Tag: Cenário Agro

  • Valor Bruto da Produção de 2023 é projetado em R$ 1,2 trilhão, com crescimento de 4,7%

    Valor Bruto da Produção de 2023 é projetado em R$ 1,2 trilhão, com crescimento de 4,7%

    Estimulado pelas lavouras, que deverão crescer 8,1% em valores reais neste ano, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2023 está estimado em R$ 1,229 trilhão, 4,7% acima do obtido em 2022 (R$ 1,173 trilhão). A pecuária apresenta um recuo de 2,9% no rendimento.

    As lavouras têm faturamento previsto de R$ 878,6 bilhões, e a pecuária, de R$ 350,7 bilhões.

    Milho e soja estão impulsionando o crescimento da agropecuária. A soja tem um VBP estimado de R$ 382,1 bilhões e o milho de R$ 158,9 bilhões.

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    Um grupo de cinco lavouras formado por soja, milho, café, cana-de-açúcar e algodão devem gerar R$ 726,7 bilhões, correspondendo a 82,7% do VBP das lavouras este ano. A safra de grãos, prevista em 312,5 milhões de toneladas, juntamente com o incremento da produtividade, são decisivos para os resultados de 2023. A produtividade de grãos cresce 11%, enquanto a de milho, 8,4%, e a de soja, 16,6%.

    Outras lavouras também têm trazido contribuição positiva para o crescimento, como cana-de-açúcar (3,1%), feijão (14,3%), laranja (28%), mandioca (37,7%) e tomate (9,9%). Por outro lado, foi observada contribuição negativa no algodão, com redução de 11,2% no VBP, batata-inglesa (-6,9%), café (-4,7%) e trigo (-17,1%).

    O melhor desempenho na pecuária vem ocorrendo na produção de suínos, com aumento do VBP de 7,2%, . Leite (4%), e ovos (9%) obtiveram neste ano o maior valor da produção obtido na série de dados desde 2000.

    No mercado internacional, as carnes têm sido favorecidas pelo aumento do volume exportado e pelos preços, em especial, carne suína e de frango. Do mesmo modo, merece destaque o milho cujas exportações quase dobraram, passando de 3,49 milhões de toneladas exportadas, em 2022, para 8,45 milhões, em 2023.

    Os cinco estados que ocupam a liderança no VBP são: Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que respondem por 60,8% do VBP do país.

  • Mapa, Fazenda, MMA e MDA alinham diretrizes do Plano Safra 2023/2024, com foco na agricultura de baixo carbono

    Mapa, Fazenda, MMA e MDA alinham diretrizes do Plano Safra 2023/2024, com foco na agricultura de baixo carbono

    Quatro ministros se reuniram nesta terça-feira (18) para debater mecanismos de estímulo à produção sustentável de alimentos dentro do Plano Safra 2023/2024. Participaram do encontro os ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, da Fazenda, Fernando Haddad, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

    O ministro Fávaro ressaltou que as tecnologias agrícolas de baixa emissão de carbono vão nortear as políticas de crédito rural. “O Plano Safra 2023/2024 terá a agricultura de baixo carbono como linha mestra. Tenho certeza de que faremos o melhor Plano Safra da história do Brasil”, disse Fávaro, que está em missão oficial em Londres e participou da reunião virtualmente. Segundo ele, o governo está totalmente comprometido com a transição sustentável da produção agrícola.

    A ideia é que o Plano Safra tenha condicionantes positivas, para que os produtores que aderirem às práticas sustentáveis possam ter melhores condições de financiamento. Segundo Haddad, o Ministério da Fazenda está imerso na agenda de transformação ecológica do país. “Se somarmos esforços, poderemos fazer da agenda ambiental a principal agenda de desenvolvimento do país”, disse.

