Tag: Chikungunya

  • Barra do Garças alerta para perigo de proliferação do mosquito Aedes Aegypti neste período chuvoso

    Barra do Garças alerta para perigo de proliferação do mosquito Aedes Aegypti neste período chuvoso

    No período chuvoso, a proliferação do mosquito Aedes Aegypti tende a aumentar significativamente, por isso a Prefeitura de Barra do Garças, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, alerta a população para redobrar os cuidados a fim de combater o mosquito causador da dengue, chikungunya e zika vírus.

    Alguns cuidados básicos devem ser adotados pela população em seus afazeres diários para evitar que o Aedes Aegypti se prolifere, como: manter o quintal sempre limpo, não deixar água parada, manter a caixa d’água ou qualquer objeto que possa acumular água tampado ou de cabeça para baixo, limpar as calhas, descartar corretamente lixos, entulhos e pneus, entre outros.

    Combater o mosquito é uma tarefa que deve ser realizada em conjunto, por isso, a Secretaria de Saúde conta com os Agentes de Endemias que realizam visitas em residências, comércios e lotes baldios, identificando e eliminando objetos que acumulam água, além de realizar ações de educação em saúde alertando a população sobre os perigos do mosquito e as doenças que ele pode transmitir.

    “É preciso que cada um faça a sua parte para que não tenhamos casos ativos das doenças em nossa cidade. O cuidado começa em nossas casas, no nosso dia a dia”, contou o coordenador da Vigilância em Saúde Ambiental, Nelson Vinicius Sabino.

  • Chuvas trazem alívio e alerta para o aumento de casos de dengue em Mato Grosso

    Chuvas trazem alívio e alerta para o aumento de casos de dengue em Mato Grosso

    As recentes chuvas que atingiram Mato Grosso trouxeram um alívio para a população que sofria com o forte calor e a estiagem. No entanto, a volta das precipitações também acendeu o alerta para o aumento de casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como a dengue, chikungunya e zika.

    De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), o estado já registrou 37.126 casos confirmados de dengue, 19.304 de chikungunya e 295 de zika. A dengue, em especial, tem sido a maior preocupação, com 36 óbitos confirmados em diversas cidades mato-grossenses.

    Cuiabá, com cinco óbitos, e Pontes e Lacerda, com sete, estão entre as cidades mais atingidas. Outros municípios como Tangará da Serra, Nova Mutum, Primavera do Leste, Alta Floresta e Lucas do Rio Verde também registraram mortes por dengue.

    A chikungunya também tem sido um problema de saúde pública, com 11 óbitos confirmados em todo o estado. Tangará da Serra foi a cidade mais afetada, com sete mortes.

    Autoridades de Mato Grosso em alerta

    A principal forma de prevenir a dengue, chikungunya e zika é combater o mosquito transmissor.
    FOTO:PIXABAY

    As autoridades de saúde de Mato Grosso estão intensificando as ações de combate ao mosquito transmissor e de conscientização da população sobre a importância da prevenção.

    A Secretaria Estadual de Saúde orienta a população a buscar informações sobre as doenças em sites e redes sociais oficiais e a procurar atendimento médico imediatamente ao apresentar os sintomas.

    Sintomas e cuidados

    busy 2354949 1280 1
    FOTO:PIXABAY

    Os sintomas da dengue incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares, e dor atrás dos olhos.

    Já a chikungunya se caracteriza por febre alta, dores articulares intensas e erupção cutânea.

    É importante ressaltar que a dengue pode evoluir para formas mais graves, como a dengue hemorrágica, que pode ser fatal. Por isso, ao apresentar os primeiros sintomas, a orientação é procurar atendimento médico imediatamente.

    Prevenção

    A principal forma de prevenir a dengue, chikungunya e zika é combater o mosquito transmissor. A população deve eliminar os criadouros do Aedes aegypti, como vasos com água parada, pneus velhos e outros recipientes que acumulam água.

    A limpeza de calhas, a cobertura de caixas d’água e a utilização de repelentes também são medidas importantes para se proteger dessas doenças.

  • Brasil se aproxima de 6 milhões de casos e 4 mil mortes por dengue

    Brasil se aproxima de 6 milhões de casos e 4 mil mortes por dengue

    O painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde contabiliza 5.968.224 casos prováveis de dengue e 3.910 mortes confirmadas pela doença ao longo de 2024. Há, ainda, 2.970 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência da dengue no Brasil, neste momento, é de 2.939 casos para cada 100 mil habitantes.

