Em Mato Grosso, construir está mais caro do que em qualquer outro estado do Centro-Oeste e acima da média do Brasil. Em março, o custo por metro quadrado chegou a R$ 1.859,24, um aumento de 4,23% no último ano, segundo dados do IBGE. Se não houver o desconto nos impostos sobre os salários, esse valor sobe para quase R$ 1.970.
No mês de março, o preço da construção subiu um pouco (0,24%) em Mato Grosso. Isso aconteceu porque tanto os materiais de construção (0,35%) quanto a mão de obra (0,36%) ficaram mais caros. Em um ano, o custo dos materiais aumentou 3,71% e o da mão de obra, 6,04%.
Em todo o Brasil, a construção ficou 0,35% mais cara em março, e em 12 meses, o aumento foi de 4,69%. O preço médio nacional por metro quadrado inclui cerca de R$ 1.043 para materiais e R$ 767 para mão de obra.
Entre as regiões do país, o Centro-Oeste foi onde o custo da construção menos variou em março (0,24%). O Sul teve o maior aumento (0,43%), seguido pelo Norte (0,42%), Nordeste (0,35%) e Sudeste (0,34%). O estado do Acre teve o maior aumento individual, com um salto de 4,11% devido a salários mais altos e materiais mais caros.
Um especialista do IBGE, Augusto Oliveira, explicou que o aumento no custo da construção neste ano reflete tanto o aumento gradual dos preços dos materiais quanto os novos acordos salariais em algumas partes do país.
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) lançaram um edital para fomentar o comércio eletrônico nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. No total, serão destinados R$ 4,92 milhões para nove projetos selecionados.
Na primeira fase do processo seletivo serão selecionados 20 projetos, um para cada unidade da federação das regiões contempladas pelo edital. Na segunda etapa, nove projetos serão escolhidos para receber apoio financeiro, no valor de R$ 380 mil cada. Desses, três irão prosseguir para a fase de escala, por mais um ano, contando com acompanhamento técnico e apoio da ABDI, em parceria com o MDIC, e recebendo recursos no valor de R$ 500 mil.
O edital E-commerce.BR vai premiar soluções inovadoras que ajudem as micro, pequenas e médias empresas do país a superar obstáculos de logística, capacitação digital e comunicação online.
As inscrições vão até 17 de fevereiro deste ano e podem ser feitas por Redes de Inovação compostas por, no mínimo, três instituições públicas ou privadas de nível estadual, distrital ou municipal, que atuem em apoio a micro, pequenas ou médias empresas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
De acordo com dados do Observatório do Comércio Eletrônico Nacional, do MDIC, o comércio eletrônico no Brasil movimentou R$ 196,1 bilhões em 2023, um crescimento de 4,8% em relação ao ano anterior. No entanto, a concentração das vendas online ainda é grande: o Sudeste responde por 73,5% das transações, em contraste com Nordeste (7%), Centro-oeste (3%) e Norte (1,3%).
A segunda semana de dezembro traz uma previsão de chuvas intensas para regiões como Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Acre e Amazonas. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as áreas afetadas terão condições de instabilidade com chuvas fortes, raios e ventos. Outras regiões do país devem registrar tempo nublado, quente e abafado nesta segunda-feira, 9 de dezembro.
Alertas de Chuvas e Áreas de Perigo
O mapa do Inmet aponta áreas de maior perigo classificadas nas cores amarelo (perigo potencial), laranja (perigo) e vermelho (grande perigo). Desde sexta-feira, as instabilidades no Sul do país já acumularam mais de 100 mm de chuva em algumas localidades, especialmente em Santa Catarina e no Paraná. Em algumas áreas, os volumes de chuva ultrapassaram a média histórica para dezembro.
A combinação de uma frente fria avançando pela costa sul, uma área de baixa pressão sobre o Paraguai e ventos quentes e úmidos vindos do Norte do Brasil estimulou a formação de nuvens carregadas, causando as fortes chuvas.