    O secretário-executivo em exercício do Mapa, Luiz Rodrigues, disse que as tecnologias de agricultura de baixo carbono também ajudam a criar resiliência para o produtor rural. “Temos que construir uma agricultura contemporânea, sustentável, com uso de agricultura digital e que também seja resiliente. E esse Plano Safra vai ajudar a aumentar a resiliência da agricultura”.

    O Plano Safra 2023/2024 irá aliar o financiamento das tecnologias agrícolas de diversas áreas com a sustentabilidade da produção. O estímulo pode ser desde o acesso às práticas de assistência técnica, até a concessão de bônus. “Estamos definindo quais as formas de conceder esses benefícios”, explicou o secretário de Política Agrícola em exercício do Mapa, Wilson Vaz.

    A ministra Marina Silva lembrou que a proposta de agricultura de baixo carbono para o Plano Safra surgiu de uma conversa entre ela e o ministro Fávaro, ainda em janeiro, e afirmou que o Brasil pode ser ao mesmo tempo uma potência agrícola, florestal e hídrica. Segundo ela, o Plano Safra deverá evoluir para que toda a agricultura seja de baixa emissão de carbono. “Podemos chegar a um nível em que os tomadores de recurso poderão receber bônus por esse cumprimento de normas de natureza sustentável para agricultura de baixo carbono”.

    O uso de bioinsumos e o incentivo à agricultura regenerativa devem estar presentes no Plano Safra, destacou o ministro Paulo Teixeira. “A transição para uma agricultura regenerativa é um desafio que não podemos adiar, temos que responder imediatamente”, disse.

  • Megaoperação do Vigifronteira apreende mais de 90 toneladas de produtos irregulares nos estados da região sul do país

    Megaoperação do Vigifronteira apreende mais de 90 toneladas de produtos irregulares nos estados da região sul do país

    Para combater o trânsito irregular de alho, cebola, agrotóxicos, bovinos, produtos de origem animal e demais produtos e insumos agropecuários, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou em conjunto com agências estaduais e federais uma megaoperação nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

    A 35ª Operação Ronda Agro do Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteira) apreendeu 90 toneladas de produtos de origem vegetal, incluindo alhos e cebolas, 2,8 toneladas de produtos de origem animal, 29.530 litros de bebidas contrabandeadas e clandestinas, 900 litros de agrotóxicos, 122 unidades de produtos veterinários e 37 bovinos em situação irregular.

    Ao todo, foram emitidos nove autos de infração, 10 termos de apreensão e 14 termos de inspeção e fiscalização que resultaram em um prejuízo aos infratores de aproximadamente R$ 6 milhões em multas e apreensões. Também foram realizadas quatro prisões em flagrante e três conduções para a delegacia de polícia para investigação de atividades ilícitas relacionadas ao crime de contrabando.

    A ação de fiscalização ocorreu nos municípios de Foz do Iguaçu, Santo Antônio do Sudoeste, Barracão, Capanema, Flor da Serra do Sul, São Borja, Porto Xavier, Horizontina, Bossoroca, Porto Vera Cruz, Dionísio Cerqueira, São Miguel do Oeste e Cacoal.

    As equipes estiveram em um depósito de cebolas e alhos contrabandeados, três propriedades rurais, uma revenda de produtos veterinários, seis estabelecimentos importadores de produtos de origem vegetal, três fábricas clandestinas de aguardente e cinco estabelecimentos comerciais de bebidas. Também foram fiscalizados 90 veículos e uma aeronave.

    A importação irregular de produtos de origem animal e vegetal, além de ser uma concorrência extremamente desleal para os pequenos e médios produtores brasileiros, também constitui uma das principais formas de introdução e disseminação de pragas e doenças animais em áreas livres, o que pode prejudicar todo o agronegócio brasileiro.

    As operações do Vigifronteira integram o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF). As ações são organizadas pelo Mapa de maneira integrada com órgãos federais e estaduais. Participaram da 35ª Operação Ronda Agro, a Adapar, Cidasc, Seapi, Receita Federal do Brasil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e as Polícias Civis e Militares nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.

