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  • Enchentes paralisaram 63% das indústrias gaúchas, revela pesquisa

    Enchentes paralisaram 63% das indústrias gaúchas, revela pesquisa

    As enchentes no Rio Grande do Sul resultaram em paralisação parcial ou total de 63% das indústrias do estado, revelou pesquisa da Federação das Indústrias do estado (Fiergs). Segundo o levantamento, 93% das interrupções alcançaram até 30 dias.

    Ao todo, 81% das indústrias gaúchas foram afetadas pelas inundações do mês passado. Entre os principais prejuízos, os mais listados foram a logística de escoamento da produção ou recebimento de insumos, problemas com pessoal e colaboradores e dificuldades com fornecedores atingidos pelas enchentes. Além disso, 31,3% das que responderam informaram prejuízos em estoques de matérias-primas, 19,6% em máquinas e equipamentos, 19,6% em estabelecimentos físicos e 15,6% em estoques de produtos finais.

    Segundo a Fiergs, o efeito das enchentes sobre a economia gaúcha só começará a ser detectado nos próximos meses. A recuperação, ressaltou a entidade, será lenta. Um primeiro sinal é o desabamento da expectativa dos industriais do Rio Grande do Sul.

    A pesquisa foi feita com 220 empresas entre 23 de maio e 10 de junho. Os empresários receberam um formulário pela internet com um questionário aberto para aqueles que quisessem responder. O levantamento teve como objetivo entender o perfil das indústrias mais afetadas, avaliar a extensão e os tipos de prejuízos sofridos por elas e captar as perspectivas.

    O trabalho foi coordenado pela Unidade de Estudos Econômicos da Fiergs, que elaborou a consulta junto às indústrias. A divulgação Contou teve apoio da Unidade de Desenvolvimento Sindical (Unisind), dos sindicatos filiados à entidade, do Conselho de Articulação Sindical e Empresarial (Conase), da Gerência Técnica e de Suporte aos Conselhos Temáticos (Getec) e do Serviço Social da Indústria (Sesi-RS).

    Localização

    Apesar do prejuízo com as enchentes, 64,2% das empresas consultadas pela Fiergs não pretendem mudar o local de suas sedes e permanecerão na mesma área de instalação. Já 20,1% ainda não decidiram o que farão com o negócio.

    Das indústrias do estado, 52% não tinham cobertura de seguro contra perdas e danos decorrentes das enchentes. Entre as micro, pequenas e médias, 63,4% estavam sem seguro. Entre as grandes, cerca de 70% tinham seguro. Entre as sem seguro, 16% optaram por fechar os negócios ou mudar de localização, em comparação com 13% das seguradas que tomaram decisões semelhantes.

    Recuperação

    Segundo o levantamento, 60% das indústrias afetadas planejam destinar recursos para a recuperação dos negócios dentro de um mês. As grandes empresas destacam também, como ações governamentais prioritárias para retomada das atividades, a necessidade de melhorias na infraestrutura e medidas específicas para prevenir novos alagamentos. Por outro lado, as pequenas e médias empresas apontam a necessidade de subsídios financeiros e adiamento ou anistia de tributos.

    Em postagem na rede social X, antigoTwitter, o ministro extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, informou que a linha de crédito Pronampe Solidário, criada para socorrer as micro e pequenas empresas gaúchas, emprestou R$ 1,3 bilhão em três semanas. Segundo o ministro, 13 mil empreendedores receberam apoio e R$ 435 mil foram subsidiados pelo governo.

    Com juro zero, o Pronampe Solidário tem 40% de subsídio. Dessa forma, o empreendedor que pegou R$ 100 mil emprestados, deve R$ 60 mil. Os R$ 40 mil restantes serão pagos pelo governo. “Isso é compromisso do presidente Lula com a reconstrução do Rio Grande do Sul”, ressaltou Paulo Pimenta na postagem.

    Edição: Nádia Franco

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  • Vídeo mostra avião caindo logo após decolagem em Sorriso; duas pessoas morreram

    Vídeo mostra avião caindo logo após decolagem em Sorriso; duas pessoas morreram

    Imagens registradas por câmeras de segurança de um pedágio mostram, na MT-242, em Sorriso, mostra o momento da queda e explosão do avião, logo após a decolagem.