    Jovens com idade entre 20 e 29 anos seguem respondendo pela maior parte dos casos de dengue. Em seguida estão as faixas etárias de 30 a 39 anos; de 40 a 49 anos; e de 50 a 59 anos. Já as faixas etárias que respondem pelos menores percentuais de casos da doença são menores de um ano; 80 anos ou mais; e de um a quatro anos.

    Em números absolutos, o estado de São Paulo lidera o ranking – 1.813.282 casos – seguido por Minas Gerais – 1.607.043 vítimas e pelo Paraná, com 614.713 casos. Quando se leva em consideração o coeficiente de incidência, o Distrito Federal responde pelo maior índice, 9.547 casos para cada 100 mil habitantes. Em seguida estão Minas Gerais (7.824) e Paraná (5.371).

    Chikungunya

    O painel contabiliza, ainda, 220.828 casos prováveis de chikungunya, arbovirose também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Em 2024, a doença responde por 121 mortes confirmadas. Há, ainda, 139 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência de chikungunya no Brasil, neste momento, é de 108,8 casos para cada 100 mil habitantes.

    Zika

    Em relação à zika, os dados do painel contabilizam 8.466 casos prováveis em 2024, sem mortes confirmadas ou em investigação pela doença. O coeficiente de incidência no Brasil, neste momento, é de 4,2 casos para cada 100 mil habitantes.

    Edição: Kleber Sampaio

    — news —

  • Dengue avança em Mato Grosso com 14 mortes e 12 mil casos

    Dengue avança em Mato Grosso com 14 mortes e 12 mil casos

    A situação da dengue em Mato Grosso preocupa, com 14 mortes confirmadas e mais 12 mil casos registrados até o momento. Segundo dados do Ministério da Saúde, a cada hora, em média, 10 pessoas apresentam sintomas da doença no estado. Essa taxa crescente de casos coloca Mato Grosso em alerta, com uma incidência de 336 casos para cada 100 mil habitantes, indicando uma situação epidêmica. Em todo o país, já são mais de 1,88 milhão de casos prováveis de dengue neste ano, com 561 mortes.

    Além da dengue, há preocupação com a chikungunya, que já apresenta um óbito e 3.471 registros da infecção em Mato Grosso. Isso deixa o estado em alerta para essa enfermidade. Quanto à zika, não há registros de casos prováveis até o momento. Diante desse cenário, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) lançou a “Semana D” contra a dengue, buscando conscientizar a população e unir esforços para combater o mosquito Aedes aegypti.

    Comparado ao mesmo período do ano anterior, os casos de dengue aumentaram em 35%, com um crescimento de 40% nas mortes e quase 80% nos casos graves. A epidemiologista e virologista Ana Claudia Trettel destaca a importância da conscientização e da união na luta contra o mosquito transmissor, ressaltando que a prevenção deve ser uma prática diária.

    Com 69% dos municípios em alerta para a dengue, a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Alessandra Moraes, destaca a importância das ações coordenadas durante a “Semana D” para enfrentar o aumento dos casos. A mobilização envolve desde escolas até órgãos públicos, visando conscientizar toda a população e ampliar a atuação no combate à dengue.

  • Chikungunya : Primeira morte em Mato Grosso atinge manchetes em todo o Brasil

    Chikungunya : Primeira morte em Mato Grosso atinge manchetes em todo o Brasil

    Neste ano de 2024, Tangará da Serra, município localizado em Mato Grosso, lamenta o registro da primeira morte causada por chikungunya. A notícia tem reverberado nos jornais do estado e do Brasil, destacando a importância da informação sobre a propagação da doença.

    Os veículos de comunicação em Mato Grosso têm dedicado atenção especial a esse triste episódio, ressaltando os desafios enfrentados pela comunidade local diante do avanço da chikungunya. A fatalidade destaca a necessidade de conscientização sobre as medidas preventivas e o cuidado com a saúde.

    Jornais de alcance nacional também têm destacado a notícia, enfatizando a preocupação com a disseminação da chikungunya e a necessidade de esforços coordenados para enfrentar a proliferação do vírus.

    As autoridades de saúde estão empenhadas em investigar as circunstâncias dessa morte e adotar medidas eficazes para controlar a propagação da doença na região. A comunidade, por sua vez, busca se informar e se prevenir, fortalecendo os laços de solidariedade diante desse desafio de saúde pública.