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  • Brasil é o maior produtor mundial e o segundo maior consumidor de café

    Brasil é o maior produtor mundial e o segundo maior consumidor de café

    Nesta sexta-feira, dia 14 de abril, é comemorado o “Dia Mundial do Café” e o Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, dá início aos preparativos para a colheita da produção. Com uma área destinada à cafeicultura (arábica e conilon) totalizando 2,26 milhões de hectares em 2023, a produção brasileira de café pode atingir 54,94 milhões de sacas do grão beneficiado, segundo a Conab.

    O café é a segunda bebida mais consumida no mundo, atrás apenas da água. Segundo a Organização Internacional do Café (OIC), o mundo produziu, entre outubro de 2021 e setembro de 2022, 170,83 milhões de sacas de 60 quilos e consumiu 164,9 milhões de sacas.

    O Brasil é o segundo maior consumidor de café no mundo, atrás somente dos Estados Unidos.

    Maior produtor mundial do grão, o Brasil exportou cerca de 2,2 milhões de toneladas, o equivalente a 39,4 milhões de sacas de café, em 2022, com embarques para 145 países, com destaques os destinos dos Estados Unidos e Alemanha, seguidos por Itália, Bélgica e Japão.

    O preço elevado do café no exterior permitiu que a exportação do produto (café verde, solúvel e extratos) alcançasse US$ 9,2 bilhões, no ano passado.

    Essa cultura tem um forte apelo social, tendo em vista a grande concentração de produção em propriedades  familiares onde as lavouras são cultivadas. Segundo o diretor de Comercialização e Abastecimento do Ministério da Agricultura e Pecuária, Silvio Farnese, a cultura representa uma importante receita para as famílias, com grande emprego de mão-de-obra não só na produção como em todo o processo industrial e comercial.

    “Este dia representa uma homenagem a todas as pessoas  envolvidas na produção dessa bebida mais adorada no mundo, seja no nosso carioca, pingado ou no cappuccino, expresso, em misturas, sendo oferecido quente, frio ou, mesmo, gelado. É um destaque  na gastronomia  mundial”, diz Farnese.

    O café também é celebrado em outras datas como o Dia Internacional do Café, em 1º de outubro, data escolhida, em 2015, para uma comemoração internacional pela OIC. No Brasil, o dia nacional do café é celebrado em 24 de maio.

    “São muitas as datas e muitas as celebrações, pois esta é a bebida mais consumida no mundo depois da água e é tão prazerosa, que vale a pena celebrar nestas datas. A Organização Internacional do Café deseja a todos um excelente Dia Mundial desta que é a nossa bebida”, ressalta Vanúsia Nogueira, diretora executiva da Organização Internacional do Café (OIC).

    Ciclo do café no Brasil

    O café está presente na história do Brasil desde o século XIX, na época do Império. Após os ciclos econômicos do pau-brasil, da cana-de-açúcar e do ouro, o ciclo do café, que vai até o século XX, representou a maior fonte de riqueza do país e o principal produto de exportação.

    O café chegou ao Brasil em 1727, entrando pelo Pará e cultivado na cidade de Belém. Nos anos seguintes, foi levado para o Maranhão e para o Rio de Janeiro, onde foi cultivado para consumo doméstico. Levado para terras da Serra do Mar, chegou ao Vale do Paraíba por volta de 1820, onde encontrou a “terra roxa”, solo rico para os cafezais. De São Paulo foi para Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná.

    De acordo com o professor e historiador Diogo Dionizio, o ciclo do café foi muito importante para o desenvolvimento da região Sudeste, pois até então o Norte e Nordeste eram as regiões mais importantes do Brasil. “O ciclo do café surge no contexto do Brasil Império, então a partir do século 19 que vamos passar a ter esse ciclo e o café foi um produto muito importante principalmente para as regiões de São Paulo e do Paraná”, explica.

