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  • Mercado nacional de carne bovina tem poucos negócios e nível de exportações cai

    Mercado nacional de carne bovina tem poucos negócios e nível de exportações cai

    Nesta segunda quinzena de março, o mercado nacional de bovinos para abate enfrenta um período de baixa atividade, com poucos negócios sendo concretizados. De acordo com análises do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, muitos frigoríficos reportam escalas de abate prolongadas, o que tem levado os compradores a se manterem afastados do mercado interno, realizando novas aquisições apenas quando estritamente necessário. Essa dinâmica tem impactado negativamente nas cotações do boi gordo no mercado doméstico.

    Enquanto isso, no âmbito das exportações, as vendas brasileiras de carne bovina in natura apresentaram um ritmo mais lento durante a terceira semana de março. Dados da Secex revelam que os embarques diários ficaram em torno de 7,697 mil toneladas até o dia 15 deste mês, totalizando apenas 84,67 mil toneladas exportadas parcialmente em março.

    Em fevereiro, a média diária de embarques foi de 9,43 mil toneladas. No mesmo período do ano passado, em março de 2023, com a suspensão dos envios de carne bovina à China, a média diária foi ainda menor, totalizando apenas 5,408 mil toneladas, somando 124,39 mil toneladas no mês. Em março de 2022, a média diária foi praticamente a mesma que a registrada atualmente, alcançando 7,7 mil toneladas.

    Esses dados sugerem um cenário desafiador tanto para o mercado interno quanto para as exportações de carne bovina, destacando a necessidade de um acompanhamento cuidadoso da dinâmica do setor e possíveis ajustes por parte dos agentes envolvidos.

  • Em 2023, número de pessoas trabalhando no agronegócio é recorde, mostra levantamento do Cepea

    Em 2023, número de pessoas trabalhando no agronegócio é recorde, mostra levantamento do Cepea

    O número de pessoas trabalhando no agronegócio brasileiro somou 28,34 milhões em 2023, conforme nova metodologia aplicada pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Trata-se de um recorde da série histórica, iniciada em 2012. Diante disso, no ano passado, a participação do setor no total de ocupações do Brasil foi de 26,8%.

    A população ocupada no agronegócio cresceu 1,2% (ou aproximadamente 341 mil pessoas) de 2022 para 2023. Segundo pesquisadores do Cepea/CNA, esse incremento foi impulsionado sobretudo pelos crescimentos dos contingentes empregados nos agrosserviços (que aumentou 8,4%, ou 772,27 mil pessoas) e em insumos (elevação de 5,1%, ou de 14,54 mil pessoas). O avanço em ambos os segmentos, por sua vez, é reflexo do excepcional desempenho da produção dentro da porteira, o que estimula os segmentos a montante e a jusante no agronegócio.

    Por outro lado, a população ocupada na agropecuária caiu, 5% (ou 432,99 mil pessoas). Pesquisadores do Cepea indicam que esse cenário está atrelado a retrações observadas na horticultura, na cafeicultura, no grupo cereais, na bovinocultura, no cultivo de laranjas, na produção florestal, e nas atividades denominadas “outras lavouras” e “outros animais”. No segmento agroindustrial, a população ocupada manteve-se relativamente estável. Neste caso, observaram-se avanços nas agroindústrias pecuárias, impulsionados pelas indústrias de abate e de laticínios, mas recuos nas agroindústrias agrícolas, pressionadas pelas quedas no número de pessoas atuando nas indústrias de açúcar, etanol, café, óleos e gorduras, massas e outros, têxteis de base natural, vestuários e acessórios e produtos e móveis de madeira.

    Perfil

    Entre 2022 e 2023, o aumento da população ocupada no agronegócio foi puxado por empregados, sobretudo com carteira – o que indica o aumento da formalização do emprego –, e por trabalhadores com maior nível de instrução (ensino médio e superior) – tendência verificada no setor desde o início da série histórica.

    Relembrando

    Alguns ajustes importantes foram implementados pelo Cepea/CNA na série histórica do mercado de trabalho do agronegócio brasileiro em 2023. Essas mudanças causaram um impacto expressivo nos números. Algumas das mudanças foram de caráter técnico (foram identificados com mais precisão alguns trabalhadores do agronegócio nos setores industrial e de serviços, que não estavam sendo contabilizados anteriormente, por conta de dificuldades metodológicas), mas a principal foi de caráter conceitual em relação ao que se entende por “pessoa ocupada”. Nesse último caso, o Cepea/CNA passa a contemplar trabalhadores que atuam produzindo somente (ou exclusivamente) para o próprio consumo; essa definição de PO se difere da adotada pela PNAD-C em suas divulgações trimestrais – para informações sobre essa e outras mudanças metodológicas, ver Cepea (2023).