Previsão para Segunda e Terça-Feira
A previsão para esta segunda-feira (9) e terça-feira (10) indica tempestades em Santa Catarina e no Paraná, com quedas nas temperaturas. No Paraná, áreas como o centro, norte e leste, incluindo Curitiba, estão em alerta máximo para chuvas volumosas. No Rio Grande do Sul, o extremo norte pode registrar pancadas de chuva moderadas a fortes, enquanto outras regiões, como Porto Alegre, estão fora da zona de chuva intensa.
Chuvas Generalizadas em São Paulo
Em São Paulo, a frente fria avança do litoral em direção ao interior, espalhando chuvas por todo o estado. A circulação de ventos e um sistema de baixa pressão no litoral paulista reforçam as instabilidades, tornando o início da semana instável e abafado.
Na capital paulista, há previsão de chuva forte acompanhada de raios e ventos de até 70 km/h, com possibilidade de alagamentos. A atenção é maior para as regiões ao sul da RMSP, litoral sul e Vale do Ribeira, onde a chuva deve começar logo pela manhã. No restante do estado, as precipitações são esperadas para a tarde e a noite.
Com a chuva intensa prevista para o Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte, é essencial que a população das áreas de maior risco esteja atenta aos alertas meteorológicos. Instabilidades como essas reforçam a importância de tomar medidas preventivas para evitar alagamentos e outros transtornos. Fique de olho nas atualizações do tempo e mantenha-se seguro.
Pesquisa Radar Febraban, da Federação Brasileira de Bancos, mostrou que a percepção das pessoas sobre a situação do país, comparativamente ao ano passado, é melhora ou estabilidade.
O levantamento divulgado nesta quinta-feira (7), foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) de 15 a 23 de outubro, com entrevistas a 2 mil pessoas, nas cinco regiões do país.
Segundo o estudo, 72% avaliaram que o país melhorou (40%) ou ficou igual (32%) em relação a 2023 – no levantamento de setembro essa soma era de 74% (melhorou: 42%; ficou igual: 32%). Em relação à opinião de que o país piorou, houve oscilação positiva de dois pontos, indo de 25% em setembro para 27% em outubro.
De acordo com o Radar Febraban, a avaliação de que o país melhorou em relação a 2023 é relativamente homogênea entre os segmentos sociodemográficos, mas apresenta variações significativas por regiões, sendo mais acentuada no Nordeste (45%) e menos no Sul (34%). O mesmo ocorreu sobre a percepção de piora, com diferenças mais expressivas nas regiões, mais acentuada no Centro-Oeste (33%) e menos no Nordeste (21%).
O levantamento mostrou ainda que cerca de metade dos brasileiros apresentou expectativa favorável sobre o país para o período até o fim do ano: 49% opinaram que o país estará melhor até o final de 2024 (oscilação de menos um ponto em relação a rodada de setembro); 28% disseram que ficará estável, enquanto 23% esperam uma piora.
Vida pessoal
O Radar Febraban mostrou também que para 79% da população a vida pessoal e familiar está melhor do que estava em 2023, ante 20% que avaliam que a situação piorou. O resultado registra uma variação negativa de um ponto percentual em relação à pesquisa de setembro e segue próximo ao patamar de fevereiro, quando chegou a 83%.
Mostraram-se mais satisfeitos quanto à evolução da sua vida pessoal e familiar os jovens de 18 a 24 anos (52% veem melhora) e aqueles com renda acima de cinco salários mínimos (46%). No recorte regional, destaca-se o Nordeste, onde 49% enxergam melhora. Já o descontentamento é mais expressivo no Centro-Oeste (23% veem piora) e no Sul (25%).
A pesquisa apontou ainda que 62% das pessoas acreditam que a vida pessoal e familiar irá melhorar até dezembro de 2024. Cerca de um quarto crê em estabilidade (27%), e os menos esperançosos, que projetam piora, somam 8%.