  • Dengue: prefeitura de Belo Horizonte decreta situação de emergência

    Dengue: prefeitura de Belo Horizonte decreta situação de emergência

    O cenário epidemiológico e assistencial levou a Prefeitura de Belo Horizonte a decretar situação de emergência em saúde pública. A medida é resultado da epidemia de dengue e outras arboviroses na capital mineira. As ações de combate às doenças se estendem a todas as áreas da cidade por um período de seis meses, que pode ser prorrogado se for necessário.

    O texto do decreto do prefeito Fuad Noman foi publicado neste sábado (17), no Diário Oficial do Município. A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) terá que instituir diretrizes gerais para a execução das medidas de enfrentamento à situação de emergência em saúde pública, “podendo, no âmbito de sua competência, editar normas complementares para a fiel execução do disposto neste decreto”.

    Uma das medidas definidas no decreto autoriza a entrada forçada em imóveis públicos ou particulares vagos, não habitados ou abandonados. Essa ação poderá ser feita sem a necessidade prévia de autorização dos proprietários. “Seguindo um fluxo de atuação já estabelecido, a entrada forçada será realizada após três tentativas de vistoria em dias e horários distintos. Não sendo possível a visita, um relatório com a situação de risco para arboviroses será encaminhado aos órgãos responsáveis pela fiscalização para tomar as medidas cabíveis”, informou a prefeitura.

    A abertura forçada também está autorizada em imóveis onde os ocupantes se recusem a dar acesso aos Agentes de Combate a Endemias (ACE). Caberá à Defesa Civil dar apoio na intensificação de ações de mobilização, com visitas noturnas nas residências para agendar as vistorias que não puderem ser realizadas pelos ACE ou Agentes Sanitários (AS) durante o horário comercial.

    A ampliação da carga horária dos contratos dos profissionais foi autorizada para permitir o enfrentamento da situação de emergência. Isso será feito por meio de atos simplificados de aditivos. A medida, no entanto, depende de concordância do trabalhador, além da dispensa do intervalo de 30 dias para as possíveis renovações. O decreto também dispensa licitações para aquisições de bens e serviços.

    Atendimentos

    De acordo com a prefeitura da capital mineira, a circulação simultânea de três sorotipos do vírus da dengue (DEN I, DEN II e DEN III) e da chikungunya, além do aumento considerável de casos e a situação de epidemia na cidade, “tornaram imprescindíveis a necessidade de declarar a situação de emergência”. Os dados mais recentes indicam que Belo Horizonte registrou 3.718 casos positivos de dengue e 259 de chikungunya.

    O esquema montado pela prefeitura para receber a população inclui três Centros de Atendimento às Arboviroses (CAAs), nas regionais Barreiro, Centro-Sul e Venda Nova, que funcionam diariamente das 7h às 22h. Além disso, os atendimentos podem ser feitos nas Unidades de Reposição Volêmica (URVs) das regionais Centro-Sul e Venda Nova.

    Esses locais, que ficam abertos todos os dias, durante as 24 horas, recebem exclusivamente os usuários encaminhados pelos centros de saúde e CAAs e que precisam de hidratação venosa e assistência contínua. A população pode ser atendida ainda em uma outra URV no Hospital Júlia Kubitschek, no Barreiro, que foi aberta em parceria com a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) e atende os usuários 24h por dia.

    A prefeitura afirmou ainda que para ampliar os atendimentos, centros de saúde abrem durante os fins de semana, para prestar assistência tanto no sábado, como no domingo. Como orientação adicional, os pacientes devem se dirigir às unidades de saúde no caso de aparecimento de sintomas como febre, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Mais informações, no site da prefeitura.

    A melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Foto: Arte/EBCA melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Foto: Arte/EBCArte/EBC

    Edição: Juliana Cézar Nunes

    — news —

  • Peixe barrigudinho é aliado contra a dengue, zika e a chikungunya

    Peixe barrigudinho é aliado contra a dengue, zika e a chikungunya

    O verão chegou e também as chuvas da estação que causam todo o ano aumento dos casos das doenças causadas por mosquitos transmissores de doenças, especialmente dengue, zika e chikungunya. O pesquisador  Luiz Carlos Guilherme, da Embrapa Cocais, desenvolveu solução simples e com resultados positivos na diminuição ou eliminação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela proliferação dessas principais doenças da estação mais quente do ano.

