553 em regiões endêmicas e superpopulosas, como um ensaio em curso em adolescentes no Brasil (NCT04650399), serão fundamentais para afirmar o valor do imunizante VLA1553 para a prevenção do chikungunya, tal como os estudos de eficácia no mundo real no contexto de surtos reais da doença”, disse.

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  • Saúde lança campanha após aumento da dengue, Zika e chikungunya

    Saúde lança campanha após aumento da dengue, Zika e chikungunya

    Em meio ao aumento de casos de dengue, Zika e chikungunya no Brasil, o Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (4) a campanha nacional de combate às três arboviroses. Com a mensagem Brasil unido contra a dengue, Zika e chikungunya, a pasta alerta para sinais, sintomas, prevenção e controle das doenças, transmitidas por um mesmo vetor, o mosquito, em particular o Aedes aegypti, popularmente conhecido como pernilongo rajado em razão das listras brancas nas pernas.

    A reintrodução do vírus da dengue no Brasil aconteceu em 1986. Já o chikungunya foi registrado pela primeira vez em 2014, enquanto o Zika foi identificado no país em 2015.

    De acordo com a diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do ministério, Alda Cruz, o Brasil registra epidemias sucessivas de dengue com intervalos cada vez mais curtos entre os surtos, enquanto Zika e chikungunya também se mantêm com taxas endêmicas ao longo dos anos.

    Fumacê

    Este ano, foram investidos mais de R$ 84 milhões na compra de insumos para o controle vetorial do Aedes aegypti. Popularmente conhecido como fumacê, um dos inseticidas usados no controle do mosquito na forma adulta, será distribuído ao longo das próximas semanas após atraso no fornecimento causado por problemas na aquisição pela gestão passada, segundo o ministério. A expectativa é que a pasta receba cerca de 275 mil litros do produto ainda neste mês, normalizando o envio aos estados e Distrito Federal.

    Situação epidemiológica

    Dados do Ministério da Saúde indicam que, de janeiro a abril deste ano, houve aumento de 30% no número de casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período de 2022. As ocorrências passaram de 690,8 mil no ano passado para 899,5 mil neste ano, além de 333 óbitos confirmados. Os estados com maior incidência são Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Acre e Rondônia.

    “Fatores como a variação climática e aumento das chuvas no período em todo o país, o grande número de pessoas suscetíveis às doenças e a mudança na circulação de sorotipo do vírus são fatores que podem ter contribuído para esse crescimento”, destacou o ministério.

    Já em relação ao chikungunya, de janeiro a abril foram notificados 86,9 mil casos da doença, com taxa de incidência de 40,7 casos por 100 mil habitantes. Quando comparado com o mesmo período de 2022, houve um aumento de 40%. Este ano, até o momento, 19 óbitos foram confirmados. As maiores incidências da doença estão no Tocantins, em Minas Gerais, no Espírito Santo e em Mato Grosso do Sul.

    Os dados de Zika indicam que, até o final de abril, foram notificados 6,2 mil casos da doença, com taxa de incidência de três casos por 100 mil habitantes. De acordo com o ministério, houve um aumento de 289% nos casos se comparados com o mesmo período de 2022, quando o país registrou 1,6 mil ocorrências de Zika. Até o momento, não houve óbitos pela doença. Os estados com maior incidência são Acre, Roraima e Tocantins.

    Sintomas e prevenção

    Os sintomas de dengue, chikungunya e Zika são semelhantes e incluem febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais.

    A orientação do ministério é que a população procure o serviço de saúde mais próximo de sua residência assim que surgirem os primeiros sinais de qualquer uma das três arboviroses.

    “A prevenção é a melhor forma de combater a doença. Evitar acúmulo de inservíveis, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d’água, receber a visita do agente de saúde são algumas iniciativas básicas. Todo local de água parada deve ser eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, coloca os seus ovos”, recomenda o ministério.

    Painel

    A partir desta quinta-feira, a pasta disponibiliza um painel atualizado regularmente com os principais dados de dengue, Zika e chikungunya e a situação epidemiológica das três doenças do país. Na plataforma, é possível filtrar as informações por estado e por tipo de arbovirose, além de visualizar orientações e recomendações sobre sintomas e prevenção.

