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  • ‘Tarifaço’ de Trump gera preocupações no setor hortifruti

    ‘Tarifaço’ de Trump gera preocupações no setor hortifruti

    Incertezas sobre a efetividade das tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, preocupam agentes do setor hortifrutícola brasileiro.

    Segundo pesquisadores da equipe Hortifrúti/Cepea, o fato de as frutas ficarem “mais caras” para entrar nos Estados Unidos pode comprometer o pequeno comércio que hoje o Brasil tem com os norte-americanos – principalmente de uva e manga.

    Outra preocupação está atrelada à necessidade de uma reorganização dos envios dos principais concorrentes do País – o México, por exemplo, pode direcionar grande parte das vendas que seriam aos Estados Unidos para a União Europeia.

    Com isso, pesquisadores do Hortifrúti/Cepea explicam que haveria uma pressão maior de frutas no bloco europeu, elevando a concorrência entre os fornecedores de frutas. Assim, pesquisadores do Hortifrúti/Cepea sugerem avaliar se os concorrentes do Brasil que são importantes fornecedores de frutas nos Estados Unidos estão sendo taxados com maiores porcentagens.

    Chile e Peru, por exemplo, também foram tarifados com 10%, e África do Sul, com 30%. Se houver taxas de importação já acordadas antes do tarifaço de 2 de abril, vão se somar à essa nova tarifa.

    Apesar de não mencionar o México na lista divulgada no dia 2 de abril, grande fornecedor de frutas paras os Estados Unidos, tudo indica que prevalece o anuncio anterior dos 25%, mas faltam informações de como funcionará especificamente para as frutas.

    De acordo com dados do Comex Stat, do total de manga exportado pelo Brasil em 2024, de 258 mil toneladas, 14% tiveram como destino os EUA; do montante de uva, de 59 mil toneladas, foram 23%.

    Das exportações brasileiras totais de frutas de mesa, apenas 6% ou 63 mil toneladas foram enviadas aos norte-americanos.

  • Tarifas devem reforçar pressão sobre cotações da soja

    Tarifas devem reforçar pressão sobre cotações da soja

    Os valores dos contratos futuros do complexo soja negociados na CME Group (Bolsa de Chicago) vêm caindo nas últimas semanas, sobretudo os do grão e do farelo.

    Pesquisadores do Cepea explicam que, além do avanço da colheita no Brasil (principal produtor e maior exportador mundial de soja) e dos estoques elevados nos Estados Unidos, as tarifas de importações impostas pelo governo norte-americano na semana passada e as consequentes retaliações devem reforçar o movimento de baixa nos próximos dias.

    No caso de produtos agrícolas, análise do Centro de Pesquisas indica que, certamente, tarifas desta natureza inviabilizam as compras nos Estados Unidos e levam demandantes externos, como a China, a buscar novos fornecedores.

    Nesse ambiente, os preços da soja também recuaram no spot nacional, mas, conforme levantamentos do Cepea, o movimento de queda foi limitado pelo avanço dos prêmios de exportação no País, que, por sua vez, subiram diante da maior demanda internacional pelo grão brasileiro.

  • Em um ano, preços do bezerro sobem mais que boi gordo

    Em um ano, preços do bezerro sobem mais que boi gordo

    Os preços do bezerro vêm registrando altas mais intensas que as do boi gordo ao longo do último ano, conforme apontam levantamentos do Cepea. Entre março/24 e março/25, enquanto o bezerro negociado em Presidente Prudente (SP) se valorizou 42%, a cotação do boi gordo subiu 35%.

    Representantes de leiloeiras consultados pelo Cepea têm relatado oferta bem abaixo do que consideram normal; a demanda não está aquecida, mas tem sido suficiente para motivar pequenos aumentos da reposição e sinalizar reversão de ciclo de preços dessas categorias.