    O trágico acidente aéreo aconteceu na manhã desta sexta-feira (7) em uma fazenda no município de Sorriso, a 420 km de Cuiabá.

    A aeronave comercial caiu e explodiu logo após decolar, matando o piloto Reynan Moresca, de 48 anos, e um passageiro ainda não identificado. Veja no vídeo a seguir:

    De acordo com o sargento Aprigio Justo, do Corpo de Bombeiros, o avião decolou em uma pista paralela ao local da queda. As causas do acidente ainda são desconhecidas, mas as equipes do Sexto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA VI) já estão no local para iniciar as investigações.

    Segundo informações preliminares, a aeronave comercial, que estava em situação regular, segundo a Anac, tinha como destino o município de São José do Rio Claro, a 325 km de Cuiabá.

  • Aroma do café pode ser instrumento para reduzir tabagismo

    Aroma do café pode ser instrumento para reduzir tabagismo

    O aroma prazeroso do café pode ser elemento importante para reduzir o vício do tabagismo. Essa foi a conclusão de estudo preliminar de pesquisadores brasileiros com 60 fumantes, dos quais 30 inalaram fragrância de aroma de pó de café e metade voltou a fumar.

    Os pesquisadores do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) descobriram, em 2014, que a fragrância do café ativa uma região específica no cérebro, que faz parte do sistema de recompensas, em especial o núcleo acumbens, estrutura cerebral que é ativada também com substâncias psicoativas, como a cocaína. “Esse sistema de recompensas é ativado com atividades prazerosas como, por exemplo, escutar música, ter relações sexuais, tudo que dá prazer, beber água inclusive, mas também é um sistema que pode ser mal utilizado por meio de substâncias psicoativas”, confirmou a pesquisadora do IDOR e diretora científica da Café Consciência, startup de biotecnologia parceira do instituto, Silvia Oigman.

    Como o café ativou de forma intensa essa região do cérebro, os pesquisadores decidiram utilizar o aroma do café para substituir a vontade de fumar dos participantes de um segundo ensaio clínico pequeno, feito com 16 fumantes, em 2016. Esse ensaio serviu de base para o estudo mais amplo, realizado em 2022, com 60 fumantes, cujos resultados foram divulgados agora.

    Resultados

    Silvia Oigman informou nessa segunda-feira (3) que da metade dos 60 fumantes expostos à fragrância do aroma do café, 50% fumaram logo depois que ocorreu a intervenção. Entre a outra metade dos participantes, que não inalou a fragrância do café, mas uma fragrância neutra à base de sabão, 73,3% voltaram a fumar. “Foi um número expressivo, mas não é significativo. Na prática, não houve diferença estatística. Mas é um resultado considerado indicador de potencial dessa abordagem, inclusive porque era um ensaio clínico piloto. A gente estava fazendo um estudo prévio com a fragrância do pó do café. Não é a fragrância final que a gente espera empregar para um paciente de fato”, explicou Silvia.

    Segundo Silvia, o ensaio clínico foi importante para os pesquisadores encontrarem questões a serem resolvidas e fazer um novo ensaio de maior porte. O ensaio clínico foi conduzido durante seis meses. “Não foi tão rápido como a gente gostaria. Quando a gente lida com fragrâncias, como o pó de café e o vinho, eles perdem muitos voláteis. Ainda que o armazenamento e toda a entrega tenham sido monitorados e feitos da melhor forma possível, cai a qualidade pelo tempo”, disse a pesquisadora do IDOR. Esse foi um aspecto que pode ter prejudicado o desempenho da fragrância. “É nesse aspecto que a gente está pretendendo atuar”.

    A pesquisa recebeu investimentos de R$ 373 mil da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

    Produtores de café de Mato Grosso buscam impulsionar a produção na região norte e noroeste do estado

    Formulação terapêutica

    O projeto final visa a utilizar a fragrância do café para redução do desejo de consumo do tabaco por usuários crônicos. Silvia afirmou que a ideia é avançar ainda mais e dar continuidade ao projeto. “A gente entendeu o resultado obtido como um indicador de potencial”. Os pesquisadores estão desenvolvendo agora uma formulação terapêutica à base de voláteis de café e vão adaptá-la em dispositivo eletrônico, para realizar novo ensaio clínico com maior número de fumantes. “Ainda há alguns passos até isso ser feito”. A expectativa é que essa nova fase do projeto seja realizada antes de 2026. A abordagem multidisciplinar é conduzida por especialistas brasileiros em diversas áreas.