    Ouça na Radioagência Nacional:

    Edição: Fernando Fraga

  • Com nova “fábrica de Aedes aegypti”, Brasil ampliará combate a doenças

    Com nova “fábrica de Aedes aegypti”, Brasil ampliará combate a doenças

    A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fechou acordo para expandir o uso da bactéria Wolbachia contra a dengue, zika e febre chikungunya, doenças transmitidas através da picada do mosquito Aedes aegypti. Trata-se de um método que já é usado no Brasil e em outros 11 países, a partir da articulação de diversas instituições científicas e coordenação do World Mosquito Program (WMP). Introduzida nos mosquitos, a bactéria Wolbachia é capaz de bloquear a transmissão dos vírus aos seres humanos durante uma picada.

    O acordo – firmado entre a Fiocruz e a WMP – foi anunciado nesta quinta-feira (30), no Rio de Janeiro. Entre as medidas previstas está a construção de uma grande biofábrica, que terá capacidade para produzir até 100 milhões de mosquitos por semana. O custo estimado é de R$ 100 milhões. Os recursos serão provenientes da WMP e do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), que nasceu a partir de uma parceria entre a Fiocruz e o governo paranaense.

    A previsão é que a biofábrica entre em operação em 2024, mas ainda não foi escolhida a cidade que irá abrigá-la. “É uma definição que está sendo tomada com o Ministério da Saúde e alguns governos locais. Mas é um projeto pensado de modo a poder ser instalado rapidamente em qualquer lugar sem muita preparação de terreno. A Fiocruz já acumulou bastante experiência com construções desse tipo”, disse o presidente da Fiocruz, Mario Moreira.

    Outros R$ 80 milhões – R$ 50 milhões da WMP e R$ 30 milhões da Fiocruz – serão destinados para começar de imediato a expansão da produção atual, o que contribuirá para auxiliar estados e municípios no controle das doenças em locais mais críticos. Caberá ao Ministério da Saúde indicar, com base em dados epidemiológicos, quais são as cidades prioritárias.

    Introdução artificial

    Segundo a Fiocruz, a Wolbachia está presente naturalmente em cerca de 60% dos insetos, mas não no Aedes aegypti. O método envolve, portanto, uma introdução artificial no organismo do mosquito.

    Os pesquisadores envolvidos ressaltam que a iniciativa não envolve nenhuma modificação genética, nem no Aedes aegypti, nem na bactéria. Além disso, o objetivo não é eliminar o mosquito do meio ambiente, apenas substituir uma população capaz de transmitir doenças por outra incapaz.

    O método Wolbachia começou a ser usado na Austrália e hoje está presente em três continentes: Ásia, Oceania e América. Levantamentos epidemiológicos locais têm indicado o sucesso da iniciativa. Além disso, diferentes estudos científicos já comprovaram cientificamente sua eficácia, entre eles, um robusto estudo clínico realizado em Yogyakarta, na Indonésia. Observou-se uma redução de 77% na incidência de dengue nos bairros onde a Wolbachia foi introduzida, na comparação com as demais localidades da cidade.

    No Brasil, a aplicação do método é conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com o apoio do Ministério da Saúde. Os trabalhos começaram em 2015 com a liberação de mosquitos em duas áreas pequenas: em Jurujuba, bairro de Niterói (RJ), e em Tubiacanga, no Rio de Janeiro. Com os bons resultados, a iniciativa se expandiu para outras localidades das duas cidades e já é usada também em Campo Grande (MS), Belo Horizonte e Petrolina (PE).

    Sustentabilidade

    O projeto tem demonstrado sustentabilidade: a fêmea do mosquito que possui a Wolbachia em seu organismo é capaz de transmiti-la a todos os seus descendentes, mesmo que se acasale com machos sem a bactéria. Além disso, quando apenas o macho tem a Wolbachia, os óvulos fertilizados morrem. Dessa forma, a bactéria passa a ser transmitida naturalmente para as novas gerações de mosquitos.

    Os resultados, porém, não são obtidos a curto prazo. “A velocidade de implantação do método varia de acordo com as características de cada município. Em geral, conseguimos ter um impacto real na redução dos casos de dengue alguns anos após finalizada a implantação”, explica Luciano Moreira, pesquisador da Fiocruz e líder do WMP no Brasil.

    Por essa razão, a população deve continuar se esforçando para impedir o acúmulo de água parada, que serve de criadouro para os mosquitos. Da mesma forma, o poder público não deve afrouxar as demais medidas de prevenção, entre elas, a aplicação de produtos químicos e biológicos quando recomendado, como fumacê e larvicidas.