    No final do XIX e começo do século XX, os barões de café passaram a ter uma grande influência na política nacional, sobretudo, na política do “café com leite”, que dividiu o poder no Brasil. “Nós vamos ter num ano, cafeicultores paulistas com o poder no Brasil e com poder central da presidência, e no outro ano nós vamos ter os produtores de Minas, que são os grandes produtores de leite”, diz.

    O café passou a ser uma bebida bem comercializada no mundo todo e o Brasil se tornou um dos principais exportadores de café do mundo até a crise de 1929, quando o grão deixou de ser um dos principais produtos de exportação e o Brasil perde essa “soberania” no setor.

    O historiador também lembra que o café fez parte da bandeira do Império brasileiro e atualmente integra o Brasão da República. “No período do Império, a bandeira vai apresentar os ramos de café, mostrando ali como essa cultura se transformou numa planta tão importante para economia brasileira, e até hoje o café é um dos principais produtos de exportação brasileiro. Até hoje o café movimenta a economia global e também a economia brasileira”, diz Dionizio, atualmente formador de professores de História na Divisão Pedagógica da Diretoria Regional de Educação de Guaianases, na Zona Leste de São Paulo.

    Cafés especiais no Brasil

    A posição do Brasil como maior produtor e exportador mundial leva, cada vez mais, uma bebida de qualidade das fazendas de café aos consumidores brasileiros, nosso maior mercado e àqueles dos 145 países importadores.

    “Hoje o Brasil já é o maior fornecedor mundial de cafés a partir de 80 pontos, produzidos com responsabilidade social e ambiental e também um consumidor respeitável de cafés de alta qualidade”, explica Vanúsia Nogueira.

    Estima-se que cerca de 5% a 10% do consumo brasileiro de cafés já seja de cafés especiais, sejam eles vendidos em cafeterias, restaurantes, hotéis, em canais de internet e em supermercados.

    Foi um crescimento rápido, que veio com a curiosidade na descoberta de diferentes sabores  e diferentes experiências. Em números absolutos, já é um volume maior que muitos países e que tende a evoluir cada vez mais, com o engajamento de mais produtores e o conhecimento e valorização dos clientes.

    “É o café deixando de ser apenas algo essencial para o estado de alerta, para a energia do treino, mas sendo também a indulgência, o prazer que todos merecemos”, assegura Vanúsia.

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  • Mapa publica 44 registros de defensivos agrícolas, sendo sete de baixo impacto

    Mapa publica 44 registros de defensivos agrícolas, sendo sete de baixo impacto

    O Ato 16 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicado no Diário Oficial da União, traz o registro de 44 defensivos agrícolas formulados, ou seja, produtos que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores. Desses, sete são considerados de baixo impacto.

    “O Ato de registro do Ministério da Agricultura e Pecuária garante mais opções de produtos para controle de pragas na agricultura”, destaca o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins, José Victor Torres.

    Dos sete produtos biológicos registrados na data de hoje, cinco são destinados para a agricultura orgânica à base de Trichoderma atroviride, Trichoderma viride, Telenomus podisi e Baculovirus. Os outros dois produtos de baixo impacto são compostos por Pseudomonas oryzihabitans e Trichoderma atroviride.

    O produto a base de Trichoderma atroviride se destaca por ser o primeiro produto registrado a base desse princípio ativo. Para o produtor é mais uma ferramenta para controle de Sclerotinia sclerotiorum, popularmente chamada de mofo branco, que afeta várias culturas como, por exemplo, abóbora, alface, batata, berinjela, feijão, melancia, melão, pepino, soja, dentre outras.

    Os produtos fitossanitários aprovados para a agricultura orgânica foram registrados com base em Especificação de Referência (ER). Os produtos registrados com base em especificações de referência podem ser usados em qualquer cultura com ocorrência dos alvos biológicos e são indicados tanto para os cultivos orgânicos, quanto para os convencionais.