    Silvia desconhece a existência de outros grupos de pesquisa que usem a inalação inócua do aroma do café como ativador do sistema de recompensa para fins medicinais. Os resultados obtidos até agora levaram o grupo a depositar e ter concedidas nove patentes nos Estados Unidos, Europa e Ásia. Mais três patentes estão em andamento no Brasil, na Austrália e no Canadá.

    De acordo com as últimas estimativas do relatório de tendências de tabaco da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em janeiro deste ano, há em todo o mundo 1,25 bilhão de adultos usuários de tabaco. O vício de fumar mata mais de 8 milhões de pessoas anualmente, sendo mais de 7 milhões dessas mortes resultado do uso direto do tabaco, enquanto mais de 1,2 milhão das mortes são de fumantes passivos.

    Edição: Graça Adjuto

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  • Turismo no Brasil e o impacto da regulamentação dos cassinos na indústria de viagens

    Turismo no Brasil e o impacto da regulamentação dos cassinos na indústria de viagens

    O turismo em solo nacional deve ganhar reforço com a liberação dos cassinos, com uma fatia generosa de turistas que viajam o mundo em busca de diversão. Integradas à resorts, as casas de jogos serão um chamariz.

    Há anos, o projeto de lei que diz respeito à liberação dos cassinos tramita em Brasília, enfrentando a Bancada Evangélica que não é favorável e outros políticos que têm embasamentos religiosos sobre o assunto. 

    Desde os anos 40, quando os cassinos se tornaram ilegais no Brasil, o debate é o mesmo. No governo de Eurico Gaspar Cunha, os cassinos foram fechados em nome dos bons costumes, já que a igreja reconhecia os jogos como degradantes.

    No entanto, os exemplos positivos de outros países não param de surgir, eles mostram que os benefícios são maiores que os possíveis males acarretados pelos jogos lícitos. Macau e Las Vegas são cidades que vivem do dinheiro das apostas e conseguem administrar bravamente as atividades e controlar operações ilegais.

    No Brasil, mesmo com a proibição dos jogos de azar, milhares de reais são arrecadados com Jogo do Bicho e outras práticas ilícitas, algo que seria convertido em arrecadação para os cofres públicos, uma saída que diversos políticos defendem e lutam para a aprovação.

    A regulamentação das apostas com cota fixas já é o primeiro indicador de sucesso com os jogos, diversos cassinos online são reconhecidos por sua operação legal e credibilidade entre os clientes, como aponta o portal brasilcasinos.com.br, algo que deve ocorrer fisicamente no futuro

    O PL 2.234/2022 projeta a instalação de cassinos em resorts integrados, dentro de um tamanho específico imposto por lei. Cada estado teria uma unidade do empreendimento, com exceção dos que possuem um índice populacional grande.

    O principal objetivo do projeto de lei é a arrecadação de imposto das empresas, com a liberação de títulos temporários e valores de acordo com sua atividade e dos jogadores. Mas as mudanças não param por aí, o turismo seria o setor mais impactado.

    O ministro do turismo, Celso Sabino, comentou sobre os estudos e a movimentação do PL em uma audiência na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo. Apontou uma recuperação total do setor desde a pandemia e as previsões para o futuro, juntamente com a possível regulamentação dos cassinos.

    “Só que o mais importante dessa medida não é apenas a arrecadação, mas sim o desenvolvimento econômico e o desenvolvimento social que o turismo vai trazer com a implantação de resorts integrados com cassino,” explica do ministro.

    A criação de cassinos brasileiros é vista como uma melhoria, que tende a afetar positivamente o turismo, principalmente por seus jogadores que possuem grande poder aquisitivo e amam viagens com destinos que incluem jogos de azar.

    Além das visitas aos locais dos cassinos, os turistas ainda vão movimentar o comércio local e a economia de todo o país. A geração de novos campos de trabalho é outro ponto crucial na aprovação do PL, serão vínculos empregatícios diretos e indiretos, uma necessidade diante da crise financeira atual.