    Em 2001, durante curso doutorado em Genética e Bioquímica pela Universidade Federal de Uberlândia – UFU, Luiz Carlos Guilherme coordenou pesquisa para evitar que aquários e tanques se tornassem possíveis criadouros de mosquitos transmissores de doenças. Foi comprovada a eficácia dos lebistes – peixes larvófagos predadores de larvas dos mosquitos conhecidos popularmente como barrigudinho ou guppy – no controle biológico do Aedes aegypti. As larvas se mostraram alimento de alta qualidade para os peixes.

    A descoberta permitiu a diminuição do uso de larvicida com a introdução do peixe em locais onde o larvicida não era eficaz ou havia alta incidência do mosquito. “A medida também tem impactos socioeconômicos e ambientais, uma vez que o controle químico é mais oneroso e tem efeito cumulativo e mutagênico nos organismos vivos, pessoas e biodiversidade, de acordo com o Trabalho de Conclusão de Curso desenvolvido anos mais tarde por uma aluna da Universidade Estadual do PIauí – UESPI orientada pela professora Alessandra Ribeiro Torres”, completa o pesquisador.

    Com o sucesso do uso do barrigudinho, em 2002 foi iniciado, em Uberlândia, o Projeto Dengoso, ação de saúde pública e cidadania em parceria com o Centro de Controle de Zoonoses – CCZ para realizar o controle biológico das doenças transmitidas pelo Aedes aegyti e outros mosquitos patógenos. Com a mudança do pesquisador para a Parnaíba – PI, a tecnologia também foi disponibilizada para o CCZ da cidade em 2010. Outros municípios, como Campo Maior – PI e Tobias Barreto – SE adotaram depois o Projeto Dengoso para reduzir o número de focos de dengue.

    Eficácia comprovada

    O Projeto Dengoso consiste no controle biológico de larvas de mosquitos em diferentes reservatórios de água. O controle biológico com o uso de predadores naturais é uma alternativa que pode ser utilizada sem grandes custos e pouca mão de obra. O uso de peixes é eficiente no controle dos mosquitos, principalmente nas fases de vida aquática do inseto, substituindo, em alguns casos, o uso do inseticida.

    O resultado é a promoção da saúde e o combate a vetores do vírus da Dengue, Zika, Chikugunya e Febre amarela e impacta positivamente comunidades inteiras, principalmente bairros com grandes áreas alagáveis. Após o povoamento com o peixe, os agentes de endemias observam, especialmente num raio de aproximadamente 100 metros, menor incidência de mosquitos e notadamente a diminuição nos casos das doenças.

    No Piauí, é desenvolvido na Universidade Estadual do Piauí (UESPI) – Campus Alexandre Alves de Oliveira, onde os peixes são reproduzidos e mantidos em tanques.  Após isso, estes peixes são distribuídos em locais onde o veneno não é eficaz, a exemplo das lagoas de tratamento e estabilização de efluentes de algumas indústrias, em recipientes de grande porte – como bebedouros de animais – piscinas desativadas, cascatas e outros ambientes semelhantes.

    A iniciativa tem a colaboração do Centro de Controle de Zoonoses e Endemia – CCZ de Parnaíba e Embrapa Cocais, garantindo uma abordagem conjunta e coordenada, e incluem ações educativas interativas, como realização de peças de teatros em escolas públicas e privadas do Ensino Fundamental e Médio para conscientizar discentes e docentes da importância do combate aos vírus transmissores de doenças e ainda estratégias de ensino para levar informações de forma lúdica a estudantes de escolas públicas, para que possam ser agentes de intervenção nas comunidades onde vivem.

    “É uma abordagem inovadora e sustentável no controle de larvas de mosquitos. O uso de barrigudinhos como método biológico tem se mostrado eficaz no controle de larvas de mosquitos em locais propensos a alagamentos, onde a ação do larvicida pode apresentar limitações e na significativa redução na incidência de mosquitos, abrangendo não apenas o Aedes aegypti, transmissor de doenças como Dengue, Zika e Chikungunya, mas também outros mosquitos, comumente chamados de “muriçocas”. O projeto utiliza barrigudinhos coletados localmente, evitando a introdução de peixes de outras bacias e mantendo a biodiversidade local. O pesquisador Luiz Guilherme, da Embrapa Cocais, orienta a reprodução e manutenção dos barrigudinhos nos tanques da UESPI e CCZ, assegurando um suprimento constante de peixes para a continuidade do projeto. Nas escolas onde as ações educativas foram implementadas, há relatos positivos de adoção de práticas de prevenção pela comunidade escolar”, relata Alessandra Torres, professora da UESPI que coordena a ação no Piauí em conjunto com a equipe acadêmica da área de Ciências Biológicas.