    Os produtos de baixo impacto, além de serem eficientes do ponto de vista agronômico, apresentam baixo ou nenhum impacto sobre a saúde humana e o meio ambiente, e o seu uso vem ganhando cada vez mais espaço na produção agrícola brasileira.

    Dos produtos químicos registrados, tem-se um herbicida em que um de seus ativos é o Aminociclopiracloro. Esse é um ativo novo para controle de diversas plantas daninhas em pastagens.

    Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.

    “No ano de 2023 já se somam 66 produtos registrados, sendo 15 de baixo impacto com nove deles autorizados para agricultura orgânica. Comparando com o ano de 2022 já tivemos um incremento de 3 produtos de baixo impacto, uma vez que no ano anterior foram registrados nesse mesmo período 12 produtos de baixo impacto. Isso demonstra o quanto vem crescendo a cada ano o registro de agrotóxicos de base biológica”, destaca Torres.

    Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

  • Mapa contabiliza dez novas aberturas de mercado para o agronegócio brasileiro

    Mapa contabiliza dez novas aberturas de mercado para o agronegócio brasileiro

    Ainda neste primeiro trimestre do governo, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) já contabiliza a décima abertura de mercado para o agronegócio brasileiro. A partir de agora, embriões de equinos congelados poderão ser comercializados para a Argentina.

    As negociações junto ao novo mercado foram iniciadas em abril de 2020. Com a aceitação do Certificado Veterinário Internacional (CVI), que atesta a sanidade do produto, a Argentina passa a aceitar a comercialização do produto de origem brasileira em seu mercado.

    “A retomada da credibilidade do Brasil junto a diversos parceiros comerciais, aliada ao trabalho sério da nossa equipe técnica, tem possibilitado cada vez mais oportunidades de negócios para os produtores brasileiros dos mais diversos segmentos. Este não é um resultado apenas do agronegócio, é um resultado que gera mais emprego para toda a população quando um novo mercado se abre”, explicou o ministro Carlos Fávaro.

    Considerada um mercado ainda promissor, a inseminação artificial de equinos no Brasil registrou crescimento de aproximadamente 70% e possibilidade de expansão para seguir atendendo a novos mercados internacionais.

  • Mapa divulga os períodos de vazio sanitário da soja para 2023

    Mapa divulga os períodos de vazio sanitário da soja para 2023

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou, nesta segunda-feira (10), a Portaria nº 781 que estabelece os períodos de vazio sanitário para cultura da soja que deverão ser seguidos pelos estados produtores em todo o país durante o ano de 2023.

    O vazio sanitário é o período contínuo, de no mínimo 90 dias, em que não pode plantar e nem manter vivas plantas de soja em qualquer fase de desenvolvimento na área determinada. Essa medida fitossanitária é uma das mais importantes para o controle da ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. O objetivo é reduzir ao máximo possível o inóculo da doença, minimizando os impactos negativos durante a safra seguinte.

    Além do cumprimento do período do vazio sanitário estabelecido, o Mapa alerta que com expressivo aumento das ocorrências da doença na safra 2022/2023, faz-se necessário um esforço conjunto por parte tanto dos produtores, quanto dos Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária Vegetal de cada unidade da federação quanto à revisão das finalidades e da quantidade de autorizações relativas aos cultivos em caráter excepcional, previstos nos Artigos 9º e 10 da Portaria nº 306/2021.

    De forma complementar, como parte das estratégias de manejo da ferrugem asiática da soja, visando minimizar eventuais prejuízos aos sojicultores e aos demais atores envolvidos na cadeia produtiva da soja, a Secretaria de Defesa Agropecuária está avaliando também a redução dos períodos relativos aos calendários de semeadura a serem estabelecidos para a próxima safra.

    A Ferrugem Asiática é considerada uma das doenças mais severas que incidem na cultura da soja, podendo ocorrer em qualquer estádio fenológico. Nas diversas regiões geográficas onde a praga foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção.