    Edição: Kleber Sampaio

  • Com alta de casos, governo cria centro para monitorar dengue

    Com alta de casos, governo cria centro para monitorar dengue

    O Ministério da Saúde anunciou o estabelecimento do Centro de Operações de Emergências (COE Arboviroses), que será responsável pelo monitoramento de óbitos e casos graves relacionados à dengue, zika e chikungunya.

    A criação ocorre diante do aumento de casos dessas doenças no país. Apenas de dengue, as notificações cresceram 43,8% até março deste ano em comparação ao mesmo período de 2022. No caso de chikungunya, o aumento foi de 97%.

    De acordo com o ministério, o COE irá focar, principalmente, nos registros de dengue e chikungunya, fornecendo orientações para ações de vigilância em conjunto com estados e municípios.

    “Identificamos crescimento em alguns estados, o que nos deixa alerta. Já estamos enviando equipes de campo para traçar um diagnóstico da situação nessas áreas e vamos reforçar o monitoramento do cenário das arboviroses em todo o país. Nossa prioridade é sensibilizar a população, para que assim possamos controlar o avanço da transmissão dessas doenças”, disse a diretora de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Alda Maria da Cruz, conforme nota divulgada pela pasta.

    Dengue

    De janeiro ao início de março, foram notificados 301,8 mil casos suspeitos de dengue, contra 209,9 mil casos no mesmo período de 2022. Os casos graves somam 2,9 mil, e 73 mortes pela doença foram registradas.

    A região mais afetada é a Centro-oeste, com 254,3 casos por 100 mil habitantes. Em seguida, aparecem Sudeste (214,7 casos por 100 mil habitantes) e Sul (98,2 casos por 100 mil habitantes). Os estados com maior incidência são Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

    Chikungunya

    Em relação à chikungunya, as notificações prováveis cresceram 97,1%, somando 43 mil no início do ano. Uma morte foi confirmada no estado do Espírito Santo e 13 estão em investigação.

    A Região Sudeste registra a maior incidência, com 34,3 casos por 100 mil habitantes, seguida do Nordeste (13,8 casos por 100 mil habitantes) e Norte (13,1 casos por 100 mil habitantes). Entre os estados, Tocantins lidera com 139,2 casos por 100 mil habitantes.

    Zika

    Os registros de zika cresceram de 883 para 1.194 na comparação de janeiro a final de fevereiro deste ano com os mesmos meses de 2022. O Norte do país tem a maior proporção de casos, 2,8 casos por 100 mil habitantes. Tocantins aparece novamente como o estado com mais registro da doença em relação ao tamanho da população em 2023.

    Prevenção

    As três doenças (dengue, zika e chikungunya) são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Uma das formas mais eficazes de prevenir é evitar o acúmulo de água parada em pneus, garrafas, vasos de plantas e outros recipientes, onde ocorre a proliferação do mosquito. Algumas recomendações são: tapar tonéis d’água, manter calhas limpas, deixar garrafas com a boca para baixo, limpar e encher os pratos dos vasos de plantas com areia, manter lixeiras tampadas, ralos limpos e instalar telas nas janelas.

    As doenças têm alguns sintomas semelhantes, como febre alta, dores pelo corpo e mal-estar.

  • Instituto recruta voluntários para teste de vacina contra chikungunya

    Instituto recruta voluntários para teste de vacina contra chikungunya

    O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na capital paulista, esta recrutando voluntários adolescentes, de 12 a 17 anos de idade, para participar dos testes da primeira vacina contra a chikungunya. O imunizante já se provou seguro e eficiente em pesquisa realizada nos Estados Unidos com 4.115 adultos, e agora está em fase final de aprovação no órgão regulador norte-americano.

    No Brasil, o estudo, encabeçado pelo Instituto Butantan, está recrutando 750 adolescentes em dez centros de pesquisa. No estado de São Paulo, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas é o responsável pelos testes, que já começaram a ser feitos em uma parcela dos adolescentes participantes, no início do ano.

    “A vacina é segura, e é uma dose única. Ela é muito importante porque ela combate uma doença que pode ter manifestações sistêmicas, como febre, muita dor no corpo, dor nas juntas, e casos mais graves, no caso de encefalite e até óbito. A vacina se mostrou segura nos adultos e, até o momento, nos adolescentes vacinados no Brasil, tem se mostrado segura”, disse a infectologista e pesquisadora do Instituto de Infectologia Emílio Ribas Ana Paula Veiga, coordenadora principal dos testes em São Paulo.