    Em Minas Gerais, o Projeto Dengoso é uma prática constante no programa de controle do Aedes. O projeto consiste na introdução do peixe barrigudinho em reservatórios de água, como piscinas abandonadas ou não cloradas, tanques, caixas d’água, tanques de decantação e áreas com água de baixa oxigenação. “A resistência desses peixes é notável. Em Uberlândia, aproximadamente 592 locais são constantemente monitorados, onde os lebistes são implantados. Além disso, quando necessário, retiramos esses peixes desses locais bem-adaptados e altamente reprodutivos para colocá-los em uma plataforma na Unidade de Vigilância em Zoonoses do município. Isso permite a redistribuição para outros criadouros que possam surgir posteriormente. O Projeto Dengoso se tornou instrumento valioso no controle vetorial, pois onde os peixes são implantados, a presença de focos do mosquito é significativamente reduzida. Esse êxito proporciona mais tempo para a inspeção de outros imóveis que necessitam de controle, fortalecendo assim as medidas de prevenção contra o Aedes aegypti”, detalha Ana Paula Quirino, chefe da CCZ.

    O Projeto Dengoso é uma tecnologia premiada pela Fundação Banco do Brasil.

  • Dengue: Brasil tem 12 mortes e mais de 120 mil casos prováveis

    Dengue: Brasil tem 12 mortes e mais de 120 mil casos prováveis

    O Brasil registrou, nas três primeiras semanas de 2024, 12 mortes por dengue e 120.874 casos prováveis da doença. No mesmo período do ano passado, foram contabilizados 26 óbitos e 44.753 casos prováveis.

    Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (25) pelo Ministério da Saúde. Há ainda 85 óbitos em investigação. “Vivemos um momento de grande preocupação em relação à dengue”, avaliou a ministra Nísia Trindade.

    A pasta confirmou que os quatro sorotipos da dengue circulam no país atualmente – inclusive o sorotipo 3, que não circulava de forma epidêmica no Brasil há mais de 15 anos. O sorotipo 1 é classificado atualmente como predominante.

    “Temos a circulação dos quatro sorotipos ao mesmo tempo no país. Realmente é bastante preocupante”, reforçou a diretora do departamento de Doenças Transmissíveis do ministério, Alda Cruz.

    Os principais sintomas da dengue. Foto: Arte/EBC

    Os principais sintomas da dengue. Foto: Arte/EBC

    Chikungunya

    Dados do Informe Semanal das Arboviroses Urbanas mostram ainda que o país registrou, nas três primeiras semanas de 2024, 7.063 casos de chikungunya, doença também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

    O coeficiente de incidência é de 3,5 casos para cada grupo de 100 mil habitantes – uma redução de 34,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Foi confirmada uma morte pela doença e oito estão em investigação.

    Zika

    Já os dados de zika divulgados pela pasta são referentes ao segundo semestre de 2023, quando a doença registrou 1.954 casos prováveis, sendo 116 casos em gestantes. Não houve nenhum óbito e a taxa de incidência ficou em 1 caso para cada grupo de 100 mil habitantes. O vírus, igualmente transmitido pelo Aedes aegypti, está associado a complicações neurológicas como microcefalia congênita e síndrome de Guillain-Barré.

    A melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Foto: Arte/EBC

    Edição: Maria Claudia

  • Domingo é o Dia Nacional de Combate ao Aedes Aegypti

    Domingo é o Dia Nacional de Combate ao Aedes Aegypti

    O próximo domingo (19) será o Dia Nacional de Combate ao Aedes aegypti, data símbolo para enfrentamento ao mosquito que, desde 2000, é responsável por cerca de 20 milhões de diagnósticos de três doenças muito presentes no Brasil: a dengue, a chikungunya e o Zika vírus. Esse poderoso vetor de doenças – o Aedes aegypti – pode ser combatido. Mas, precisa da conscientização e da colaboração de todos.