  • Heymondo expande-se para Portugal e consolida liderança na Europa

    Heymondo expande-se para Portugal e consolida liderança na Europa

    Heymondo, líder no setor de seguros de viagem na Espanha, recentemente entrou no mercado português, consolidando ainda mais sua posição de referência na península ibérica e em toda a Europa. Este movimento estratégico realizado pela conhecida marca responde à crescente demanda por soluções de seguro confiáveis e sob medida para os viajantes modernos, que aumentaram consideravelmente após a crise sanitária dos primeiros anos desta década.

    O aumento da mobilidade global é um fenômeno que parece não parar. Cada vez mais pessoas escolhem se mudar ou viajar por períodos prolongados para diferentes países, como o Brasil, atraídas pela possibilidade de novas experiências culturais, profissionais e pessoais. Esta tendência tornou indispensável a busca por soluções de seguro que ofereçam segurança e proteção onde quer que se esteja.

    Há muito tempo sabemos que o Brasil é um dos destinos mais fascinantes e procurados pelos viajantes de todo o mundo. Com suas praias deslumbrantes, rica cultura, vida noturna vibrante e extraordinária biodiversidade, o gigante sul-americano oferece experiências únicas e inesquecíveis. As cidades mais populares, como Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador, são destinos imperdíveis que combinam modernidade e tradição, oferecendo uma mistura irresistível de história, arte e entretenimento. No entanto, viajar por um país tão vasto e diversificado pode apresentar desafios.

    Uma das fortalezas da Heymondo é sua capacidade de oferecer coberturas de seguro viagem longa duração. Este tipo de apólice é particularmente apreciado por viajantes que planejam estadias prolongadas no exterior, seja por motivos de trabalho, estudo ou simples exploração. As apólices de longa duração cobrem uma ampla gama de necessidades, desde emergências médicas até proteção de bagagens, garantindo segurança e tranquilidade durante toda a estadia. Estas formas de seguro são desenhadas para serem flexíveis e altamente personalizáveis, permitindo que os viajantes escolham entre diferentes opções de cobertura que podem incluir assistência médica, reembolso de despesas médicas, reembolso por perda ou danos a bagagens, e muito mais.

    A plataforma intuitiva e amigável permite aos usuários escolher as coberturas desejadas e gerenciar as apólices de forma simples e rápida, tanto em casa quanto em viagem. Além disso, a Heymondo oferece um aplicativo móvel compatível com todos os tipos de dispositivos, que permite aos clientes ter sempre à mão todas as informações relativas à sua apólice, solicitar assistência em tempo real e acessar serviços exclusivos onde quer que estejam.

    Com sua chegada a Portugal, a Heymondo se confirma como um parceiro confiável para todos que desejam viajar com segurança e sem preocupações. Seja para férias curtas ou estadias longas no exterior, as soluções de seguro da Heymondo representam a escolha ideal para garantir proteção e tranquilidade em todos os momentos da viagem. Sua dedicação em oferecer coberturas completas e personalizadas, juntamente com a facilidade de gerenciamento das apólices através de tecnologias avançadas, torna a Heymondo uma das melhores opções do mercado para os viajantes de hoje.

  • Mulher fica gravemente ferida em tentativa de feminicídio em Lucas do Rio Verde

    Mulher fica gravemente ferida em tentativa de feminicídio em Lucas do Rio Verde

    Uma mulher foi vítima de tentativa de feminicídio na manhã deste domingo (2), na Rua Bahia, Bairro Rio Verde, em Lucas do Rio Verde.

    Segundo informações da Guarda Civil Municipal (GCM), o suspeito, desferiu vários golpes de faca contra sua companheira, causando lesões graves em seu abdômen.

    De acordo com o comandante da GCM, J Lima, a equipe foi acionada por vizinhos que ouviram os gritos da vítima. Ao chegarem ao local, os guardas civis encontraram a mulher caída ao chão,

    A vítima foi socorrida ao Hospital São Lucas, onde passou por atendimento médico. Seu estado clínico é considerado grave, mas estável.

