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  • MDB e PSD dominam prefeituras nas capitais, fortalecendo a força do Centrão nas eleições municipais de 2024

    MDB e PSD dominam prefeituras nas capitais, fortalecendo a força do Centrão nas eleições municipais de 2024

    Com o fim das apurações do segundo turno das eleições legislativas de 2024, o Centrão – representado principalmente pelo PSD, MDB e União Brasil – conquistou a maioria das prefeituras nas capitais brasileiras, reafirmando sua influência na política nacional. Juntos, esses três partidos elegeram prefeitos em 14 das 26 capitais, consolidando sua força nas cidades maiores do país.

    O PSD e o MDB foram os partidos que mais elegeram candidatos nas capitais, com cinco prefeituras cada um, incluindo cidades importantes como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Belém, Porto Alegre e São Luís. Já a União Brasil e o PL, sigla homologada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, garantiram quatro prefeituras cada um, garantindo espaços de poder em capitais estratégicas.

    Outros partidos também alcançaram vitórias importantes. O PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, venceu em Fortaleza, com Evandro Leitão, em um segundo turno disputado contra o PL. Os Progressistas (PP) garantiram vitórias em João Pessoa e Campo Grande, enquanto o Podemos saiu vitorioso em Porto Velho e Palmas.

    Na lista de vitórias individuais por capital, o PSB levou Recife, os Republicanos conquistaram Vitória, e o Avante venceu em Manaus, completando o quadro partidário das capitais brasileiras.

  • Congresso instalará comissões para analisar medidas provisórias

    Congresso instalará comissões para analisar medidas provisórias

    Em novo teste de governabilidade para o Executivo, o Congresso Nacional deve instalar mais cinco comissões mistas nesta terça-feira (13) para analisar medidas provisórias (MPs) enviadas pelo governo federal. As reuniões estão previstas para as 14h30, quando devem ser eleitos os presidentes de cada comissão mista.

    Entre as MPs, estão a que elevou o valor salário mínimo, a que reajustou o salário dos servidores do Executivo e a que ampliou a faixa de isenção do Imposto de Renda.

    Depois das dificuldades para aprovação das primeiras medidas provisórias, como a da reestruturação dos ministérios, existe a expectativa sobre a tramitação das mais recentes, se ocorrerá de forma mais previsível e segura para o governo federal.

    Para o professor de ciência política da Universidade de Brasília (UnB) Luís Felipe Miguel, coordenador do Demodê – Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades, a tática usada nos primeiros governos Lula para ter governabilidade perdeu força diante do fortalecimento do Legislativo frente ao Executivo nos últimos anos.

    “Ficou claro, quando vemos as declarações de chefes de partidos da direita do centrão — União Brasil, PSD, PP, Republicanos – de que não estão dispostos a fechar uma base parlamentar em troca de espaço no governo. Eles querem esse espaço sem se comprometer com apoio parlamentar permanente”, disse o professor à Agência Brasil, De acordo com Luís Felipe Miguel, o governo ainda não alcançou a estabilidade política no Parlamento.

    “Como não houve mudança significativa na relação desses partidos com o governo, não está descartado que eles resolvam escolher uma dessas medidas que estão sendo analisadas para fazer outra demonstração de força”, completou o professor.

    As Medidas Provisórias

    A MP 1.170/23 estabeleceu o reajuste linear de 9% para todos os servidores federais civis, incluindo aposentados e pensionistas, a partir de 1º de maio de 2023. Além disso, aumentou o auxílio-alimentação em 43%. O reajuste resultou de acordo entre governo e mais de 100 entidades representativas dos trabalhadores.

    A MP 1.171/23 isentou do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF), a partir de maio de 2023, quem recebe até R$ 2.112 por mês. Até então, só não pagava IRPF quem recebia até R$ 1.903,98 por mês. Com um desconto adicional de R$ 528 sobre os valores retidos na fonte, a isenção chega a R$ 2.640, o que corresponde a dois salários mínimos de R$ 1.320.

    A MP 1.172/23 elevou o salário mínimo de R$ 1.302 para R$ 1.320 a partir de maio de 2023. No Brasil, o salário mínimo é referência para cerca de 60,3 milhões de trabalhadores e aposentados.

    A MP 1.173/23  prorrogou, por mais um pano, o prazo para regulamentação, pelo Poder Executivo, dos programas de alimentação do trabalhador. Em 2022, o Congresso Nacional aprovou a Lei 14.442, determinando que o auxílio-alimentação seja usado apenas para pagamento em restaurantes e similares. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, ainda não houve tempo para regulamentar a questão devido à sua complexidade.

    A MP 1.174/23 cria o Pacto Nacional pela Retomada de Obras e de Serviços de Engenharia Destinados à Educação Básica. O programa prevê a liberação de R$ 4 bilhões até 2026 para conclusão de mais de 3,5 mil obras escolares inacabadas.

    Edição: Nádia Franco