    Confira os períodos de vazio sanitário para a cultura da soja:

    UF

    DATAS

    Acre

    22 de junho a 20 de setembro

    Alagoas

    01 de janeiro a 01 de abril

    Amapá

    01 de dezembro a 28 de fevereiro

    Amazonas

    15 de junho a 15 de setembro

    Bahia

    01 de julho a 30 de setembro

    Ceará

    03 de novembro a 31 de janeiro

    Distrito Federal

    01 de julho a 30 de setembro

    Goiás

    27 de junho a 24 de setembro

    Maranhão

    Região I1: 03 de julho a 30 de setembro

    Região II2: 03 de agosto a 31 de outubro

    Região III3: 02 de setembro a 30 de novembro

    Minas Gerais

    01 de julho a 30 de setembro

    Mato Grosso

    15 de junho a 15 de setembro

    Mato Grosso do Sul

    15 de junho a 15 de setembro

    Pará

    Região I4: 15 de junho a 15 de setembro

    Região II5: 01 de agosto a 30 de outubro

    Região III6: 15 de agosto a 15 de novembro

    Paraná

    10 de junho a 10 de setembro

    Piauí

    Região I7: 01 de setembro a 30 de novembro

    Região II8: 01 de agosto a 30 de outubro

    Região III9: 01 de julho a 29 de setembro

    Rio Grande do Sul

    13 de julho a 10 de outubro

    Rondônia

    Região I10: 10 de junho a 10 de setembro

    Região II11: 15 de junho a 15 de setembro

    Roraima

    19 de dezembro a 18 de março

    Santa Catarina

    22 de junho a 20 de setembro

    São Paulo

    15 de junho a 15 de setembro

    Tocantins

    01 de julho a 30 de setembro

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  • Em 100 dias, Mapa contabiliza abertura de mercados internacionais e reaproximação do Brasil  com a China e a União Europeia

    Em 100 dias, Mapa contabiliza abertura de mercados internacionais e reaproximação do Brasil com a China e a União Europeia

    A abertura de novos mercados para o agronegócio brasileiro e a reaproximação com chineses e europeus foram os destaques do trabalho do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) nos primeiros 100 dias do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O balanço das ações do período foram apresentadas em reunião ministerial na manhã desta segunda-feira (10).

    No primeiro trimestre, foram abertos nove mercados para os produtos brasileiros: algodão para o Egito; bovinos vivos para a Argélia; mucosa intestinal, ovos férteis e aves de um dia para o Chile; sêmen bubalino para o Panamá; gelatina bovina para a Malásia; carne suína para venda direta in natura e carne bovina para o México; e carne de aves para a Polinésia Francesa.

    Outra pauta em destaque foi o fortalecimento da relação bilateral com a China, maior parceiro comercial do Brasil. Após a missão do Mapa ao país asiático, em março, o ministro da Agricultura e Pecuária Brasil, Carlos Fávaro, anunciou a derrubada do embargo à carne bovina brasileira, retomando as importações que ficaram paralisadas por 29 dias. A transparência e celeridade das informações prestadas foram motivos de elogio para os parceiros comerciais que, anteriormente, chegaram a levar mais de três meses para adotar tais medidas.

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    Ainda no primeiro dia da missão, também foram anunciadas a habilitação de quatro novas plantas frigoríficas brasileiras para exportação ao país asiático – fato que não ocorria desde 2019 -, além da retomada das exportações de duas plantas frigoríficas que estavam suspensas.

    Nestes 100 dias, o Mapa também trabalhou no restabelecimento do diálogo com a União Europeia para abertura de novos mercados, com a retomada do contato entre as autoridades interrompido desde 2019.