Em relação à expectativa dos próximos meses, os jovens de 18 a 24 anos mostram-se os mais confiantes na melhoria da vida pessoal e familiar até o término do ano (70% acreditam que terão melhora). Regionalmente, essa expectativa positiva é mais alta no Nordeste (68%). O desânimo quanto ao restante do ano chega a dois dígitos na região Centro-Oeste (10%).
Preços
O Radar Febraban ouviu as pessoas também em relação à percepção da inflação: 77% avaliaram que os preços aumentaram muito ou aumentaram, resultado quatro pontos percentuais superior ao registrado em setembro (74%). Os que observaram estabilidade dos preços oscilaram de 17% para 15%. Apenas 6% opinaram que os preços diminuíram (eram 8% em setembro).
Segundo a pesquisa, a percepção de que os preços aumentaram muito ou aumentaram mostrou-se mais frequente entre as mulheres (79% delas tem essa percepção), jovens de 18 a 24 anos (80%), os que estudaram até o ensino médio (79%) e na faixa de dois a cinco salários mínimos (78%). No recorte regional, esse número é mais alto no Norte (80%), recuando para 74% no Nordeste.
Prioridades
A saúde consolidou-se no 1º lugar do ranking das áreas apontadas pelos entrevistados como prioridades para receber maior atenção do governo federal: foi citada por 33% dos brasileiros; emprego e renda foi mencionada por 21%; educação foi a terceira, com 13% de menções. Inflação e custo de vida apareceram com 10%; meio ambiente (7%), segurança (7%), fome e pobreza (4%), e corrupção (4%) completaram o ranking.
O Mato Grosso continua consolidando sua posição como um dos líderes nacionais na geração de energia solar. Com mais de 2 gigawatts (GW) de potência instalada e mais de 154 mil conexões solares em todo o estado, o setor fotovoltaico vem crescendo de forma exponencial, impulsionado por incentivos fiscais e pela busca por energia limpa e sustentável.
A adesão da população mato-grossense à energia solar é notável. Mais de 185 mil consumidores já contam com sistemas fotovoltaicos instalados, o que representa uma economia significativa nas contas de energia elétrica e uma maior autonomia energética.
O estado se destaca como um exemplo de como a energia solar pode impulsionar o desenvolvimento sustentável. A ampla adoção da tecnologia fotovoltaica demonstra o compromisso dos mato-grossenses com um futuro mais limpo e com a preservação do meio ambiente.
Impactos econômicos e sociais em Mato Grosso
A adesão da população mato-grossense à energia solar é notável. FOTO:PIXABAY
A expansão da energia solar em Mato Grosso tem gerado diversos benefícios para o estado:
Atração de investimentos: Desde 2012, o setor já injetou mais de R$ 9,5 bilhões na economia mato-grossense, fomentando a geração de emprego e renda.
Geração de empregos: A instalação e manutenção de sistemas solares geraram mais de 62 mil empregos diretos e indiretos no estado.
Aumento da arrecadação: A arrecadação de impostos com a energia solar ultrapassou R$ 2,9 bilhões, contribuindo para o desenvolvimento de diversas áreas.
O futuro da energia solar em Mato Grosso
Para continuar crescendo e consolidar sua posição como referência no setor, o Mato Grosso precisa de políticas públicas que incentivem ainda mais a geração distribuída de energia solar.
A aprovação do Projeto de Lei nº 624/2023, que institui o Programa Renda Básica Energética (REBE), é fundamental para ampliar o acesso da população de baixa renda à energia solar e acelerar a transição energética no estado.
Segundo o Censo das Secretarias, conduzido pelos Institutos Aleias, Alziras, Foz e Travessia Políticas Públicas, Mato Grosso ocupa a terceira posição na região Centro-Oeste em participação feminina em secretarias estaduais, com apenas 11% de mulheres em cargos de primeiro escalão. Em Cuiabá, a capital do estado, a presença feminina é um pouco maior, com 26% dos cargos, superando a média estadual. Os dados revelam que o Brasil ainda enfrenta um grande desafio para alcançar a equidade de gênero na administração pública, já que 20 estados e 16 capitais não atingiram 30% de representação feminina em seus secretariados.