    Já o suspeito, que ainda estava no local do crime, foi detido pelos guardas civis e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil, onde foi autuado em flagrante por tentativa de feminicídio.

    Já o suspeito, que ainda estava no local do crime, foi detido pelos guardas civis e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil, onde foi autuado em flagrante por tentativa de feminicídio.

    As investigações sobre o caso estão em andamento pela Polícia Civil, que busca determinar a motivação para o crime e a dinâmica completa dos fatos.

    A GCM de Lucas do Rio Verde reforça seu compromisso no combate à violência contra a mulher e orienta as vítimas a denunciarem qualquer tipo de agressão. A denúncia pode ser feita através do Disque 153, Polícia Militar 190 ou na Delegacia de Polícia Civil 197.

  • Motociclista sofre grave acidente na MT-449 em Lucas do Rio Verde

    Motociclista sofre grave acidente na MT-449 em Lucas do Rio Verde

    Um motociclista ainda não identificado, foi encaminhado para o Hospital São Lucas, em Lucas do Rio Verde (MT) em estado grave, após se envolver em um acidente.

    A ocorrência foi registrada pela Guarda Civil Municipal no início da manhã deste domingo (02) na Avenida das Industrias (MT-449) no perímetro urbano.

    As primeiras informações dão conta de que o motociclista, que estava em uma Honda Titan, preta, estava indo para o trabalho, quando por motivos ainda desconhecidos, acabou perdendo o controle da motocicleta e batendo contra o poste de iluminação pública, no canteiro central que separa as duas vias da avenida.

    A vítima teve ferimento grave na cabeça e está recebendo atendimento médico no Hospital São Lucas (HSL).

    Motociclista sofre grave acidente na MT-449 em Lucas do Rio Verde
    Foto: reprodução (Nilson Sussai)

    Conforme informado pelo portal CenárioMT, no domingo anterior, dia 26 de maio, um jovem morreu ao, também, bater na estrutura do radar eletrônico.

  • Polícia desarticula organização criminosa envolvida em fraudes e lavagem de dinheiro

    Polícia desarticula organização criminosa envolvida em fraudes e lavagem de dinheiro

    A Polícia Civil deflagrou, nesta segunda-feira (27.05), a Operação Rede Oculta para cumprir 30 mandados judiciais, com foco na desarticulação de uma organização criminosa investigada por fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro.

    São cumpridas por agentes do Núcleo de Estelionato da 1ª Delegacia de Polícia de Várzea Grande 15 ordens judiciais de busca e apreensão domiciliar, além de outras medidas com foco na desarticulação patrimonial de 15 investigados residentes em Cuiabá e Várzea Grande. Participam da ação 64 policiais civis e 13 viaturas.

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    Durante as investigações, foi apurada a existência de, pelo menos, quatro células criminosas que movimentaram quase meio milhão de reais decorrentes de fraudes aplicadas contra vítimas de Mato Grosso e de outros estados brasileiros.

    Os investigados figuram como suspeitos em diversos boletins de ocorrência pela prática de estelionato e outros crimes. As investigações apontaram que um dos alvos atua na prática de fraudes desde o ano de 2019, assim como teria o cargo de “disciplina” de uma facção criminosa, junto a outro investigado.

    As investigações foram iniciadas no ano de 2023, sob a responsabilidade do delegado Antenor Júnior Pimentel Marcondes, a partir de denúncias anônimas, que foram apuradas em investigação qualificada conduzida pelos policiais civis lotados na 1ª Delegacia de Várzea Grande.

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    A operação coordenada pelo delegado Ruy Peral tem o objetivo de desarticular os grupos criminosos envolvidos com a prática de estelionato e outras fraudes.

    “O modo de ação dos investigados se revela complexo e forma uma verdadeira rede obscura (razão do nome da operação policial) composta por responsáveis pela aplicação de fraudes, que recebem os valores oriundos de golpes e os que pulverizam o dinheiro. São pelo menos 15 pessoas identificadas que estão ligadas diretamente aos crimes apurados”, disse Ruy Peral.