    O crédito rural, que sofreu represamento nos últimos meses, teve liberação de R$ 55,4 bilhões, entre janeiro e março deste ano, o que representa 10% a mais do que foi aplicado no mesmo período do ano passado. Nos três primeiros meses de 2023, o custeio totalizou quase R$ 31,5 bilhões, já os financiamentos em investimentos alcançaram R$ 13,3 bilhões, a comercialização somou R$ 7,9 bilhões e a industrialização, R$ 2,8 bilhões.

    No evento de balanço dos 100 dias de governo, o presidente Lula disse que o Plano Safra 2023-2024 será lançado em maio. “Queremos aumentar a produtividade no campo e criar mecanismos que garantam a sustentabilidade socioambiental neste país”, disse Lula.

    Sustentabilidade

    A ampliação da produção sustentável de alimentos também esteve na agenda prioritária do Mapa nos primeiros 100 dias do novo governo.

    Além de priorizar as práticas sócioambientais para o novo Plano Safra, tanto no âmbito governamental, quanto privado, foi apresentado o Plano de Desenvolvimento Agropecuário da Amazônia + Sustentável, com o objetivo de consolidar um modelo moderno para viabilizar a autonomia financeira dos produtores rurais, assentados da reforma agrária e povos tradicionais de nove estados da Amazônia Legal.

    Liderado pelo Ministério e coordenado pela Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI/Mapa), o plano tem como objetivo contribuir para maximizar a geração de renda com a produção de alimentos seguros e saudáveis, ampliando os canais de comercialização de modo a criar oportunidades de negócios, com o equilíbrio fundamental entre eficiência produtiva, benefício social e conservação ambiental.

    Participação

    O Mapa realizou, ainda, Tomada Pública de Subsídios sobre a proposta de regulamentação da Lei n° 14.515/2022, que estabelece a obrigatoriedade da elaboração, implementação e monitoramento dos sistemas de autocontrole nos processos produtivos, em todos os setores regulados pela defesa agropecuária. A intenção é aperfeiçoar a atuação, incorporando as informações geradas nos programas de autocontrole de responsabilidade dos agentes regulados, produtores agropecuários e indústria.

    O Ministério da Agricultura e Pecuária também definiu a recomposição do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), composto por representantes dos órgãos governamentais e entidades representativas da cafeicultura. O CDPC tem como atribuições aprovar o Plano de Safra para o setor cafeeiro, acompanhar e avaliar as estimativas de safras para o café, os programas de produção e exportação do produto, além de autorizar os programas e projetos de pesquisa e a avaliação das ações destinadas à manutenção do equilíbrio entre a oferta e a demanda do café.

  • Portaria proíbe vacinação contra febre aftosa em sete unidades da Federação

    Portaria proíbe vacinação contra febre aftosa em sete unidades da Federação

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou a Portaria nº 574 que proíbe o armazenamento, a comercialização e o uso de vacinas contra a febre aftosa no Distrito Federal e nos estados do Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins pertencentes ao Bloco IV do Plano Estratégico 2017-2026, do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PE-PNEFA).

    A medida dá continuidade ao avanço do Plano Estratégico que tem como objetivo criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e gerando o máximo de benefícios aos atores envolvidos e à sociedade brasileira.

    “O Brasil tem um plano estratégico para se tornar livre de febre aftosa sem vacinação, com reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), até 2026 e essa proibição, nesses sete estados, faz parte desse Plano”, afirma o diretor do Departamento de Saúde Animal, Eduardo de Azevedo.

    As sete unidades Federativas, que não precisarão mais vacinar seu rebanho bovino e bubalino contra a febre aftosa, somam aproximadamente 113 milhões de cabeças, representando cerca de 48% do rebanho total do País. A retirada da vacinação suspende alguns custos, gerando um benefício imediato aos produtores e uma oportunidade para que parte dos recursos seja redirecionado para ajudar no custeio e investimentos necessários à manutenção do status sanitário alcançado.