  • Carne de frango perde competitividade frente a concorrentes

    Carne de frango perde competitividade frente a concorrentes

    Os preços da carne de frango negociada no atacado da Grande São Paulo têm caído em março, mas em menor intensidade frente às concorrentes (bovina e suína), resultando em perda de competitividade da proteína avícola.

    Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os valores da carne de frango, que vinham em alta desde meados de janeiro, passaram a cair na segunda quinzena de fevereiro, pressionados pela demanda enfraquecida.

    Em relação ao abate, apesar da estratégia do setor em reduzir o alojamento de aves a partir do segundo trimestre de 2023, o número do ano passado foi recorde, levando-se em consideração a série histórica do IBGE, iniciada em 1997.

    Foram 6,2 bilhões de animais abatidos, incremento de 2,8% frente ao ano anterior. Vale lembrar que 2023 foi marcado por forte queda dos preços da carne de frango e do vivo, em decorrência da oferta doméstica elevada.

  • Suínos/Cepea: Poder de compra cai em relação ao milho, mas sobe frente ao farelo

    Suínos/Cepea: Poder de compra cai em relação ao milho, mas sobe frente ao farelo

    O poder de compra de suinocultores paulistas tem caído em relação ao milho, mas avançado frente ao farelo de soja, conforme apontam pesquisas do Cepea.

    Conforme apurado pelos pesquisadores, isso ocorre porque, enquanto os preços do suíno vivo posto frigorífico no mercado independente apresentam leves quedas em março, os do cereal seguem firmes e os do derivado da oleaginosa caem com força.

    Os pesquisadores do Cepea indicam que, apesar das recentes valorizações do animal, a menor procura por parte da indústria no início do mês pressionou a cotação média mensal do suíno.

    Para o milho, de acordo com a Equipe Grãos/Cepea, o baixo volume de estoques e as valorizações externas vêm sustentando os preços em regiões paulistas; já no caso do farelo, consumidores estão se abastecendo aos poucos, fundamentados na possível maior oferta do derivado diante do aumento na demanda por óleo de soja.

  • Alta externa eleva preço do milho no país, mesmo com baixa liquidez

    Alta externa eleva preço do milho no país, mesmo com baixa liquidez

    Os preços do milho têm subido na maioria das regiões pesquisadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, influenciados pelas valorizações externas.

    Segundo pesquisadores, os avanços são observados sobretudo nas regiões paulistas, onde os estoques estão baixos, e nas catarinenses, onde o clima foi desfavorável durante a semeadura e, agora, a produtividade tem sido menor.

    Já nas praças em que as cotações caíram, a pressão veio do aumento no ritmo de colheita, como Paraná e Rio Grande do Sul – nestes estados, a Conab indica que 50% da área já foi colhida.

    De modo geral, a liquidez segue baixa; enquanto compradores mostram pouco interesse em adquirir volumes de milho, vendedores focam a entrega de lotes de soja.

  • Maior demanda interrompe quedas de preços da soja

    Maior demanda interrompe quedas de preços da soja

    Os preços da soja vêm subindo neste início de março, interrompendo o movimento de queda observado desde janeiro.

    Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a maior demanda, sobretudo externa, tem intensificado as negociações envolvendo a oleaginosa, tanto no spot quanto para entregas nos próximos meses.

    Representantes de indústrias nacionais também buscaram aumentar as aquisições do grão com recebimento imediato, no intuito de garantir parte do estoque.

    Além disso, esses demandantes estão atentos às incertezas sobre a produção nacional de soja, tendo em vista a produtividade irregular em grande parte dos estados brasileiros.

    Quanto às exportações, foram embarcadas 6,6 milhões de toneladas de soja em fevereiro/24, o maior volume em seis meses e um recorde para o período, conforme dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea.

  • Mercado pecuário: preços do boi, boi magro e bezerro em queda

    Mercado pecuário: preços do boi, boi magro e bezerro em queda

    Entre um ano, os preços da arroba do boi, do boi magro e do bezerro apresentaram quedas em ritmos semelhantes, de acordo com dados do Cepea. O mês de referência é fevereiro. Os pesquisadores indicam que as relações de troca no último mês foram praticamente as mesmas observadas há um ano, com apenas uma ligeira melhora na compra de bezerros.