    “Nós temos bastante experiência, fizemos parte do estudo da vacina CoronaVac, junto ao Butantan, tivemos vários voluntários, então é uma equipe bastante experiente em relação à pesquisa clínica, que vai dar suporte para o voluntário e para sua família”, disse a infectologista.

    Para fazer parte da pesquisa, o interessado deverá fazer o cadastro no formulário do instituto ou entrar em contato com o Centro de Pesquisa pelo número 11 9 1026 6996 (Whatsapp) ou 11 3896 1302 (telefone). Outras informações sobre a vacina estão disponíveis no site do estudo do Butatnan.

    Para participar dos testes é obrigatória a autorização dos pais ou responsáveis. Na primeira visita presencial, tanto o adolescente quanto os acompanhantes adultos terão que assinar um termo de consentimento. O documento traz todas as regras do estudo. Nesta primeira etapa, também são feitas consultas médicas e exames laboratoriais para se constatar que o voluntário está apto a participar do estudo.

    Nas etapas seguintes, o voluntário receberá a dose da vacina, que pode ser de imunizante ou de placebo. O jovem, então, passará a ser monitorado pela equipe multidisciplinar da Unidade de Pesquisa especialmente por meio de visitas presenciais à unidade e por conversas pelo whatsapp. Um médico do estudo estará disponível 24 horas por dia, por telefone, para tirar dúvidas ou apoiar com atendimentos de qualquer eventual emergência. Caso o participante apresente algum evento adverso, ele poderá receber atendimento no Emílio Ribas.

    Atualmente, não há vacinas disponíveis contra a chikungunya. A doença é causada por vírus transmitido por mosquitos, como Aedes aegypti, o mesmo que causa a dengue.

  • SES promove capacitação para detecção precoce de casos de dengue, chikungunya e zika

    SES promove capacitação para detecção precoce de casos de dengue, chikungunya e zika

    A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), por meio da Superintendência de Vigilância em Saúde, realizará, entre a próxima quarta e sexta-feira (02 e 04.12), das 14h às 16h, capacitação de atualização para os profissionais da saúde pública e privada de Mato Grosso. A proposta do curso é qualificar as equipes para a detecção precoce dos casos de dengue, zika e febre de Chikungunya visando o atendimento oportuno, tratamento adequado e reabilitação dos pacientes.

    A atualização, intitulada “Manejo Clínico para Arboviroses Urbanas (Dengue, Chikungunya e Zika) em tempos de Covid-19”, acontecerá via web e será transmitida pela Escola de Saúde Pública por meio do canal no Youtube neste link.

    A programação será transmitida para três turmas distintas, distribuídas por grupos das macrorregiões de saúde. Os municípios das regiões Leste e Norte serão capacitados na quarta-feira (02); na quinta-feira (03) será a vez das regiões Centro Norte e Centro Noroeste receberem a qualificação e na sexta-feira (04) os profissionais das regiões Oeste e Sul  encerram o ciclo de web atualização.

    A diretora da Escola de Saúde Pública, Silvia Tomaz, explica que os profissionais de saúde terão a oportunidade de atualizar conhecimento sobre o tema, com o foco voltado para o diagnóstico e o tratamento dessas doenças que são endêmicas no Estado, melhorando ainda mais a assistência prestada à população.

    “A atividade contará com importante contribuição do médico infectologista Dalcy de Oliveira Albuquerque Filho, graduado em medicina pela UFRJ [Universidade Federal do Rio de Janeiro] e servidor aposentado da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, com especialização em Medicina Tropical e MBA em Gestão de Saúde de Controle de Infecção e referência de arboviroses urbanas para o estado de Mato Grosso”, destacou a diretora da Escola.

    As apresentações e outros materiais técnicos e legais disponíveis, bem como a emissão de declarações de participação serão disponibilizados aos participantes que se cadastrarem antecipadamente na Plataforma AVA/Moodle da Escola de Saúde Pública neste link.

    Serviço

    A capacitação sobre “Manejo Clínico para Arboviroses Urbanas (Dengue, Chikungunya e Zika) em tempos de Covid-19” acontecerá entre quarta e sexta-feira (02 e 04.12), das 14h às 16h, por meio do canal no Youtube da Escola de Saúde Pública. A inscrição da atividade por ser feita neste link.