    O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de carne bovina do mundo, sendo responsável por cerca de 15% da produção global de carne bovina e por 20% das exportações mundiais. Em 2022, o Brasil exportou mais de 2,26 milhões de toneladas de carne bovina, gerando uma receita de cerca de US$ 13 bilhões. Além disso, o setor pecuário é responsável por cerca de 30% do PIB do agronegócio brasileiro, que representa cerca de 21% do PIB total do país.

    O processo de reconhecimento de zonas livres de febre aftosa sem vacinação também beneficiará outras importantes cadeias produtivas, como a de suínos, onde o Brasil possui destaque no cenário mundial, sendo o 4º maior produtor e exportador.

    “Um dos critérios para a importação de produtos de origem animal é a condição sanitária do país exportador. Países ou zonas que são livres de febre aftosa sem vacinação têm acesso a mercados mais exigentes e que remuneram melhor, uma vez que essa doença representa um grande risco para a produção”, explica o diretor.

    Neste momento, não haverá restrição na movimentação de animais e de produtos entre os estados do Bloco IV e as demais UFs que ainda praticam a vacinação contra a febre aftosa no país. Isso porque o pleito brasileiro para o reconhecimento internacional de zona livre sem vacinação não será apresentado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) neste ano de 2023, dando tempo para que outros Estados do Bloco IV executem as ações necessárias para a suspensão da vacinação e o pleito seja apresentado posteriormente, de forma conjunta.

    Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm a certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.

    Ampliação

    Para as demais unidades da Federação que ainda não avançaram, o diretor recomenda que os governos estaduais continuem apoiando o Serviço Veterinário Oficial (SVO) nas ações a serem desenvolvidas para a continuidade da substituição gradual da vacinação contra a febre aftosa em todo o território brasileiro. Este é um trabalho que precisa da participação de todos.

    “Precisamos do apoio de todas as autoridades do setor público e privado para que o Brasil se torne livre de febre aftosa sem vacinação e para termos um Serviço Veterinário e setor produtivo cada vez mais preparados para detecção precoce de casos suspeitos de febre aftosa e resposta rápida a qualquer emergência”, destaca Eduardo.

  • Conselho que define as políticas para o setor cafeeiro tem nova composição

    Conselho que define as políticas para o setor cafeeiro tem nova composição

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) definiu a recomposição do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC). A portaria Nº 67, que designa os representantes dos órgãos governamentais e entidades representativas da cafeicultura que compõem o Conselho foi publicada nesta quarta-feira (5) no Diário Oficial da União.

    O CDPC tem como atribuições a aprovação do plano de safra para o setor cafeeiro, acompanhar e avaliar as estimativas de safras para o café, os programas de produção e exportação do produto, além de autorizar os programas e projetos de pesquisa e a avaliação das ações destinadas à manutenção do equilíbrio entre a oferta e a demanda do café.

    O Conselho será formado por representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária, do Ministério da Fazenda, do  Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, do Ministério das Relações Exteriores, além de entidades do setor, como o Conselho Nacional do Café, a  Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CECAFÉ) e a Associação Brasileira das Indústrias de Café Solúvel (ABICS). Também foram definidos os representantes do Comitê Técnico do Conselho Deliberativo da Política do Café, que tem o papel de assessorar o Conselho.

    O mandato dos representantes foi fixado em dois anos, podendo haver recondução.

    Dentre as atribuições do Conselho também está o direcionamento  do orçamento consignado ao Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) na Lei Orçamentária Anual, item que deve ser pauta da sua próxima reunião, prevista para ocorrer ainda no mês de abril.

    Os recursos do Funcafé representam, em média, 30% do volume de recurso tomado anualmente para café no crédito rural.  Para a safra de café 2022/2023, 90% do total disponibilizado já foi contratado pelos beneficiários das linhas de crédito amparadas com recursos do Fundo, dentre produtores, cooperativas, e indústrias do setor. Os números dessa aplicação podem ser acessados no Painel Funcafé.