    Os dados do Cepea mostram que, de fevereiro de 2023 para fevereiro deste ano, o preço médio do bezerro de 8 a 12 meses da raça nelore acumulou uma queda de 19% no estado de São Paulo, em termos nominais, passando de R$ 2.365,11 para R$ 1.920,25. Em Mato Grosso do Sul, o indicador ESALQ/BM&FBovespa registrou uma baixa de 14% no mesmo período.

    Quanto ao boi magro, em São Paulo, observou-se uma desvalorização de aproximadamente 18%, indo de R$ 3.610,39 para R$ 2.974,37. Já a arroba do boi gordo, conforme o Indicador CEPEA/B3, também sofreu uma queda de 18%, de R$ 289,72 para R$ 237,84 (médias mensais).

  • Algodão fecha fevereiro com alta de quase 10%

    Algodão fecha fevereiro com alta de quase 10%

    Em fevereiro, o mercado de algodão em pluma registrou um significativo aumento, conforme indicado pelo Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias. Com uma valorização de 9,46%, o indicador fechou o mês em R$ 4,3345 por libra-peso no dia 29. Essa alta foi impulsionada pela melhora na liquidez do mercado, observada pelos pesquisadores do Cepea, (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, com várias indústrias mais ativas durante o período.

    A média mensal do Indicador, atingindo R$ 4,1464 por libra-peso, foi a mais alta desde abril de 2023. Esse valor superou em 4,28% a média de janeiro de 2024, indicando uma tendência de crescimento no mercado. No entanto, mesmo com essa valorização, o indicador ainda se mostrou 18,31% inferior à média de fevereiro de 2023, quando ajustado pela inflação medida pelo IGP-DI de janeiro de 2024.

    Os pesquisadores destacam que, apesar do movimento de alta, o Indicador do algodão em pluma permaneceu, em média, 3,3% abaixo da paridade de exportação ao longo de fevereiro. Isso sugere que, apesar da valorização no mercado interno, ainda existem fatores que limitam a competitividade do algodão brasileiro no mercado internacional.

  • Levantamento do Cepea indica queda nos preços da carne de frango em janeiro

    Levantamento do Cepea indica queda nos preços da carne de frango em janeiro

    Um recente levantamento do Cepea  (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, apontou que os preços da carne de frango apresentaram uma redução em janeiro. A pressão sobre os valores foi atribuída ao aumento da disponibilidade interna, causado pela queda nas exportações e uma demanda doméstica enfraquecida devido a despesas adicionais da população e o recesso escolar.

    No atacado da Grande São Paulo, a cotação média do frango inteiro resfriado alcançou R$ 7,03/kg no primeiro mês do ano, refletindo uma retração de 2,6% em comparação a dezembro de 2023. Para o produto congelado, a diminuição foi de 2,5%, chegando a R$ 7,04/kg.

    Em contrapartida, o preço do frango vivo se manteve estável durante o período, indicando a estratégia do setor em ajustar o alojamento de aves de corte de acordo com a demanda interna. O preço médio do frango vivo no estado de São Paulo foi de R$ 5,11/kg, praticamente estável (-0,2%) em relação ao mês anterior. Vale ressaltar que, em junho de 2023, o preço do frango vivo atingiu o menor patamar desde fevereiro de 2021, registrando R$ 4,44/kg.

  • Preço do boi gordo encerra janeiro em baixa, indica Cepea

    Preço do boi gordo encerra janeiro em baixa, indica Cepea

    Após iniciar janeiro acima dos R$ 252/@, o Indicador do Boi Gordo CEPEA/B3 encerra o mês com queda acumulada de 2,9%, fechando essa quarta-feira, 31, a R$ 245.

    Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, as escalas de abate relativamente alongadas têm pressionado as cotações da arroba, sobretudo para animais destinados ao abastecimento do mercado doméstico.

    De modo geral, os preços oferecidos pelos frigoríficos não têm agradado produtores e geram certo desânimo para a reposição.

    Sem muita possibilidade de segurar os animais no pasto ou no cocho, tendo em vista que eleva os custos, pecuaristas tradicionais e confinadores vão testando seus limites individuais de viabilidade, tentando regular a oferta.