    O cenário atual pode dificultar a decisão do pecuarista em investir na terminação intensiva, já que a reposição representa entre 60% e 70% do custo de produção de confinamentos, segundo dados do Cepea.

  • Aumenta competitividade da carne suína frente a concorrentes

    Aumenta competitividade da carne suína frente a concorrentes

    Levantamentos do Cepea mostram que, em março, os preços médios da carne suína caíram em maior intensidade que os das principais substitutas (de frango e bovina).

    Segundo pesquisadores do Cepea, as vendas da proteína suinícola estiveram lentas ao longo do mês, enquanto a oferta de animais para abate – e, consequentemente, de proteína no atacado – permaneceu ligeiramente elevada. Como resultado, a competitividade da carne suína aumentou frente às concorrentes.

    Ainda conforme o Centro de Pesquisas, na média de março, a carcaça suína foi comercializada 4,20 Reais/kg acima da proteína avícola, diferença 11,9% abaixo da observada em fevereiro. Em relação à carcaça casada de boi, ficou 9,36 Reais/kg mais cara que a suína, ampliando a diferença em 2,8% em igual comparativo.

    Vale lembrar que a carne suína ganha competividade à medida que reduz a diferença de preço frente à de frango e que eleva a diferença em relação à de boi.

  • Agronegócio emprega 28,2 milhões de pessoas em 2024 e representa 26% das ocupações do País

    Agronegócio emprega 28,2 milhões de pessoas em 2024 e representa 26% das ocupações do País

    O agronegócio brasileiro empregou 28,2 milhões de pessoas em 2024, aumento de 1% (ou de aproximadamente 278 mil pessoas) frente ao ano anterior, conforme indicam pesquisas realizadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). A participação do setor no total de ocupações do Brasil atingiu 26,02% no ano.

    Segundo pesquisadores do Cepea/CNA, o impulso veio do aumento no contingente de pessoas atuando em insumos (alta de 3,6% entre 2023 e 2024, ou de aproximadamente 10,97 mil pessoas), nas agroindústrias (5,2% ou 231,76 mil pessoas) e, principalmente, nos agrosserviços (3,4% ou 337,65 mil pessoas).

    No segmento de insumos, o avanço no contingente ocupado deve-se exclusivamente ao crescimento da população que atua na indústria de rações (que aumentou 14,6% de 2023 para 2024, ou 18,04 mil pessoas), uma vez que a indústria de medicamentos veterinários registrou avanço modesto (de 2,1%, ou de 395 pessoas) e as demais apresentaram redução.

    Dentre as atividades agroindustriais, pesquisadores do Cepea/CNA destacam os segmentos de abate de animais (7,2% ou 43.760 pessoas), massas e outros alimentos (10,4% ou 40.617 pessoas), móveis de madeira (6,6% ou 32.167 pessoas) e moagem e produtos amiláceos (14,6% ou 22.588 pessoas), que, juntos, adicionaram 139.131 trabalhadores ao setor. De acordo com pesquisadores do Cepea/CNA, essa expansão da agroindústria impulsionou a demanda por serviços, aquecendo o mercado de trabalho nos agrosserviços e refletindo a crescente complexidade operacional de algumas atividades industriais, que exigem uma ampla rede de serviços especializados.

    No segmento primário, por outro lado, a população ocupada caiu 3,7% (o equivalente a 302 mil pessoas), influenciada pelas retrações no número de pessoas atuando na agricultura (queda de 3,1% ou de 167 mil pessoas) e na pecuária (baixa de 4,7% ou de 135 mil pessoas).

    Perfil

    De 2023 para 2024, pesquisadores do Cepea/CNA indicam que o crescimento do agronegócio foi impulsionado pelo aumento no número de empregados com e sem carteira assinada, pela maior participação de trabalhadores com nível educacional mais elevado, seguindo uma tendência histórica do setor, e, principalmente, pela maior presença feminina.

