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  • Mato Grosso segue na liderança da produção nacional de grãos

    Mato Grosso segue na liderança da produção nacional de grãos

    A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve ser de 298,3 milhões de toneladas em 2024, segundo a estimativa de março do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgada nesta quinta-feira (11/4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso representa uma produção 5,4% menor do que a obtida no ano passado (315,4 milhões de toneladas). Na comparação com a estimativa de fevereiro, houve uma queda de 0,8% ou de 2,3 milhões de toneladas.

    A produção de soja, principal commodity do País, caiu 1,6% na comparação com o previsto em fevereiro e deve chegar a 146,9 milhões de toneladas. Essa quantidade equivale a uma retração de 3,3% na comparação com o total produzido no ano passado. O resultado negativo é explicado especialmente pela presença de fenômenos climáticos como o El Niño.

    “Em novembro e dezembro, houve muitos problemas climáticos: choveu muito no Sul, enquanto no Centro-oeste faltou chuva. Então houve quebra de produção, principalmente da soja e da primeira safra do milho. Como os preços do milho caíram, os produtores estão reduzindo a área de plantio, o que afetou a segunda safra”, explica o gerente do LSPA, Carlos Barradas.

    A produção do milho, que deve somar 116,1 milhões de toneladas em 2024 caiu 0,6% na comparação com o estimado no mês anterior e 11,4% em relação ao produzido em 2023, quando consideradas as duas safras.

    “Por outro lado, com a queda dos preços do milho, alguns produtores deixaram de lado essa produção para plantar algodão, que teve um crescimento de 2,3% em relação ao estimado no mês passado e de 8,0% na comparação com 2023. É um recorde de produção”, ressalta Barradas. A previsão é de que o algodão em caroço chegue a uma produção de 8,4 milhões de toneladas neste ano.

    Já a safra do arroz deve crescer 1,7% na comparação com o produzido do ano passado, alcançando 10,5 milhões de toneladas. Juntos, a soja, o milho e o arroz respondem por 91,6% da produção de grãos no país.

    Por sua vez, a produção do feijão também deve crescer, atingindo 3,3 milhões de toneladas, somadas as três safras. Essa quantidade representa um crescimento de 2,8% na comparação com o estimado no mês anterior e de 11,1% com o produzido no ano passado. Para Barradas, a safra da leguminosa será suficiente para prover o consumo interno do país neste ano.

    “Com isso, não deve haver necessidade de importação. É possível observar que os preços do feijão já estão caindo”, avalia o pesquisador.

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    Outros destaques em relação à estimativa de fevereiro foram a cevada (aumento de 12,3% ou 50,8 mil toneladas), a aveia (4,6% ou 53,3 mil toneladas), a primeira safra da batata (3,8% ou 63,5 mil toneladas), o trigo (3,3% ou 318,6 mil toneladas) e o café canephora (3,2% ou 34,9 mil toneladas).

    “Estamos observando uma boa safra de café. Além de estar em bienalidade positiva, o clima ajudou bastante essa produção, já que tem chovido nas principais regiões produtoras, como Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo”, detalha Barradas. A produção das duas espécies de café (arábica e canephora) deve somar 3,6 milhões de toneladas, um crescimento de 1,4% em relação ao estimado em fevereiro e de 5,6% na comparação com o produzido em 2023.

    Por outro lado, entre as quedas, destaca-se a uva (-9,9% ou -159,0 mil toneladas). A retração na estimativa é relacionada a problemas climáticos no Sul, principal região produtora da fruta no país.

    A área a ser colhida caiu 0,2% (ou 125,5 mil hectares) na comparação com a de 2023, totalizando 77,7 milhões de hectares. Houve retração na área do milho (-5,8%), do trigo (-6,6%) e do sorgo (-4,4%). Ante a estimativa de fevereiro, a queda foi de 0,4% no país, o que representa 286,0 mil hectares.

