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  • Indicador do algodão atinge maior patamar nominal desde março de 2024

    Indicador do algodão atinge maior patamar nominal desde março de 2024

    O Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, abriu esta semana à média de R$ 4,2785/lp, o maior valor nominal desde 4 de março de 2024 (de R$ 4,3326/lp). Na parcial deste mês (até o dia 14), o Indicador acumula alta de 1,47%.

    Segundo pesquisadores do Cepea, boa parte dos produtores já liquidou os estoques da safra 2023/24, e os vendedores que ainda detêm algum volume estão firmes nos valores pedidos. Assim, compradores com necessidade imediata e/ou que precisam de uma qualidade superior acabam pagando preços maiores para novas aquisições. Além disso, a elevação na paridade de exportação reforça o suporte sobre as cotações internas.

    De modo geral, nesta entressafra, a dificuldade de acordo entre os agentes – ora quanto ao preço ora quanto à qualidade dos lotes – continua limitando as negociações, ainda conforme o Centro de Pesquisas.

    Quanto à produção nacional de pluma da safra 2024/25, em relatório divulgado no dia 10, a Conab apontou novos reajustes positivos, de 1,8% frente aos dados de março/25 e de 5,1% em comparação à temporada 2023/24, podendo chegar a 3,89 milhões de toneladas, se consolidando como um recorde.

  • Avanço do dólar e demanda externa elevam preço da soja no BR

    Avanço do dólar e demanda externa elevam preço da soja no BR

    Os preços da soja subiram nos mercados nacional e internacional ao longo da última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, no Brasil, a alta nos valores foi intensificada pela expressiva valorização do dólar frente ao Real – a moeda norte-americana chegou a ser negociada acima de R$ 6 na semana passada.

    O ritmo de negócios no mercado spot nacional, no entanto, foi limitado pela forte oscilação cambial, que deixou parte dos agentes mais cautelosa e à espera de melhores oportunidades. O setor nacional segue bastante atento ao contexto externo. No dia 9, o governo dos Estados Unidos suspendeu as tarifas recíprocas de vários países (incluindo o Brasil) por 90 dias, com exceção da China.

    Pesquisadores do Cepea indicam que, por um lado, esse cenário trouxe certo alívio ao mercado e movimentou as transações internacionais, mas, por outro, acirrou a guerra comercial com a China, que, por sua vez, deve buscar intensificar as importações de outros países, como o Brasil – vale lembrar que a China já é o principal destino da soja brasileira.

  • Preços da mandioca sobem na semana

    Preços da mandioca sobem na semana

    Na última semana, os preços da mandioca subiram na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, com menor interesse pela comercialização por conta da rentabilidade, ou ainda priorizando outras atividades – entre elas o preparo de solo –, produtores ofertaram volumes abaixo das expectativas de compradores, que estão com demanda mais fortalecida.

    Entre 7 e 11 de abril, a média nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 557,80 (R$ 0,9701/grama de amido), aumento de 0,5% sobre a do período anterior.

    Diante da oferta limitada de matéria-prima, colaboradores consultados pelos Cepea afirmam já haver casos de empresas se abastecendo em áreas mais distantes, o que se reflete nas médias regionais/estaduais.

  • Exportações de ovos quase dobram no 1º tri

    Exportações de ovos quase dobram no 1º tri

    As exportações brasileiras de ovos, tanto in natura quanto processados, seguem em ritmo acelerado em 2025, com crescimento expressivo no primeiro trimestre do ano. Dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea mostram que foram embarcadas 8,65 mil toneladas de janeiro a março, 97% a mais que em igual intervalo de 2024.

    Segundo pesquisadores do Cepea, o aumento das compras dos Estados Unidos, que vem enfrentando um surto de gripe aviária, é um dos motivos para o avanço. Apenas nos três primeiros meses de 2025, os EUA já importaram volume 28% superior ao total adquirido ao longo de todo o ano passado — foram cerca de 2,7 mil toneladas entre janeiro e março, contra 2,11 mil toneladas no ano passado inteiro.