    Em 2024, os rendimentos mensais dos empregados no agronegócio cresceram 4,5% em relação a 2023, superando o aumento registrado no mercado de trabalho geral (4,0%). Entre os empregadores do setor, houve avanço nos rendimentos, de 1,6% na comparação anual, abaixo do observado no mercado de trabalho geral (2,9%). Já os trabalhadores por conta própria tiveram incremento de 3,3% ao ano, também inferior ao crescimento verificado no mercado de trabalho geral (5,7%).

  • IPPA avança 2,4% em fevereiro; no bimestre, alta chega a 19,4%

    IPPA avança 2,4% em fevereiro; no bimestre, alta chega a 19,4%

    Pesquisas do Cepea mostram que, em fevereiro, o Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) avançou 2,4% em termos nominais em relação ao mês anterior. Com exceção do IPPA-Hortifrutícolas, que recuou 10,6%, os demais grupos de alimentos apresentaram alta na comparação mensal: IPPA-Grãos (0,6%), IPPA-Pecuária (4,6%) e IPPA-Cana-Café (5,8%).

    O IPA-OG-DI Produtos Industriais, calculado e divulgado pela FGV, registrou leve crescimento de 0,9%, o que indica que, de janeiro para fevereiro, os preços agropecuários se valorizaram em relação aos industriais da economia brasileira.

    No cenário internacional, as cotações dos alimentos convertidas em Reais caíram 5,6%, resultado das quedas tanto do dólar (-4,3%) quanto dos preços internacionais dos alimentos (-5,6%).

    Comparando-se o primeiro bimestre com período equivalente do ano passado, verificou-se expressivo aumento de 19,4% do IPPA, em razão das altas observadas nos seguintes grupos de alimentos: IPPA-Cana-Café (36%), IPPA-Pecuária (26,2%) e IPPA-Grãos (10,5%), ainda conforme levantamentos do Cepea.

    Por outro lado, o IPPA-Hortifrutícolas apresentou recuo de 7,1%. Na mesma comparação, o IPA-OG-DI subiu 7%, enquanto os preços internacionais dos alimentos convertidos em Reais avançaram 26,9%, resultado da combinação do aumento de 6,3% nas cotações dos alimentos com uma expressiva valorização de 19,3% do dólar.

  • Indústrias competem pelo leite, e preço ao produtor avança 3,3% em fevereiro

    Indústrias competem pelo leite, e preço ao produtor avança 3,3% em fevereiro

    Pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que o preço do leite captado em fevereiro fechou a R$ 2,7734/litro (“Média Brasil”), altas de 3,3% em relação ao mês anterior e de 18,1% frente a fevereiro/24, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de fevereiro). Este é o segundo mês consecutivo de valorização do leite cru, motivada pela maior competição das indústrias pela matéria-prima.

    O aumento da concorrência pela compra do leite cru, por sua vez, se explicou pela diminuição da oferta no campo naquele mês, sobretudo em decorrência do clima adverso em várias bacias leiteiras (seca e calor intenso). De janeiro para fevereiro, o Índice de Captação de Leite (ICAP-L) registrou queda de 4,6%, puxado por recuo médio de 6% nos estados do Sul, de 9% em Goiás e de 4% em São Paulo. Em Minas Gerais, a diminuição foi de 1,3% e na Bahia, de 0,3%.

    Ao mesmo tempo, agentes consultados pelo Cepea relataram que a demanda por lácteos na ponta final da cadeia se aqueceu em fevereiro, o que, somado ao aumento do preço da matéria-prima, elevou as médias do leite UHT e do queijo muçarela no atacado paulista.

    Vale reforçar que, mesmo com a limitação de oferta no campo, as exportações de lácteos cresceram quase 27% de janeiro para fevereiro, totalizando 6,2 milhões de litros em equivalente leite. Por outro lado, as importações seguiram em alta, com incremento mensal de 3,76%, chegando a 216,2 milhões de litros em equivalente leite.