    Mato Grosso segue na liderança da produção nacional de grãos

    Entre as unidades da federação, Mato Grosso continua sendo o maior produtor nacional de grãos, respondendo por 28,2% do total produzido no país. O estado é seguido pelo Paraná (13,7%), Rio Grande do Sul (13,3%), Goiás (10,2%), Mato Grosso do Sul (8,4%) e Minas Gerais (5,7%). Somados, esses seis estados representam 79,5% da produção brasileira de grãos.

    Regionalmente, o Centro-Oeste (47,0%) lidera esse ranking, enquanto as demais regiões têm as seguintes participações: Sul (29,2%), Sudeste (9,4%), Nordeste (8,7%) e Norte (5,7%).

    Em relação à estimativa de produção, as unidades da federação que tiveram maior ganho absoluto foram Mato Grosso (240,6 mil toneladas), Goiás (156,4 mil toneladas), Paraná (141,3 mil toneladas), Maranhão (55,9 mil toneladas), Ceará (19,9 mil toneladas), Bahia (19,5 mil toneladas), Amazonas (8,9 mil toneladas) e Rio de Janeiro (3,1 mil toneladas). Já as quedas nas estimativas na comparação com fevereiro foram registradas em Mato Grosso do Sul (- 1,8 milhão de toneladas), em Santa Catarina (-518,2 mil toneladas), no Rio Grande do Sul (-451,5 mil toneladas), no Distrito Federal (-80,7 mil toneladas), em Rondônia (-80,2 mil toneladas), no Piauí (-71,6 mil toneladas), em Minas Gerais (-16,2 mil toneladas), no Espírito Santo (-1,1 mil toneladas) e no Amapá (-28 toneladas).

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  • BNDES financia construção de fábrica de etanol e farelo

    BNDES financia construção de fábrica de etanol e farelo

    Um financiamento de R$ 729,7 milhões para a Be8, líder nacional na produção de biodiesel, foi aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção de fábrica de etanol e farelo a partir do processamento de cereais (trigo, triticale e milho, entre outros) em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Do total, R$ 500 milhões são provenientes do Programa BNDES Mais Inovação.

    A usina será flexível para a produção de etanol anidro, que pode ser adicionado na gasolina, ou hidratado para o consumo direto, e terá capacidade de 209 milhões de litros/ano, o que equivale a 20% da demanda do Rio Grande do Sul, que hoje tem que importar o produto de outros estados. A nova fábrica vai processar 525 mil toneladas por ano de cereais para produção de etanol e farelo.

    O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse que o Brasil tem papel central na execução de projetos para a transição energética, especialmente no setor de biocombustíveis. “Vivemos uma janela histórica de oportunidades e o BNDES vem contribuindo de maneira significativa para a inovação na indústria, para que ela se torne mais verde e sustentável”, observou.

    Para o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon, “o projeto reúne diversos elementos de inovação e bioeconomia que constam da nova política industrial do presidente Lula: a produção nacional de biocombustível, a utilização de novas matérias-primas, como o trigo, e a consequente redução na emissão de poluentes na atmosfera”, avaliou. Segundo o diretor, o projeto inclui ainda o reuso de resíduos e a eliminação do lançamento de efluentes líquidos.

    Iniciativa arrojada

    O presidente da Be8, Erasmo Carlos Batistella, disse que “este financiamento pelo Programa BNDES Mais Inovação é muito importante por reconhecer este investimento como uma iniciativa arrojada, com muita inovação, que também vai representar um incremento na oferta de farelo para as cadeias produtivas de proteínas animais, além de promover investimento em desenvolvimento de tecnologia genética para produção de trigo específico para matéria-prima de etanol”.

    Com o projeto, a Be8 vai gerar cerca de 220 empregos diretos na fase de operação, após a conclusão da obra. Serão gerados também 700 empregos na implantação do programa, dando preferência à contratação de mão de obra local, promovendo o treinamento e a capacitação especializada para manutenção e operação da unidade.

    Terá também autoprodução de energia elétrica com cogeração a partir de biomassa e a oferta de energia excedente será disponibilizada na rede de distribuição do município. Não haverá lançamento de efluentes líquidos, que serão utilizados para produção de vapor no processo de produção.