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  • Escolas que disputam Olimpíada de Matemática se saem melhor no Enem

    Escolas que disputam Olimpíada de Matemática se saem melhor no Enem

    Os alunos de escolas com altas taxas de participação na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) têm obtido melhores resultados no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). É o que mostra pesquisa conduzida pelo Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), organização que se dedica a estudos em educação. Divulgado nesta segunda-feira (27), o estudo revela ainda que essas instituições também registram maiores taxas de aprovações de seus alunos e menores distorções na equivalência entre idade e série.

    No critério de alta participação, foram enquadradas as escolas em que pelo menos 65% dos estudantes classificados participaram da segunda fase. Nessas instituições, constatou-se que o aprendizado em matemática não beneficia apenas dos estudantes que se destacam na disciplina, mas toda a turma. “A Olimpíada de Matemática vai ter impacto maior em todos os estudantes se ela gerar mais mobilização”, observa o pesquisador e diretor executivo do Iede, Ernesto Faria.

    Em um recorte no grupo de escolas que tiveram alunos conquistando prêmios na Obmep, mas que não registraram alta participação, chamou atenção a desigualdade interna. Nesses casos, apesar de se verificar aumento das médias no Enem, observa-se também maior discrepância entre as notas dos alunos. “Se a Olimpíada de Matemática não gera efeito mobilizador na escola, ela pode acabar ajudando apenas um determinado perfil de alunos. E aí perde-se o potencial de contribuir com a melhoria de alunos que estariam registrando mais baixo desempenho”, alerta Ernesto.

    A média da nota na prova da matemática do Enem, considerando todas as instituições onde houve alunos que conquistaram medalhas na Obmep, foi de 516,1. Entre aquelas que não participaram ou que não foram premiados, a média cai para 488,5.

    Além disso, também foi avaliado o desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), aplicado a cada dois anos pelo Ministério da Educação desde 1990. Por meio dele, são produzidos indicadores educacionais referentes às regiões, unidades da Federação, municípios e instituições de ensino. Com base nos dados levantados, são realizadas análises envolvendo a qualidade, a equidade e a eficiência da educação praticada nos diversos níveis governamentais.

    As escolas com alunos que conquistam medalhas na Obmep registraram no Saeb média de 270,3 pontos para o ensino fundamental e de 288,8 para o ensino médio. Aquelas que não participaram ou não tiveram premiados apresentaram médias de 240,2 e 269,8, respectivamente.

    “A Olimpíada é um programa muito importante que gerou ações de mobilização e de reconhecimento da matemática nas escolas. Mas é preciso ter esse olhar de como não promover desigualdade. E aí passa por avaliar o que mais a gente pode fazer. O potencial da Olimpíada é enorme. Ela tem essa capacidade de chegada nas escolas e já tem gerado resultados. Mas poder ser ainda mais transformador”, avalia Ernesto Faria.

    De acordo com ele, o envolvimento na Obmep também favorece o acesso ao ensino superior. As escolas com altas taxas de participação e alunos premiados tem maiores percentuais de estudantes que alcançam média no Enem compatível com as exigências para admissão em faculdades públicas e privadas.

    Criada em 2005, a Obmep é considerada atualmente importante política pública para promover o ensino da matemática no país. A competição é organizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), unidade de ensino e pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e ao Ministério da Educação (MEC). A 19ª edição, disputada neste ano, registrou dois recordes. Em 99,9% dos municípios do país, ao menos uma escola se inscreveu. Foi a mais abrangente cobertura territorial já alcançada. Além disso, com 56.513 escolas envolvidas, obteve-se a maior participação desde que a competição teve início.

    O próprio Impa atuou como parceiro técnico da pesquisa, assim como o Laboratório de Estudos e Pesquisas em Educação Superior da Universidade de São Paulo (Lepes/USP). O estudo também contou com o apoio da B3 Social, uma instituição sem fins lucrativos.

    Segundo Ernesto Farias, a pesquisa é importante porque traz dados que ajudam a pensar caminhos para alterar o atual cenário brasileiro. A última edição do Saeb, em 2021, registrou o menor percentual de estudantes com aprendizado adequado em matemática na comparação com a língua portuguesa.

    No 5º ano da rede pública, por exemplo, a diferença foi de 14 pontos percentuais: 51% dos alunos tinham aprendizado adequado em língua portuguesa e apenas 37% em matemática. Escalando as etapas da educação básica, a discrepância se acentua. No 3º ano do ensino médio, apenas 5% dos estudantes da rede pública registram aprendizado adequado em matemática.

