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  • Preços da carne de frango sobem em São Paulo e recuam no Sul, aponta Cepea

    Preços da carne de frango sobem em São Paulo e recuam no Sul, aponta Cepea

    Os preços da carne de frango apresentaram comportamentos distintos entre as regiões do Brasil ao longo de abril, segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). No estado de São Paulo, as cotações subiram, impulsionadas pelo aquecimento das vendas e pela menor oferta no mercado interno, reflexo da redução nos dias de abate causada pelos feriados do mês.

    Já no Sul do País, principal região produtora de carne de frango, o cenário foi de recuo nos preços. De acordo com o Cepea, a queda se deve à menor liquidez observada no mercado local, com ritmo mais lento de comercializações e menor demanda.

    Pesquisadores explicam que a diferença entre as regiões reflete a dinâmica específica de cada praça, influenciada por fatores como logística, consumo regional e escalas de abate. O movimento evidencia, mais uma vez, a sensibilidade do setor avícola às variações na oferta e demanda em curtos períodos, especialmente em datas que afetam o funcionamento da indústria.

  • Ritmo de valorização do leite perde força em março

    Ritmo de valorização do leite perde força em março

    Pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que o preço do leite captado em março subiu 1,3%, chegando a R$ 2,8241/litro na “Média Brasil”, valor 15% maior que o registrado em março/24, em termos reais (deflacionamento pelo IPCA de março). Apesar de a tendência de alta seguir firme pelo terceiro mês consecutivo em função da maior competição pela compra da matéria-prima, chama atenção a desaceleração no ritmo de valorização.

    O grande responsável pela freada no movimento de avanço no campo é a demanda enfraquecida na ponta final da cadeia. Pesquisas do Cepea realizadas com o apoio da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) mostram que as negociações dos lácteos entre indústrias e canais de distribuição em março foram limitadas pela retração da procura.

    As importações elevadas também reforçam a pressão sobre as cotações internas. Embora as compras externas tenham recuado 14,8% em março, o volume acumulado no primeiro trimestre ainda supera em 5,4% o registrado no mesmo período de 2024. Essa quantidade continua significativa, o que mantém a preocupação de agentes quanto à concorrência com os produtos importados e a capacidade da indústria em repassar as valorizações no campo ao preço dos lácteos e assegurar rentabilidade.

    Paralelo a isso, a oferta, no campo, não deu sinais de retração significativa. Mesmo diante da proximidade do período de entressafra (primeiramente no Sul e, depois, no Sudeste e Centro-Oeste), o ICAP-L (Índice de Captação do Leite) ficou praticamente estável, com queda de apenas 0,2% na “Média Brasil”. Agentes de mercado relatam que o volume captado entre março e abril superou o registrado em anos anteriores em muitas bacias leiteiras, devido ao clima propício, à qualidade da silagem e a melhores margens da atividade, fatores que se refletiram em investimentos. Apesar dos custos com alimentação seguirem em alta em março, as variações neste ano têm sido mais baixas que em anos anteriores. E, mesmo que o poder de compra do pecuarista frente ao milho (relação de troca) esteja diminuindo mês a mês, os resultados desse primeiro bimestre ainda são melhores que os registrados nos últimos anos.

    Com a oferta mais estável durante a entressafra, a dificuldade do consumo em acompanhar os reajustes do campo e a redução da rentabilidade industrial, agentes do setor projetam um possível comportamento atípico dos preços ao produtor no segundo trimestre, com chances de queda. Esse contexto, no entanto, tem aumentado as incertezas e alimentado especulações, tornando o mercado ainda mais imprevisível.

  • Chuvas no fim de abril são bem-vindas às lavouras de café

    Chuvas no fim de abril são bem-vindas às lavouras de café

    As chuvas ocorridas neste final de abril em praticamente todas as regiões produtoras de café arábica têm auxiliado o desenvolvimento final dos grãos da safra 2025/26, além de já melhorarem as condições dos cafezais para a temporada 2026/27, apontam pesquisadores do Cepea.

    Segundo o Centro de Pesquisas, ainda é cedo para especular sobre a safra 2026/27, mas as atuais temperaturas amenas e a maior umidade neste começo de outono são primordiais para as plantas, em especial as de sequeiro – esta temporada deve registrar floradas a partir de setembro de 2025.

    No campo, agentes consultados pelo Cepea relatam casos pontuais de produtores de arábica realizando catação em áreas mais precoces, como na região de Franca.

    Ressalta-se, no entanto, que a colheita não se iniciou na maioria das praças. A maturação dos grãos ainda é irregular, e permanece a preocupação quanto à qualidade da safra e à bebida, diante dos impactos climáticos ao longo do desenvolvimento da produção da safra 2025/26.