Entre os estados da região, Goiás lidera com 25% de participação feminina, seguido por Mato Grosso do Sul e Distrito Federal com 21% cada. Nas capitais, Campo Grande (MS) alcança 38% de mulheres em secretariados, enquanto Cuiabá registra 26% e Goiânia (GO), 16%. Em todo o país, a média de participação feminina é de 28%, e o estudo abrangeu 698 órgãos estaduais e 536 municipais nas capitais.
O levantamento apontou que as mulheres estão mais presentes em pastas de áreas sociais, como assistência e saúde, com 53% de presença nos estados e 44% nas capitais. Contudo, o número é bem mais baixo em áreas estratégicas, como infraestrutura (22% nos estados e 18% nas capitais), órgãos centrais (18% em ambos) e áreas econômicas (15% nos estados e 30% nas capitais). Marina Barros, diretora do Instituto Alziras, destacou que as barreiras estruturais limitam o avanço feminino em posições de influência, o que afeta a diversidade e a qualidade das políticas públicas.
Alta qualificação e experiência das secretárias
Além da participação, a pesquisa também revela que as mulheres em cargos de secretariado possuem alta qualificação e ampla experiência. Segundo o estudo, 43% das secretárias têm especialização, 26% possuem mestrado e 10% concluíram doutorado.
Entre as mulheres negras, a qualificação é ainda mais elevada: 44% possuem especialização e 32%, mestrado. Mais de 66% das secretárias têm mais de 21 anos de experiência profissional, sendo que 61% construíram suas carreiras no setor público. Isso evidencia o preparo e a trajetória consistente das mulheres para ocupar cargos estratégicos.
Experiência em administração e desafios para ascensão
A pesquisa identificou que 40% das secretárias vieram de outra secretaria e 33% da mesma pasta, indicando uma progressão interna na administração pública.
Ainda assim, metade das mulheres em cargos de secretariado está assumindo a função pela primeira vez, um reflexo de que a nomeação feminina em cargos de liderança pode estar em crescimento, mas ainda enfrenta limitações.
“Para alcançar cargos de alto escalão, as mulheres precisam ser nomeadas, e quem nomeia são, em sua maioria, homens. A experiência e a formação não são suficientes se quem ocupa o topo do poder executivo não se comprometer em abrir essas posições para mais mulheres”, explicou Luana Dratovsky, diretora do Instituto Aleias.
Na safra 2022/2023, o Brasil produziu cerca de 323 milhões de toneladas de grãos, volume 18% maior do que no ciclo anterior. O resultado contribuiu para que o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária registrasse crescimento de 15,1%, bem acima da alta da indústria (1,6%) e do setor de serviços (2,4%).
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta na agropecuária decorreu especialmente do crescimento da produção e do ganho de produtividade. A soja (27,1%) e o milho (19,0%) bateram recordes de produção na série histórica. Essas culturas têm entre seus principais produtores os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Contrariando expectativas positivas, as capitais desses três estados apresentam indicadores sociais que contrastam com a pujança econômica capitaneada pelo agronegócio. Campo Grande, Cuiabá e Goiânia têm PIB per capita abaixo do indicador nacional (R$ 50.193,72).
Na terceira década do século 21, nenhuma das três capitais atingiu a universalização do esgotamento sanitário. Todas estão longe de liderar os índices de escolarização e de ter as menores taxas de mortalidade infantil, conforme dados da plataforma Cidades e Estados do Brasil, mantida pelo IBGE.
Indicadores
Campo Grande, a 17ª cidade brasileira mais populosa, ocupa o 3.412º lugar em salário médio entre 5.570 localidades. Há mais de 2.060 cidades brasileiras com melhores percentuais de escolarização entre crianças e adolescentes (6 a 14 anos) do que os da capital sul-mato-grossense e quase 3 mil municípios com taxas menores de mortalidade infantil (11,9 em mil nascidos vivos). Apenas 16,6% dos domicílios campo-grandenses têm tratamento de esgoto.
Capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande é a a 17ª cidade mais populosa do país – MDR/Divulgação
Cuiabá, a 31ª cidade com maior população no país, está no 4.692º lugar na escolarização das pessoas da faixa etária correspondente ao ensino fundamental. A capital de Mato Grosso é ultrapassada por mais de 3.380 cidades em taxas de mortalidade infantil (13,63 em mil nascidos vivos). Um quinto dos domicílios não tem tratamento de esgoto.
Décima cidade mais populosa do Brasil, Goiânia é a 4.281ª localidade na escolarização de crianças e adolescentes de 6 a 14 anos. A sede dos Poderes de Goiás tem cerca de um quarto dos seus domicílios sem esgoto sanitário, e a taxa de mortalidade (10,17 em mil nascidos vivos) é pior do que a de mais de 2,5 mil cidades brasileiras.
Disparidades brasileiras
Para o coordenador-geral do Programa Cidades Sustentáveis, Jorge Abrahão, os indicadores acima assinalam a “disparidade” entre as condições dessas capitais da Região Centro-Oeste para enfrentar seus problemas e adotar políticas públicas efetivas.
“São cidades ricas no sentido de terem recursos e capacidade para estruturarem serviços. Muito maior do que a quase totalidade das cidades brasileiras”, pontua Abrahão.
Ele avalia que as três cidades “concentraram um grau de desenvolvimento, por conta do agronegócio, bastante elevado nos últimos tempos, mas reproduzem o modelo que acontece no país.”
Em um estudo para as eleições municipais deste ano, o Instituto Cidades Sustentáveis compilou outros indicadores socioeconômicos para mostrar, a eleitores e candidatos a prefeito e vereador, grandes desafios para administrar cidades brasileiras – como violência, violações de direitos humanos e emissão de gás carbônico (dióxido de carbono – CO2).
Mortes de negros e indígenas
Em Campo Grande, Cuiabá e Goiânia, jovens negros e indígenas do sexo masculino (15 a 29 anos) morrem mais assassinados do que rapazes e adultos brancos e amarelos. Em Cuiabá, a taxa de homicídios é de 10,13 jovens pretos, pardos e indígenas por 100 mil habitantes – dez vezes acima da taxa de brancos e amarelos (0,95).
A diferença das taxas de homicídio dos diferentes grupos populacionais repercute na idade média ao morrer. Em Goiânia, brancos e amarelos morrem em média com 71,3 anos – 7,4 anos a mais que negros e indígenas, que em média morrem com 64,2 anos.
Na cidade de Goiânia, diferença de rendimentos entre homens e mulheres é de 28,03% – Paulo José/Prefeitura de Goiânia
Além das discrepâncias raciais, o Instituto Cidades Sustentáveis também verifica desigualdades de sexo/gênero. Nas três capitais do Centro-Oeste, os homens ganham mais que as mulheres. Em Goiânia, a diferença de rendimentos é de 28,03%. Em Cuiabá, de 22,9% e em Campo Grande, de 18,95%.
Nas três cidades, também é diminuta a participação de mulheres no comando das secretarias municipais. Em Campo Grande, as mulheres ocupam 38,5% das secretarias municipais. Em Cuiabá, esse percentual é de 29,4%. Em Goiânia, a proporção é ainda menor: 17,7%.
Participação
Um ponto positivo é que as três cidades implantam a maioria das políticas de participação e promoção de direitos humanos com a instalação de conselhos recomendados em lei como os conselhos tutelares e conselhos para a promoção de direitos humanos, dos direitos da criança, dos direitos de pessoa idosa; direitos de pessoa com deficiência; direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais; direitos de igualdade racial ou conselho municipal dos povos e comunidades tradicionais. Cuiabá implantou 85,7% dessas instâncias participativas, enquanto Campo Grande e Goiânia têm 71,4% desses conselhos em funcionamento.