    Quando considerados apenas os alunos de baixo nível socioeconômico, nas diferentes etapas da educação básica, esse percentual chega a 4,4%. Os pesquisadores lembram também que, conforme os dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), os jovens brasileiros de 15 e 16 anos estão cerca de três anos atrás na aprendizagem em matemática na comparação com aqueles da mesma idade que vivem em países desenvolvidos.

    “O Brasil tem desafios na educação de uma forma geral, mas o desafio em matemática é ainda maior. E é algo generalizado. Obviamente, as escolas que atendem jovens mais vulneráveis sofrem mais, mas na verdade temos poucas escolas que de fato registram resultado alto em matemática. Alfabetização não pode ser só saber ler e escrever. Alfabetização tem que ser também utilizar bem os números, saber as quatro operações. Mesmo instituições privadas de elite têm desafios”, comenta Ernesto Faria.

    Escolas Públicas

    O estudo também buscou identificar quantas são e onde estão as escolas públicas que mais se destacam em matemática. Para mapear ações comuns que parecem contribuir para o bom desempenho dos alunos, os pesquisadores inclusive visitaram oito dessas unidades nas regiões Sudeste, Nordeste e Sul.

    Ao todo, 71 das 47.418 escolas de ensino fundamental e 80 das 20.606 de ensino médio conseguem bons resultados em matemática, mesmo atendendo alunos de baixo e médio nível socioeconômico. Os pesquisadores manifestam preocupação com esses dados, inclusive porque consideram que não utilizaram critérios demasiadamente rigorosos. Ainda assim, entre milhares de escolas, poucas dezenas obtiveram destaque em perspectiva nacional.

    Nas visitas de campo, quatro fatores chamaram a atenção: a existência de uma boa relação entre professor e aluno, que envolve confiança e apoio emocional; a preocupação dos professores com a aprendizagem de todos, com estratégias voltadas para aqueles que apresentam mais dificuldade; a busca por métodos e ferramentas que tornam o ensino mais atrativo; e a oferta de aulas de com conteúdos mais aprofundados.

    “Vimos algumas práticas interessantes, alguns professores muito fora da curva, realmente de muita qualidade. Mas não tem uma estrutura nas escolas, de fato, para garantir a aprendizagem da maioria. Você tem ali uma turma com bons resultados e, do lado, na sala vizinha, tem alunos ali aprendendo matemática com um nível de exigência mais baixo”, afirma Ernesto Faria. Segundo ele, o bom desempenho de uma escola muitas vezes está mais relacionado com esses professores fora da curva do que com questões estruturais.

    Para os pesquisadores, além de fortalecer a Obmep, é preciso pensar em políticas públicas que envolvam questões como melhorias estruturais e garantia de formação continuada dos professores. Experiências de sucesso no Brasil e no exterior podem ser mapeadas para servir de exemplo e serem replicadas.

    “Às vezes até há garantias da rede de ensino que são importantes. Dão apoio para organizar turmas preparatórias para a Obmep. Por vezes, garantem recursos financeiros extras para esse professor dar aula no fim de semana. Então, não é que o professor sozinho irá gerar a aprendizagem do estudante. Mas hoje não há uma política de formação que permita que a escola tenha ali cinco ou dez bons professores de matemática. O que temos são casos de professores talentosos e aí algumas ações da rede de ensino permitem que eles tragam resultados”, acrescenta.

    A pesquisa também mostra o alto percentual de professores sem formação adequada e a precarização das contratações. Muitos deles têm contratos temporários e trabalham em diferentes escolas, em turnos alternados. “Um desafio que existe é de formação de professores na área. Inclusive, na pedagogia. A gente precisa ter bons professores de matemática nos anos iniciais do ensino fundamental. Não são especialistas, mas dão aulas de matemática e de língua portuguesa e tem que conseguir trabalhar de forma positiva os conteúdos”, observa Ernesto Faria.