    Edição: Kleber Sampaio

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  • IBGE projeta safra recorde de 293,6 milhões de toneladas para 2023

    IBGE projeta safra recorde de 293,6 milhões de toneladas para 2023

    A safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deve alcançar a marca de 293,6 milhões de toneladas em 2023, uma projeção recorde da série histórica, iniciada em 1975. O previsão é 1,9% maior do que a feita no primeiro prognóstico, divulgado no mês passado. Na comparação com 2022, cuja safra deve ficar em 262,7 milhões de toneladas, segundo a previsão de novembro, o aumento projetado é de 11,8%.

    Os dados são do segundo prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    O gerente da pesquisa, Carlos Barradas, explica que o aumento de 5,5 milhões de toneladas em relação ao primeiro prognóstico ocorreu devido à entrada de informações de campo.

    “Em 2022, a safra da soja foi drasticamente reduzida devido à falta de chuvas, sobretudo na Região Sul. Para a safra 2023, até o momento, as condições climáticas estão favoráveis ao desenvolvimento das lavouras, o que deve permitir uma recuperação na produção. A safra de 2023 deve ser novo recorde da série histórica do IBGE.”

    De acordo com ele, deve haver uma supersafra de soja em 2023, com 146,4 milhões de toneladas, 22,5% a mais do que o registrado este ano. Para o milho, o aumento deve ser de 5,1%, chegando a 115,8 milhões de toneladas no próximo ano.

    Safra 2022

    A nova previsão do IBGE é que a safra deste ano chegue a 262,7 milhões de toneladas, um aumento de 3,7% em relação aos 253,2 milhões de toneladas de 2021. A área a ser colhida cresceu 6,8% frente ao ano passado, com 73,2 milhões de hectares. Os principais produtos são o arroz, o milho e a soja, que somam 91,5% da estimativa da produção e 87% da área a ser colhida.

    Por região, houve aumento na estimativa para o Centro-Oeste (12,2%), Norte (10,3%), Sudeste (13,3%) e Nordeste (10,3%), enquanto no Sul a produção de 2022 de cereais, leguminosas e oleaginosas deve cair 15,2%. O Mato Grosso é o maior produtor nacional de grãos, com participação de 30,7% da safra brasileira, seguido pelo Paraná (12,7%), Goiás (10,4%), Rio Grande do Sul (9,8%), Mato Grosso do Sul (8,4%) e Minas Gerais (6,5%). Somados, estes estados representaram 78,5% da produção nacional.

    Na comparação anual, a estimativa do IBGE indica aumento de 10,2% na área do milho, de 17,9% na do algodão herbáceo (em caroço), de 4,8% na da soja, de 11,8% na do trigo e queda de 3,2% na área do arroz. Em produção, as altas são de 15,2% para o algodão herbáceo (em caroço), 22,3% para o trigo e 25,5% para o milho. A soja teve queda de 11,4% e o arroz em casca de 8,2%.

    Em relação à previsão de outubro, a estimativa é de aumento na produção da batata-inglesa segunda safra (4,3% ou 53.076 toneladas), da cana-de-açúcar (4,1% ou 24.568.533 t), feijão segunda safra (2,8% ou 37.207 t), sorgo (2,0% ou 57.045 t), tomate (1,1% ou 43.078 t), feijão terceira safra (0,2% ou 1.222 t), milho primeira safra (0,2% ou 40.443 t) e soja (0,1% ou 78.405 t).

    A previsão é de queda da cevada (-6,7% ou -35.834 t), na batata-inglesa terceira safra (-1,5% ou -16.400 t) e primeira safra (-0,3% ou -4.892 t), feijão primeira safra (-0,7% ou -7.760 t), milho segunda safra (-0,3% ou -258.965 t), e), trigo (-0,2% ou -22.781 t) e da aveia (-0,0% ou -280 t).