    O crescimento consistente das importações eleva a preocupação dos agentes de mercado em relação à possibilidade de fazer o repasse da valorização da matéria-prima para o preço dos derivados. De fato, agentes de mercado consultados pelo Cepea relataram que, depois das altas impostas nos valores dos derivados em fevereiro, houve maior dificuldade nas negociações com canais de distribuição em março. Além da pressão de baixa oriunda dos preços dos lácteos estrangeiros (que são mais competitivos que os nacionais), o consumo de lácteos segue sensibilizado pela subida das cotações nas prateleiras, limitando a remuneração das indústrias de laticínios.

    Ao mesmo tempo, existe expectativa positiva para a recuperação da produção de leite no curto prazo. Apesar do avanço da entressafra, as condições climáticas foram mais favoráveis em março e a melhor rentabilidade do produtor comparada a anos anteriores (que se reverteram em investimentos na atividade) reforçam a perspectiva de crescimento da oferta nos próximos meses, sobretudo em bacias leiteiras mais intensificadas. Se esse cenário se concretizar, o movimento de valorização do leite ao produtor pode perder força nos próximos meses.

  • Oferta de mandioca segue em queda, e preços sobem

    Oferta de mandioca segue em queda, e preços sobem

    Pesquisas do Cepea mostram que produtores mantêm baixo o interesse pela comercialização de mandioca, seja por conta dos atuais níveis de rentabilidade ou por já terem se capitalizado com outras culturas.

    O clima seco em algumas áreas também tem limitado o avanço dos trabalhos no campo, sobretudo de colheita. Como resultado de uma oferta ainda mais ajustada à demanda industrial, os preços subiram na última semana em parte das regiões acompanhadas pelo Cepea, encontrando certo nível de suporte.

    A média nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 558,44 (R$ 0,9712/grama de amido), pequena elevação de 0,4% em relação à semana anterior. Ainda em termos nominais, a média de março recuou 3,5%, menor variação que a dos últimos dois meses, conforme levantamentos do Centro de Pesquisas.

  • Oferta de frutas miúdas interrompe altas da tahiti

    Oferta de frutas miúdas interrompe altas da tahiti

    O movimento de alta nos preços da lima ácida tahiti, que vinha sendo verificado desde o recesso de carnaval, foi interrompido neste encerramento de março.

    Levantamento do Hortifrúti/Cepea mostra que, na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a fruta tem sido negociada à média de R$ 29,46/caixa de 27,2 kg, queda de 6,6% em relação à do período anterior.

    Segundo agentes consultados pelo Hortifrúti/Cepea, a pressão vem da oferta de tahiti de calibres inferiores acima da esperada para o mercado de mesa.

    Esse fator tem afastado consumidores nos supermercados. Já as frutas de melhor qualidade e maior calibre são direcionadas especialmente à exportação.

    Para embarque, a tahiti no barracão é negociada à média de R$ 40,00/cx de 27,2 kg na parcial desta semana, patamar que vem se mantendo desde o início de março e que está acima do registrado em janeiro, quando a caixa encerrou a mês à média de R$ 30,00, ainda conforme levantamentos do Hortifrúti/Cepea.

  • OVOS/CEPEA: Poder de compra atinge novo recorde frente ao farelo

    OVOS/CEPEA: Poder de compra atinge novo recorde frente ao farelo

    Apesar da queda nos preços dos ovos neste final de março, a média mensal ainda avança frente a fevereiro, conforme apontam levantamentos do Cepea.

    Quanto aos principais insumos consumidos na avicultura de postura, os valores registram comportamentos distintos: enquanto o milho se valoriza fortemente, o farelo de soja registra estabilidade de preços.

    Como resultado, pesquisas do Cepea mostram que o poder de compra do avicultor de postura paulista diminuiu em relação ao cereal, mas aumentou frente ao derivado de soja, atingindo um novo recorde.