    Assim, os Estados Unidos assumiram a liderança dentre os destinos das exportações brasileiras de ovos, sendo pouco provável uma mudança de cenário mesmo com o recente anúncio do governo norte-americano sobre a aplicação de uma tarifa de 10% sobre produtos do Brasil, ainda conforme avaliam pesquisadores do Cepea.

  • Média da tahiti no 1º trimestre é a maior para o período em 6 anos

    Média da tahiti no 1º trimestre é a maior para o período em 6 anos

    Levantamento da equipe Hortifrúti/Cepea mostra que as cotações da lima ácida tahiti estão mais firmes, sustentadas pela menor oferta de frutas de melhor padrão e pela boa demanda por parte da indústria.

    Nos três primeiros meses de 2025, época importante de processamento da tahiti, o preço médio da fruta pago pela indústria foi de R$ 25,06/caixa de 40,8 kg, 55% acima do registrado no mesmo período de 2024 e o maior para um primeiro trimestre desde 2019, quando esteve a R$ 29,95/cx, em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI de março/25).

    Segundo pesquisadores do Hortifrúti/Cepea, com as processadoras reduzindo o ritmo de moagem da laranja, parte do parque industrial citrícola concentra as atividades envolvendo a lima ácida tahiti.

    Agentes consultados pelo Hortifrúti/Cepea reportam que a presença das indústrias no mercado está auxiliando no escoamento de frutas fora do padrão à moagem e reduzindo, consequentemente, o volume desse tipo de lima para o mercado fresco.

  • Setor pecuário se atenta aos impactos das tarifas impostas pelos EUA

    Setor pecuário se atenta aos impactos das tarifas impostas pelos EUA

    O setor pecuário brasileiro também segue atento aos impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos. Segundo avaliam pesquisadores do Cepea, de um lado, as tarifas tendem a reforçar a demanda por produtos agropecuários brasileiros.

    Ainda que países importadores de carne bovina tenham reflexos negativos em suas economias, é possível que a demanda externa por carne bovina do Brasil se mantenha em bom patamar.

    Por outro lado, ainda conforme o Centro de Pesquisas, as tarifas diretas dos Estados Unidos ao Brasil e também a turbulência na economia de outros países devem impactar – direta ou indiretamente – vários setores nacionais. Isso tende a acarretar redução dos investimentos, desemprego e diminuição da renda dos brasileiros para o consumo de carne e outros bens.

    No ano passado, as exportações representaram 28,16% da produção da carne bovina nacional – calculado com base em dados do IBGE e da Secex.

    Portanto, pesquisadores do Cepea reforçam que o escoamento de quase três quartos depende da renda dos brasileiros.

  • Desempenho do 4º trimestre reverte tendência de queda anual, e PIB do agronegócio avança 1,81% em 2024

    Desempenho do 4º trimestre reverte tendência de queda anual, e PIB do agronegócio avança 1,81% em 2024

    O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro, calculado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), registrou crescimento de 4,48% no quarto trimestre de 2024. Esse excelente desempenho permitiu uma reversão do movimento de queda anual que era observado até o terceiro trimestre, e, no acumulado de 2024, o PIB avançou 1,81%.

    Diante disso, considerando-se também o desempenho da economia brasileira como um todo, o PIB do agronegócio correspondeu por 23,2% do PIB do Brasil em 2024, ligeiramente abaixo dos 23,5% registrados em 2023.

    Segundo pesquisadores do Cepea/CNA, o expressivo avanço de 12,48% no ramo pecuário foi determinante para o desempenho geral do setor, compensando o recuo de 2,19% no ramo agrícola.

    A alta no ramo pecuário em 2024 foi impulsionada por todos os segmentos, com destaque para a agroindústria e os agrosserviços, que avançaram ambos 16,8%. De acordo com pesquisadores do Cepea, o avanço do PIB da agroindústria de base pecuária foi influenciado pelos maiores preços e pelo crescimento na produção de carnes e pescados e couro e calçados. No caso do agrosserviços, a expansão do PIB se deve ao crescimento da produção nos segmentos de insumos, primários e agroindustriais, o que resulta em aumento na demanda por serviços em algumas das atividades que integram esse setor.