  • Preços do arroz em casca se estabilizam com movimento cauteloso de compradores e vendedores

    Preços do arroz em casca se estabilizam com movimento cauteloso de compradores e vendedores

    Os preços do arroz em casca mostraram estabilidade nos últimos dias, em um cenário que reflete tanto a movimentação mais ativa de compradores quanto a retração de vendedores. Segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), houve um aumento na presença de agentes no mercado buscando recompor estoques, o que sustentou as cotações em um patamar firme. No entanto, a liquidez permanece baixa, já que a maioria dos demandantes adota uma postura cautelosa, limitando aquisições a volumes pontuais.

    De acordo com o Cepea, compradores seguem priorizando lotes que já estão armazenados, evitando se comprometer com grandes quantidades enquanto aguardam uma maior definição do mercado e da qualidade da nova safra. Esse comportamento evidencia a incerteza quanto ao abastecimento futuro e a expectativa em torno dos preços, fatores que influenciam diretamente o ritmo dos negócios.

    Ao mesmo tempo, vendedores demonstram resistência em aceitar valores abaixo das expectativas, motivados pela preocupação com a produtividade das lavouras. Relatos de campo apontam para rendimentos menores e uma redução no percentual de grãos inteiros, o que gera apreensão entre produtores e colabora para a menor oferta disponível para comercialização imediata.

    Outro ponto que pesa nas decisões de venda é a finalização da colheita. Em muitas regiões produtoras, os trabalhos de campo ainda não foram totalmente encerrados, o que reforça a tendência de retenção de produto à espera de uma visão mais clara sobre a real dimensão da produção e da qualidade do arroz colhido.

    Neste contexto de mercado, a estabilidade nos preços se dá mais pela ausência de grandes movimentos do que por uma retomada efetiva da liquidez. O setor aguarda os próximos desdobramentos da safra, que devem trazer mais clareza sobre a disponibilidade do cereal e influenciar o comportamento dos agentes nas próximas semanas.

  • Indicador do etanol hidratado fecha semana estável

    Indicador do etanol hidratado fecha semana estável

    Levantamentos do Cepea mostram que os preços do etanol hidratado encerraram a última semana praticamente estáveis. Entre 22 e 25 de abril, o Indicador CEPEA/ESALQ deste combustível fechou em R$ 2,7080/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), pequena queda de 0,22% em relação ao período anterior.

    Segundo o Centro de Pesquisas, a proximidade do feriado do Dia do Trabalho pouco aqueceu os negócios envolvendo etanol hidratado no estado de São Paulo na semana passada. Pesquisadores do Cepea explicam que a postura retraída de compradores está atrelada às possibilidades de intensificação da entrada de produto da safra 2025/26 no curto prazo e de reajuste negativo no preço da gasolina. Além disso, a mudança do valor do PIS/Cofins a partir do dia 1º de maio reforça a cautela de distribuidoras.

    Do lado da oferta, a quantidade disponibilizada no spot paulista pouco se alterou na última semana, mesmo diante do crescimento gradativo por conta do início da moagem de cana. As chuvas em importantes regiões produtoras também limitaram a colheita e, consequentemente, evitaram um aumento na oferta, ainda conforme o Centro de Pesquisas.

  • IPPA avança 1,3% em março e 20,4% no trimestre

    IPPA avança 1,3% em março e 20,4% no trimestre

    Levantamentos do Cepea mostram que, em março, o Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/CEPEA) avançou 1,3%, em termos nominais, frente ao mês anterior. Segundo o Centro de Pesquisas, esse crescimento foi impulsionado, principalmente, pelos desempenhos positivos do IPPA-Grãos e do IPPA-Hortifrutícolas, que subiram 3,6% e 3,8%, respectivamente.

    Em sentido oposto, o IPPA-Pecuária e o IPPA-Cana-Café recuaram 0,3% e 1,6%. O IPA-OG-DI Produtos Industriais, calculado pela FGV, apontou queda de 1,6% no período, sinalizando que, de fevereiro para março, os preços agropecuários ganharam força em relação aos valores industriais da economia brasileira.

    No cenário internacional, os preços dos alimentos convertidos em Reais caíram 3,4%, refletindo tanto a desvalorização do dólar (-0,3%) quanto a retração nas cotações internacionais dos alimentos (-3%).

    Comparando-se o primeiro trimestre deste ano com igual intervalo de 2024, levantamentos do Cepea apontam que o IPPA subiu expressivos 20,4%, refletindo as fortes altas nos grupos IPPA-Cana-Café (36,7%), IPPA-Pecuária (26,7%) e IPPA-Grãos (12,4%). Em contrapartida, o IPPA-Hortifrutícolas recuou 10% no período.