Vista da cidade de Cuiabá, onde um quinto dos domicílios não tem tratamento de esgoto – TJMT/Divulgação
Por fim, o Instituto Cidades Sustentáveis observa baixa capacidade de gestão de riscos e prevenção aos eventos climáticos nas três capitais do Centro-Oeste. Nenhuma das cidades alcança a metade de estratégias recomendadas para planejamento e gerenciamento de riscos como de desastres decorrentes de enchentes, inundações graduais, enxurradas, inundações bruscas, escorregamentos ou deslizamento de encostas.
Se faltam planejamento e gerenciamento de risco na temporada de chuvas, os municípios podem sofrer com a seca e as queimadas no bioma Cerrado que favorecem a emissão de CO2. Cuiabá e Campo Grande estão entre as quatro cidades brasileiras com maiores emissões líquidas de gás carbônico: 3,81 toneladas por habitante na capital de Mato Grosso e 4 toneladas por habitante em Campo Grande.
Conforme noticiado, o desmatamento no Cerrado gerou a emissão de mais de 135 milhões de toneladas de CO2, de janeiro de 2023 a julho de 2024.
O estado de Mato Grosso continua a demonstrar um forte desempenho na geração de empregos, encerrando o mês de agosto com um saldo positivo de 3.733 novas vagas formais, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Governo Federal.
O setor de serviços foi o grande destaque, responsável pela criação de 2.118 novos postos de trabalho. A construção civil também contribuiu significativamente, com a abertura de 787 vagas, seguida pelo comércio (604) e indústria (296).
Com esse resultado, Mato Grosso acumula 54.779 novos empregos formais nos primeiros oito meses de 2024, consolidando sua posição como um dos estados com maior dinamismo econômico do país.
Mato Grosso como polo de desenvolvimento
O secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, atribui os bons resultados aos investimentos e políticas de incentivo implementadas pelo governo estadual.
“Mato Grosso se transformou em um ambiente de negócios atrativo, gerando cada vez mais empregos e renda para a população”, afirmou.
A diversidade dos setores que contribuíram para a geração de empregos demonstra a solidez da economia mato-grossense. Além do setor de serviços, a construção civil, impulsionada por investimentos em infraestrutura, e o comércio, aquecido pela retomada da atividade econômica, foram destaques.
Perspectivas positivas
Os dados do Caged indicam que Mato Grosso segue em uma trajetória de crescimento e desenvolvimento, com perspectivas positivas para os próximos meses. A expectativa é que a continuidade das políticas de incentivo e o ambiente de negócios favorável atraiam ainda mais investimentos e gerem novos empregos.
O aumento da conta de luz tem sido um dos principais desafios nos últimos meses, e os moradores de Mato Grosso e da região Centro-Oeste não estão imunes a essa realidade. Com isso, a população tem intensificado a busca por alternativas para economizar energia e reduzir os custos.
Segundo dados recentes, a região Centro-Oeste lidera as buscas por soluções de economia de energia no Brasil. A seca prolongada e os baixos níveis dos reservatórios das hidrelétricas têm exigido o uso de termelétricas, que geram energia de forma mais cara e poluente. Esse cenário, somado à variação das tarifas entre os estados, tem impactado diretamente no bolso dos consumidores.
Em Mato Grosso, a conta de luz já estava elevada e, com a bandeira vermelha 1, a situação se agravou ainda mais. A população mato-grossense tem buscado informações sobre como reduzir o consumo de energia, adotar hábitos mais sustentáveis e até mesmo investir em fontes alternativas de energia, como a solar.