    Segundo o Ministério da Saúde, as ações adotadas em parcerias com secretarias estaduais e municipais de Saúde resultaram na “expressiva queda” de 97% do número de casos notificados de dengue no Brasil, entre abril e setembro.

    “Na 15ª semana do ano, de 9 a 15 de abril, foram registrados 114.255 casos suspeitos da doença. Na 35ª semana, de 27 de agosto e 2 de setembro, houve 3.254 casos de dengue”, informou o ministério à Agência Brasil. Acrescentou que é no período de março a junho que se costuma registrar maior incidência de arboviroses no país.

    Em 2023, o total de “casos prováveis” da doença registrados até final de agosto estava em pouco mais de 1,5 milhão – número ligeiramente maior do que o anotado durante todo o ano de 2022, quando houve quase 1,4 milhão de registros. Em 2021, foram pouco menos de 532 mil ocorrências.

    Ações

    O clima quente colabora para a reprodução do mosquito e para um maior número de pessoas contaminadas no país

    A fim de evitar uma situação ainda pior, o governo tem adotado iniciativas como a mobilização do Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (COE) que, além de ter implementado 11 ações de apoio aos estados com maior número de casos e óbitos por dengue e chikungunya, distribuiu até hoje cerca de 345 mil reações de sorologia e viabilizou 131 mil exames.

    Ainda segundo o ministério, foram investidos R$ 84 milhões na compra de adulticida e larvicida para as ações de combate ao mosquito no país.

    Um processo de estratificação de risco intramunicipal foi iniciado em áreas consideradas prioritárias para a implementação de novas tecnologias, como borrifação residual intradomiciliar, armadilhas disseminadoras de larvicidas e a adoção do método Wolbachia, que consiste na liberação de mosquitos contendo uma bactéria que impede o desenvolvimento das doenças nos próprios insetos.

    Outras medidas destacadas pelo governo foram o lançamento do painel público de dados de arboviroses; a antecipação da campanha nacional de mobilização da população; a capacitação de mais de 9,5 mil profissionais de saúde via Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (Una-SUS) e de 2.196 profissionais de saúde para manejo clínico, vigilância e controle de arboviroses com treinamento presencial.

    O Ministério da Saúde argumenta que essas medidas podem ser insuficientes sem que haja estímulo à participação comunitária para eliminação de focos dos mosquitos. “Atualmente, o combate ao vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção e controle das arboviroses”, informou.

    Sintomas

    Os sintomas de dengue, chikungunya ou zika são semelhantes: febre de início abrupto, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele e manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais.

    A orientação é a de, apresentando esses sintomas, procurar a unidade ou serviço de saúde mais perto da residência assim que surgirem os primeiros sintomas.

    Algumas medidas preventivas ajudam no combate à doença: evitar água parada, esvaziar garrafas, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d’água são algumas iniciativas básicas para evitar a proliferação do mosquito.

    Todo local de água parada deve ser eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor coloca os ovos.

    Veja aqui algumas orientações do Ministério da Saúde.

    Mosquito Aedes aegypti
    Mosquito Aedes aegyptiMosquito Aedes aegypti é responsável pela transmissão dos vírus da dengue – Arquivo/Agência Brasil

    Como eliminar principais tipos de criadouro do mosquito

    – Certificar que caixa d’água e outros reservatórios de água estejam devidamente tampados;

    – Retirar folhas ou outro tipo de sujeira que pode gerar acúmulo de água nas calhas;

    – Guardar pneus em locais cobertos;

    – Guardar garrafas com a boca virada para baixo;

    – Realizar limpeza periódica em ralos, canaletas e outros tipos de escoamentos de água;

    – Limpar e retirar acúmulo de água de bandejas de ar-condicionado e de geladeiras;

    – Lavar as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova/bucha;

    – Jogar as larvas na terra ou no chão seco;

    – Para grandes depósitos de água e outros reservatórios de água para consumo humano é necessária a presença de agente de saúde para aplicação do larvicida;

    – Utilizar areia nos pratos de vasos de plantas ou realizar limpeza semanal;

    – Retirar água e fazer limpeza periódica em plantas e árvores que podem acumular água, como bambu e bromélias;

    – Guardar baldes com a boca virada para baixo;

    – Esticar lonas usadas para cobrir objetos, como pneus e entulhos;

    – Manter limpas as piscinas;

    – Guardar ou jogar no lixo os objetos que podem acumular água: tampas de garrafa, folhas secas, brinquedos;

    – Em recipientes com larvas onde não é possível eliminar ou dar a destinação adequada, colocar produtos de limpeza (sabão em pó, detergente, desinfetante e cloro de piscina) e inspecionar semanalmente o recipiente, desde que a água não seja destinada a consumo humano ou animal. É importante solicitar a presença de agente de saúde para realizar o tratamento com larvicida.