    Edição: Lílian Beraldo

  • IBGE prevê safra de 253,2 milhões para o próximo ano

    IBGE prevê safra de 253,2 milhões para o próximo ano

    A produção nacional de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas para 2021 deve atingir 253,2 milhões de toneladas, uma alta de 0,5% em relação a 2020, o que equilvale a 1,248 milhão de toneladas. É o que prevê a primeira estimativa da produção nacional, divulgada hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Segundo o instituto, a previsão de aumento ocorre principalmente na produção da soja, com crescimento de 4,6% ou 5,6 milhões de toneladas, e do milho primeira safra, que deve subir 1,7% ou 445 mil toneladas. Por outro lado, deve ocorrer declínios da produção do milho segunda safra (-5,4% ou 4 milhões de toneladas), do arroz (-2,4% ou 260, 5 mil toneladas), do algodão herbáceo (-11,9% ou 837,9 mil toneladas), do feijão primeira safra (-2,2% ou 28,5 mil toneladas), do feijão segunda safra (-4,5% ou 45,4 mil toneladas) e do feijão terceira safra (-6,5% ou 38,6 mil toneladas).

    Sobre a área plantada prevista, o IBGE indica que cresceram a soja em grão (1,2%), o milho em grão primeira safra (1,7%) e o milho em grão segunda safra (1,0%). Devem ocorrer variações negativas nas áreas do algodão herbáceo em caroço (-8,6%), do arroz em casca (-1,1%), do feijão primeira safra (-0,3%), do feijão segunda safra (-3,1%) e do feijão terceira safra (-4,9%).

    Safra 2020

    A estimativa de outubro para a safra de 2020 alcançou 252 milhões de toneladas, o que é 4,4% superior à de 2019, quando foram produzidas 241,5 milhões de toneladas. A soja terá produção de 121,5 milhões de toneladas, o milho de 100,9 milhões de toneladas, sendo 26,6 milhões de toneladas na primeira safra e 74,2 milhões de toneladas na segunda. O arroz teve uma produção de 11,1 milhões de toneladas e, o algodão, de 7,1 milhões de toneladas.

    A área a ser colhida em 2020 ficou em 65,3 milhões de hectares, aumento de 2,1 milhões de hectares frente a 2019, ou 3,3%. Os principais produtos são o arroz, o milho e a soja, que somam 92,6% da estimativa da produção e 87,1% da área a ser colhida.Na comparação com 2019, houve acréscimos este ano de 3,5% na área do milho, sendo 2,8% na primeira safra e de 3,8% na segunda; a área da soja cresceu 3,5% e a de algodão herbáceo aumentou 0,1%, enquanto o arroz apresentou queda de 1,1%. Na produção, houve altas de 7,1% para a soja, de 7,8% para o arroz, de 2,5% no algodão herbáceo e de 0,3% para o milho, sendo aumento de 2,5% na primeira safra e queda de 0,5% na segunda.

    Na comparação com setembro de 2020, houve aumentos nas estimativas da produção do milho primeria safra (0,5%), do milho segunda safra (0,4%), do feijão primeira safra (0,2%) e da soja (0,1%). O IBGE registrou queda na comparação mensal na produção do algodão herbáceo (-0,2%), do feijão terceira safra (-0,6%), do feijão segunda safra (-1,6%), da uva (-3,2%, da cevada (-5,8%), do trigo (-6,3%) e da aveia (-9,5%).

    Entre os estados, Mato Grosso é o maior produtor nacional de grãos, com 28,9% do total, seguido pelo Paraná (16,0%), Rio Grande do Sul (10,5%), Goiás (10,3%), Mato Grosso do Sul (8,0%) e Minas Gerais (6,3%). Por região, o Centro-Oeste concentra 47,5% da produção (119,8 milhões de toneladas), o Sul 29,1% (73,3 milhões de toneladas), o Sudeste 10,1% (25,6 milhões de toneladas), o Nordeste 8,9% ( 22,4 milhões de toneladas) e o Norte tem 4,4% (11 milhões de toneladas).