    Ainda nessa base de comparação, o IPA-OG-DI avançou 7,1%, enquanto os preços internacionais dos alimentos convertidos em Reais dispararam 22,8%, resultante da combinação do aumento de 4% nas cotações internacionais dos alimentos com uma significativa valorização de 18% do dólar.

  • Com menor liquidez e maior oferta na América do Sul, preços da soja caem

    Com menor liquidez e maior oferta na América do Sul, preços da soja caem

    Levantamentos do Cepea mostram que as cotações da soja recuaram na última semana. Segundo o Centro de Pesquisas, a pressão veio da menor liquidez e do avanço da colheita no Brasil e na Argentina. Nem mesmo as reações no preço FOB no porto e nos prêmios de exportação foram suficientes para sustentar os valores domésticos.

    A queda de mais de 3% do dólar na semana passada limitou os negócios envolvendo a oleaginosa no spot nacional, à medida que esse cenário afastou parte dos sojicultores brasileiros do mercado.

    Pesquisadores do Cepea explicam que esses vendedores estão cautelosos, apostando em recuperação nos preços nas semanas seguintes, fundamentados na possível intensificação dos envios à China.

    De fato, a maior disponibilidade de soja na safra 2024/25 deve favorecer o escoamento do Brasil ao país asiático caso a guerra tarifária promovida pelos Estados Unidos se prolongue, ainda conforme o Centro de Pesquisas.

  • Preços da laranja caem no mercado de mesa

    Preços da laranja caem no mercado de mesa

    Levantamentos do Cepea mostram que os preços da laranja vêm caindo. Segundo o Centro de Pesquisas, a pressão vem da maior presença de frutas do grupo de precoces no mercado doméstico (in natura), o que tem ampliado a disponibilidade de laranja neste período tipicamente marcado pela baixa oferta.

    A média da hamlin, principal cultivar do grupo das precoces, passou de R$ 81,76/caixa de 40,8 kg na semana passada para R$ 79,50/cx nesta (de 22 a 24 de abril), retração de 2,78%, conforme levantamento do Cepea. A westing, também do grupo das precoces, é comercializada na parcial desta semana à média de R$ 76,75/cx, desvalorização de 4,66% em igual comparativo.

    Para maio, o Centro de Pesquisas aponta uma intensificação da tendência do movimento de queda, tendo em vista a possibilidade da maior presença das laranjas precoces e também das tangerinas no mercado in natura. Do lado da demanda, o clima ameno tem limitado o consumo da fruta, contexto que reforça as desvalorizações.

  • Média do frango vivo é a maior desde ago/22

    Média do frango vivo é a maior desde ago/22

    Pesquisas do Cepea mostram que o preço médio do frango vivo nesta parcial de abril, de R$ 6,15/kg, está no maior patamar desde agosto/22, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de março/25). No mês, a alta acumulada é de expressivos 11%.

    Segundo o Centro de Pesquisas, o cenário de demanda (interna e externa) aquecida tem sustentado a valorização do animal. Além disso, os patamares elevados do milho, mesmo com os recentes recuos, pressionam agentes a repassar parte do aumento nos custos de produção aos preços do vivo.

    A forte alta nas cotações do frango combinada às desvalorizações dos principais insumos da atividade avícola (milho e farelo de soja) impulsionaram o poder de compra do avicultor paulista frente a esses componentes em abril pelo segundo mês consecutivo, ainda conforme levantamentos do Cepea.

  • Clima preocupa cafeicultores às vésperas da colheita da safra 2025/26

    Clima preocupa cafeicultores às vésperas da colheita da safra 2025/26

    Com a colheita da safra 2025/26 se aproximando, os produtores brasileiros de café voltam suas atenções para o comportamento do clima. De acordo com pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), as chuvas nesta fase final de desenvolvimento dos grãos são determinantes para garantir qualidade e bom enchimento dos frutos.

    Informações coletadas pelo Centro de Pesquisas apontam que muitos grãos ainda não atingiram o tamanho ideal. A expectativa era de que esta temporada apresentasse um maior percentual de cafés com peneira 17/18 – que corresponde aos grãos maiores e mais valorizados no mercado –, mas essa previsão pode não se concretizar caso o regime de chuvas não colabore nas próximas semanas.

    Em Minas Gerais, maior produtor de arábica do país, a colheita está prevista para começar em meados de maio. Já no Espírito Santo, principal estado produtor de café robusta, os primeiros volumes começaram a ser colhidos, ainda que de forma tímida. A expectativa é de que o ritmo se intensifique a partir do final de abril.

    A situação climática nas próximas semanas será crucial para o desfecho desta safra, especialmente no que diz respeito à qualidade e ao rendimento dos grãos. A colheita em condições ideais pode significar melhores preços e maior competitividade no mercado internacional, do qual o Brasil é líder.