    Já o desempenho negativo observado no ramo agrícola esteve relacionado às retrações observadas para todos os segmentos, sobretudo no de insumos (que registrou queda de quase 7%) e no primário (com baixa de 3,54%), conforme indicam pesquisadores do Cepea/CNA. A retração do PIB de insumos foi influenciada negativamente pelas quedas nos preços de fertilizantes, defensivos e máquinas agrícolas, além da redução na produção de máquinas agrícolas. Quanto ao segmento primário, apesar da diminuição de custos com insumos, o desempenho foi prejudicado pela desvalorização de commodities importantes, como algodão, milho, soja e trigo, além da retração na produção anual, com destaque para as quedas o milho e a soja.

  • SUÍNOS/CEPEA: Médias voltam a cair em março, mas seguem acima das de um ano atrás

    SUÍNOS/CEPEA: Médias voltam a cair em março, mas seguem acima das de um ano atrás

    Os preços do suíno vivo e da carne voltaram a cair em março, conforme apontam levantamentos do Cepea. Mesmo com a desvalorização, as médias mensais seguiram mais de 20% acima das registradas em março/24 em algumas praças monitoradas pelo Centro de Pesquisas.

    O animal posto na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) foi cotado à média de R$ 8,56/kg em março, 3,3% abaixo da de fevereiro. Já em relação ao mesmo período do ano passado, o vivo está 17,9% mais valorizado, em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI de março/25).

    De acordo com agentes consultados pelo Cepea, a oferta de animais superou a demanda de frigoríficos por novos lotes. No mercado atacadista da Grande São Paulo, por sua vez, o Centro de Pesquisas observou baixa liquidez das vendas da proteína.

    De fevereiro para março, a carcaça especial suína comercializada no atacado da Grande SP se desvalorizou 4,8%, com o quilo do produto a R$ 12,60. Já na comparação com março do ano passado, a média atual supera em significativos 25,5%, em valores reais (neste caso, a série foi deflacionada pelo IPCA de fevereiro/25).

  • Safra de inverno de tomate começa a aparecer no mercado

    Safra de inverno de tomate começa a aparecer no mercado

    Levantamentos da equipe Hortifrúti/Cepea mostram que os preços do tomate caíram na última semana, refletindo sobretudo o início da temporada de inverno em todas as praças mineiras e em Paty do Alferes (RJ), além da intensificação da colheita da segunda parte da safra de verão de Reserva (PR).

    Em Venda Nova do Imigrante (ES), a maturação foi um pouco mais acelerada na semana passada, contribuindo também para maior oferta. Além disso, segundo colaboradores do Hortifrúti/Cepea, com os preços altos atingidos nas duas últimas semanas, a procura pelos frutos ficou bem retraída.

    Entre 31 de março e 4 de abril, a caixa do tomate salada 3A no atacado de São Paulo foi comercializada à média de R$ 76,56/cx, queda de 10,9% em relação ao período anterior. Em Campinas (SP), a cotação baixou 12,4%, a R$ 85,50/cx. No Rio de Janeiro e em Belo Horizonte (MG), os recuos foram de 4,3% e 2,8%, nesta ordem, para R$ 73,68/cx e R$ 72,35/cx.

  • Açucar: Indicador reage neste começo da safra 25/26

    Açucar: Indicador reage neste começo da safra 25/26

    Pesquisas do Cepea mostram que os preços médios do açúcar cristal branco estiveram mais firmes no mercado spot de São Paulo na primeira semana oficial da safra 2025/26, interrompendo o movimento de queda observado ao longo de março.

    De 31 de março a 4 de abril, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 140,25/saca de 50 kg, alta de 1,21% em relação à do período anterior.

    Segundo o Centro de Pesquisas, o suporte veio da maior frequência das vendas envolvendo o açúcar de melhor qualidade (Icumsa 150), que continuou sendo ofertado a preços firmes. Ainda não foram registradas vendas do cristal produzido nesta nova temporada. Os volumes captados pelo Cepea foram reportados como lotes remanescentes da safra passada.