    Edição: Graça Adjuto

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  • STF analisa transparência na intervenção federal no Rio em 2018

    STF analisa transparência na intervenção federal no Rio em 2018

    Em julgamento virtual iniciado nesta sexta-feira (24), o Supremo Tribunal Federal (STF) discutirá questões de transparência envolvendo a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, ocorrida em 2018. O caso será apreciado pelos cinco ministros da Segunda Turma. Eles deverão apresentar seus votos até o dia 4 de junho.

    A intervenção federal foi decretada pelo então presidente da República, Michel Temer, e durou de fevereiro a dezembro de 2018. A ação, que tramitou inicialmente no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), foi movida pelo Ministério Público Federal (MPF) em 2021. Ela aponta omissão da União e do estado do Rio de Janeiro nos seus deveres de transparência e de prestação de contas durante o período, sobretudo relacionado às ações ocorridas na Baixada Fluminense.

    Temer decretou a intervenção em resposta a diferentes episódios violentos registrados na capital fluminense. A medida foi tomada dois dias após o fim do carnaval, quando diversas ocorrências policiais levaram o então governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, a admitir falhas no planejamento da segurança pública.

    Foi a primeira vez no país em que houve o acionamento do Artigo 34 da Constituição de 1988, dispositivo que prevê as situações em que é possível realizar uma intervenção federal. Com o decreto, o então secretário de Estado de Segurança do Rio, Roberto Sá, foi afastado do cargo e o general Walter Braga Netto, que estava à frente do Comando Militar do Leste (CML), foi nomeado interventor. Na prática, enquanto durou a intervenção, ele foi responsável pela segurança pública no estado, ficando sob sua alçada a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros.

    Na ação, o MPF reivindicou que fossem realizados relatórios detalhados sobre as medidas adotadas, incluindo dados estatísticos, orçamentários e avaliações qualitativas. Também cobrou informações sobre o planejamento das políticas públicas de segurança adotadas desde o término da intervenção. Pede ainda que a União e o estado do Rio de Janeiro desenvolvam protocolos de ação e de planejamento para suprir deficiências constatadas, bem como criem canais democráticos de participação e controle social, que contribuam para prevenir cenários de insatisfação popular similares ao que originou a intervenção federal.

    De acordo com o MPF, a ação foi um desdobramento de um inquérito civil que revelou problemas em condutas de militares participantes das operações na Baixada Fluminense. Denúncias foram recebidas pela instituição narrando abordagens em que armas de fogo eram apontadas para moradores de comunidades, bem como a realização de voos rasantes de helicóptero sobre as casas. Também houve relatos sobre militares que cobriam o rosto com o uso de toucas ninjas. A ação fez menção a dados de relatório produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no qual se constatou um aumento do número de homicídios decorrentes de ação policial durante a intervenção federal.

    O TRF2, no entanto, rejeitou os pedidos do MPF. Com base nas manifestações da União e do estado do Rio de Janeiro, o juízo considerou não haver omissão nem descumprimento dos deveres de transparência e prestação de contas. Conforme os entendimentos adotados nas sentenças de primeira e segunda instância, o Poder Judiciário só deve determinar ao Poder Executivo a implementação de políticas públicas em situações excepcionais, como nos casos de inércia ou de manifesta deficiência.

    A questão chegou ao STF em novembro do ano passado após o recebimento de um recurso especial apresentado pelo MPF contra a decisão de segunda instância. O ministro Nunes Marques, em análise monocrática, manteve a sentença do TRF2. Para ele, o atendimento dos pedidos formulados exigiriam do Judiciário assumir papéis que são do Executivo. Agora, caberá à Segunda Turma reiterar ou reformar a decisão.

    Para o MPF, o Judiciário não pode ficar inerte à violação de um direito fundamental previsto na Constituição, como é o caso do direito à segurança pública. A instituição sustenta que a intervenção federal deixou muitos questionamentos sem respostas.

    Nos autos do processo, o estado do Rio de Janeiro sustentou que cabe à União prestar informações sobre o tempo em que durou a intervenção federal. Acrescentou que, após esse período, deu continuidade ao trabalho reduzindo os índices de criminalidade, inclusive o de letalidade violenta na Baixada Fluminense.

    Já a União afirmou que não houve falta de publicidade e nem atenção às demandas sociais, tendo em vista que foram disponibilizados diversos canais de comunicação e apresentadas as informações cabíveis.

    Edição: Juliana Andrade

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