    Como efetuar a limpeza

    Tampar e lavar reservatórios de água são ações importantes para o combate ao Aedes aegypti. A limpeza deve ser periódica com água, bucha e sabão. Ao acabar a água do reservatório, é necessário fazer uma nova lavagem nos recipientes e guardá-los de cabeça para baixo. Esse cuidado é essencial porque os ovos do mosquito podem viver mais de um ano no ambiente seco.

    Edição: Kleber Sampaio
    — news —

  • Vacina da chikungunya induz resposta imune em 98,8% dos vacinados

    Vacina da chikungunya induz resposta imune em 98,8% dos vacinados

    A vacina contra a chikungunya desenvolvida pelo Instituto Butantan e pela empresa de biotecnologia franco-austríaca Valneva induz resposta imune em 98,8% dos adolescentes que integram a fase 3 do ensaio clínico conduzida no Brasil. Segundo o estudo, o imunizante também demonstrou um bom perfil de segurança, independentemente da exposição prévia à chikungunya.

    As informações de segurança e imunogenicidade servirão de base para solicitar a aprovação do produto no Brasil na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e na Europa, na European Medicines Agency (EMA). A expectativa é submeter o pedido de aprovação para a Anvisa no primeiro semestre de 2024.

    Na última semana, a vacina foi aprovada para adultos pela agência reguladora dos Estados Unidos, Food and Drug Administration (FDA), tornando-se o primeiro imunizante autorizado para uso no mundo contra chikungunya.

    “Os dados são excelentes e mostram que estamos no caminho certo. É uma vacina segura e com alta capacidade de induzir anticorpos protetores. Estamos otimistas que, respeitando todas as etapas de estudos e validação pelos órgãos reguladores, poderemos oferecer essa vacina para proteger as pessoas desta doença que infelizmente acomete o país”, afirmou, em nota, Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan.

    O estudo clínico brasileiro incluiu a participação de 750 jovens de 12 a 17 anos que residem em áreas endêmicas nas cidades de São Paulo, São José do Rio Preto (SP), Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Laranjeiras (SE), Recife, Manaus, Campo Grande e Boa Vista. Entre os voluntários, 500 receberam uma dose da vacina e 250 receberam placebo.

    A análise de imunogenicidade foi feita 29 dias após a aplicação de uma única dose da vacina. Entre os participantes sem contato prévio com o vírus da chikungunya, 98,8% apresentaram anticorpos protetores contra a doença. Já para o grupo que tinha histórico de infecção prévia, a positividade de anticorpos foi de 100%.

    A candidata a vacina de vírus atenuado contra chikungunya (VLA1553) é resultado de um acordo de transferência de tecnologia firmado entre o Instituto Butantan e a empresa francesa de biotecnologia Valneva, em 2020. Por meio da parceria, será possível produzir e disponibilizar o imunizante no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

    Segurança

    Durante o período do estudo feito no Brasil, não foi identificado nenhum ponto de preocupação. A pesquisa sugere que a vacina é segura e bem tolerada, inclusive em participantes com exposição prévia ao vírus. A grande maioria das reações adversas foram consideradas leves a moderadas e se resolveram em cerca de três dias. Os efeitos mais comuns foram dor e sensibilidade no local da injeção, dor de cabeça, dor no corpo, febre e fadiga.

    Impactos da chikungunya

    O vírus da chikungunya circula em mais de 110 países. No Brasil, só em 2023, foram registrados 143.739 casos prováveis de chikungunya, com maior incidência no Sudeste, seguida das regiões Nordeste e Centro-Oeste, segundo o Ministério da Saúde. Em relação aos óbitos, apenas neste ano foram confirmadas 82 mortes, grande parte delas com comorbidades associadas (73,2%).

    Entre 2021 e 2022, houve um aumento de mais de 100% nos casos da doença. Transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, a infecção pode deixar fortes dores crônicas nas articulações como sequela, além de gerar complicações graves em recém-nascidos infectados durante o parto e idosos com comorbidades.

    Edição: Maria Claudia
    — news —