Soluções sustentáveis em Mato Grosso e restante do país
O aumento da conta de luz tem sido um dos principais desafios nos últimos meses Foto:Pixabay
A crise energética atual tem evidenciado a necessidade de buscar soluções mais sustentáveis e eficientes para a geração de energia em Mato Grosso e também, outros estados do Brasil. A dependência de fontes fósseis e hidrelétricas, além de gerar impactos ambientais significativos, torna o sistema energético brasileiro vulnerável a eventos climáticos extremos, como secas e enchentes.
Nesse contexto, o investimento em fontes renováveis, como a energia solar, eólica e biogás, se mostra cada vez mais estratégico. Além de reduzir a emissão de gases do efeito estufa e contribuir para a preservação do meio ambiente, essas fontes podem gerar economia a longo prazo para os consumidores.
Nem todas as pessoas conseguem investir em alternativas de energia limpa, por diversos fatores, principalmente, o econômico, mas a redação do CenárioMT elencou algumas alternativas viáveis, que podem ajudar os leitores do portal, no que diz respeito a redução da conta da energia elétrica.
O que fazer para economizar energia?
Como economizar energia? Foto: Pixabay
Existem diversas medidas que podem ser adotadas para reduzir o consumo de energia em casa, como:
Substituir lâmpadas incandescentes por LED: As lâmpadas LED consomem até 80% menos energia e têm maior durabilidade.
Desligar aparelhos eletrônicos da tomada: Muitos aparelhos eletrônicos continuam consumindo energia mesmo quando estão desligados.
Utilizar equipamentos eficientes: Ao adquirir novos eletrodomésticos, optar por aqueles que possuem o selo Procel, que indica maior eficiência energética.
Regular a temperatura do ar condicionado: Manter o ar condicionado em uma temperatura adequada e realizar manutenções periódicas podem gerar economia de energia.
Aproveitar a luz natural: Abrir as janelas e cortinas durante o dia para aproveitar a luz natural e reduzir a necessidade de utilizar lâmpadas.
Ao adotar essas medidas, os consumidores podem reduzir significativamente o consumo de energia e contribuir para um futuro mais sustentável.
Após anos aguardando por uma grande reforma, a Rodoviária de Cuiabá está prestes a ganhar um novo visual e oferecer mais conforto aos seus passageiros. As obras, que já alcançaram 87% de conclusão, estão sendo realizadas pela concessionária Sinart e trarão melhorias significativas em toda a estrutura do terminal.
Uma das principais novidades é a modernização dos espaços para alimentação e compras. Novas lojas e restaurantes já estão em funcionamento, oferecendo mais opções aos viajantes. Além disso, os banheiros foram completamente reformados e agora contam com mais acessibilidade. Elevadores, guichês de venda renovados e wi-fi gratuito completam a lista de melhorias.
“Essa reforma é um marco para a cidade de Cuiabá. Estamos transformando um espaço que já era importante para a população em um local ainda mais moderno e confortável”, afirma Marcelo de Oliveira, secretário de Estado de Infraestrutura.
A concessionária Sinart está investindo cerca de R$ 32 milhões na reforma, que inclui melhorias na parte elétrica, novo mobiliário, câmeras de segurança e uma nova sala VIP. O estacionamento e as pistas de acesso dos ônibus também estão sendo recapeados para garantir mais segurança aos usuários.
Com a reforma, a expectativa é que a rodoviária receba ainda mais passageiros, principalmente no período de fim de ano, quando o fluxo aumenta consideravelmente. Atualmente, o terminal recebe cerca de 1,3 milhão de passageiros por ano, um número que deve crescer com as novas melhorias.
Apesar das grandes mudanças, a reforma preservou a arquitetura original do terminal, inaugurado em 1979. As melhorias foram realizadas com foco na acessibilidade e na modernização da estrutura, sem comprometer o design característico do local.
Com a conclusão das obras, a Rodoviária de Cuiabá se consolida como um dos principais terminais rodoviários do Centro-Oeste, oferecendo mais conforto, segurança e comodidade aos seus usuários. A expectativa é que a nova rodoviária se torne um ponto de referência para a cidade e um cartão de visitas para quem chega a Cuiabá.